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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

domingo, 28 de abril de 2013

ELEMENTO TERRA






O primeiro elemento que temos contato na Maçonaria é a terra. É interessante que a Maçonaria (provém do francês maçonnerie, que significa "construção", "alvenaria", “pedreira”.) é formada por Maçons (pedreiros), portanto uma obra de “edificação”, mas além de fornecer ao homem, “equipamentos” e instruções para “lavrar-se”, ela também fornece e transforma o homem em semente. Para que a “semente” cumpra seu destino é preciso que seja colocada na terra. Estando na escuridão e no silêncio, o germe encarcerado na casca, como em uma masmorra, é cercado por pensamentos e emblemas da mortalidade. É o momento de refletir seriamente sobre a instabilidade da vida e do novo passo a seguir na iniciação em augustos mistérios. Sair da caverna (seja material ou não) à procura da Luz. Sic transit gloria mundi! Assim para a glória do Mundo! A terra é o elemento sólido, é possível como Maçons Especulativos que somos, encontrar associações simbólicas importantes, somos terra (pó) e a terra retornaremos e dessa mesma terra tiramos o nosso sustento. Sobre a terra vive o homem, construindo masmorras ao vício e templos a virtude, na duvida se após a vida subirá para o céu ou descerá para o inferno (simbologicamente falando). A terra, tanto o planeta como a matéria, significa aprendizado e força. Os místicos dizem que o espírito da terra traz estabilidade, sabedoria e poder. A Terra é o terceiro planeta a partir do Sol, é onde primeiro aprendemos, depois compartilhamos e em terceiro plano, ensinamos. Hoje começamos um novo ano, logicamente no dia primeiro de janeiro, mas este é um domingo. O primeiro dia da semana. Começaremos pelo começo! E há algo muito especial nisto. No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: "Faça-se a Luz!" E a Luz foi feita. Deus viu que a Luz era boa, e separou a Luz das Trevas. Deus chamou à Luz dia, e às Trevas noite. Sobreveio a tarde e depois a manhã, foi assim o primeiro dia. E você meu Irmão, que foi criado a imagem e semelhança de Deus? Já está preparado para criar um novo mundo em 2012? O nome do primeiro mês do ano de nosso calendário, é uma homenagem ao deus Jano da mitologia romana. Os aspectos simbólicos desse deus nos remetem a boas reflexões. Ele tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para frente, o futuro. Era o porteiro celestial, responsável pelos “términos” e os “começos”, o que passou e o que há de vir. Ele também era responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava. Imbuído do espírito cristão e no simbolismo pagão. Guia-te na senda Luz, honra teu Pai, observe o passado, aprenda com ele. Mais do que quebrar pedras é importante lavrar a terra e semear. O futuro é uma conquista do presente. Hoje é o começo! Faça hoje! Aprenda hoje! Compartilhe hoje! Ilume hoje! Ame hoje! É PRECISO AMAR COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ, PORQUE SE VOCÊ PARAR PARA PENSAR, NA VERDADE NÃO HÁ!” Plante seu jardim, não espere que alguém leve flores para você!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Às Brasas!!!



Um membro de um determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso

deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu

visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da

lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.


Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma grande

cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local

indicado, mas não disse nada. No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das

chamas em torno das achas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as

brasas que se formaram. Cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas,

empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião

prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que

houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma

festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de

uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O

líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de

volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e

calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: Obrigado. Por sua visita e pelo

belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe!

Reflexão: Aos membros vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles

perdem todo o brilho. Aos lideres vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama

de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte,

eficaz e duradouro.

domingo, 7 de abril de 2013

Uma história simbólica


 
 
