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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém


A Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro é uma das ordens de cavalaria para sobreviver a queda do Reino de Jerusalém e as tentativas de os cavaleiros cruzados para ganhar o controle da Terra Santa das forças do Islã. Em teoria, a Ordem continuou a ser um militar, mas com a exceção de um breve período no século 17 não desempenhou qualquer papel militar depois de 1291. A Ordem de São Lázaro é um dos mais antiga das ordens de cavalaria da Europa. No mínimo que remonta ao tempo dos cavaleiros cruzados. Desde a sua fundação no século 12, os membros da Ordem foram dedicados a dois ideais: a ajuda para aqueles que sofrem da terrível doença da lepra e da defesa da fé cristã.
Hoje, a Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém é um organismo internacional autônomo e independente, tendo a sua própria Constituição, que pode ser comparada com uma espécie de reino eleitoral. De acordo com a Constituição, disse a Ordem é apolítica, ecumênico ou não denominacional, como sua organização está aberta a todos os homens e mulheres que praticam a ser membros da fé cristã em boa posição dentro de sua denominação particular. A sua composição internacional consiste Ortodoxa Romana-Católica, Anglicana, protestante, United, Old Católica, Nova Apostólica cristãos e outros, sustentando com suas vidas, fortunas e honra os princípios do cristianismo. Tradicionalmente, é organizado como uma ordem cristã de cavalaria. A Ordem está registrado em Londres, em conformidade com as leis da Inglaterra.
É tanto uma Ordem Militar da Misericórdia e uma Ordem Hospitaleira dedicado ao cuidado e à assistência dos pobres e doentes. O seu objectivo é preservar e defender a fé cristã, para se proteger, ajudar socorrer e ajudar os pobres, os doentes e moribundos, para promover e manter os princípios da cavalaria cristã e seguir os ensinamentos de Cristo e da Sua Santa Igreja em todas as suas obras .
Com exceção da Ordem Teutônica presente ("Deutscher Orden") da Ordem de São Lázaro é hoje a menor das ordens de cavalaria cristã. É composta por cerca de cinco mil membros nos cinco continentes. A Ordem se vê como uma ordem ecumênico cristão cuja gênese remonta à Terra Santa, para as cruzadas e para o Reino de Jerusalém.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O FILHO DO HOMEM E O FILHO DA VIÚVA



Lemos na Bíblia, em Gênesis, 1, 27 que os Elohim formaram o Homem à sua semelhança, isto é, fizeram-nos macho e fêmea como Eles (os Elohim). Ali temos a descrição da nossa Época Atlante.

Quem eram esses Elohim? Eram, nada mais nada menos, que as Hierarquias Criadoras que nesse primeiro capítulo do Gênesis foram chamados de Elohim:

Eloh -> um nome feminino em que a letra “h” indica o gênero

Im -> plural masculino

Portanto, trata-se de uma hoste de seres bissexuais, masculino-femininos, expressões da energia dual criadora, positivo-negativa. Pois Deus é um ser composto.

Jeová era e é uma dessas Hierarquias Criadoras, portanto, um Elohim. Sua presença aparece mais explícita a partir do segundo capítulo do Gênesis no texto hebraico. E não poderia ser de outra maneira, pois sua parte especial no trabalho da Criação começa efetivamente a partir dali. Jeová é o Guia dos Anjos, a humanidade do Período Lunar e é o regente da Lua atual. O trabalho de Jeová é a construção de corpos ou formas concretas, por meio das forças lunares cristalizantes e endurecentes. Seu trabalho é multiplicar o que existe sobre o nosso planeta Terra. Portanto, Ele é o dador de crianças e, os Anjos são os mensageiros nesta obra. Jeová também não é somente o Deus dos Judeus. Ele é também o autor de todas as Religiões de Raça que nos conduzem ao Cristianismo. Como Deus de Raça, tem características que o faz ser um Deus ciumento e zeloso, como um feitor que nos obriga a fazer isto ou aquilo, ou nos proíbe de fazer outras coisas.

