Bem Vindo!!!

Seja bem-vindo a compartilhar conosco, idéias e informações sobre o legado deixado dessa Magnífica Ordem.

Trabalhem para a Grande Obra.'.

Estudem suas Ordens Iniciáticas e Filosofia.

Façam o seu papel, critique e apresente suas ideias sobre o nosso cotidiano no Mundo.

Deixe sua sugestão, pergunta ou comentário.

Além disso, conheça mais o legado das demais Ordens herdeiras das tradições Templárias, a Maçonaria.:, RosaeCrucis.:, Golden Dawn:., Thelema:.,Sistemas herméticos e esotéricos.

"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas!!!

Ao comemorar as festas natalinas, tem-se a visão que o Natal é a caminhada do profano cego à luz maçônica, recebendo assim, um renascimento(reflexão). Nessa conexão que temos a percepção e a reflexão de nossos atos e fatos desse ano.Contudo com o todo.


A arte real maçônica é construída na inter-relação pessoal na sociedade. A maçonaria é progressiva, que simbolicamente estuda as sete ciências, como marco simbólico da tradição, para que o maçom possa ver a realidade pessoal através da auto-analise e social, examinando a sua realidade.

A inspiração no trabalho maçônico, têm como parâmetros a verdade e a justiça, dos quais surgem a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade e atualmente a Solidariedade, deixando cair a venda maçônica, dos vícios e preconceitos, abrindo a mente e o coração para a luz maior do “Kristo” interno, que serão aumentadas e mantidas pela emoção e energia do Ano Novo.

Estes são os sinceros votos dos CAVALEIROS DE SANTO ANDRÉ, para que as sinergias entrelaçadas, entre as mãos amigas e os corações fraternos de todos os maçons possam trazer a todos, alegria, paz, esperança, harmonia e prosperidade.

Desejamos a todos os Irmãos e vossas famílias, um feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Por um Brasil Maior !

Pela Glória da nossa Ordem !!

Que o G.: A.: D.: U.: nos ilumine !!!

Assim Seja!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sistema de Ocultismo


Esse pequeno projeto vem de pesquisas sobre sistemas de ocultismos, o objetivo é despertar para o estudo e que as pessoas procurem saber sobre tais grupos, para que dessa forma não haja preconceito ou mal-entendimento.
Então iniciaremos, com os que segue abaixo:

Sistema da Golden Dawn (Aurora Dourada)


É uma fusão rígida da Cabala prática com a Magia Greco-Egípcia. Seu sistema complexo de Magia Ritual é firmemente baseado na tradição medieval Européia. Há uma grande ênfase na Magia dos Números. Os paramentos rituais são de uma impressionante riqueza simbólica, bem como os rituais são bastante variados de acordo com a finalidade e o grau mágico dos participantes. Suas iniciações são por graus, começando pelo Neófito (0=0), indo até os graus secretos (6=5 e 7=4), alcançados, e conhecidos, por poucos. Até há bem pouco tempo, fora da Ordem pensava-se ser o 5=6 o grau máximo da Aurora Dourada. Curioso que na Golden Dawn não se praticava (nem se aceitava) a Magia Sexual.

Deste Sistema propagou-se o uso de Sigilos e Pantáculos, bem como ressurgiu o interesse pela Cabala, Numerologia, Astrologia e Geomancia. Além disso, sua interpretação e simplificação do Sistema-dos-Tattwas do livro As Forças Sutis da Natureza de autoria de Rama Prasad, permitiu uma grande abertura. Uma das mais importantes adições ao ocultismo ocidental, dada pela Golden Dawn, foi através de seu método de Criação de Imagens Telesmáticas.



Sistema Thelêmico (Thelema, Aleister Crowley)

Criado acidentalmente (foi a partir da visita de uma Entidade que Aleister Crowley tomou o direcionamento que o faria criar este sistema), este Sistema original é, atualmente, um dos mais comentados e pouco conhecidos. Tendo como ponto de partida o Liber al vel Legis (O Livro da Lei), ditado por uma Entidade não-humana (o Deus Egípcio Hórus - Deus da Guerra), o sistema Thelêmico ampliou suas fronteiras, fazendo uma revisão na Magia Ritual, na Magia Sexual e nas Artes Divinatórias. Faz uso, a Corrente 93, das Correntes Draconianas, Ofidioniana e Tifoniana.

Thelema, em grego, significa vontade.

Os Thelemitas reconhecem como equivalente numerológico cabalístico o número 93. Os Thelemitas chamam aos ensinamentos contidos no Livro da Lei de Corrente 93. As duas frases mágicas dos Thelemitas são "Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei e Amor é a Lei", "Amor sob Vontade". Que dizem respeito aos mais sublimes segredos do Livro da Lei. As músicas A Lei e Sociedade Alternativa, de autoria de Raul Seixas, definem bem a filosofia Thelemita, que não tem nada a ver com as bobagens que andam dizendo por aí. Rituais importantes são realizados nos dois solstícios e nos dois equinócios, o que demonstra uma influência da Bruxaria.

Aleister Crowley foi iniciado na Golden Dawn; associou-se, após abandonar a mesma, com a A.:A.: (Argentum Astrum - Estrela de Prata), também chamada de Grande Fraternidade Branca, e com a O.T.O. (Ordo Templi Orientis - Ordem dos Templos do Oriente), as quais ele moldou de acordo com suas crenças e convicções pessoais. Muitos confundiram Thelema com Satanismo, o que é um imenso engano. Há muitas Ordens Thelêmicas, como a O.R.M (Ordo Rosae Misticae), por exemplo, que seguem a filosofia básica, mas com ditames próprios - como utilizar uma Árvore da Vida com doze esferas (exclui-se Daath), o que resulta num Tarot com 24 Arcanos Maiores.

Há, porém, uma cisão da O.T.O, a O.T.O.A. (Ordo Templi Orientis Antigua - Ordem dos Templos do Oriente Antiga), ocorrida quando Aleister Crowley assumiu a direção da O.T.O. mundial; a O.T.O.A. mantém-se fiel à tradição pré-crowleyana, contendo em seu cabedal muitos ensinamentos do Vodu Haitiano. A O.T.O.A. é dirigida por Michael Bertiaux, cuja formação mágica é Franco-Haitiana. Foi ele, aliás, quem introduziu os ensinamentos de Crowley na O.T.O.A., tornando-a, assim, uma das Ordens Mágicas com maior quantidade de ensinamentos a dar. A O.T.O.A., além das Correntes citadas acima (Draconiana, Ofidioniana e Tifoniana), também faz uso da Corrente Aracnidoniana. O sistema da O.T.O. também funciona por graus, indo desde o grau Iº até o VIIº, com muita teoria; daí, vem os graus realmente operativos, o VIIIº (Auto-Magia Sexual), o IXº (Magia Heteroerótica) e o XIº (Magia Homoerótica); existe ainda o grau Xº, que não é porém um grau mágico, mas político-administrativo, sendo seu portador eleito pelos outros portadores dos graus IXº e XIº (o candidato a grau X deverá ser um deles), tornando-se o líder nacional da Ordem. Aleister Crowley era portador do grau-mágico XIº da O.T.O..


Assim encerramos, espero que tenha sido esclarecedor e dessa forma acenda uma pequena fagulha de interesse na Gnose, servindo assim como um ponto inicial da procura...:::.:::...

Voltaremos depois com mais alguns sistemas...

FM-oc

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Decoro

Decoro na loja...




Não deveria ser necessário mencionar este assunto a um “Maçom”, pois todos reconhecem a Santidade e pureza do Templo.

Tão logo penetrem no recinto da Loja os Membros deverão evitar a conversação em altas vozes ou a movimentação desnecessária. Deverão ter em mente que alguns Membros no Interior da Loja podem estar em meditação, necessitando de silêncio, e outros realizando convocações solenes e sagradas. A entrada na loja não deverá pertubar esses trabalhadores silenciosos.

Extraído de um Ritual Antigo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Liderança

Liderança




"Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha." (Provérbio Árabe)



Caros Filhos da Viúva,

Ao pensar sobre o tema proposto, vem primeiramente à mente, vultos da história geral, devido à minha educação Espartana. Logo, encaro este atributo como algo de extrema importância para NÓS, filhos da Luz. Entretanto, esse adjetivo que era restrito a grandes Homens, ficou banalizado. Pois, hoje, todo tolo que exerce cargo chefia é líder.

Contanto, não irei descrever nas próximas linhas, a fórmula ou maneiras de obter tal atributo, pois seria muita pretensão deste ETERNO APRENDIZ. Todavia buscarei mostrar que temos que buscar desenvolvê-lo, porque só assim e somente assim, poderemos obter a força que tínhamos na época da Monarquia e o Início da República, logo, retomar o nosso merecido lugar, que é guiar nossa Pátria ao Progresso. Pois:

"Líderes são os guardiões dos ideais de uma nação, das crenças que ela cultiva, de suas esperanças permanentes, da fé que faz uma nação de um mero agregado de indivíduos." (Walter Lippmann)

Para readquirir a referida posição, lógico, que temos que continuar a edificar os nossos Próprios Templos nas Oficinas do Construtor do Rei, para que possamos levar ao próximo estas virtudes através da ação dos nossos Exemplos. Logo:

"O líder que exercita o poder com honra, trabalhará de dentro para fora, começando por si próprio." (Blaine Lee)

Liderança pode ser inata ou adquirida. A Inata é a mais conhecida, não existe esforço pelo homem que a possui, é um dom natural. Vemos esta principalmente na antiguidade, onde para ser líder era ser o mais forte ou mais Hábil. Logo, O OUSADO que enxergava mais “longe” que os demais. Conhecemos inúmeros exemplos: Aquiles, Anibal, Gengis Kahn. A adquirida, o homem lapida-se, busca o auto-aperfeiçoamento. Mesmo que sua liderança seja inata, este busca, através da sabedoria e aprimoramentos de seus bons costumes, expandi sua persuasão sobre os demais. Dentre esses “aperfeiçoados” destaco Alexandre, o Grande; e Saladino. Líderes que eram instruídos em filosofia e estratégia. Alexandre teve como mestre Aristóteles, que dispensa apresentação. Tinha uma capacidade sobrenatural para comandar Exércitos. Já Saladino, extremamente culto, com seu legendário cavalheirismo, fervor religioso e suas inquestionáveis habilidades bélicas fizeram dele o líder mais valoroso para os Muçulmanos.

