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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

sábado, 14 de janeiro de 2012

Saiba o que é a Maçonaria Prince Hall?

A Maçonaria Prince Hall, deriva de acontecimentos históricos que conduziram a uma tradição de separar, predominantemente, Afro-Americanos, da organização fraternal na América do Norte. É considerada como Maçonaria regular, pela Grande Loja Unida da Inglaterra.


Em 6 de Março de 1775, um Afro-Americano chamado Prince Hall, foi eleito Mestre-Maçon na Loja da Constituição Militar da Irlanda, No.441, juntamente com outros catorze Afro-Americanos: Cyrus Johnston, Bueston Slinger, Prince Rees, John Canton, Peter Freeman, Benjamin Tiler , Melhor Duff Ruform, Thomas Santerson, Prince Rayden, Cato Speain, Boston Smith, Peter, Forten Horward, e Richard Titley, dos quais, aparentemente, seriam "livres no nascimento", não foram feitos escravos. Quando deixaram a Loja da Constituição Militar da Irlanda, o Afro-Americanos tiveram a autoridade para atender a uma Loja, Procissões no dia de São João, e realizar os funerais maçónicos, mas não para conferir graus, nem para fazer o "trabalho maçónico de outros. Estes indivíduos, solicitaram e obteveram um mandado para a Carta da Grande Loja de Inglaterra, em 1784 e formou Loja Africano No. 459. Apesar de ser retirado da lista de nomes (como foram todas as Grandes Lojas americanos em 1813, após a fusão das Antigas e Modernas), a Loja renomeava-se como a Loja Africana No. 1 (não devem ser confundido com as várias Grandes Lojas no continente de África), e separou-se da Grande Loja Unida da Inglaterra, reconhecida da Maçonaria. Isto levou a uma tradição de separar, predominantemente, as jurisdições Afro-americanas na América do Norte, que são conhecidos coletivamente, como a Maçonaria Prince Hall. O racismo e a segregação generalizada na América do Norte, tornou impossível para os Afro-americanos, de juntar-se as muitas mainstream de Lojas, e muitas mainstream das Grandes Lojas da América do Norte, recusaram a reconhecer como legítima a Loja Prince Hall em seu território.

Por muitos anos, tanto a Maçonaria Prince Hall e as "mainstreams" das Grandes Lojas, tiveram membros integrados, embora em alguns Estados do Sul, tem sido esta política, mas não a pratica. Atualmente, as Lojas Prince Hall, são reconhecidas pela Grande Loja Unida de Inglaterra (GLUI), bem como a grande maioria das Grandes Lojas nos estados dos Estados Unidos e por muitas Grandes Lojas internacionais. Embora nenhuma Grande Loja de qualquer tipo é universalmente reconhecido, no momento, a Maçonaria Prince Hall é reconhecido por algumas Grandes Lojas reconhecidas e não por outras, mas parece estar a trabalhar em direção a um caminho de maior reconhecimento. De acordo com dados compilados em 2008, 41 das 51 principais Grandes Lojas dos Estados Unidos, reconhecem as Grandes Lojas Prince Hall.

Mais uma bonita história de persistência...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ouroboros, oroboro e uróboro é satanismo??? É mais divino que vc pensa ...

Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. O nome vem do grego antigo: οὐρά (oura) significa "cauda" e βόρος (boros), que significa "devora". Assim, a palavra designa "aquele que devora a própria cauda". Sua representação simboliza a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo o rabo um do outro. É possível que o símbolo matemático de infinito (∞) tenha tido sua origem a partir da imagem de dois ouroboros, lado a lado.




Segundo o Dictionnaire des symboles o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno.

Albert Pike, em seu livro, Morals and Dogma [p. 496], explica: "A serpente, enrolada em um ovo, era um símbolo comum para os egípcios, os druidas e os indianos. É uma referência à criação do universo".

A forma circular do símbolo permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é simbolizado pelo círculo.

Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de existência, simbolizado pelo círculo.

Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do perecível.

O ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução.



Pode-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as coisas”.

Registre-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”.

Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que esta é tida por alguns o análogo vegetal da fénix, pois após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce.

Geralmente, nos livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão "Hen to pan" (o um, o todo). Remete-se assim, mais uma vez, ao tema da ressurreição, que pode simbolizar o “novo” nascimento do iniciado.

Em relação a certos ensinamentos do budismo tibetano (como dzogchen e mahamudra), pode-se esboçar uma maneira específica para vivenciar (em estado meditativo) este ato de "morder a própria cauda". Por exemplo, ao perceber-se num estado mental atípico (além das formas habituais) procurar olhar a si mesmo.




Assim, esse antigo símbolo alquímico grego de uma serpente comer sua cauda. A obra mística The Chrysopoeia de Kleopatra tem um desenho da serpente Ouroboros comer sua cauda, com o texto "Um é tudo". Outro emblema ilustra os símbolos de ouro, prata e mercúrio entre dois concêntricos círculos com o texto "Um é a serpente que tem seu veneno de acordo com duas composições" e "um é tudo e através dele é tudo e por ele é tudo e se você tiver não tudo, tudo é nada." O símbolo do Ouroboros também foi interpretado como a unidade da sacrificer e sacrificado, relacionadas com o simbolismo da vida mística.



A símbolo remonta à cultura Mesolítico (Azilian) e apareceu no simbolismo do número de corridas. O texto gnóstico Pistis Sophia, descreve o disco do sol como um grande dragão com o rabo na boca. O escritor do século IV Horopollon afirmou que os egípcios representavam o universo como uma serpente devorando sua própria cauda, um símbolo da eternidade e da imortalidade, uma imagem também encontrada em gemas gnósticas.