Pela sua Lei, quem não obedece é expulso, sofre e é abandonado. É a Lei do Olho por Olho, Dente por Dente. Assim, no Velho Testamento temos:

a história de toda a nossa descida até a esse Mundo Físico,
nossa transgressão as leis de Jeová,
como Jeová nos guiou no passado e
como nos guiará no futuro até que alcancemos o Reino dos Céus.

E é justamente aqui que vamos buscar a origem das duas tendências que operam atualmente no mundo: de um lado, a de buscar compreender tudo e do outro, a de aceitar tudo como é.

Vamos começar dizendo que o relato bíblico tem pontos coincidentes e pontos discrepantes com respeito à Lenda Maçônica.



No capítulo 1 de Gênesis, 22, diz-se que Deus criou Eva, o ser feminino. A Lenda Maçônica diz que Jeová criou Eva. E que o Espírito Lucífero Samael se uniu a ela. Mas este foi expulso por Jeová e forçado a deixá-la antes do nascimento do fruto dessa união, Caim. Ora, Samael é um dos espíritos marcianos que, liderados por Lucífer, ajudou a humanidade incipiente a comer da Árvore do Conhecimento.

Aquele ensinamento relatado na Bíblia em Gênesis 3, 1-8, nada mais era do que chamar a atenção da humanidade que ela poderia procriar sozinha, sem a ajuda dos anjos ou de Jeová. Motivo pelo qual foram expulsos do paraíso.

Voltando a Lenda Maçônica, temos que depois Jeová criou Adão para ser companheiro de Eva. E dessa união nasceu Abel. Assim, Caim ficou sendo filho de natureza semidivina, fruto da união de um espírito de Lúcifer, Samael com um ser humano, Eva. Abel ficou sendo filho da união de dois seres humanos: Adão e Eva.

Pelo fato de Samael ter que abandonar Eva, mesmo antes do nascimento de Caim, este, então, ficou conhecido como Filho da Viúva. Afinal, Samael nunca assumiu sua função de marido ou de pai, portanto, o seu filho era, como já foi dito, o filho de uma viúva.

Já como Adão permaneceu com Eva mesmo após o nascimento de Abel, este ficou conhecido como Filho do Homem. Afinal, Adão assumiu sua função de marido e de pai, portanto, o seu filho era, como já foi dito, o filho do homem.

Essa diferença desses dois seres tornou o principal diferencial de toda a nossa evolução. Caim, por ser um produto semidivino, tinha o impulso divino da criação. Abel, por ser um produto totalmente humano, contentava em aceitar tudo como estava.

Como lemos na Bíblia, Gênesis 4, 2: “Abel tornou-se pastor e Caim lavrador”. Abel contentava-se em guardar rebanhos, criados também por Jeová. Abel e esses rebanhos se alimentavam do alimento vegetal que crescia naturalmente, sem esforço nenhum de Abel, ou seja, uma dádiva dos deuses. Caim, não. Tinha o desejo dominante de criar algo novo. Não se sentia satisfeito enquanto não realizasse algo por iniciativa própria. Portanto, ele: plantou as sementes que achou, fez crescer o grão e ofereceu a Jeová o fruto do trabalho de suas mãos.

Mas, como lemos em Gênesis 4, 3-5: “... ofereceu Caim frutos da Terra em oblação ao Senhor. Abel, de seu lado, ofereceu dos primogênitos do seu rebanho e das gorduras dele; e o Senhor olhou, com agrado, para Abel e sua oblação, mas não olhou para Caim, nem os seus dons.”

Ora, Abel fazia tudo que Jeová dizia. Era obediente e, portanto, harmonioso num regime de Leis. Estava satisfeito em aceitar o seu modo de vida, cônscio de sua descendência divina, gerada sem esforço e iniciativa própria.



Por outro lado, Caim não era obediente e, portanto, desarmonioso num regime de Leis. Imbuído com a dinâmica energia marcial herdada de seu divino antecessor, era: agressivo, progressista e possuidor de grande iniciativa, mas impaciente à repressão ou autoridade, tanto humana como divina. Reluta em aceitar idéias pela fé e inclina-se a provar tudo à luz da razão.

Em consequência, criou-se uma animosidade entre Caim e Abel, e como lemos em Gênesis 4, 8: “Caim disse então a Abel, seu irmão: ‘Vamos ao campo’. Logo que chegaram ao campo, Caim atirou-se sobre seu irmão e matou-o”.