Cabe ressaltar, que a partir do ponto que é imposto um líder por quaisquer causas relacionadas, passou a ser chefe, cacique ou algo do gênero. Líder, não é imposto é algo natural. Surge como uma luz a ser seguida. Destaca-se não pela eloqüência, ou fútil demonstração de conhecimento, mas sim, pela correção de atitudes, por ser um elemento integrante a um meio social comum. Ainda, um homem virtuoso, onde a palavra Equilíbrio é uma constante em sua Jornada. Relato como exemplo, MOISÉS, que apresentava um problema de fala devido a um fato de sua infância e tinha como porta-voz seu Irmão ARÃO. Contudo apesar de suas falhas em sua vida, neste Or.:, foi o escolhido a liderar e conduzir o Povo de Jeová a Terra Prometida. Devido suas virtudes que detinha.

Em contrapartida, destaco a existência dos “Falsos Líderes”, aqueles que utilizaram de sua arte de clamor, de manipulação de massa, para atingir fins sórdidos. Esses meros mecanismos psicológicos de metodologia de Grupo, que imprimiu a uma massa carente de uma Identidade, um destino obscuro. Destaco entre tais líderes Hitler, Otto Von Bismarck, Hugo Chavéz, demais caudilhos espalhados pelo Mundo. O que há de comum entre eles? Foi a apelação para força para manter sua VAIDADE em voga.

Líderes surgem através dos desafios do cotidiano. Com AÇÔES, não só pelo conhecimento ou experiência, pois essas, quando não aplicadas em prol do grupo, não têm serventia.

Um Líder ama, serve, trabalha, aprende, ensina, repreende, elogia, adapta-se, observa e reflete. Reflete principalmente sobre sua posição perante o grupo, para que sua vaidade não tome conta de sua percepção.

O mais caro exemplo disso é o nosso Patrono São João Batista. Onde a vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em sua pessoa e pode ser comprovado pelos relatos dos Evangelhos de nosso Livro da Lei. Por sua austeridade e fidelidade , ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e " não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). E quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

Então, se utilizarmos as ferramentas que o G.: A.: D.: U.: nos concedeu através de seus Arquétipos, e CONSOLIDARMOS os nossos Templos à Virtude, alcançaremos subsídios básicos para LIDERAR. Liderar é um verbo, é ação. Então aja, transforme o que está em nosso redor. Em nossas Guildas de Pedreiros, em nossos lares, aja em prol do seu próximo e assim encontrará o caminho da liderança, por conseguinte, a Senda da Imortalidade.

" O que fizemos apenas por nós mesmos morre conosco; o que fizemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal."

(Albert Pike )


FM-oc

sábado, 23 de outubro de 2010

Quem é o herói ou vilão?

Quem é o herói ou vilão?


Num certo dia desses vi uma palestra sobre a Temática “Garibaldi, 1º maçom italiano”. Pensei sobre o tema. Na tal palestra, velavam pelos feitos desse “Bambino”, como um herói, um homem extraordinário, um exemplo de pedreiro livre. As informações que passava o palestrante, eram de que esse italiano parecia um Super-Homem. Como estudioso e historiador, bem como sabem alguns, Garibaldi não foi nem metade do que falam nos livros ou fontes vulgares ensinadas aos bancos escolares.

Perdoe-me, mas Di Cavour deve ter revirado no Túmulo, quando todo mérito da Unificação daqueles 12 condados, sobre uma mesma bandeira, foi dado a Mazzini e a Garibaldi. Para inicio, Mazzini e Garibaldi pertenciam a um grupo radical que se intitulavam Carbonários, um tipo de um rito maçônico, que deriva de um rito Francês Jacobita. Franceses Jacobinos(radicais por natureza, responsáveis pelo período mais sangrento da Revolução francesa), por volta de 1830, temerosos com futuro deles(diga-se de passagem não era bom por terem sido responsáveis pela divulgação dos manuais ritualisticos da época), fugiram para Itália e se adaptaram(digo viveram na clandestinidade), criando e influenciando intelectuais Italianos, com ideais revolucionários radicais. Assim, foram criado os Carbonários e o Risorgimento. Porém não vamos longe. Em 1830, na França, houve uma revolução que deporia Luis XVIII, e posteriormente, Carlos X. Os radicais Jacobitas queriam a república, o maçom La Fayette, sugeriu uma monarquia parlamentarista, aos moldes dos vizinhos Ingleses, sob a tutela de Luis Filipe I, iniciou-se a Monarquia de Julho, finda o Periodo que a Europa conheceu como a Restauração.

Voltaremos a Itália. De 1830 a 1845, temos Mazzini levando seus ideais anarquistas nacionalistas, junto do Grupo profano conhecido como a Jovem Itália, levando o terror através dos Carbonários, que saqueavam os burgueses e nobre italianos seguindo bem a doutrina de Proudhon. Lembrar, que Garibaldi, nesse mesmo período, desmotivado, triste, quiça cabisbaixo....rs. Resolve vir para América devido rumores de independência das Colônias que ocorria na Europa. Numa baldiação, no Rio de Janeiro, onde iria pegar um novo barco até Bueno Aires, fica sabendo da Revolução Farroupilha(revolta causada por problemas de roubo de gado na fronteira e descaso da coroa para com a província), resolve trazer os ideais de Mazzini para o Sul. Mas com qual objetivo senhores? Idealismo, sede pela liberdade?

Respondo negativo, ele veio levantar fundos nas colônias, para retornar a “Bota” e assim, fazer a sua revolução. Sabendo que D. Pedro não lhe ouviria, viu a Farroupilha como um Trampolim, pois sabia que aquelas províncias do Império, era uma das mais ricas então. Pois, inicia-se o ciclo do café, e o ciclo do Gado, passara. Tanto que, quando chega nas províncias Farroupilhas, faz um acordo de mutua ajuda caso saia vitorioso nessa empleitada. Retorna a Itália, quando ver que está perdendo a guerra, e vê a mudança de visão do líder da Revolução, o maçom Bento Gonçalves.

Pio IX, dá apoio ao Nacionalismo dos “Giuseppes”, receioso ao crescimento do Império Austro-Hungaro, e o Império Franco, a comando de Napoleão III. Em 1848, a independência era eminente. Porém, Reino de Piemonte perde a guerra para Austria, e a França derruba a república de Mazzini e Garibaldi em Roma. Assim, sob o comando de Vitor Emanuel ll, em 1852, Reino Piemontês, instaurou um regime constitucional, sob o comando de Camilo Benso, o Di Cavour. Conde Di Cavour, como bom político, une-se a França para derrotar a Austria, consagra-se vitorioso e fica com a região de Lombardia. Negocia com os Francos, a União dos demais ducados, com isso, é incorporados formando O Reino Norte Italiano. Faltando Apenas o Reino das Duas Sicilias. Em 1860, Ação no Reino Siciliano ficou com Garibaldi, com os seus Mil que libertou Napoles. Integrou ao Reino Piemontes, o Reino Siciliano. Devido a experiência fracassada da republica.

Cavour foi citado na Palestra, não sendo tão heróico assim por ser a favor de um estado monarquista, Garibaldi, heróico pela grande campanha Siciliana. Campanha, não detalhada como devida(pilhagem, mortes de colaterais, maus tratos). Qual interesse? Desconhecimento?

Sim. Pois como houve no Brasil, na mudança da monarquia para a república, precisava-se de heróis com ideais republicanos, e sem muita ligação com a monarquia;

Quem escreve a História senhores são os VENCEDORES. Assim, precisava de um mito republicano, e para a Itália, o mito foi Garibaldi, como para o Brasil, foi Tiradentes.

Detalhes errôneos da palestra: 1º Grão Mestre R.E.A.A. na Itália; era grau 33º; participante do Supremo conselho maçônico do REAA; 1º maçom italiano; detentor de ideal fraterno sem igual; equiparado a San Martin e Simon Bolivar(libertadores da América);

Revelo minha Estranheza, pois:

1. um italiano nascido em Turim conhecido por Napion, que chegou ao Brasil junto com a familia Real Portuguesa em 1808, era um iniciado na Arte Real. Notável pela ação além do seu tempo, na organização logística das tropas militares, aqui instaladas. Interessante que foi iniciado em Portugal no inicio do século XIX, quando fora convidado pelo D.João VI, a modernizar o Exercito Portugues, devido a ameaça Napoleonica;

2. O rito REAA constituído como potência na Itália, só foi reconhecido após a 1ªGM, em 1919. Era praticado o rito citado sim, mas não organizado assim, a pratica não tinha uma forma. Somado ainda que Garibaldi era praticante do rito Carbonário ou Florestal;

3. O grau 33 só foi instituído no inicio do século XX, nos EUA. Após reformas, resolveram adicionar mais alguns graus após o 25, inicio do sec. XIX, porém organizado com uma filosofia própria, não. Então, Garibaldi, só se foi pós-morte.

4. Integrante do Supremo Conselho, não preciso comentar que tal conselho, também só foi criado no séc. XX. Existia algo, precursor de tal conselho, todavia não operava nessa função de congregação. Ex. no Brasil, existia desde a Independência, porém foi se organizar meados da década de 20 do Séc. XX.

5. Ideal fraterno? Saqueou, matou a sangue frio, e há relatos em livros antigos de incompetência em combate, abandono de homens em combate; Descrente e desmotivado com a causa italiana;

6. Bolivar e Martin puxaram a perna do palestrante naquela noite. Os dois Generais, libertaram povos das mãos de caudilhos e usurpadores. Garibaldi libertou um Ducado, aonde lutou perdeu, parecia Mick Jagger na Copa 2010.



Para fechar palestrante equiparou Garibaldi a Lenin e a Guevara, quanto aos ideais de liberdade e de socialismo. Realmente, apelou; esses dois últimos, sem comentários, quem estudou História, sabem que eram loucos... Garibaldi foi maior que eles não precisava jogar na lama o “Bambino Thiago Lacerda”. “Herói de dois mundos” controvérsio tal título. Herói aonde?

O Ser humano anda mesmo carentes de Heróis, temos que tomar cuidado para ensinarem aos nossos netos, que o Holocausto aconteceu, e que o tal de Adolf era louco não herói. Se Guevara, um homicida sanguinário, é tido como herói nos dias de hoje, imagine amanha.

Idéias liberais Di Cavour não são a mesma coisa de socialismo ou populismo de Proudon.

Assim quem é o herói e quem é o vilão? Afirmo que vai depender de quem conta a História. O pesquisador que não se encanta com o mito, buscando avaliar todas as versões, não raciocinando com versões isoladas e sim com contexto geral.

O pior é que para maioria da assistência, aquilo foi maravilhoso. Comprovando que os homens não andam estudando.



PS.: Leiam o post sobre Cavour...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Medo da Morte...?

O MEDO DA MORTE...






Meus Ilustres Irmãos,



Fazendo uma ligação da temática desenvolvida em uma outrora Prancha, venho trazer-lhes o tema Medo da Morte. Todos nós temos, é inevitável, por amarmos tudo a nossa volta.