Em alquimia, o dragão cauda-comer representou o guardião do Tesouro místico, simbolizado pelo sol. Alquimia foi destruir ou dissolver este guardião como um estágio no sentido de conhecimento sobre este tesouro.



Possivelmente o familiar símbolo Yin-Yang chinês está relacionado com a serpente devorando cauda — aqui os princípios masculino-feminino em toda a natureza realizam-se em equilíbrio.



imagens extraídas de
"Le Monde à travers les OUROBOROS" - Serpents ou dragons qui se mordent la queue

“Escuro e nebuloso é o início de todas as coisas, mas não o seu fim”. Entenda a Alquimia e seus princípios...

“Escuro e nebuloso é o início de todas as coisas, mas não o seu fim”. Entenda a Alquimia e seus princípios...




A alquimia é a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais. Tem como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência. Os alquimistas, em suas práticas de laboratório, tentavam reproduzir a pedra filosofal a partir da matéria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra é possível obter o controle sobre a matéria, transformando metais inferiores em ouro e também o Elixir da Longa Vida, que é capaz de prolongar a vida indefinidamente.

A pedra filosofal era gerada a partir da matéria prima primordial, além de outros compostos, no Ovo Filosófico que é um recipiente redondo de cristal aonde todos estes compostos vão sendo transformados, em várias etapas, sempre utilizando o forno. Este processo freqüentemente é comparado a uma gestação da pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princípio, quando só existia o caos, porém de maneira mais rápida, dando melhores condições para que ocorram as transformações. Portanto, a conclusão da Grande Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos significa adquirir os conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço-tempo sagrada, diferente da do cotidiano de todos.

Esta pedra filosofal não se constituía necessariamente de um objeto, mas sim energia que pode ser adquirida e controlada. Um não iniciado poderia possuir a pedra e dela não desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, no máximo, transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transformação da matéria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformação do indivíduo constitui a Grande Obra.

Diante da compreensão do que somos, a transmutação de qualquer metal em ouro e o elixir da longa vida são na realidade coisas insignificantes. A Alquimia é a busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria. O estudante de alquimia é um andarilho a percorrer as estradas da vida. O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a simplicidade do nada absoluto, capaz de realizar coisas que a ciência e tecnologias atuais jamais conseguirão. A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de ser aprendida ou descoberta, por isso, comece imediatamente, pois, o prêmio para os que conseguirem é o mais alto de todos.

O ideal alquimista não constitui a descoberta de novos fenômenos, ao contrário do que procura cada vez mais intensamente a ciência moderna. Ela não é constituída somente de um caminho material, como por exemplo, a transmutação de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia é uma arte filosófica, uma maneira diferente de ver o mundo.

Não podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na Terra, um sofre influência do outro. Na alquimia ocorre a transmutação da matéria e do espírito ao mesmo tempo. O alquimista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto especial de observação, vendo tudo de maneira diferente, enquanto para nós este contato é apenas superficial. É na Grande Obra que o alquimista, de intenções elevadas, obtém a pedra filosofal, modificando sua aura, eliminando o ego, porque descobre que o que importa verdadeiramente é o ouro interno.

Os alquimistas já conheciam o poder e os perigos da energia atômica, muito antes dos cientistas a desenvolverem, porém, e não divulgaram tal descoberta em função dos riscos inerentes de uma má utilização deste conhecimento. Os cientistas podem ser comparados a empresários capitalistas, pois para a maioria, o caminho é unicamente material, e quando pensam no aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acreditam.

O ouro é considerado o mais perfeito dos metais, pois dificilmente se oxida, não perde o brilho. Acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente até ele no interior da terra. Por isso, a transmutação é considerada um processo natural. Os alquimistas aceleram este processo, realizando as transmutações em seus laboratórios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o mais cobiçado, não pelos alquimistas, mas pelos não iniciados, os sopradores como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc.

No laboratório interior, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alquimista nas várias etapas da transformação da matéria, vai gradativamente transformando a própria consciência. Antes do ouro metal, o alquimista deverá encontrar o ouro espiritual dentro de si.

Um dos grandes alquimistas que o Mundo conheceu foi o Mestre Jesus, que foi capaz de transmutar água em vinho, multiplicar os pães, andar sobre a água, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre dizia: “aquele que crê em mim, fará tudo que eu faço e ainda fará coisas maiores”. Os alquimistas buscavam esta pureza e compreensão espiritual. Encontrar a pedra filosofal significa descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia física, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natureza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto se degradou na Terra.

Toda matéria (por matéria fica entendido tudo que existe no universo, até mesmo a energia pode estar revestida pela matéria) é constituída de uma mesma unidade comum a todas as substâncias. A partir desta “semente” pode-se produzir infinitas combinações e infinitas substâncias. O símbolo alquímico do ouroboros, que é como n,a figura, representa estas constantes transformações em que nada desaparece nem é criado, tudo é transformado como o princípio da conservação de energia, ou primeira lei da termodinâmica, postulado muito tempo depois. Portanto, esta unidade da matéria é única e a mesma para todas as coisas, podendo combinar-se produzindo uma variedade infinita de substâncias e energias. Matéria e energia provém de uma mesma entidade. Einstein unificou a interconversão entre matéria e energia, na equação E=m.c2 (E = energia liberada; m = matéria transformada e c = velocidade da luz).