Ao saber do que Caim tinha feito Jeová o amaldiçoou, como lemos em Gênesis 4, 11: “De ora em diante, serás maldito e expulso da Terra... E tu serás peregrino e errante sobre a Terra... E o Senhor pôs em Caim um sinal na sua fronte”.

Assim, Caim perdeu sua visão espiritual e foi aprisionado no Corpo Físico, através do sinal em sua fronte, lugar onde se diz que Caim foi marcado. Ele vagou como filho pródigo na relativa escuridão do mundo material, esquecido do seu estado divino.

Então, Adão conheceu outra vez Eva e ela deu à luz a Seth, como lemos em Gênesis 4, 25: “Deus deu-me uma posteridade para substituir Abel, que Caim matou”. Seth tinha as mesmas características de Abel, e as transmitiu aos seus descendentes, os Filhos de Seth, que continuavam a confiar inteiramente em Jeová e viviam pela fé e não pelo trabalho.

Por outro lado, os descendentes de Caim, os Filhos de Caim, através da árdua e enérgica diligência nos trabalhos do mundo, adquiriram: a sabedoria mundana e o poder temporal. Tornaram-se mestres na arte da política, governantes temporais.

Enquanto que os Filhos de Seth, tomando o Senhor por guia, tornaram-se canais para a sabedoria divina e poder espiritual. Tornaram-se mestres na arte do sacerdócio, guias espirituais.

A animosidade entre Caim e Abel perpetuou-se de geração a geração entre seus respectivos descendentes. E não poderia ser de outro modo, pois essas gerações deram origem a duas correntes de ações no mundo: uma classe, como governantes temporais, aspirava elevar o bem-estar físico da humanidade através da conquista do mundo material; enquanto que a outra classe, como sacerdotes ou guia espiritual, estimulava seus seguidores a abandonar o mundo perverso e a buscar consolo em Deus.

Assim, formaram-se duas escolas:

uma visa formar mestres trabalhadores, peritos no uso de ferramentas com as quais possam tirar seu sustento da terra
a outra produz mestres mágicos, hábeis no uso da palavra para fazer invocações e, dessa forma, ganham aqui o apoio daqueles que trabalham e rezam para que eles alcancem o céu

Da progênie semidivina de Caim descendem várias gerações de filhos que originaram todas as artes e ofícios e as cidades e a habilidade para se trabalhar com fogo. Deve-se a eles: essa nossa indomável coragem de ousar; essa nossa inquebrantável vontade de fazer e esse nosso diplomático discernimento de saber calar.

Vejamos na Bíblia, em Gênesis 4, 19-22: “Ada deu à luz a Jabel e Jubal. Jabel foi construtor das tendas. Jubal foi o pai de todos aqueles que tocam a cítara e os instrumentos de sopro. Sela deu à luz Tubal-Caim, o pai de todos aqueles que trabalham o cobre e o ferro”.

Já da progênie humana de Abel descendem várias gerações de filhos que originaram todo tipo de sacerdócio e de guia espiritual, tais como: Noé, Abraão, Isaac, Jacó, Davi, Salomão, Jesus.

Em Gênesis 4, 26, lemos: “Seth também teve um filho a quem chamou de Enós. Foi então que se começou a invocar o nome do Senhor”. Enós é considerado o iniciador da religião ou do culto a Deus.

Um exemplo da união dessas duas forças para a construção de algo extremamente elevado e espiritual podemos achar na construção do Templo do Rei Salomão (em 1Reis 5, 9-32 e 6,1-38),

O Rei Salomão era descendente dos Filhos de Seth, Filho do Homem. Salomão era o mais sábio que existia no mundo. Nele se concentrava toda a sabedoria divina de todos os Filhos de Seth que o precederam. Como descendente dos filhos de Seth, Salomão não era especialista na construção concreta do Templo. O seu papel foi o de instrumento realizador do plano divino revelado a Davi por Jeová. Por isso, Salomão buscou a cooperação do Rei Hiram de Tyro, descendente dos filhos de Caim, Filho da Viúva.