A Morte acredita-se ser uma “liberação” para o “vôo” em direção ao infinito e incognoscível. Entender plenamente a MORTE é trazer consciência à vida, tornando-a intensa e radiante.

Os epicuristas sustentavam que a morte era o nada, assim não havia nada a temer. O medo da morte, supunham eles, que era morrer sofrendo.

Os estóicos diziam que a morte não deve ser temida porque não podemos fazer nada a respeito dela. É irracional temer o inevitável.

Nietzsche disse que deveríamos aceitar a morte com alegria, decidindo quando morrer.

Segundo outros Existencialistas (movimento filosófico de Nietzsche), a morte deveria ser uma fonte de terror porque revela o absurdo máximo da existência. De um ângulo mais otimista, eles viam a morte como motivação para viver mais intensamente.

Já Voltaire, afirmou que somos as únicas criaturas que contemplam a morte. Contudo não somos as únicas que dão duro para se manter vivas, e então lutar arduamente pela vida evidentemente não exige o medo da morte. Assim, a morte não é apenas uma ação evolutiva de adaptação, mas um subproduto inevitável de nossa habilidade desenvolvida de pensar e refletir.



Um Poema para reflexão:



“O que tem a Assustadora Morte para

Assombrar os Homens

Se as Almas, assim como os Corpos, morrem?

Da aflição e da dor nos libertaremos;

Não iremos sentir, porque não Seremos”

(Lucrécio, de Rerum Natura)



Entretanto talvez não seja realmente da morte o nosso grande medo. Talvez tenhamos esse sentimento devido termos vivido sem ter descoberto o que é a vida. Que vivemos tal dia sem intensidade e passado, assim foi um dia a mais; ou melhor, um dia a menos. Problemas, estresse do cotidiano faz-nos a vermos o mundo do ponto de vista negativo. Logo, não faz-nos, vermos os obstáculos da vida, como uma oportunidade de crescer, o lado positivo da Criação. Como oportunidade de chegarmos mais próximo ao Criador.

Portanto, aqui está o Milagre da Vida.

É a Auto - Realização.

É a felicidade.

É a superação, é ver o mundo de um enfoque positivo.

Então viva, ame, compartilhe intensamente.

Pois só assim seremos MESTRE de nós mesmos.



Então para que temermos a Morte?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Livre e de Bons Costumes? Será ...

Livre e de Bons Costumes...




É a condição exigida para que um profano ingresse na Maçonaria por intermédio da Iniciação.

Não basta o candidato ser politicamente livre; não basta que tenha comportamento moral comum.

A maçonaria proclama que a sua filosofia tem base na tradição, nos usos e nos costumes; portanto, “costumes” não é um mero comportamento, um moral de conduta, mas sim um universo de práticas que conduzem o ser humano a uma vida espiritual.

O candidato deve comparecer à Iniciação com uma disposição quase inata de “amar a seu futuro irmão” como a si mesmo.

Isso exige um comportamento para com o seu próprio corpo, para com sua própria alma, para com seu próprio espírito.

Ser livre e de bons costumes constitui uma exigência de maior profundidade do que parece a primeira vista; seria muito cômodo aceitar um candidato que politicamente é livre, pois não há mais escravidão no mundo; ou que penalmente, não se encontre preso, cumprindo alguma pena.

A liberdade exigida é ampla; sem compromissos que inibam o cumprimento das obrigações maçônicas, sem restrições mentais.

Todo maçom, mesmo antigo na Ordem, tem o dever de se manter “livre e de bons costumes”.

Dentro desse raciocínio, temos que avaliar e ponderar sobre qualquer candidato que venha pedir sua entrada.

- É LIVRE em todos os sentidos da palavra?

- É DE BONS COSTUMES como prevê as regras antigas e aceitas?

E nós, já Iniciados, refletir:

- Continuamos dentro dessa filosofia? Somos o que pregamos?

É essa Reflexão, que todo Maçom deve fazer todos os dias!

Pois, mesmo, com as constantes mudanças cotidianas nos hábitos da sociedade, permanece IMUTÁVEL os valores tradicionais da Sublime Ordem.

VERDADE, JUSTIÇA, ÉTICA, HONRA, FÉ!!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DEUSES ou homens? E a Morte!!!

Mitologia entre deuses homens e a morte!!!



Ao lado da preocupação com o enigma da origem, figura para o homem, como grande mistério, a morte

individual, associada ao temor da extinção de todo o povo e mesmo do desaparecimento do universo

inteiro. Para a  Mitologia, a morte não aparece como fato natural, mas como elemento estranho à criação

original, algo que necessita de uma justificação, de uma solução em outro plano de realidade. Três

explicações predominam nas diversas mitologias. Há mitos que falam de um tempo primordial em que a

morte nã o existia e contam como ela sobreveio por efeito de um erro, de castigo ou para evitar a

superpopulação. Outros mitos, geralmente presentes em tradições culturais mais elaboradas, fazem

referência à condição original do homem como ser imortal e habitante de um paraíso terreno, e apresentam

a perda dessa condiçã o e a expulsã o do paraíso como tragédia especificamente humana. Por fim, há o



modelo mítico que vincula a morte à sexualidade e ao nascimento, analogamente às etapas do ciclo de vida

vegetal, e que talvez tenha surgido em povos agrícolas.

A idéia do julgamento dos mortos, sua absolvição ou condenação predominou no antigo

Egito. Conforme descrito no papiro Ani, o coração do morto era levado à presença de Osíris

num dos pratos de uma balança, para que fosse pesado em comparaçã o com o que se

considera justo e verdadeiro: uma pena do deus Maat (simbolizado pela figura de um

avestruz) era posta no outro prato da balança. Os Hebreus, ao contrário, nã o tinham, até o

século II a.C., uma idéia clara a respeito de um julgamento último e seu correspondente

castigo ou recompensa: os escritos do Antigo Testamento mencionam apenas uma existência

ultraterrena num mundo de penumbra (sheol). Similarmente, o pensamento mítico grego,

conforme explicitado por Homero, concebia a morte como uma desintegraçã o, da qual apenas

uma espécie de fantasma (eidolon) descia ao Hades, onde levava uma existê ncia infeliz e

inconsciente. Já os mistérios de Elê usis, ao contrário, prometiam aos iniciados a felicidade

supraterrena, enquanto a filosofia platônica e o orfismo (seguindo, provavelmente, tendências

orientais) anunciavam a reencarnação. Zoroastro (século VI a.C.) falou de Chinvat, uma ponte

a ser atravessada após a morte, larga para os justos e estreita para os perversos, que dela caíam

no inferno. O zoroastrismo posterior elaborou a idéia de prêmio e castigo, de ressurreição dos

mortos e de purificação final dos pecadores.


Os mitos retratam freqüentemente o fim do mundo como uma grande destruição, de natureza

bélica ou cósmica. Antes da destruição, surge um messias ("Ungido") ou salvador, que resgata

os eleitos por Deus. Esse salvador pode ser o próprio ancestral do povo ou fundador da

sociedade, que empreende uma batalha final contra as forças do mal e, após a vitória,

inaugura um novo estágio da criaçã o, um novo céu e uma nova terra. Os mitos da destruição

escatológica manifestaram-se tardiamente, na literatura apocalíptica judaica, que floresceu

entre os séculos II a.C. e II d.C., e deixou sua marca no livro do Apocalipse, atribuído ao

Apóstolo João. Exemplo típico de mito de destruiçã o (embora não no fim dos tempos) são as

narrativas a respeito de grandes inundações. É bastante conhecido o episódio do Antigo

Testamento que descreve um dilúvio e o apresenta como castigo de Deus à humanidade. Esse

tema tem origens mais remotas e provém de Mitos Mesopotâmicos. Em quase todas as

culturas pré-colombianas encontram-se também mitos a respeito de dilúvios.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Zoroastro e Maçonaria, tem haver???

          Zoroastro, também conhecido como Zaratustra, foi um sábio árabe nascido no século VII a.C., cujo pensamento influenciou religiões monoteístas tais como; o Islamismo, o Judaísmo e até mesmo, o Cristianismo. Os livros do Zoroastrismo (ou Masdeísmo) relatam suas proezas, desde mais tenra idade. Dizem que quando nasceu, ao contrário de chorar, ele alegremente e calorosamente riu para os presentes. Para alguns dos presentes, era sinal que havia chegado um ser de Luz; para outros um demônio, e por causa disto, no seu primeiro dia de vida, foi colocado em uma fogueira, porém, ele não se queimou. Depois foi colocado à frente de uma manada de mil bois, protegido por um destes que sobre ele se colocou, nada sofreu.


        Finalmente, colocaram-no dentro de uma toca de lobos para que fosse devorado, mas, uma loba cuidou dele até que sua mãe viesse buscá-lo. O bebê cresceu e sempre foi um ser introspectivo, caminhava pelas redondezas de sua vila a indagar: Quem faz a Lua crescer ou diminuir? Quem criou o Sol e as Estrelas? Quem colocou nos homens o sentimento de Bondade e Justiça? Aos 15 anos de idade, já era um exemplo, pelo seu conhecimento dos preceitos religiosos de sua época, e, notadamente um ser bondoso para com os homens e a natureza. Alguns relatos, dizem que aos 20 anos de idade, ele se afastou de sua comunidade e, por dez anos viveu em contemplação e meditação. Aos 30 anos de idade, lhe apareceu uma divindade de nome Vohu Mano (“Boa Mente”), que o levou ao encontro de Sete seres míticos. Então, lhe foi dito: “Zoroastro, se quiser, você pode encontrar dentro de si, as respostas para todas as perguntas que lhe angustiam”,dando-lhe ainda, o fardo de ser o profeta que deveria anunciar a boa nova ao povo. “- Porque eu? Não sou poderoso e nem tenho recursos!” Questionou Zoroastro. Em uníssono, os seres responderam: “-Você tem tudo de que precisa, o que todos igualmente têm: Bons pensamentos, boas palavras e boas ações”. Depois desta revelação, ele se propôs a difundir o que seria, não apenas, mais uma religião, mas, um sistema religioso-filosófico monoteísta. Este sistema, não valorizava somente o homem como redentor de si mesmo; era contra o sacrifício de animais e valorizava o trabalho como um ato sagrado. “O que mais vale em um trabalho, é a dedicação do trabalhador”. “O que lavra a terra com dedicação, tem mais mérito religioso, do que poderia obter com mil orações, sem nada fazer”.