Os alquimistas procuram reduzir a matéria à unidade comum, que não são os átomos, para assim poderem reestruturá-la, tornando possível a transmutação. Esta unidade da matéria constitui tudo que existe, desde os átomos que se combinam para formar as moléculas e estas irão formar outras substâncias mais complexas, os organismos até os planetas que formam os sistemas e galáxias. Portanto, todas as coisas possuem a mesma unidade fundamental, este é o postulado fundamental da alquimia “Omnia in unum” (Tudo em Um).



O caos primordial que deu origem ao universo é comparado no reino mineral à matéria-prima, que é uma massa em estado de desordem que dará origem à pedra filosofal.

Tudo o que existe material ou espiritual constitui uma única unidade. O divino é expresso como sendo “o círculo cujo centro está em toda parte e a circunferência em parte alguma”. Portanto, todas as coisas surgiram do mesmo Criador, o mundo terreno é constituído pelos mesmos componentes que o mundo celeste.

Um dos grandes problemas de compreensão dos fundamentos da alquimia consiste na interpretação do espírito que só pode ser compreendido remontando a uma memória muito antiga, da época em que todos os seres do mundo celeste e do mundo terreno se comunicavam e o espírito circulava livremente entre todos os seres.

Muitos alquimistas foram grandes profetas, como Nostradamus, Paracelso, dentre outros e todos eles acreditavam que em breve, no fim de mais um ciclo terrestre, haveria uma grande catástrofe que seria um novo começo para a humanidade. Restaria uma consciência coletiva, a mesma que deu origem a alquimia em outros ciclos.

Alguns conceitos usados na Alquimia:

DUALISMO SEXUAL: A energia original é criada pela junção dos princípios masculino e feminino (sol e lua). Muitos alquimistas constituem casais na busca da Grande Obra, porém para que ocorra uma perfeita união alquímica, estas duas metades devem ser complementares formando um único ser (como a figura alquímica do andrógino).

COSMOS: O cosmo é visto como um ser vivo, e seus constituintes tem espírito e propósito definido. As estrelas exalam um campo de energia que pode ser sentido e utilizado pelo homem e assim obter as transformações.

VIDA: Existe uma crença na alquimia da criação artificial de um ser humano, o homúnculo ou Golem, porém, estes relatos de alguns alquimistas célebres poderia referir-se de forma figurada ao processo de fabricação da pedra filosofal, onde o homúnculo representaria a matéria prima para a fabricação da pedra ou então uma fase da iniciação em que o homem ressurge após a morte do outro já degradado.

Na concepção alquímica tudo o que existe é vivo, até mesmo os minerais. Os metais vivem, crescem, reproduzem-se e evoluem. Portanto qualquer metáfora sobre seres vivos podem estar referindo-se também ao reino mineral. A natureza deve ser respeitada para que a harmonia perfeita possa ser mantida. Reaprender a ver, sentir e ouvir a natureza, significa incorporar-se a ela, para relembrar o remoto passado quando fazíamos parte dela integralmente.

AMOR: Todo o conhecimento alquímico está alicerçado no amor e por isso inacessível aos processos científicos atuais. A união pelo amor está sempre presente em qualquer obra alquímica, representando uma energia que une dois princípios ou dois materiais, tornado-os um só. De forma figurada é descrita como o casamento do Sol e da Lua, do enxofre e do mercúrio, do Rei e da Rainha, do Céu e da Terra ou do irmão e da irmã, por terem vindo da mesma raiz ou mesma substância.

ASTROLOGIA: Na alquimia a astrologia exerce um papel fundamental desde a escolha do momento certo para o início da obra, da colheita dos materiais utilizados, até o momento mais propício para o alquimista trabalhar.



Frater Seth

Eu tenho TEmplo ou um palÁcio... entenda os MOtivos!!!!


Refletindo sobre o assunto, um “palácio” e um “templo” têm suas semelhanças, pois ambos foram construídos para a residência de algum rei. Um palácio é a morada de um soberano.




Em um palácio habita um rei do mundo terreno, entregue ao luxo de vivenciar a matéria com todos os seus desejos e prazeres, dedicando-se à uma vida de regalias, de excessos e de aventuras.



O templo, entretanto, é a habitação do Divino, do Supremo Soberano, do Grande Arquiteto do Universo. É lá onde se vivencia a ligação com o sagrado; onde se experimenta a conexão com as profundezas do espírito e onde está a simbologia que aponta para as leis que regem o Universo.

Cada um, ao aceitar a etapa de aprendizagem nesse plano, recebe uma construção que lhe servirá de morada; o corpo físico. Com o emprego do livre arbítrio escolhemos o que iremos fazer dele transformando-o em um palácio ou em um templo.



Poderemos, com o emprego da vontade( Thelema) , transformá-lo em um palácio de aventuras, se o reinante for o nosso “ego”. Nesse caso, o palácio servirá para atender aos incessantes e crescentes apelos dos cinco sentidos, buscando satisfazer-lhes as exigências, que a cada momento se apuram e se multiplicam.



Os vassalos ou empregados, nesse palácio, são os nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, cada vez mais fiéis ao ego reinante, orientado pelos nossos conceitos e pré-conceitos nascidos da formação mundana que recebemos, oposta aos ensinamentos que nos conduzem às vivências evolutivas para o caminho do aperfeiçoamento ou da polidura.