Esse por sua vez escolheu Hiram Abiff para ser o mestre de todos que trabalhavam na construção. Hiram Abiff era o mais habilidoso artífice no trabalho do mundo. Nele se concentrava toda a arte e ofício de todos os Filhos de Caim que o precederam. Assim, a habilidade material dos Filhos de Caim foi tão necessária para a construção deste Templo como o era a concepção espiritual dos Filhos de Seth.

E, portanto, durante o período de construção, as duas classes uniram forças, esqueceram a inimizade latente.

Essa foi de fato a primeira tentativa de unir os Filhos de Caim e os Filhos de Seth. Se essa união tivesse alcançado sucesso, nossa história teria sido provavelmente alterada substancialmente. E porque não deu certo?



Porque quando Hiram Abiff, descendente dos Filhos de Caim, Filho de uma viúva, estava perto de acabar a obra prima do Templo, que seria o Mar Fundido, os Filhos de Seth, Filho do Homem, tentaram apagar o fogo utilizado por Hiram Abiff, jogando água e por pouco não conseguiram. Com isso frustrou o plano divino de reconciliação entre essas duas classes.

Mas esses dois personagens, expoentes maiores das duas classes hoje existentes - Filho do Homem e o Filho de uma viúva - continuaram trabalhando nesse objetivo de reconciliação, renascendo de tempos em tempos, trabalhando tanto de um lado como do outro.

Salomão renasceu como Jesus de Nazaré, o Filho do Homem.

Hiram Abiff renasceu, nos tempos de Jesus de Nazaré, como Lázaro e, depois como Christian Rosenkreuz.

Jesus, o Filho do Homem, trabalhou e trabalha até hoje entre as igrejas, onde a religião é cultivada e o ser humano é conduzido de volta a Deus através do caminho sincero da Devoção.

Christian Rosenkreuz, o Filho da Viúva, trabalha com todas as potências do mundo, as indústrias e a ciência, a fim de efetuar a união das forças temporais e espirituais, a cabeça e o coração, que deve ser realizada antes que o Cristo, Filho de Deus, possa vir novamente.

Pois, na época que isso ocorrer, no Reino do Cristo, só haverá um regente. Cristo será ambos: Rei e Sacerdote ou como fala São Paulo na sua Epístola aos Hebreus 5,6-10 e 7, 1-18: Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedec, desempenhando o duplo ofício de cabeça espiritual e temporal.

Enquanto isso, nós estamos sendo educados para alcançar essa união. Nossos dirigentes devem se aproximar cada vez mais desse ideal: sendo sábios o suficiente para governar um estado e bons o bastante para guiar o coração dos seres humanos.

E é essa a condição que Christian Rosenkreuz, o Filho de uma Viúva e Jesus, o Filho do Homem, se esforçam por trazer ao estado e as igrejas atuais.

QUE AS ROSAS FLORESÇAM EM VOSSA CRUZ

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Selo da Loja

Por Quirino



Há um momento único na vida dos Maçons que passa despercebido por todos nós. Uma seqüência de falas e um ato que deve nos marcar e selar para o resto da vida. Após um ato de resignação, quando demonstramos a coragem de sangrar pela Ordem, fomos informados que seria gravada em nosso peito uma marca indelével (indestrutível/inextinguível), que nos tornará reconhecido por todos os Maçons da Orbe Terrestre. Muitos Irmãos relatam que neste momento pensaram que seriam marcados com ferro em brasa e alguns até esticaram o peito. Como materialmente/fisicamente a marcação se dá de forma mais simbólica do que operativa, os Irmãos não se dão conta de quão místico e poderoso é esta ação. Sempre reforço que a intenção dos meus artigos dominicais é despertar nos Irmãos a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, para que eles façam uma Prancha de Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos.