          No começo de sua jornada, foi mais uma voz a clamar no deserto. Com o passar do tempo, seus conhecimentos se espalharam por toda a Pérsia, chegando a se torna religião oficial. Muitos foram iniciados em seus augustos mistérios. O Livro Sagrado do Zoroastrismo (ou Masdeísmo) chama-se Avesta (Zend-Avesta), e a moral está na frase: “Aja,como gostaria que, agissem contigo”. Zoroastro morreu assassinado no Templo, diante do Altar do Fogo Sagrado. Agora, está na hora da pergunta: - Mas o que isso tem a ver com Maçonaria? Zoroastro reunia seus seguidores, em reuniões secretas dentro do Templo... DO MEIO DIA À MEIA NOITE.

Todavia o que tem haver com a Sublime Ordem???
Responda, tire suas conclusões.:

O objetivo deste Post, é despertar a vontade de conhecer um pouco mais sobre o assunto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é chakra???


       Nossa mente trabalha com as mais diversas faixas vibratórias (freqüências), até porque nosso corpo foi criado para captar e processar todas essas energias. Esses receptores são os chakras, que só são visíveis por sensitivos (pois ficam no corpo etérico). Eles captam as energias que nos circundam no etérico, astral e mental e, como um transformador, a "convertem" pra um padrão que o corpo possa assimilar. Informações mais "sérias" podem ser encontradas nos livros de Leadbeater e Blavatsky, então vou só falar por alto: chakra (que significa literalmente roda, em sânscrito) é um centro de força, que gira captando e irradiando energia como um vórtice, ou, de forma mais poética, como uma galáxia microscópica. Muita gente acha que os chakras são apenas sete, como nos diagramas, mas praticamente cada poro do corpo é correspondente a um chakra no corpo etérico (também chamado de "duplo etérico"). Esses chakras são interligados por uma vastíssima rede de canais, chamados nadis, que por sua vez estão ligados às glândulas endócrinas do corpo físico. Os nadis principais são chamados de Ida (Que vai da narina esquerda ao chakra básico. Qualidades: Frio, introspectivo, feminino, Yin) e Pingala (Que vai da narina direita ao chakra básico. É uma energia ativa, masculina, Yang), por onde descem o prana captado pela respiração (que é o meio mais normal de se abastecer de prana, mas não o único). Elas partem de um ponto entre as sobrancelhas e descem pelo corpo até o chakra básico, onde fica em estado latente a energia Kundalini. Muito se fala sobre os perigos da ativação da Kundalini, e não sem razão. É preciso haver uma "maturidade energética" para que o corpo etérico desenvolva o canal Sushumna, que se sobrepõe à coluna vertebral e é por onde vai ascender a Kundalini. Se esse canal não estiver pronto, a energia descontrolada irá subir pelos nadis Ida e Pingala, que não foram feitos para agüentar uma energia tão forte (equivalente a ter energia de alta tensão correndo por fios caseiros) e poderá trazer seqüelas, como desarmonia, doenças, e até mesmo a loucura.   

     Além do "corpo", é preciso equilibrar a mente, pois a ascensão da Kundalini simboliza o encontro do Céu com a Terra, a energia Creadora, sutil, Divina, que vêm do chakra Coronário (topo da cabeça), com a energia Criadora e poderosíssima da Mãe Terra: pensamento e ação em perfeita harmonia. Claro que qualquer desequilíbrio provocará um mal. O excesso de energia sutil poderá atrapalhar o funcionamento do corpo em certas funções, o que é ruim, mas resolvível, enquanto o excesso da Kundalini irá afetar logo a mente, o que é bem mais difícil de solucionar, podendo trazer consequências danosas. É por isso que os verdadeiros Mestres não incentivam o desenvolvimento da Kundalini de forma artificial, e sim pela vivência e aprendizado, pois este é um processo natural (evoluir é o nosso destino, mas cada um a seu tempo).


      Na física, o espectro visível da luz é decomposto em sete cores primárias, e o que define essas cores é a sua freqüência de ondas (vibratória). A freqüência mais alta (Violeta) "vibra" com mais intensidade, ou seja, tem movimentos de onda muito mais rápidos (pois o comprimento de onda é mais curto, fazendo com que mais ondas aconteçam num menor espaço de tempo). O inverso é verdadeiro para a freqüência mais baixa (Vermelho). Sabemos que, quanto mais rápida é a velocidade das moléculas, mais sutil e sem forma (amorfa) se torna a matéria. Tomemos o gelo, por exemplo, que tem uma velocidade de moléculas mais baixa do que a água líquida, e esta, por sua vez, possui uma velocidade/freqüência mais baixa do que a das moléculas do vapor. Na metafísica também é assim, muito embora não possamos definir em termos científicos a faixa de freqüência onde opera cada chakra simplesmente porque o mundo espiritual não é (ainda) algo que seja mensurável, seja com experimentos diretos ou indiretos.

      Os chakras "decodificam" cada um uma certa freqüência de energia (e cada uma delas é necessária ao bom funcionamento do corpo), e o que os clarividentes vêem são cores, numa escala análoga a das notas musicais. Então, por exemplo, o chakra que trabalha com as energias mais densas (Muladhara) fica na parte inferior do corpo, e vibra na cor que podemos perceber como vermelho. Vejamos todos os chakras principais, da freqüência mais alta até a mais baixa:

Cor - posição - Nome sânscrito - tradução - bija mantra


Violeta - coronário - Sahashara - Lótus de Mil pétalas - Sem mantra

Índigo - frontal - Ajña ou Agnya - Comando - OM

Azul celeste - laríngeo - Vishuda - Purificador - HAM

Verde - cardíaco - Anahata - Inviolável - YAM

Amarelo - plexo solar - Manipura ou Nabhi - Cidade da Jóia - RAM

Laranja - umbilical - Swadsthana - Morada do prazer - VAM

Vermelho - Base da coluna - Muladhara - Raiz/Suporte - LAM



Assim espero que esta pesquisa possa ter esclarecido um pouco mais...

Fraternais abraços

FM-oc

terça-feira, 21 de setembro de 2010

FILATELIA MAÇÔNICA - História contada através de selos postais.

Os Correios do Brasil lançaram em 20/agosto/2004 (no Dia do Maçom) este conjunto de selos sobre maçonaria, representando elementos e símbolos maçônicos:






SABEDORIA, FORÇA E BELEZA:

As colunas representam a Sabedoria, que orienta no caminho da vida, aForça, que anima e sustenta o homem em todas as dificuldades, e aBeleza que adorna as ações, o caráter e o espírito do maçom.

ESCADA DE JACÓ:

Simboliza a escala da hierarquia maçônica, na qual ascendem aqueles que pela fé e pelo esforço, tiverem conseguido transformar a pedra bruta em pedra polida, apta à construção da vida.

FERRAMENTAS DE TRABALHO:

O "Esquadro, o Nível e o Prumo" simbolizam as ferramentas utilizadas pelos maçons na construção da Ordem.

DESBASTANDO A PEDRA BRUTA:

Representa o Emblema do Aprendiz, ao qual cabe a obrigação de desvencilhar-se dos defeitos e das paixões, para poder trabalhar na construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra da maçonaria

"Os selos divulgam os mais relevantes princípios e fundamentos da Maçonaria, como o de orientar no caminho da vida, animar e sustentar o homem em todas as dificuldades e adornar as ações, o caráter e o espírito do Maçom. Também instrui sobre a obrigação do aprendiz em desbastar a Pedra Bruta, desvencilhando-se dos defeitos e das paixões, que habita, preparando-se para a construção moral da humanidade, a verdadeira obra da Maçonaria. A ascensão dos Maçons que, pela fé e pelo esforço, tiverem conseguido transformar a Pedra Bruta em Pedra Cúbica, é outro aspecto valorizado pela Maçonaria e perpetuado por esta emissão."

(Laelso Rodrigues, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil à época do lançamento)

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Brasil, 2007 e Uruguai, 2007

(emissão conjunta)

Selo comemorativo:

1807-2007 - Bicentenário de Nascimento do Maçom Giuseppe Garibaldi




O primeiro selo mostra Giuseppe Garibaldi a cavalo, levando a bandeira dos revolucionários gaúchos, simbolizando a importância de seu papel na Revolução Farroupilha. O símbolo da maçonaria com o Esquadro e Compasso aparece no canto superior direito.

O segundo selo apresenta à direita, o rosto de Giuseppe Garibaldi nas cores verde e branco e uma linha vermelha, simbolizando as cores da bandeira da República Italiana, em homenagem à Itália pela qual Garibaldi combateu. À esquerda, uma fragata do século XIX, em que tremula a bandeira do Uruguai, lembrando a atuação de Garibaldi como Comandante da Frota na defesa do governo daquele país.

1º - Desenho feito por Márcia Mattos (Brasil).

2º - Desenho feito por Carlos Menck Freire (Uruguai).



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Brasil, 1992

Selo comemorativo emitido em 20/agosto/1992 (Dia do Maçom):

Homenagem ao Grande Oriente do Brasil

Símbolo do "Esquadro e Compasso" e maquete do Palácio Maçônico do Grande Oriente do Brasil (Brasília/DF), inaugurado em 04/dezembro/1992. O Grão-Mestre Geral na época era o Irmão Jair Assis Ribeiro.





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Brasil, 1988

Selo comemorativo: Sesquicentenário (150 anos) da morte de José Bonifácio de Andrada e Silva

Pintura de José Bonifácio com símbolos do Brasil Império e da Maçonaria.

Descrição do Edital: "O selo mostra a figura de José Bonifácio de Andrada e Silva, O Patriarca da Independência, com elementos que o identificam: o brasão de armas do Brasil independente, envolvido pela cruz da Ordem de Cristo, o martelete e o minério do mestre da mineralogia e, ainda, a faixa, o avental e o emblema maçônico para lembrar o Grão-Mestre de maçonaria. O artista fez o retrato a bico-de-pena e aquarela inspirando-se em uma gravura e uma litografia da época."

Desenho feito pelo quadrinhista, pintor e historiador Ivan Wasth Rodrigues.



Envelope de Primeiro Dia de Circulação (06 de abril de 1988),

com o carimbo comemorativo:




Ilumina teus povos: dá socorro

Pronto e seguro ao índio tosco, ao negro,

Ao pobre desvalido; então riqueza

Teus cofres encherá...

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Brasil, 1977

Selo comemorativo emitido em 18/julho/1977: Cinquentenário de Fundação das Grandes Lojas Brasileiras:

- Grande Loja da Bahia nº 1, fundada em 22.05.1927;

- Grande Loja do Rio de Janeiro nº 2, fundada em 24.06.1927;

- Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP) nº 3, fundada em 15.07.1927

O selo mostra símbolos do Esquadro, Compasso e a letra 'G', sobre o mapa do Brasil.





Envelope de Primeiro Dia de Circulação:



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Brasil, 1973

Selo comemorativo:

Homenagem ao Grande Oriente do Brasil - 1822/1973

Em 17/junho/1822 foi instalado no Rio de Janeiro o Grande Oriente do Brasil sendo José Bonifácio de Andrada e Silva nomeado o primeiro Grão-Mestre.