As visitas recebidas nesse palácio, tão estreitamente ligadas ao soberano, trazem os presentes diletos que vêm com a sensualidade luxuriosa, a gula, a preguiça, avareza, a vaidade, a ira, a intolerância, a deslealdade, o orgulho e todos os vícios que as acompanham.

Esses visitantes deixam o palácio repleto de fuligens que se agregam pelas paredes, representadas pelos resíduos das drogas entorpecedoras, das fumaças que alteram os estados de consciência, de todas as substâncias químicas injetadas nas instalações hidráulicas, bem como os alimentos corrosivos que são armazenados nas despensas reais, enfraquecedores dos alicerces dos corredores e dos salões.

As formas-pensamento liberadas pela ação dos visitantes e dos presentes criam conseqüências, cujos resultados serão os ajustes reclamados pela Lei Universal de Causa e Efeito...



“Se tens um palácio, abençoa-o!”. Entendi que abençoar o “palácio”, significa a ação transformá-lo em “templo”. Isto é, prepará-lo, com todo o sacrifício que isso significar, para transformá-lo na condidgna habitação da Divindade, que é a sua verdadeira finalidade.



Para isso, é mister dedicação, com todo o nosso esforço e toda a nossa vontade, à tarefa limpar os resíduos corrosivos do palácio, “construindo masmorras aos vícios e levantando o templo para as virtudes” que são as convivas do Grande Arquiteto do Universo.



Essa bênção foi expressa pelo Mestre Jesus quando disse aos “doze”: “Acaso não sabeis que sois templos do Divino e que o Espírito Santo reside em vós?” Afirmação também reforçada em outra máxima quando nos alertou ser impossível “servir, ao mesmo tempo, a dois senhores...”



adaptado da rede... Seth

Saiba o que Salomão tem haver com o oculto!!!



Salomão é o nome mais respeitado que existe no seio de um imenso número de religiões, seitas e Sociedades Secretas. Por que Salomão se tornou tão importante perante tão heterogêneos sistemas místico-religiosos? Por que tantas linhas de pensamentos, muitas vezes bem diferentes confluem até Salomão?




Quando se fala de Salomão torna-se muito difícil separar o que é verdade do que é lenda, sendo assim quase impossível se estabelecer os limites onde termina a verdade histórica e onde começa a lenda.



Quando Davi estava avançado em idade ele ansiava por cumprir uma promessa que não era somente dele, mas também de todo o povo hebreu: Edificar um grande templo dedicado ao deus de Abraão e que ele próprio não pudera construir em virtude das inúmeras guerra com que se ocupou em todos os anos de sua vida.



Afim de que tenhamos uma melhor compreensão do problema que tentamos evidenciar nesta palestra é oportuna uma comparação entre acontecimentos relatados na Bíblia com os que são citados no Alcorão, livro sagrado dos islamitas, e ligados ao Rei Salomão, para que se tenha conhecimento de muitos pontos que são obscuros numa tradição e bastante clara na outra.



Embora não esteja relatado na Bíblia, mesmo assim, é verdade que Salomão quando da velhice de seu pai Davi não estava presente na Palestina. Ele, segundo algumas informações contidas em documentos particulares de algumas ordens Iniciáticas, estava no Egito para onde fora a fim de tomar conhecimento do como estavam sendo dirigidas as Escolas Iniciáticas, e sobre a natureza do que, e do como, estava sendo ensinado lá, pois isso dizia respeito diretamente à sua principal missão na terra.



Salomão tinha como primeiro objetivo expurgar as influências do lado negativo dentro das fontes de conhecimento de então. Sabe-se que em Memphis Salomão foi iniciado nos GRANDES MISTÉRIOS egípcios numa Escola ligada diretamente à Grande Fraternidade Branca, naquela época sediada no Egito. Com a aproximação da morte de David, Salomão foi chamado do Egito e quanto chegou à Palestina o seu irmão Adonias estava praticamente no poder.



A Bíblia não traz referências quanto à vivência de Salomão no Egito. Aquele livro apenas cita que ele desposou uma filha do Faraó ( Reis I 3-1 ). Também em Reis 14.29 e seguintes é citado que a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria de todos os reis do Oriente e do que a sabedoria dos egípcios. Vê-se que Salomão estava de alguma forma ligado a várias fontes de conhecimentos, especialmente aos conhecimentos dos egípcios.



Quando Salomão esteve no Egito haviam transcorrido cerca de 482 anos desde a partida dos hebreus do Egito e de quando eles trouxeram grandes conhecimentos secretos, razão da contra ordem dada pelo Faraó para deter o êxodo. A sabedoria de Salomão derivava das próprias tradições de seu povo, mas, então aquela sabedoria em parte havia não apenas sido em parte esquecida, mas principalmente adulterada pela Conjura e por influencia da natureza negativa tendo a frente Jehová. Naquele período as Escolas de Mistérios ainda estavam muito ativas e possuindo muito sabedoria. Por tal razão Salomão foi enviado ao Egito a fim de se inteirar do como as verdades estavam sendo guardadas e ensinadas.



Salomão mostrou ser uma pessoa de sabedoria incrível. Conhecia todos os segredos da história da humanidade, dominava todos os conhecimentos da sua época bem como do passado. Não era uma pessoa comum e nem "santa" segundo os atributos dos santos da Igreja Católica. Essencialmente era uma pessoa sábia, de consciência clara, portanto. Na primeira fase de sua vida pública, o que ele tinha de especial era um conhecimento imenso, algo fora do comum, estava infinitamente adiante dos demais seres de sua época. O que havia nele de especial era o saber e não um caráter de bondade piegas. Foi aquele jovem rei Salomão a quem Davi deu a incumbência de construir um templo onde deveriam ser guardada a Arca da Aliança, juntamente com as Tábuas da Lei.