O ambiente da internet não me permite aprofundar no tema, por isto, peço que pegue seu Ritual de Aprendiz na parte da Iniciação e vá guardando as “sementes” que vou semear e as faça germinar. O Oficial responsável pela Guarda do Selo da Loja cumpri sua missão e despertados por uma batida forte, ouvimos o Primeiro Vigilante. A primeira “semente” é uma pergunta: - Você sabe o que é uma graça? Pode ser um encanto, beleza, gostosura. Favor recebido, uma dádiva, ou concessão de bondade a alguém que não tinha direito. Quem sabe podemos especular graça como um perdão? Observe também por quantas vezes o Primeiro Vigilante se manifesta. A segunda “semente”, também é uma pergunta: - O numero das manifestações, lhe remete a que? A frase seguinte do Venerável Mestre é de uma ambigüidade fantástica. Ele dá uma coisa e diz que não serve para nada. A terceira “semente”, também é uma pergunta: - Como fica seu entendimento, se a primeira palavra da frase do Venerável Mestre for trocada para absolvição? Observem que na verdade não estamos, neste momento da iniciação, trabalhando o peito, mas sim o coração, não o externo, mas o interno. A referida marca que jamais deve se apagar no coração do Maçom, onde o Grande Arquiteto do Universo imprimiu o Selo da Caridade é o sentimento de angústia que devemos ter diante da miséria dos deserdados da fortuna. É o Selo da Loja que nos iguala, estamos despidos das vaidades e do luxo da vida profana.

A chancela que recebemos, nada mais é do que uma instrução de como devemos “selar nossa vida” Os egípcios acreditavam na vida após a morte. Após a morte física, a alma era encaminhada ao Tribunal de Osíris, onde O HOMEM É JULGADO PELAS SUAS AÇÕES. A alma tinha que provar para os deuses que tinha tido uma conduta guiada pelos princípios morais da sociedade. A quarta “semente”, também é uma pergunta: - Como está seu coração, meu Irmão? Na derradeira hora, ao prestar o último juramento e enfim realmente despido e despojado da matéria, SEU CORAÇÃO É MAIS LEVE QUE UMA PENA DE AVESTRUZ?

domingo, 16 de setembro de 2012

A fonte mercurial - Capítulo 02




O vaso no qual o trabalho ocorre contém agua divina. As estrelas nos quatros elementos, em estados separados e hostis, que precisam ser unidos, como a quinta estrela sobre a fonte mostra. Esse quatros elementossão as quatros funções junguianas, e o quinto é a completude do self.

As estrelas no vaso representam seis planetas, e a fonte tripla ao meio é o sétimo, Mercúrio. A fonte mercurial é a contrapartida "ctônica" ou subterrânea da Trindade Cristã.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

La fonte mercuriale - Cap 01



E’ vero,



è vero senza errore,
è certo e verissimo.
Qui viene rappresentato il principio attivo della fecondazione, questo principio attivo si frammenta per originare la molteplicità per poi identificarsi nel centro, la fonte irradiante la potenza suprema. Le tre affermazioni citate nella prima parte della Tavola di Smeraldo significano che ogni unità è trina, concetto che si può facilmente riscontrare in molte credenze religiose, come viene anche raffigurato dalla tripla fonte posta al centro dell’immagine. La fonte contenente l’acqua divina, allude allo stato paradisiaco anteriore al bene e al male, ( come è anche raffigurato nello stupendo trittico “IL GIARDINO DELLE DELIZIE” di Jeronimus Bosch ), o come si può rappresentare in matematica partendo da un punto 0 la parte neutra per passare ai suoi due opposti +1 e -1 il positivo, e il negativo, che rappresentano rispettivamente l’agente coagulante e dissolvente, il principio che nell’atomo è rappresentato dal elettrone, dal protone, e dal neutrone, che si fondono per formare la base della materia. Nella magia classica questa realtà è raffigurata dal triangolo. Le quattro stelle poste ai lati del disegno, rappresentano i quattro elementi che si devono scindere nel quinto, come è rappresentato dalla stella posta tra il Sole e la Luna. Questi quattro elementi sono: TERRA, FUOCO, ACQUA, ARIA, per Jung ( uno dei maggiori padri della psicanalisi ) essi erano le quattro funzioni della coscienza
( SENSAZIONE , PENSIERO , SENTIMENTO , INTUIZIONE ), che si devono riunire nella totalità del Sé, il quinto elemento ( NEUTRO ) posto tra il Sole( POSITIVO ) e la Luna ( NEGATIVO ). Anche nel nome ebraico di Dio è rappresentato questo concetto JOD-HE-VAU-HE. Queste forze energetiche sono dentro anche di noi, e la bibbia è chiara su questo poiché inizia dicendo che noi siamo simili a Dio, avendoci fatti a sua immagine e somiglianza. Il processo qui rappresentato comincia con la separazione, uno stato di disintegrazione dei quattro elementi o FUNZIONI, in modo che ci possiamo una volta purificati dalle influenze che corrompono il nostro essere, liberarci dalla trappola del nostro potere psichico per integrarci nuovamente nella totalità ( PINCIPIO DIVINO ), e quindi poter attingere nuovamente l’energia creatrice emanata da esso, e poterci poi dedicare alla realizzazione dei nostri pensieri, finalmente liberi dalla stupidità dell’ego.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Métodos de Execução do Santo Ofício