Devemos nos situar, pois, nessa época crucial da história da Europa e do Ocidente que foi, sem dúvida, a Idade Média. Ali encontramos aos grêmios, ou agrupamentos de construtores conhecidos como os free-masons ou franc-maçons , que por estarem isentos do imposto alfandegário podiam viajar e deslocar-se livremente por todos os países da cristandade. Dessa liberdade de movimento é que lhes era dado, em parte, o nome de "franc-maçons", que quer dizer "pedreiros, ou construtores, livres". Dissemos "em parte", porque, como acertadamente escreve Christian Jacq: "O franc-maçon é o escultor da pedra franca, ou seja, da pedra que pode ser talhada e esculpida... O 'maçon franco' é, sobretudo, o artesão mais hábil e mais competente, o homem que é livre de espírito e que se libera da matéria por sua arte... Em numerosos textos medievais, o franco-maçon é oposto ao simples pedreiro, que não conhecia a utilização prática e esotérica do compasso, do esquadro e da régua". Assim, pois, esses "maçons francos" possuiam seus mistérios iniciáticos e suas técnicas do ofício relacionadas com a construção, e expressavam na ordem concreta das coisas a realização efetiva desses mistérios. Em grande medida, os maçons operativos haviam herdado essas técnicas diretamente dos Collegia Fabrorum romanos, ou seja, dos agrupamentos de construtores e artesãos cujas origens remontavam ao legendário rei Numa. Assim como ocorreu com a Maçonaria, os Collegia Fabrorum também recolheram a herança simbólica de tradições desaparecidas, a mais notável das quais foi a tradição Etrusca, cuja cosmologia passou ao Império Romano através desses colégios. É interessante ressaltar que os Collegia Fabrorum veneravam muito especialmente ao deus Jano Bifronte, chamado assim porque possuia dois rostos, um que olhava para a esquerda (ao Ocidente, ou lado da escuridão), e outro para a direita (ao Oriente, ou lado da luz), abrangendo dessa maneira o mundo inteiro. Se bem que o simbolismo pertencente a esta divindade romana seja bastante complexo, sabe-se com segurança que estava relacionada com os mistérios iniciáticos, concretamente com os ritos de "passagem" ou de "trânsito". Na Maçonaria operativa medieval esses mesmos atributos passaram a fazer parte dos dois São João, cujo nome é idêntico ao de Jano. Mais ainda: através dos Collegia romanos, a Maçonaria recebeu (entre outras fontes de procedências diversas) a cosmologia dos pitagóricos, baseada, como já se mencionou, nas correspondências simbólicas dos números e da geometria, ciências e artes sagradas que precisamente têm na arquitetura suas aplicações mais perfeitas. Entre os personagens conhecidos que facilitaram esse trabalho de transmissão da cosmologia pitagórica (e também platônica) ao período Medieval, merece destaque, no século VII, Boecio, chamado o "último dos romanos" e autor da Consolação da Filosofía. Os estudos de Boecio sobre astronomia, geometria, aritmética e música, foram realmente decisivos para o enriquecimento das "sete artes liberais", divididas no trivium e no cuadrivium, de suma importância nos ensinamentos da maçonaria operativa. Por outro lado, a filosofía de Boecio influenciou notoriamente a literatura e o pensamento esotérico da Maçonaria tradicional dos séculos XVIII e XIX, por exemplo em autores como Louis Claude de Saint Martin e José de Maistre. Seguindo com esta ordem de idéias, existiu uma lenda difundida entre os maçons de língua inglesa, segundo a qual um tal Peter Grower, originário da Grécia, trouxe aos países anglo-saxões determinados conhecimentos relativos à arte da construção. Alguns autores, entre eles René Guénon, afirmam que este personagem, Peter Grower, não era senão Pitágoras, ou melhor, a ciência dos números e a geometria que através dos pitagóricos foram introduzidas nas ilhas britânicas, ao mesmo tempo que em todo o continente. No mundo da Tradição muitas vezes os nomes das pessoas, sejam históricas ou lendárias, designam, mais que os próprios personagens, os conhecimentos que eles transmitiram e que, com frequência, se transmitiram por meio das escolas ou confrarias que fundaram. É o que, de certo modo, ocorre com o matemático grego Euclides, que é mencionado nos "Antigos Deveres" -Old Charges- (que representa uma série de documentos e escritos da Maçonaria operativa onde foram definidos alguns eventos relacionados com a história sagrada da Ordem maçônica). Em um desses documentos, o manuscrito Regius, se faz alusão a Euclides como o "pai" da geometria, enfatizando-se que esta não designa senão a própria Maçonaria. Em outros manuscritos se diz que o mesmo Euclides foi discípulo de Abraão, o que, do ponto de vista da cronologia histórica é totalmente sem nexo, pois, como se sabe, Euclides viveu no Egito durante o século III a. C., e Abraão aproximadamente dois mil anos antes. Mas, tendo em conta de que se trata de história sagrada, e não simplesmente profana, o que em verdade se quer dizer com esta lenda é que Euclides foi o discípulo que recebeu o saber que o Patriarca encarnava, que era em si o monoteísmo hebraico em sua expressão cosmogônica e metafísica.5 Resumindo, em realidade tudo isso refere-se a uma transmissão de caráter sagrado efetuada da tradição judia para a Ordem maçônica, o que equivale a uma autêntica "paternidade espiritual". Seja como for, o legado da cosmologia greco-romana unida à espiritualidade cristã, deu como resultado a criação da catedral gótica, edificada pelos grêmios de construtores. Uma catedral, ou um monastério, é um compêndio de sabedoria; nela, gravada na pedra, se materializam todas as ciências e todas as artes, assim como os diferentes episódios bíblicos que fazem a história da tradição judaico-cristã. Ali aparecem os diversos reinos da natureza, o mineral, o vegetal, o animal e o humano, da mesma forma que as hierarquias angelicais que circundam o trono onde mora a deidade. Tudo isso converte a catedral em um livro de imagens e símbolos herméticos reveladores da estrutura sutil e espiritual do cosmos. Essas colunas que se elevam verticalmente até outro espaço, unindo a parte inferior (a terra) à superior (o céu), esses arcos e abóbodas que se assemelham a cristalizações dos movimentos circulares gerados pelos astros, essa luz solar que ao penetrar através do colorido policromado dos vitrais se transforma em um fogo sutil que a tudo inunda; todo isso, dizemos, nos permite reconhecer a existência de um espaço e um tempo sagrados e significativos. Este conjunto de equilíbrios, módulos e formas harmoniosas (que por refletir a Beleza da inteligência divina se constitui em "resplendor do verdadeiro", como diria Platão) se gera a partir de um ponto central, que, por sua vez, é o "traço" de um eixo vertical invisível, mas cuja presença é onipresente em todo o templo. Este ponto central não é senão o "nó vital" que promove a coesão do edifício inteiro, e para onde conflui e se expande, como se se tratasse de uma respiração, toda a estrutura do mesmo. Tal "nó vital" era bem conhecido pelos mestres de obra, que viam seu reflexo no umbigo, sede simbólica do "centro vital" do templo-corpo humano. Essa estrutura do cosmos-catedral, imperceptível aos sentidos comuns, se percebe graças à intuição intelectual e às formas visíveis do céu e da terra, que estão simbolizadas pela abóboda e pela base quadrangular ou retangular, respectivamente. Daí que a Maçonaria conceba o cosmos como uma obra arquitetônica, e, a divindade, como o Grande Arquiteto do Universo, também chamado Espírito da Construção Universal em outras tradições.

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