Envelope de Primeiro Dia de Circulação (24 de agosto de 1973):



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Vaticano, 1966



A figura da esquerda faz lembrar o símbolo do Mestre na maçonaria que é representado por um ancião de longas barbas, pensativo, portando nas mãos um compasso, diante de uma prancha. É sobre ela que o mestre estabelece seus planos.

A figura da direita faz lembrar o Mestre Construtor com a trolha do pedreiro assentando a pedra polida para a construção simbólica do templo.

Os selos foram desenhados pelo gravurista italiano Mario Rudelli e lançados pelo Vaticano em 1966, época do Papa Paulo VI.

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Bélgica, 1982/1983

Selo comemorativo dos 150 anos do Grande Oriente da Bélgica (1833-1983).

GROOTOOSTEN van BELGIË (em holandês)

GRAND ORIENT de BELGIQUE (em francês)

A imagem mostra o aprendiz maçom entre a pedra bruta e pedra lapidada. O aprendiz deve trilhar seu caminho trabalhando na pedra bruta, retirando sua aspereza e imperfeições até chegar na pedra polida, harmoniosa e aprimorada.

Os instrumentos de trabalho mostrados são o Esquadro, Compasso e o Malho.

A figura geométrica do círculo representa a vida e o triângulo contém a cabeça do homem em seu ápice, realçando




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França, 1973



Selo comemorativo dos 200 Anos do Grande Oriente da França (1773-1973).

(Bicentenaire - Grand Orient de France)

A imagem mostra um esquadro projetando sua sombra sobre a superfície do planeta Terra e o texto "Liberté - Egalité - Fraternité" (Liberdade - Igualdade - Fraternidade). Em volta, uma parte da Corda de 81 Nós, um símbolo significativo da maçonaria.



Pesquisa de um ir.: do GOSP enviada a este.
FM-oc

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Síntese Histórica da Maçonaria no Brasil


• Embora tenha, a Maçonaria brasileira, se iniciado em 1787, com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na povoação da Barra, em Salvador, Bahia, só em 1822, quando a campanha pela independência do Brasil se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com jurisdição nacional, exatamente com a incumbência do levar a cabo o processo de emancipação do país.( Vide abaixo: Em "O Sumário de sua História...da criação da primeira Obediência Nacional).

• 1800/1801 - Maçons portugueses fundam no Rio de Janeiro a Loja "União", que mais tarde passou a denominar-se "Reunião" por terem a ela filiado outros maçons. Com as Lojas "Constância" e "Filantropia", filiou-se em 1800 ao Grande Oriente Lusitano. Separou-se, porém, por terem surgido discórdias e filiando-se ao Grande Oriente da França, adotando o rito Moderno.

• Em 1802 é instalada na Bahia a Loja "Virtude e Razão", da qual saíram, em 1807, a Loja "Humanidade" e, em 1813, a Loja "União".

• Em 1807, a 3 de março, ressurge a Maçonaria no Brasil com a instalação da Loja "Virtude e Razão Restaurada", na Bahia.

• Em 1809, D.João, Príncipe Regente, ao receber uma longa lista de nomes de maçons, para serem presos, respondeu nesses termos: "Foram estes que me salvaram".

• Em 1809 funda-se em Pernambuco uma Loja da qual fizeram parte os padres Miguel Joaquim de Almeida e Castro, João Ribeiro Peixoto e Luiz José Cavalcante Lins. Esta Loja teve intuitos puramente políticos e os padres que faziam parte do seu Quadro tinham sido iniciados em Lisboa em 1807.

• Em 1812 funda-se, na freguesia de São Gonçalo, Niterói, a Loja "Distintiva". Essa Loja tinha sinais, toques e palavras diferentes das outras Lojas, tendo por emblema um índio vendado e manietado de grilhões e um gênio em ação de o desvendar e desagrilhoar. Era ela republicana e revolucionária. Denunciada, foi dissolvida, sendo lançados no mar, nas alturas da ilha dos Ratos, seus arquivos e alfaias.

• Em 1813, na Bahia, é fundado o primeiro Grande Oriente com as Lojas "Virtude e Razão", "Humanidade" e "União", que adormeceu devido a desastrosa revolução de 1817.

• Em 1815, a 12 de dezembro, na residência do Dr. João José Vahia, é instalada a Loja "Comércio e Artes", que logo depois adormeceu.

• Existia no Recife, em 1816, uma Grande Loja Provincial reunindo as Lojas "Pernambuco do Oriente", "Pernambuco do Ocidente", "Restauração e Patriotismo" e "Guatimozim".

• O ano de 1821 começara para D.João VI como principiara o de 1807. O Grande Oriente Lusitano levara-o, quinze anos antes, a transferir a sede do governo monárquico da Nação Portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro. Decorrido três lustros, esse mesmo grande Oriente obrigá-lo-ia a retransferir a sede do seu governo do Rio de Janeiro para Lisboa.

• Em 1822, a 10 de março, por proposta de Domingos Alves Branco, a Loja "Comércio e Artes" confere ao Príncipe D.Pedro o título de "Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil". A 26 de maio, José Bonifácio é iniciado na Maçonaria. A 21 de maio, em plena sessão das Cortes, em Lisboa, o Maçom Monsenhor Muniz Tavares diz que - talvez os brasileiros se vissem obrigados a declarar sua independência de uma vez. A 2 de junho, José Bonifácio, com outros maçons, funda a sociedade secreta "Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz", melhor conhecida com o nome de "Apostolado", da qual fez parte D.Pedro, com o título de Arconte-Rei. A 5 de agosto, com a dispensa do interstício, D.Pedro é exaltado ao grau de Mestre. A 14 de setembro D.Pedro é investido no cargo de Grão Mestre no Grande Oriente do Brasil. A 4 de outubro, D.Pedro oferece a Gonçalves Ledo o título de marquês da Praia Grande que é por este recusado, com a declaração de ser muito mais honroso o de brasileiro patriota e de homem de bem. A 21 de outubro, D.Pedro, Grão-Mestre, manda a Gonçalves Ledo que suspenda os trabalhos no Grande Oriente. A 25, em decreto, D.Pedro determina o encerramento das atividades maçônicas. Diversos maçons são presos. Ledo consegue fugir para a Argentina.

• Em 1823, a 25 de março o Apostolado aprova o projeto da Constituição Brasileira. A 23 de julho, o Apostolado é violentamente fechado. A 20 de outubro, D.Pedro, Imperador proíbe as sociedades secretas do Brasil, sob pena de morte ou de exílio.

• A 13 de janeiro de 1825, o Maçom, frei Joaquim do Amor Divino Caneca é fuzilado no Recife.

• A 23 de novembro de 1831, o Grande Oriente do Brasil restabelece suas atividades, adormecidas desde 1822, sendo reeleito José Bonifácio de Andrada e Silva para o cargo de Grão-Mestre. Nesta oportunidade é lançado um manifesto a todos os Corpos Maçônicos Regulares do mundo contendo subsídios de extraordinária importância para a História do Brasil. Instala-se, a 12 de novembro, o Supremo Conselho do Rito Escocês para o Brasil, sendo seu primeiro Grande Comendador, Francisco Gê Acayaba de Montezuma, visconde de Jequitinhonha. No surgimento da Maçonaria em 1832, no Rio de Janeiro, existiam dois Grandes Orientes - o Grande Oriente do Brasil, presidido por José Bonifácio que teve sede na atual Rua Frei Caneca, e o Grande Oriente Nacional Brasileiro, presidido por Britto Sanchez, com centro à Rua dos Passos. Em uma cisão havida neste último, surge outra Potência, tendo como Grão-Mestre o marechal Duque de Caxias. O antagonismo e a animosidade que dividiam os grupos maçônicos levam este Grande Oriente a abater Colunas, depois de ser despejado por dificuldade financeira. Sem dúvida, não encontrara o Duque de Caxias, entre os maçons da época, espírito de cooperação e fraternidade.

Duque de Caxias

DUQUE DE CAXIAS








Patrono do exercito brasileiro e Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil, Luiz Alves de Lima e Silva nasceu na Fazenda Taquaruçu, Porto de Estrela, hoje município de Caxias – na Província do Rio de janeiro, no dia de São Luis, 25 de agosto de 1803, numa família de militares.

Neto, filho e irmão de militares, logo aos cinco anos.a 22 de novembro de 1808, era reconhecido cadete, segundo o costume da época, nas famílias militares. Aos 14 anos, entrou para o serviço efetivo do Exercito e, um ano depois, já era alferes, tendo sido transferido para a Academia Real Militar, que fora criada em 1814, pelo príncipe regente D João, o futuro D João VI, de Portugal.

A 2 de janeiro de 1821 era promovido a tenente e em dezembro do mesmo ano, concluía o curso de oficial, incorporando-se ao Primeiro Batalhão de Fuzileiros.

Em 1822 ocorria a Independência do Brasil e a reação portuguesa, na Bahia. Era então, chamado a enfrenta esta reação, incorporando-se ao recém criado Batalhão do Imperador, sob o comando de seu tio Jose Joaquim de Lima e silva, recebendo seu batismo de fogo, quando, num ataque frontal, conquistava uma posição fortificada a 28 de março de 1823. Em julho do mesmo ano, com o termino da refrega ele voltava ao RJ, coberto de glória, sendo promovido a capitão.

Em 1824, com apenas 21 anos de idade recebia do Imperador D Pedro I, a Imperial Ordem do Cruzeiro. Em 1825 partia, para servir na Guerra da Cisplatina, que se estendeu até 1828, tendo sido citado por bravura, três vezes, promovido a major e recebido comendas da Ordem de São Bento de Avis e Hábito de Rosa.

Após a abdicação de D Pedro I, a 7 de abril de 1831 ele era encarregado pelo Ministro da Justiça (que foi maçom) de organizar uma unidade de 400 oficiais, o Batalhão Sagrado, para manter a ordem e evitar a anarquia, competindo também a ele, organizar a Guarda Municipal Permanente, hoje Policia Militar, que a 3 de abril de 1832, derrotaria as forças do Major Miguel Frias de Vasconcelos, que sublevara seus companheiros de prisão, na Fortaleza de Villegaignon, pretendendo derrubar a regência.

A 2 de fevereiro de 1833, o Major Lima e Silva se casava com Ana Luisa, na Igreja da Candelária, no RJ. Em 1837 era promovido a Tenente Coronel e em 1839, seguia-se para o RS, sacudido pela Revolução Farroupilha, em viagem de inspeção, como conselheiro militar, na comitiva do Ministro da Guerra, Sebastião de Rego Barros. Ao voltar ao RJ, ele recebia do Regente Araujo Lima, que sucedera Feijó, a oferta para comandar as forças do Sul, ele se recusaria a isso, porém, porque era tenente coronel e havia muitos generais na região.O rígido respeito à hierarquia seria uma tônica em sua vida.