A Maçonaria explica de forma muito especial e detalhada as diferentes etapas da construção daquele templo e praticamente baseia a sua ritualística nele. No que diz respeito a Salomão haver construído um templo o qual era um compromisso do povo hebreu para com Jehová é mais um paradoxo, pois se Salomão tinha conhecimentos da infiltração do lado negativo da natureza no seio da cultura e da religião hebraica por qual razão Ele tomou construiu aquele templo? Sendo Salomão sabedor da natureza de Jehová não é fácil se entender como Ele se dedicou àquela construção. Se Salomão não empreendesse a construção do templo os hebreus continuariam inabalavelmente no propósito de construí-lo mais cedo ou mais tarde. Assim sendo Salomão preteriu ele mesmo empreender aquela obra.



Construindo o templo, Salomão poderia dar-lhe um outro destino e foi assim que aconteceu. Por um lado Ele atendeu aos anseios do povo enquanto que por outro lado Ele deu-lhe um objetivo bem diferente. Seguiu as especificações técnicas e arquitetônicas, mas a destinação prático dada foi bem diferente. O templo não era apenas um local de acendimento religioso, mas sim uma verdadeira universidade apta a funcionar essencialmente como uma Escola de Mistérios semelhante àquelas que existiam no Egito Antigo.



Levado pelo seu imenso saber, e especialmente por haver sido membro destacado das Escolas de Mistérios no Egito, o rei Salomão construiu o Templo de Jerusalém de maneira a funcionar como uma Escola de Saber Oculto e não apenas uma casa de devoção a Jehová. Salomão, o Rei de maior sabedoria entre todos os reis... Qual o imenso saber de Salomão? - Já dissemos que Ele foi um INICIADO nos Mistérios Menores e Maiores da Escola Iniciativa de Memphis no Egito. Os Mistérios menores envolviam todos os conhecimentos históricos e científicos da humanidade, mas somente com os Mistérios Maiores é que o postulante aprendia o domínio da mente.



Além do conhecimento já existente nas Escolas de Mistérios de Memphis Salomão dominava magistralmente os ensinamentos da Cabala Hebraica e especialmente pelo Seu saber inato, saber que Ele tinha em si mesmo, que trazia consigo mesmo, pois sua consciência era uma projeção da Consciência Cósmica na terra. Foi exatamente essa capacidade natural o que motivou o seu pai Davi a enviá-lo para o Egito afim de melhor tomar ciência do que estava sendo ensinado lá e assim Ele com mais habilidade pudesse sucedê-lo como rei de Israel, mesmo que tal atitude viesse a ferir o direito de progenitura de Adonias. Adonias não tinha propensão para o saber oculto, era um espírito sem desenvolvimento algum, por isto nos bastidores da Conjura ele era o tipo ideal para governante.



Jamais alguém como Salomão poderia ser aceito pela força negativa. Naquela disputa entre Adonias e Salomão, na realidade por detrás havia um jogo tremendo entre os OBSCURANTISTAS, os INICIÁTICOS, e especialmente a FORÇA NEGATIVA. Exatamente por ser detentor de conhecimentos ocultos, especialmente aqueles ligados à Cabala, Salomão foi aceito como o protetor dos magos. É tido como o rei da magia, das ciências ocultas, do hermetismo, etc. Através desses conhecimentos ele se impõe aos cultivadores das doutrinas secretas, das diferentes formas de magia, da maçonaria, e de quase todas as saciedades e doutrinas secretas do ocidente.



Como um dos principais reis de Israel ele chegou a ponto das grandes religiões do ocidente como o Islamismo e muitas Igrejas Cristãs Tê-lo no mais elevado conceito. Dizem os cabalista que Salomão foi o maior entre os maiores conhecedores dessa ciência. Ele detinha, segundo todas as fontes de informações, um poder incrível sobre as forças da natureza. Assim o grande poder de Salomão dominava todos os gênios da natureza. Diz a tradição que Ele impunha a sua vontade sobre todos os "demônios" ( Não cabe nesta palestra discutir se os gênios, anjos, demônios, Djins, elementares e outras formas de existência são reais ou imaginários. Citamos essas entidades para justificar o porquê de Salomão ser reconhecido simultaneamente por cristãos, magos, feiticeiros, cabalistas, místicos, etc. SALOMÃO é respeitado pelos magos e feiticeiros de todos os tempos. O seu nome aparece nos livros sagrados dos cristãos tanto quanto nos islamitas, ou nos tratados de magia branca, assim como de magia negra; nos livros de Maçonaria e nos de inúmeras outras ordens iniciáticas e sociedades secretas.



Somente se entendendo a problemática da humanidade, no que diz respeito aos obscurantistas, e aos iniciáticos é que se pode tirar as dúvidas, afastar as desconfianças do contrário se torna decepcionante ver o nome de Salomão ligada à seitas demoníacas, e a muitas formas de conhecimento oculto. Passemos às lendas, aos mitos, e à algumas estórias verdadeiras ligadas a Salomão.