 

Guilhotina

Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções. A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos verticais, descia violentamente decapitando o condenado.












O Serrote

Usada principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.

Espada, machado e cepo

As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.

O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.

Garrote

Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e, à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro. Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.

Gaiolas suspensas

Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.
 
 

Submersão

A submersão podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no líquido fervente.

Empalação

Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser posta "sentada" sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas.
 
 

Cremação

Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.



Estiramento

A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Métodos de torturas da Santa Inquisição



Roda de despedaçamento

Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida que a roda se movimentava em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por agulhas metálicas.
 
 

Este método foi utilizado entre 1100 e 1700 em países como Inglaterra, Holanda e Alemanha.

Dama de Ferro  

A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.

A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.






Berço de Judas

Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, é colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal.
 
 

O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).

Garfo  

Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.

Garras de gato

Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros.

Pêra

Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou "relação sexual com Satã".
 
 

Máscaras

A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o incômodo físico era menor do que a humilhação pública.




Cadeira

Uma cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
 
 
 
 

Cadeira das bruxas

Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.












Cavalete

A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio cortante.

Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos internos da vítima.

Esmaga cabeça

Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.

Quebrador de joelhos

Aparelho simples composto por placas paralelas de madeira unidas por duas roscas. À medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e ossos.

Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima, já com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas sessões.

Mesa de evisceração

O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.

Pêndulo

Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador, através deste eixo, deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.

Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentina- mente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento.

Potro

Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios. As cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito como um torniquete, pressionando progressivamente os membros do condenado.

Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não sofresse seqüelas irreversíveis. Mesmo assim, era comum que os carrascos, incitados pelos interro- gadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os ossos esmagados.

domingo, 9 de setembro de 2012

A arte da Santa Inquisição


Durante a atuação da Santa Inquisição em toda a Idade Média, a tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.

Além de aparelhos mais sofisticados e de alto custo, utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates, garras metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes, instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas. Há ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até que admitissem ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.



Os inquisidores utilizavam-se de diver- sos recursos para extrair confissões ou "comprovar" que o acusado era feiticeiro. Segundo registros, as vítimas mulheres eram totalmente depiladas pelos tortura- dores que procuravam um suposto sinal de Satã, que podia ser uma verruga, uma mancha na pele, mamilos excessivamente enrugados (neste caso, os mamilos re- presentariam a prova de que a bruxa "amamentava" os demônios) etc. Mas este sinal poderia ser invisível aos olhos dos torturadores. Neste caso, o "sinal" seria uma parte insensível do corpo, ou uma parte que se ferida, não verteria sangue. Assim, os torturadores espetavam todo o corpo da vítima usando pregos e lâminas, à procura do suposto sinal.

No Liber Sententiarum Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se tortura física através de aparelhos, como a Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio, além de torturas psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e excrementos.

De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças públicas e tornava-se um evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, conseqüentemente, a execução das vítimas. Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura.

sábado, 8 de setembro de 2012

A esperança





 



Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que se podia

ouvir o diálogo que travavam.

A primeira disse:

- Eu sou a Paz! Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou

apagar.

E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda disse:

- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus.

Não faz sentido continuar queimando.

Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:

- Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só

conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.

E sem esperar apagou-se.

De repente, entrou uma criança e viu as três velas apagadas.

- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.

Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou:

- Não tenhas medo criança, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a

Esperança!

A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós...