Ainda em 1839 era nomeado presidente e comandante geral das forças militares do Maranhão, para por fim à rebelião conhecida por “a balaiada”, que tinha esse nome, por ser liderada pelo fabricante de balaios Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, que se opunha o governo provincial. A 4 de fevereiro de 1840 ele chegava a São Luis e em março libertava a cidade de Caxias, dando por encerrada a sua missão, em janeiro de 1841, com o esmagamento da revolta e a anistia a cerca de 12 mil rebeldes.

A 13 de maio do mesmo ano, retornava ao RJ, sendo a 18 de julho, promovido a general-brigadeiro. Na mesma época, recebia o título de Barão de Caxias, referência à cidade em que derrotara os balaios.

A 21 de março de 1842 era nomeado comandante da Armas da Corte, ao tempo em que irrompia a Revolução Liberal, em SP e MG, tendo Feijó como um de seus líderes.

A 17 de maio, Caxias era nomeado comandante-chefe das forças em São Paulo e vice-presidente da Província. A tomada de Sorocaba, a 20 de junho, e o cerco a Santa Luzia, a 20 de agosto, decidiram a sorte dos revoltosos. A essa altura dos acontecimentos, já era maçom, época em que permaneceu mais tempo sediado no RJ.

Em setembro de 1842 reassumia o Comando das Armas da Corte, sendo cognominado o Pacificador, pois já pacificara três províncias, restando apenas a do RS. Mas já a 9 de novembro de 1842, ele era nomeado Comandante de Armas e Presidente dessa Província, para acabar com a Revolução Farroupilha – ou Guerra dos Farrapos – o que conseguia somente dois anos após, em janeiro de 1845, completando a obra pacificada e garantindo a unidade nacional. Era, então, promovido a marechal-de-campo, agraciado com o título de Conde e indicado para o Senado.

Em 1852, partiria novamente para o sul, para participar da Campanha contra Oribe e Rosas, encerrando sua missão a 4 de junho de 1852. A26 de julho ele recebia o título de Marquês. Em 1855 era convidado a ocupar a pasta da Guerra, no Gabinete presidido pelo Marques do Paraná (maçom). Após o falecimento deste, ele era indicado para a presidência do conselho de Ministros, anos depois, em 1861 a 1862, voltaria a ocupar a chefia do Gabinete conservador.

Em 1865 ao se iniciar a Guerra do Paraguai, Caxias era mantido fora da luta, já que o gabinete Liberal, presidido por Zacarias de Goes, não simpatizava com a sua posição política conservadora. Todavia a 10 de outubro de 1866, com o general Osório (maçom,) ferido e fora de combate e diante do rumo que tomava a guerra, Zacarias rendia-se a evidencia e nomeava Caxias para a chefia das tropas brasileiras.

Assim, em 22 de julho de 1867, com 64 anos de idade ele reiniciava sua luta, reorganizando o Exercito combalido Começavam então, a partir daí a surgir vitórias Tuiu-Guê, Membuci, Potrero Obella, Taq e Humaitá. Todavia, sentindo que lhe faltava apoio moral do governo, ele apresentava seu pedido de exoneração, após a passagem de Humaitá. O Conselho de Estado, porém, acabaria optando pela retirada do ministério liberal, prestigiando a Caxias, que fortalecido, prosseguia numa série de vitórias – Itororó, Avaí e Lomas Valentias – até a entrada triunfal em Assumpção, a 5 de janeiro de 1869.

Retornando ao RJ era coberto de honrarias e medalhas, sendo agraciado com o título de Duque, o mais alto de toda hierarquia da nobreza, abaixo apenas da Realeza (foi o único Duque da história do Brasil Imperial).

A 25 de junho de 1875 o imperador D Pedro II o nomeava Presidente do Conselho de ministros, para, mais uma vez, pacificar a nação ao fim da tormentosa questão religiosa. Dois anos depois, ele deixava o ministério, retirando-se para a fazenda de seu genro, barão de Santa Mônica, aonde viria a falecer, 20:30 hs do dia 7 de maio de 1880.

Foi iniciado Maçom, provavelmente em 1841, numa das Lojas do Grande Oriente Brasileiro, no RJ. Depois do período de inatividade da Maçonaria brasileira, forçado pelo fechamento do Grande Oriente Brasílico (25 outubro de 1822), a Maçonaria ressurgia, em 1830 com a criação do Grande Oriente Nacional Brasileiro, que só foi instalado a 14 de junho de 1831, apenas como Grande Oriente Brasileiro, que se tornou mais conhecido, historicamente, como Grande Oriente de Passeio, em alusão ao local em que se instalou, no RJ, depois de ficar algum tempo na rua Santo Antonio, desaparecendo no início dos anos 60. No mesmo ano de 1831, em outubro, os remanescentes do primeiro Grande Oriente reuniram-se e reinstalaram as três Lojas que o haviam fundado: Comércio e Artes, União e Tranqüilidade e Esperança de Niterói, para a, 23 de novembro reinstalar, sob o título de Grande Oriente do Brasil, o Grande Oriente Brasílico de 1822.

Em 1832 era fundado o Supremo Conselho para o Império do Brasil do REAA, por Francisco GÊ Acayaba de Montezuma, (originalmente Francisco Gomes Brandão); era uma obediência autônoma a qual, inclusive, criava suas próprias Lojas.Em 1835, Montezuma era demitidos do cargo de Soberano Grande Comendador e excluído do Supremo Conselho, por sua truculência e malversação dos metais da Obediência, sendo substituído por José Bonifácio de Andrada e Silva. Com a morte deste, em 1838, assumiria o cargo de seu irmão Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.Em 1840, a 1 de dezembro – e esse é um fato importante para o Supremo Conselho e para Caxias – tornava-se o Soberano Grande Comendador o conde – depois marques – de Lages , João Vieira de Carvalho.

Nessa época o Grande Oriente de Passeio começava a conhecer um período de declínio, o que faria perder diversas lojas para o Grande Oriente de Brasil. Esse fato o teria levado a uma maior aproximação, com o supremo conselho, que também estava em fase de declínio, o que precipitaria a fusão entre as duas obediências, acontecia a 5 de dezembro de 1842, quando o supremo.

Conselho ratificava o texto do tratado apresentado pelo Passeio, a 4 de novembro. Depois de uma época de marasmo e sem grandes perturbações, as duas Obediências então fundidas, iriam conhecer uma fase de grande agitação, a qual seria iniciada em 1846, com uma série de defecção em suas fileiras: o Grão Mestre Candido José de Araújo Viana, futuro visconde e marques de Sapucaí, deixava o cargo e, com diversos outro membro, proeminentes do supremo conselho, filiava-se ao Grande Oriente do Brasil, em vista do movimento subterrâneo, liderado pelo Grande Secretário do Passeio Brito Sanches, para empalmar o poder, com o apoio ou conivência de membros do Supremo conselho. Araújo Lima foi substituído pelo Senador Manoel Alves Branco, que entraria em choque com o supremo Conselho, chegando a fundar outra Oficina chefe do rito, irregular, em janeiro de 1847.

Diante de tais fatos, o conde de Lages, já doente e sem condições de enfrentar essa dura batalha, entregava a direção do supremo conselho a Luis Alves de Lima e silva, então conde de Caxias, o qual, pelo prestígio que já desfrutava era, certamente, o único capaz de salvar a obediência, tirando-a Ada crítica situação. Assumindo, Caxias, imediatamente, declarava independente o supremo conselho, saindo da sede do
Passeio e mantendo o título que a obediência tinha, desde a fusão: Muito poderoso Conselho do REAA do GOB. Tornava-se ele, assim, Grão Mestre desse Grande Oriente, que passaria à história como “Grande Oriente de Caxias”, o qual iria criar diversas lojas importantes, entre as quais a tradicional Loja Piratininga, da província de São Paulo. Caxias, todavia, devido a sua intensa vida política militar, pouco podia se dedicar à obediência maçônica, que era bastante frágil, o que fez com que ele começasse a planejar sua fusão com o Grande Oriente do Brasil, que era o círculo maçônico de maior proeminência. Em julho de 1849, ele encarregava João Francisco Tavares Carvalho, membro proeminente da obediência, de proceder aos estudos necessários para a planejada fusão. Mesmo arquitetando a fusão, não deixava Caxias de criar novas lojas simbólicas, pois além da já citada Piratininga, foram criadas, também na província de SP, as Lojas Firmeza, em Itapetininga e a Fraternidade, de Santos, em 1852 e 1853, respectivamente.

Com o prosseguimento dos entendimentos com o GM do GOB, o visconde e futuro marques de Abrantes, foi incluída, na Constituição do GOB, a 15 de setembro de 1852, a clausula que previa a incorporação do Supremo conselho a um mandado de cinco anos par a Alta Administração da Obediência.

Essa constituição, porém, iria provocar uma grande crise no GO. Ela substituía a constituição de 1842, que era muito liberal e atrativa para os que desejassem solicitar filiação do GOB e que trouxera, para este, muitos refugos do GOP, os quais criariam, depois, muitos problemas. Um dos problemas que aconteceu quando a Carta Magna de 1852 colocou fim a liberalidade, que permitia que o GO fosse tomado de assalto por elementos perniciosos: os interessados rebelaram-se criando o GO Revolucionário, o que provocou o imediato pedido de demissão do visconde de Abrantes e do dois GM Adjunto, João Pereira Faro, barão do Rio Bonito, passando, o GOB a ser dirigido, interinamente por Manoel Joaquim Menezes. Como, todavia, a maioria das lojas não aceitou a situação, os lideres da revolta acabaram ficando numa situação insustentável, a ponto de terem de solicitar a volta de Abrantes, o qual, esquecendo-se de todas as ofensas que recebera dos revoltosos e no intuito de salvar o GO de uma situação caótica, concordou em voltar, sendo reempossado em 5 de novembro de 1853. E a instalação oficial, do Supremo conselho, trazido com a incorporação do GO de Caxias, acontecia em 1854, sendo ratificada pela constituição de fevereiro de 1855, que substituía da de 1852. Essa carta magna, entre outras coisas, separou os ritos, destacando o REAA com a afetiva incorporação do legítimo Supremo conselho de Caxias. Os outros dois ritos praticados no Brasil na época – moderno e adoniramita – que ainda continuava a fazer parte do Grande Colégio de Ritos, reorganizado por Manoel Joaquim Menezes, em 1842, foram acomodados, com a extinção do Grande Colégio, no Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis, cujo regulamento geral seria aprovado a sete de maiom1 858.