O grande Rei, dizem, era detentor de um anel mágico, um anel cabalístico que Lhe dava poderes maravilhosos, e no que existia desenhado o famoso SÍMBOLO DE SALOMÃO, também conhecido por SIGNO SALOMÃO por haver sido usado pelo Rei como sinete com o qual eram autenticados os documentos. Ainda existem alguns daqueles documentos autenticados com o anel de Salomão em arquivos de sociedades secretas e mesmo em museus. O anel de Salomão era um talismã valiosíssimo com o qual Salomão submetia à sua vontade todos os gênios e demônios.


Salomão na construção do templo invocou o auxilio dos "gênios" graças aos poderes cabalísticos que possuía. Assim os gênios se submeteram a vontade de Salomão e foram obrigados a trabalhar como escravos. Mesmo estando sendo construído por gênios Salomão tinha o sossego quebrado pelos ruídos da lapidação das pedras, pelo ajustamento dos blocos nas paredes. Incomodado por isso o rei indagou dos "gênios" se aquele trabalho não poderia ser feito em silêncio e assim exigiu que a obra fosse trabalhada sem ruído algum. Os "gênios" disseram que tal era impossível para eles, mas que existia um "gênio" que tinha tal conhecimento, mas que fugira à convocação de Salomão. Este, por meio de processo mágico localizou o "gênio" rebelde e usando o poder do seu anel submeteu-o e este teve de explicar a maneira como trabalhar a pedra em silêncio. O gênio foi obrigado a revelar aquele segredo dizendo: "Oh Rei. Cobre o ninho daquele corvo com uma campânula de pedra e descobrirás aquilo que desejas". Salomão assim procedeu e verificou que o corvo ao regressar para o ninho havendo encontrado os ovos cobertos voou e regressou depois trazendo um certo tipo de erva que depositou sobre a campânula de pedra sob a qual estavam os ovos. A erva foi libertando seiva e esta amoleceu completamente a pedra e assim o corvo conseguiu com o bico libertar os ovos. Imediatamente o Rei ordenou que aquela seiva fosse utilizada para tornar os blocos de pedra amolecidos e assim tudo pode ser construído em silêncio. Depois dos blocos cortados, moldados, e ajustados novamente eram solidificados. Isto por certo é uma das lendas sobre Salomão, mas na verdade o Rei tinha conhecimento do como amolecer a pedra, pois a técnica de amolecimento da pedra é uma realidade, mas que na história de Salomão aparece em uma forma lendária.



Sobre esse mito repousa uma grande verdade, tanto a técnica de amolecimento de rocha existia no passado como também o Rei submeteu muitos "gênios" da natureza, especialmente "gênios" servidores da força negativa. Com certeza Salomão não aprendeu a amolecer pedra da maneira como diz a lenda, mas sendo detentor de Consciência Cósmica ele sabia de todas as técnicas e ciências, sem falar nos conhecimentos a que teve acessos nas Escolas de Mistérios, nas fontes de conhecimento do Egito desde que aquela técnica foi amplamente empregada na construção das grandes construções do Egito e oriundos da Atlântida. Este é um dos grandes segredos da antigüidade e que explica os grandes paradoxos das construções megalíticas da pré-história. Assim se pode saber como os egípcios que só dispunham de serra e brocas de bronze podiam executar monumental trabalho em pedras.



Não são apenas as lendas islamitas e maçônicas que falam da construção do Templo de Salomão. Existem inúmeras outras que se completam e cada uma guarda em si ensinamentos vários, e lições morais interessantíssimas. Com o término da construção do templo Salomão cumpriu a promessa feita pelo seu pai Davi e paralelamente o povo hebreu cumpriu a promessa feita a Jehová.



Durante a construção Salomão começou a fazer ver que uma obra arquitetônica muito bem pode simbolizar a via de desenvolvimento e evolutiva de uma pessoa humana. Tudo pode ser construído, moldado, lapidado, polido, e ajustado na vida do ser humano, tal qual numa edificação de pedras. Assim a construção moral do ser pode ser simbolizada pela construção de um edifício material. Mas, a construção do ser humano em suas qualidades espirituais é uma obra mais grandiosa que qualquer templo material, algo bem mais imperecível, pois que jamais pode ser destruída. Assim Salomão estabeleceu as bases de uma nova ordem social utilizando para a construção desse homem novo as mesmas bases que fora empregada para a edificação do templo e assim criou uma Escola Iniciática em que as pessoas eram distribuídas em três graus tal como os obreiros eram classificados na construção do templo material. Isto é essencialmente a base da Maçonaria.



A estrutura física do edifício do Templo de Jerusalém não condiz de forma alguma com as linhas clássicas de um templo religioso e sim com as de uma universidade. Com a criação daquele templo destinado ao aperfeiçoamento do ser humano o Rei Salomão quis criar algo eterno, um templo imaterial para que o homem pudesse se desenvolver e evoluir em saber. Para que ele pudesse ascender no cumprimento daquilo para o que está destinado, o desenvolvimento cósmico de sua natureza. O templo material poderia ser o cumprimento de uma promessa feita pelo povo hebreu àquele ser que se intitulava Jeová, o senhor dos exércitos, mas o imaterial a Escola Arcana de Sabedoria, esta visava homenagear o Ser Superior, à Consciência Cósmica, Supremo Criador de todas as leis universais, Creador de bilhões de sistemas plenos de vida. À este o rei Salomão dedicou paralelamente não um templo material, uma escola de mistérios, em termos atuais.