Extraido da Sociedade das Ciencias Antigas

A SIMBOLOGIA DA FRANCO-MAÇONARIA


FRANCISCO ARIZA



Nesta revista dedicada à simbologia universal, não podiam faltar algumas reflexões sobre o importante simbolismo da Maçonaria, que representa, junto à tradição Hermética-Alquímica, a única via iniciática não religiosa que sobrevive ainda na Europa e sua área de influência cultural. E isto é assim embora, na atualidade, muitos maçons não conheçam - ou conhecem de forma muito limitada - o caráter simbólico e iniciático de sua Ordem. Alguns chegam inclusive a negar esse aspecto essencial da maçonaria, crendo que esta só persegue fins sociais e filantrópicos. Há outros, inclusive, que só vêm na riqueza simbólica da Maçonaria uma fonte inesgotável onde alimentar suas próprias fantasias "ocultistas", tão em moda hoje em dia. Sem dúvida, esta suplantação dos verdadeiros fins da Maçonaria e, por conseguinte, a infiltração das "idéias" profanas, só podia acontecer numa época que, como a nossa, vive imersa na mais profunda obscuridade intelectual e espiritual.
Devemos esclarecer que aqui se vai falar da Maçonaria tradicional, ou seja, daquela que mantém vivos e permanentes, através dos símbolos, dos ritos e dos mitos, os laços com as realidades cosmogônicas e metafísicas emanadas da Grande Tradição Primordial, da qual a Maçonaria é (em verdade) uma ramificação. No nosso entender, e considerada desta maneira, a Maçonaria, igual a qualquer outra organização tradicional, oferece ao homem caído e ignorante os elementos necessários para levar a cabo sua própria regeneração e evolução espiritual. A estrutura simbólica e ritual da Maçonaria reconhece numerosas heranças procedentes das diversas tradições que foram se sucedendo no Ocidente durante, pelo menos, os últimos dois mil anos. E este feito, longe de aparecer como um mero sincretismo, revela nesta Tradição uma vitalidade e uma capacidade de síntese e de adaptação doutrinal que lhe valeu o nome de "arca tradicional dos símbolos". Todas essas heranças foram se integrando com o transcorrer do tempo no universo simbólico da Maçonaria, amoldando-se a sua própria idiossincrasia particular. Procedendo de uma tradição de construtores, não deve parecer estranho que a Maçonaria desempenhe a função de arca receptora, pois precisamente a construção ou edificação não tem outra função além de pôr "a coberto" ou "ao abrigo" da intempérie ou inclemência do tempo; mas, analogamente, quando se entende a construção como algo sagrado -e este é o caso- está claro que esta não faz outra coisa senão proteger, e separar, do mundo profano (as trevas exteriores) tudo aquilo que corresponde ao domínio estritamente espiritual e metafísico. Por outro lado, este é precisamente o papel dos símbolos que aludem às idéias de receptividade e concentração, como a própria arca, o cálice, a caverna ou o templo. Sendo, como dissemos, uma via iniciática de origens artesanais, a Maçonaria teve uma especial sensibilidade com relação a todas as correntes tradicionais com as quais entrou em contato. Assim, dentre essas correntes merecem destaque, além do Hermetismo, as que procedem do Cristianismo, do Judaísmo e da antiga tradição greco-romana, e, mais concretamente, do Pitagorismo. Também poderíamos mencionar a ainda mais antiga tradição egípcia, sobretudo no que se refere aos símbolos cosmogônicos relacionados com a construção, pois, como é sabido, o antigo Egito é, na realidade, um dos centros sagrados de onde surgiu grande parte do saber que contribuiu para dar forma, com sua influência sobre os filósofos gregos, à concepção do mundo que é própria da cultura ocidental. De todo modo, a herança egípcia é transmitida à Maçonaria através, fundamentalmente, da Alquimia hermética e do Pitagorismo. Não obstante, disso que dissemos não se deve concluir que a Maçonaria seja o "resultado" da confluência de todas essas tradições. Se fosse assim, a Maçonaria viria a ser uma espécie de colagem ou museu arqueológico onde teriam abrigo todas as relíquias do passado encontradas aqui e acolá, e catalogadas segundo sua respectiva antigüidade. Evidentemente não é isso que queremos dizer quando falamos da herança multisecular recebida pela Maçonaria. Cada tradição é legitimada e conformada por uma "revelação" de ordem divina acontecida em um tempo mítico, a-histórico e atemporal.1 Tal revelação é "única" para cada forma tradicional que se constitui a partir dela, dando-lhe seu "selo" ou "marca" particular, sua estrutura, e, portanto, uma função e um destino a cumprir no cenário do tempo da história.