Não desejando Caxias continuar no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho, este passou a ser exercido pelo GM, assim se mantendo numa situação que, posteriormente, seria considerada irregular e condenada pela Conferência de Supremos conselhos, em Lausanne, em 1922. Mas continuou com um dos baluartes do Supremo conselho: vinte anos de pois, em 1874, ainda era o quarto, na hierarquia da obediência, tendo à sua frente, apenas os dignitários do GOB: O Grão Mestre e Conselheiro de Estado, visconde do Rio Branco, o Conselheiro de Guerra, barão de Angra e o Conselheiro Joaquim Marcelino de Brito.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mas qual é o dia do Maçom?

Teatro do dia do maçom


Uma conversa no Oriente eterno, do Ir.: Gonçalves Ledo, do Ir.: Barao do Rio Branco e do Ir.: George Washington.

Nesse meio a discursao, sobre o dia do Maçom. Um defende o dia 09 de setembro, o segundo o dia 20 de agosto, e o ultimo dia 22 de fevereiro.

Meio ao tema a conversa dos IIr.:, explica-se sobre as diferentes tnterpretações das diferentes datas. Mostrando a defesa, no final, impõe o fim da discursao com Sabedoria dizendo que o dia do maçom é todos os dias.

Legenda

1 – Barão

2 - Ledo

3 - Washington

Narrador: Num dia desses em algum lugar do Oriente eterno, estavam 02 ilustres IIr.: conversando sobre o Dia do Maçom. Um deles era o Ir. Gonçalves Ledo, e o outro, Ir. Barão do Rio Branco. Assim seguia o diálogo.

2: - Bom meu Nobre Ir.: Barão do Rio Branco, você causou uma grande confusão lá no Outro Oriente...

1: - Que isso meu amado Ir.: Gonçalves Ledo, pelo que a tamanha confusão que me acusas.

2: Ora meu Ir.: Barão, não sabes até hoje o que errastes em seu tempo de liderança na Sublime Ordem?

1: Não, meu Ir.: Ledo, fiz tudo que estava a meu alcance para servir a nossa Pátria, a nossa Ordem e ao GADU. Todavia meu Ir.:, o que fiz de tão grave?!?

2: Ora meu Ir.:, não soubestes ler uma ata de Minha Loja.

Narrador: Enquanto seguia esse dialogo, aproximava-se daquele local, um outro Ilustre Ir.:, ninguém menos, que George Washington, que observava os dois famosos Pedreiros livres. Seguindo o Diálogo.

1: Não compreendo, Ir.: Ledo. Sou um homem com uma cultura, um ser letrado, como não soube ler a ata do meu Ir.:?

2: Não, não soube. Lembra de uma ata de minha loja datada no 20º dia do 6º mês do ano de 5822.

1: Sim, lembro meu amado Ir.: Ledo, continue...

2: Então, meu Ir.: Barão, vc ao ler a minha ata desse dia, interpretou equivocadamente.

1: Não é possível, essa data é tão especial é a ata que as Lojas "Comércio e Artes", "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", em sessão conjunta, proclamaram a Independência do Brasil . Tanto que meu amado Ir.: Ledo, ficou instituído o dia Do Maçom no Brasil. O dia 20 de agosto, vigésimo dia do sexto mês, dia tão importante para todos nós. Onde está o erro nisso.

2: O erro amado Ir.: Barão, é que 20º dia do 6º mês era do calendário maçônico, vulgo hebraico. E não o gregoriano, como baseou sua interpretação.

1: E qual a diferença meu Ir.: Ledo, não são iguais ou parecidos?

2: Não, O calendário maçônico deve ser baseado no hebraico, que é lunosolar, porque misto, ir.: barão?

1: Passo essa Ir.: ledo, continue sua explanação que está interessante.

Narrador: Enquanto isso Washington ouvia atentamente esse diálogo a uma certa distância.

2: Pois bem, Ir.:, é que tal calendário foi fundado no movimento do sol e nas fases da lua. No entanto, é muito complexo. Por essa razão, a da complexidade, desvirtuou-se, surgindo alguns calendários "maçônicos" de simplificação.

1: Não ledo, agora vc está equivocando meu Ir:., há mais de um? Não entendo.

2: Calma barão eu explico. Há 03 versões.



– um similar ao hebraico, cujo primeiro mês começa a 21 /março e vai até 20/abril, e

assim sucessivamente, adicionando-se 4.000 ao ano civil (deveria ser 3760 anos,

como no hebraico verdadeiro);

– – outro, também similar ao hebraico, porém mais simplificado, começando o ano em março, mas no seu 1o. dia, adicionando-se então mais 4.000 anos;

– – - finalmente, o mais simplificado de todos, em quase tudo igual ao gregoriano, pois também começa a 1o. de janeiro, diferenciando-se apenas pelo acréscimo dos mesmos 4.000 anos, e que hoje é usado em quase todas as lojas, com a expressão final "de ano da V.L.", que de verdadeiro não teria nada.



1: Então Ledo, não houve equivoco de minha parte, usei este ultimo. 20 de agosto é o dia.

2: Não Barão, é 09 de setembro.

1: Estou falando Ledo que vc está equivocado Ir.:

2: Por quê?

1: Como vcs proclamaram algo 02 dias depois que D.Pedro proclamou o ato de Independêcia?

2: Meu amado Barão, Os fatos da referida Sessão são verdadeiros e merecem a importância que realmente possuem, concorda?

1: Sim continue meu Ir.:

2: Pois bem, no dia 9, ainda não se tinha conhecimento dos acontecimentos do dia 7 de setembro, em S. Paulo, quando o príncipe-regente, no teatral gesto que a história registrou, proclamou a independência, na colina do Ypiranga. Mas a verdade histórica tem que ser reposta.

1:Hum, parece-me correta essa sua colocação, mas nenhum Ir.: sabia, estranho.

Narrador: Vale lembrar aos IIR.: que nessa época não tinha “Telefone”, nem o Email.(RISOS).

Nessa hora Washington resolver interceder na conversa.

3: Com licença, Ilustres IIr.:, não pude deixar de ouvir a conversa de vcs.

1 e 2: Não, tudo bem.

3: Ora IIr:., esse embate não motivo, pois em 1994, os Grãos mestres das Grandes Lojas das Américas e da Europa, fixaram o dia 22 de fevereiro, o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM.

1: e pq o dia 22 de fevereiro???

3: Veja bem, meus amados IIr.:, Porque foi no dia 22 de fevereiro de 1.732, em Bridges Creek, na Virgínia (EUA), que nasci nos Estados Unidos.

Nasci, pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos - o que ocorreu em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets – Assim fui iniciado a 4 de novembro de 1.752, na "Loja Fredericksburg nº 4", de Fredericksburg, no estado da Virgínia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre em 4 de agosto de 1.754. Em 1.783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, coloquei a primeira pedra do Capitólio - o Congresso norte-americano – apresentei-me com todos os meus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Assim, anunciava ao meu país que seu 1º presidente era um Homem livre e de bons costumes.

1: Explicado meu Ir.:

2: Como se vê, a criação do DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM representou uma homenagem mais do que justa a um grande maçom, além de também ser historicamente pertinente.

1: É, Mas e agora, Ir.: Ledo, como fica a tal Data?

2: Complicado em Barão, continuo que deve ser 09-setembro, pois vc interpretou a minha ata.

3: Ora, meus IIr.:, por que não façamos o seguinte, porque não comemora o dia NACIONAL do Maçom no dia 20 de agosto mesmo, como vem sendo feito, e os profanos já estão acostumados, mas não esqueçamos do dia 09 de setembro também.

3: O que acham?

1: Interessante...

2: É ...

3: Vejam, meus IIr.:, O Maçom, por princípio, não deve ter um dia específico para agir maçônicamente. Todos os dias são Dias do Maçom, pois a construção do Templo Interior é um trabalho árduo, diuturno e que leva uma vida para ser concluído.

2: É Ir.: George, vc tem razão.

1: Tenho uma sugestão Ledo, podemos comemorar, tanto o dia NACIONAL bem como o INTERNACIONAL, em homenagem ao grande Washington. Assim temos dois dias para lembrarmos desses fatos maçônicos.

2: Bom, o importante é a harmonia, e os IIr.: reunidos.

3: Bem, pessoal conte-me mais da Maçonaria Brasileira.

1: Ah, essa é uma grande história meu Ir.: YANKEE.



:.FIM.:

domingo, 8 de agosto de 2010

200 Anos Benso Di Cavour!!!

"CAVOUR, UOMO-SIMBOLO DELL’UNITA’ NAZIONALE

E PROFETA DI UN PIEMONTE E DI UN’ITALIA CHE SI APRIVANO ALL’EUROPA"


"Cavour, o homem-símbolo da unidade" nacional,

E profeta do Piemonte e de uma Itália que se abriu para Europa "



"O homem que confia em homens cometerá menos erros do que aquele que desconfia."

--Camillo Benso di Cavour.



Para entendermos quem foi Camillo Benso Di Cavour, teremos que entender o que se passava naquela época. Que contexto cresceu o menino Camillo Benso, quais seus medos como cidadão Pimontês, quando já adulto; e suas esperanças quando se tornou principal Símbolo do ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade do Século XIX.

Após o colapso do Império Napoleônico em 1814, foi realizado o Congresso de Viena em 1815, com a finalidade de restituir as Famílias Reais que reinavam na Europa antes de Napoleão, bem como reconstituir seus respectivos Reinos. Em conseqüência do Congresso, ficou decidido que grande Parte da Península Itálica ficou sob o domínio Austríaco. Assim, ficou decidido que a Itália ficaria a partir daquela data constituída da seguinte forma:

• ao norte o Reino da Sardenha e Piemonte, o Reino Lombardo-Veneziano e os Ducados de Parma, Toscana (Florença)

• Módena e Luca;

• no centro, os Estados da Igreja (Roma)

• ao sul o Reino das Duas Sicílias

• no Adriático a Ístria e a Dalmácea

Desejosos da unificação da pátria, muitos nacionais nos reinos formaram sociedades secretas. A mais conhecida era a "Carbonara", inspirada pelo iluminismo e ideais da Revolução Francesa. O nacional mais destacado nesses ideais foi Giuseppe Mazzini, criador do Risorgimento em 1815.

O Risorgimento trata-se do processo de constituição da Itália moderna e, esquematicamente, pode ser dividido em quatro fases distintas:

1) 1815-1847, sob a influência da Revolução Francesa, é colocada em circulação uma ideologia liberal-nacionalista, o que prepara um ambiente moral e intelectual;

2) 1848-1849, eclodem diversos movimentos republicanos de duração pequena, abandona-se a unificação “neoguelfa”, que seria dirigida por um Papado liberal;

3) 1850-1861, a política “moderada” afirma-se progressivamente, sob o comando de Camillo Benso di Cavour e da nobreza da Casa de Savóia, do reino Piemonte-Sardenha, com Garibaldi que liberta o sua em sua “Expedição dos Mil”;

4) 1861-1870, esta é o momento da unificação e da consolidação estatal, são anexadas Veneza(1866) e Roma é ocupada (1870)

Interessante afirmar, que no Primeiro período citado, destaca-se ações de organização de fomentação da idéias, para que pudesse ser postas em prática na fase seguinte. Tudo de forma clandestina como foi feito durante a Revolução Francesa.

Na Segunda Fase, em janeiro de 1848, o povo de Palermo expulsou o exército de Fernando II, rei das Duas Sicílias, que, em resposta à explosão de revoluções no continente, prometeu a seus súditos uma constituição. Por sua vez, Leopoldo II, grão-duque de Toscana, aprovou uma constituição para seu ducado. Em Turim, o rei Carlos Alberto, por sugestão do conde Camillo Benso di Cavour, prometeu também a aprovação de uma constituição. Para que assim, estabelece-se a ordem natural dentro dos reinos e que de forma “iluminada”, e não revolucionária de cunho social, como ocorreu na França em 1789, virasse um “banho de sangue”

Na Terceira Fase, que é a Unificação propriamente dita, irei descrever com maiores detalhes quando falarmos do Conde Di Cavour, importante salientar que nesse período, ocorreu a Guerra da Criméia(1853-1856), envolvendo as principais Potências Européias da época. Esta guerra é um fator preponderante, para o processo que o nosso Di Cavour, utiliza para fortalecer suas ações diplomáticas.



Camillo Benso, Conde Di Cavour. (1810-1861)


Em poucas palavras resumimos que Camilo Benso, o Conde de Cavour (Turim, 10 de Agosto de 1810 — Santena, 6 de Junho de 1861) foi Patriarca da Unificação Italiana. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da Itália entre 23 de Março de 1861 até 12 de Junho de 1861. Foi estadista piemontês, líder agricultor, financista e industrial.

Segundo filho do marquês Michele Benso e da Suíça Adèle de Sellon, Cavour foi, enquanto jovem, oficial do exército. Deixou a vida militar em 1831, viajou pela Europa durante quatro anos estudando particularmente os efeitos da revolução industrial na Grã-Bretanha, França e Suíça, absorvendo os princípios econômicos, sociais e políticos do sistema liberal britânico.

Voltando ao Piemonte-Sardenha em 1835, ocupou-se sobretudo de agricultura, e se interessou também de economia e pela difusão de escolas e creches. Graças a sua atividade comercial e bancária, Cavour chegou a ser um dos homens mais ricos do Piemonte. A fundação do diário "Il Risorgimento" em dezembro 1847, marcou o inicio de seu compromisso político. Segundo ele, somente uma profunda reestruturação das instituições políticas piemontesas e a criação de um Estado territorialmente amplo e unido na Itália, poderia permitir a realização do processo de desenvolvimento e crescimento econômico-social que ele mesmo promoveu através da sua própria iniciativa nos anos anteriores.

No ano de 1850, sendo que se pôs em evidencia na defesa das leis Siccardi (leis promovidas para diminuir os privilégios do clero e que previam a abolição dos tribunais eclesiásticos e do direito de asilo nas igrejas e nos conventos, a redução do numero das festividades religiosas, a proibição das corporações eclesiásticas de comprarem bens e receberem heranças ou donativos sem a permissão do governo), Cavour foi chamado a participar do gabinete D'Azeglio como ministro da Agricultura, do Comércio e da Marinha. Em seguida foi nomeado ministro das Finanças, e neste cargo ele foi logo adquirindo uma posição de destaque. A sua reputação de homem liberal leva Vítor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha, a chamá-lo para o lugar de primeiro-ministro (4 de Novembro de 1852), com o intuito de uma harmonização entre centro-esquerda e o centro-direita, tão necessária à solidez do governo

Quando foi nomeado presidente do conselho (primeiro-ministro), ele já tinha em mente um programa político muito claro e definido e estava decidido a realizá-lo embora ciente também das dificuldade que teria de superar. O principal obstáculo derivava do fato de que ele não gozava da simpatia dos setores extremos do Parlamento, enquanto a Esquerda não acreditava nas suas intenções reformadoras, a Direita achava-o um perigoso jacobino revolucionário e demolidor das tradições seculares.

As Revoluções de 1848 na Itália tornaram claro que a unificação deveria vir através de ações do Estado italiano mais forte, o Piemonte-Sardenha. Ele visou sobretudo, em matéria de política interna, fazer do Piemonte um Estado constitucional, inspirado num liberalismo moderado e progressivo, onde a liberdade seria a premissa de todas as iniciativas. Convencido de que os progressos econômicos eram de importância fundamental para a vida política de um país, ele dedicou-se a uma radical renovação da economia piemontesa:

• a agricultura foi valorizada e modernizada graças ao uso contínuo de adubos químicos que eram cada vez mais difundidos, a uma vasta obra de canalização destinada a eliminara freqüente.falta de água para a irrigação, e a facilidade de transporte dos produtos agrícolas;

• a industria foi renovada e fortalecida através da criação de novas fábricas e ao aumento da.capacidade produtiva daquelas já existentes especialmente as do setor têxtil;

• o comércio fundado no livre intercâmbio interno e externo e facilitado por uma série de tratados com a França, Bélgica e Holanda ( 1851-1858), conseguiu um forte crescimento.

Além disto tomou medidas para:

• renovar o sistema fiscal, baseando-o não somente sobre impostos indiretos, mas também sobre os impostos diretos que afetam sobretudo as grandes rendas;

• fortalecer os bancos com a instituição de um "Banco Nacional" para a concessão de empréstimos com juros não muitos elevados.

A progressiva consolidação política, econômica e militar, direcionou Cavour a uma ousada política externa capaz de tirar o Piemonte-Sardenha do isolamento. Num primeiro momento ele pensou que não era oportuno destacar-se do velho programa de Carlos Alberto (que visava a saída do Império Austríaco do Reino Lombardo-Vêneto e a conseguinte unificação da Itália do Norte sob a monarquia dos Sabóia), todavia em seguida advertiu a possibilidade de alargar sua política em sentido nacional, aderindo ao programa unitário de Mazzini, em bases monárquicas e liberais. De qualquer modo o primeiro passo era o de impor o problema italiano à atenção européia, e para isso ele usou todo ou seu talento.

A entrada do Piemonte-Sardenha na guerra da Criméia deu-lhe voz internacional e a chance de alianças essenciais para o fim do controle austríaco sobre a Itália. No dia 21 de julho de 1858 encontrou Napoleão III em Plombières onde foram criadas as bases de uma aliança contra o Império Austríaco. O tratado oficial estabelecia que:

• a França interviria ao lado do Piemonte somente no caso em que a Áustria fosse a agressora;

• em caso de vitória, se formariam na Itália quatro Estados reunidos em uma única confederação colocada sob a presidência honorária do Papa, mas dominada substancialmente pelo Piemonte-Sardenha: um na Itália do Norte com a anexação ao Reino de Sardenha, do Reino Lombardo-Vêneto, dos ducados de Parma e Módena e da restante parte da Emília; um na Itália Central, compreendendo a Toscana, Marche e a Úmbria; um terceiro na Itália do Sul correspondente ao Reino das Duas Sicílias; um quarto formado pelo Estados Pontifícios, com Roma e arredores.

• Em compensação pela ajuda fornecida pela França, o Piemonte deveria ceder para Napoleão III o Ducado de Savóia e o condado de Nice.

É bastante evidente como um tratado deste tipo não tinha absolutamente em conta as aspirações unitárias da maior parte da população italiana, e que visava somente eliminar o predomínio austríaco na península.

A segunda guerra de independência permitiu a aquisição da Lombardia, mas a extensão do movimento democrático-nacional suscitou nos franceses o medo de que a Itália pudesse criar um Estado unitário forte demais: o armistício de Villafranca provocou o congelamento temporário das agitações e também a decisão de Cavour de abandonar a chefia do governo.

Ele voltou ao cargo no começo de 1860, quando conseguiu novamente o apoio francês e foi o arquiteto da unificação de todo o norte da Itália sob a liderança de Vítor Emanuel II, em 1859. Cavour utilizou a expedição dos Mil de Garibaldi à Sicília e Nápoles no ano seguinte para trazer estes Estados para a Itália unificada. Na mesma época, ordenou a invasão do Estado Pontifício. A habilidade diplomática de Cavour em manter o consentimento das potências européias e a fidelidade de Garibaldi no dito "Itália e Vítor Emanuel" levaram, assim, à proclamação do Reino de Itália no dia 17 de março de 1861. Primeira pessoa a ocupar o cargo de primeiro-ministro italiano, em fevereiro de 1861.

Napoleão III tinha desejo de retomar territórios que seu tio tinha antes (que englobava Liguria, toscana, estados papais). Ao Ver que Cavour a frente do estado que se formara já tinha apoio da Inglaterra e que já detinha apoio da Russia. Esses aliados também forçaram a França devolver Genova a então Itália. O problema que assim Napoleão perdia a hegemonia do mediterrâneo e via seus planos de supremacia escorrer pelo ralo. Alias Napoleão foi sórdido o tempo todo, não cumprindo diversos tratados feitos com Cavour.

Cavour morre envenenado por Napoleão III. Num encontro com uma concubina em seus aposentos, apresentou sintomas agravados de uma típica febre tifóide, que a medicina forense da época não descobriu, que na verdade era sintomas de envenenamento por extrato de raiz de cicuta; Cavour morreu quatro meses depois, ainda negociando para assegurar a completa unificação italiana com a inclusão de Veneza e dos Estados Papais (leia-se Roma).

Assim Cavour, representava o centro entre opostos, o “justo meio”. O juste milieu é uma idéia muito cara aos moderados, e Cavour o utilizava no sentido de dizer que representava a “justeza política”, a “justeza racional”; no entanto o “justo meio” fora apenas sua propaganda. Gramsci, filósofo marxista, diz que o juste milieu contribuiu para a construção de um Estado estreito, sectário, que lutou e foi vitorioso contra as forças populares.

Logo, Camilo Benso, foi mais que o Conde Di Cavour. Foi o “Messias Italiano”, o Profeta que fez o que era impossível. Unir uma Itália dividida, repleta de vaidades e interesses, sob uma mesma bandeira, transformando-a numa Potência da Europa. Uma Pátria, para os herdeiros legítimos das tradições Romanas.



Viva, Aos 200 anos de Glória, do Grande Estadista Moderador!!

Viva a Cavour, arquétipo da Unificação Italiana!!!



F.:M:.-oc

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