Ocorre, por quaisquer circunstâncias, que uma tradição receba de outra (ou outras) determinadas influências por contato ou similitude, o que muitas vezes foi inevitável e até necessário. Mas de nenhum modo isto que dizer que uma tradição se "transforme" em outra, pois, como ocorre com qualquer ser vivo, cada uma compreende um nascimento, um desenvolvimento, uma maturidade, e finalmente, uma morte. Aquilo que convencionou-se chamar de "Unidade Transcendente das Tradições", é bem diferente de uma simples "uniformidade". Significa, fundamentalmente, que todas - e cada uma delas - procede de uma fonte única (a Tradição Primordial), que se manifesta não na forma ou roupagem que possam adotar por circunstâncias de tempo e de lugar, mas, precisamente, no que constitui a "sabedoria perene" contida no núcleo mais interno e central de cada tradição. O que ocorre com respeito à Maçonaria é que esta não possui um caráter religioso, o que tornou possível sua adaptação a todas as tradições, religiosas ou não, com as quais se relacionou ao longo da história. Sua simbologia iniciática, demonstrada na arte da construção, entre outras coisas lhe serviu de cobertura protetora, ao mesmo tempo que lhe permitiu amoldar-se a qualquer "dogma" religioso ou exotérico sem entrar em conflito com ele. Temos um exemplo disso nas relações que, durante toda a Idade Média ocidental, a Maçonaria manteve com o poder eclesiástico e com as diversas organizações iniciáticas do esoterismo cristão. Por outro lado, se a Maçonaria, com esse espírito de fraternidade e tolerância que a caracteriza, não houvesse acolhido em seu seio essas diversas heranças, estas, com toda segurança se haveriam perdido definitivamente. E foi possivelmente essa capacidade receptora que contribuiu para fomentar essa ilusão de sincretismo que erroneamente alguns lhe atribuem. É precisamente o contrário, pois a Maçonaria ao "reunir o disperso" não fez nada além de conservar em suas estruturas simbólico-ritualísticas a "memória" dessas múltiplas heranças, cumprindo com isso um papel "totalizador" que tem sua razão de ser (e uma razão de ser profunda) neste final de ciclo que estamos vivendo. Neste sentido, e da mesma forma que na "arca" de Noé foram guardadas, para que não perecessem, todas as "espécies" que deviam ser conservadas durante o cataclisma ocorrido entre dois períodos cíclicos, a "arca" maçônica também acolhe tudo o que de válido deve conservar-se - até que, por sua vez, o ciclo presente termine - e que constituirá os "germens" espirituais que se desenvolverão durante o transcurso do futuro ciclo. Particularmente esta função recapituladora assumida pela Maçonaria tradicional faz pensar que ela subsistirá até a consumação do ciclo, o que, por outro lado, e como assinala um autor maçon, "... está expresso simbolicamente pela fórmula ritual segundo a qual a Loja de São João está no vale de Josafá", que, acrescentamos, é onde simbolicamente terá lugar o que no Cristianismo se denomina o "Juízo Final"2. No mesmo sentido, também se diz que a Loja maçônica permanece"... na mais alta das montanhas e no mais profundo dos vales", aludindo com isso ao começo do ciclo (quando o Paraíso se encontrava no topo da montanha do Purgatório) e ao seu final (quando a Verdade do conhecimento, representada pelo estado edênico, "fechando-se" em si mesma, se fez invisível à maioria dos homens, ocultando-se no "mundo subterrâneo"). Há que se dizer, para completar esta simbologia cíclica, que o vale corresponde à caverna, que por estar no interior da montanha se situa por sobre um mesmo eixo que conecta a cúspide de uma com a base da outra, unindo desta maneira o mais "alto" (ou princípio) com o mais "baixo" (ou final).

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