Nas Escolas de mistérios e no Templo de Salomão se aprendia muito sobre ciências altamente adiante da época. Lendo-se os antigos filósofos vemos claramente que eles conheciam muitos princípios científicos atuais. Por exemplo, a idéia de que a matéria era constituída de estrutura que os gregos chamaram átomos e cujo enunciado é atribuído a Demócrito, a Leucipo e a Epícuro, na realidade a idéia não partiu daqueles filósofos. Demócrito recebeu-a de Moschus, o Fenício, a informação precisa de que o átomo era indivisível ( quimicamente ). Segundo Tales de Mileto e Anaxímenes, a Via Láctea era constituída de estrelas. Galileu confessou claramente que suas afirmativas a respeito do movimento da terra ele a colhera dos antigos, Copérnico, considerado o criador da teoria heliocêntrica, no prefácio de sua obra dedicada ao Papa Paulo III, diz textualmente que descobriu o movimento da terra nos escritos dos antigos.



Como Salomão esteve ligado a diversas fontes que tinham esse tipo de conhecimento é de se admitir que ele tinha pleno conhecimento, um conhecimento abrangente de tudo quanto havia naquela época. Atualmente é que no templo de Jerusalém havia algum instrumento igual ou equivalente aos atuais pára-raios.



Um Frater Rosa-Cruz

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Bom dia!!! Tenha um dia de Aprendiz...

UM DIA DE APRENDIZ





Talhar a pedraria

Entre irmãos é tudo afeto.

Começa a faina, já raia o dia

Em honra ao Arquiteto.

Aqui ferramentas me deram

Para o trabalho braçal.

As três, então me disseram

De ti arrancarão o mal.

Assumo então o meu posto,

Percorro em torno o olhar:

Achando em cada rosto

A forma de trabalhar.

No grande canteiro de obras

Comecei a labutar,

Buscando em meio às sobras

A pedra bruta talhar.

A tosca pedra é atributo

No homem da imperfeição,

Ela é também o reduto

Do impulso, vício e paixão

A destra percorre o espaço

Veloz a força levando

Na presteza do que faço

A obra vai se talhando.

A sinistra com sapiência

Orienta o caminho a seguir.

Pouco a pouco então começa

O aço a pedra ferir.

A ignorância em lascas segue

Amontoando-se pelo chão

Ao mesmo destino é entregue

O egoísmo seu irmão.



O sol já está a pino

Há muito trabalho a cumprir.

De tempos em tempos defino

As veredas do porvir.

Por vinte quatro tempos

Avalio meu proceder

De passos em passos lentos

No destino a percorrer.

Reto ouvir, reto ver

Reto andar, reto fazer

Do Buda ainda escuto

As palavras a dizer.

Retine na pedra o metal

Em incessante cantilena

Pouco a pouco dou a tal

Uma forma mais amena.

O mestre percorre o canteiro

Avaliando meu trabalho

Talvez seja o alvo certeiro

Para um aumento de salário.

Infinitas horas trabalho

Buscando a perfeição

Medindo o quanto valho

Nesta constante ascensão.

Enfim chega o momento

Do merecido descanso

A hora da paga é o evento

Que culmina o meu avanço

É meia noite e o silêncio

Das três adormecidas

Permitem-me então o ócio

Após tão duras lidas.

Então agradeço ao arquiteto

A sabedoria que me inspirou

A força que me manteve ereto

E a beleza que me elevou.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Livre de Bons Costumes II - A missão

Porque é Livre e de Bons Costumes ?




O ideal dos homens livres e de bons costumes, que a sublime Ordem ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.

No mundo da atualidade, conturbado pela incompreensão e pela ganância, mais do que nunca é necessário que brilhe no coração dos Irmãos a flama do ideal maçônico; que os obreiros, almas que se ornam pela bondade, forças que se unem pelo amor, vontades que se harmonizam pelo desejo de espalhar luz sobre seus semelhantes, tornando-os bons e caritativos, sejam orientados e guiados na trajetória que os leva a perfectibilidade.

Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.

A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral.

Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.

Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o homem vai aprimorar-se em benefício dos semelhantes, desenvolvendo qualidades que o possibilitam ser, cada vez mais, útil à coletividade.

Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.

O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta.

Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões vis, que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.

Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem está escravizado a vícios.

Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações.

Não é homem livre, quem se chafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as. Maçom livre é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que desonram, que degradam.

O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.

Ser livre é ir mais além, é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.

Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social. A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito. O bom maçom, livre e de bons costumes, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal.

Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos. O bom maçom, livre e de bons costumes, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora. O bom maçom, livre e de bons costumes, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante. O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem. O bom maçom, livre e de bons costumes, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os. O bom maçom, livre e de bons costumes, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos. O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar. O bom maçom, livre e de bons costumes, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade.

O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes. O bom maçom, livre e de bons costumes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade. O bom maçom, livre e de bons costumes, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria. O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir.

Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói.

O homem que se embriaga é indigno de ser maçom, porque ser ébrio é ser de maus costumes e quem é escravo da bebida, não é livre e o maçom deve ser livre e de bons costumes. Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade.

O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar. Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.

O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.

Ir.: Carlos Dutra

Veja o que é a A MAÇONARIA

A Maçonaria




1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus.

2. A Maçonaria refere-se aos " Antigos Deveres " da Fraternidade , especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem , essenciais à regularidade da Jurisdição .

3. A Maçonaria é uma ordem , à qual não podem pertencer senão homens de boa conduta , que se comprometem a praticar um ideal de justiça, verdade e paz .

4. A Maçonaria visa ainda , o aperfeiçoamento moral dos seus membros , bem como , de toda a humanidade .

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exata e escrupulosa dos ritos e do simbolismo , meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias .

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um . Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia , política ou religiosa . Ela é ainda um centro permanente de união fraterna , onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens , que sem ela seriam estranhos uns aos outros .

7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada , a fim de dar ao juramento prestado por eles , o caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade .

8. Os Maçons juntam-se , nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes simbolos da Ordem : um volume da Lei Sagrada , um esquadro e um compasso, símbolos da retidão, para aí trabalhar com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência .

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade , de ilibada reputação , gente de honra , leais e discretos , dignos em todos os níveis de serem bons Maçons, e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno .

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor à Pátria , a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas .Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu comportamento são , viril e digno , para irradiar da Ordem no respeito do segredo maçônico .

12. Os Maçons devem-se mutuamente , ajuda e proteção fraternal , mesmo no fim da sua vida . Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio , indispensáveis a um perfeito controle de si próprio .

A SABEDORIA DO FOGO e a ESSENCIA DO SILÊNCIO

A SABEDORIA DO FOGO






Um jovem Iluminado de uma determinada Ordem, a qual freqüentava regularmente, inesperadamente sem nenhum aviso ou motivo aparente, deixou de participar de suas atividades.

Após algumas semanas sentindo sua falta, um Mestre do Iniciado daquela mesma Ordem decidiu visitá-lo.

Era uma noite muito fria e chuvosa, daquelas que agente sente um arrepiu na espinha.

Ao chegar, encontrou o jovem Iluminado em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Imaginando a razão da inesperada visita, o Jovem Iluminado deu as boas vindas e convidou o Mestre a sentar em uma cadeira entorno da grande lareira onde estava.

Apreensivo e com certa vergonha o jovem Iluminado ficou quieto, pensando e olhando o fogo a sua frente.

O Mestre acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas para a surpresa do jovem Iluminado, não disse nada.

No silêncio sério que se formava, os dois contemplavam a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.

Ao cabo de alguns minutos, o Mestre levantou-se, examinou o fogo, revirou com um atiçador as brasas que se formaram, e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente e viva de todas. Empurrando-a para o lado e deixando-a separada das demais, voltou então a sentar-se, permanecendo em silencioso e imóvel novamente.

O jovem Iluminado prestava atenção a tudo, observava e permanecia quieto.

Aos poucos a chama da brasa que fora separada, agora solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e como um ultimo suspiro, apagou-se repentinamente.

Em pouco tempo o que antes era uma fonte de luz e calor, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita até esse momento, desde o formal cumprimento inicial entre os dois irmãos(frateres).

O Mestre antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, e colocou-o de volta no meio do fogo.

Quase que imediatamente ele tornou-se incandescente, voltou a brilhar auxiliado pelo fogo e calor dos carvões ardentes em torno dele.

A fogueira na mesma hora ficou mais viva e bonita.

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, o jovem Iluminado disse:

- Obrigado meu Mestre.

- Sua visita e seu belíssimo sermão me fizeram entender a minha importância e a minha necessidade de ser útil.

Este foi uma passagem sobre a essência do Silêncio...
A fala Perfeita de Buda...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

conheça o Pelicano e seu simbolismo...


O PELICANO




Examinando as páginas do Grande Dicionário Enciclopédico da Maçonaria de Nicola Aslan, vamos encontrar a seguinte descrição sobre o Pelicano: "símbolo maçônico representado pelo pelicano derramando sangue pelos seus filhotes a que foi adotado pela maçonaria, na antiga arte cristã, o Pelicano era considerado emblema do salvador".



Este simbolismo tem por base uma antiga superstição, cuja falsidade foi demonstrada, mas, enquanto se acreditava nela, o Pelicano foi adotado como símbolo do Cristo, derramando o seu sangue pela Igreja e pela Humanidade.



A esta interpretação teológica, os místicos aplicaram, porém, outro significado, considerando o Pelicano como símbolo do próprio sacrifício, indicando que na medida em que damos , nossas posses, as nossas aquisições intelectuais, as nossas habilidades, alimentamos a nossa vida, desenvolvemos o nosso caráter e a nossa personalidade, sendo que, à medida que os anos passam, o nosso sacrifício se reflete em boas ações que perduram além da nossa vida, como que lembrando os sacrifícios que fizemos.



Entre os alquimistas, o Pelicano foi um utensílio que utilizaram para suas operações, e um símbolo.



Tratava-se de um alambique de vidro circular, de uma só peça, com o bojo encimado por um capitel tubulado, do qual partiam dois tubos opostos e encurvados, formando asa.



Estes tubos voltavam a entrar lateralmente no bojo, de modo que o líquido destilado recaía constantemente dentro dele. Não se sabe bem se o nome de Pelicano foi aplicado pelos alquimista ao aparelho por causa de sua forma que se parecia com esta ave, ou pela função do aparelho, destinado a alimentar constantemente e manter a vida, com o produto de suas entranhas, o "franguinho" do alquimista, ou seja, a "obra" que ele procurava realizar.



Nas várias fases por que passava a grande "obra", a matéria tomava diferentes cores, tornando-se sucessivamente preta, branca, verde, amarela, arco-íris, etc., simples transições entre as cores principais. Estas tinham os seus símbolos: o preto simbolizava um cadáver, um esqueleto, um corvo, etc.: o branco geralmente por um cisne; o vermelho, a rubificação, como o chamavam, por um fênix, um Pelicano ou um jovem rei coroado encerrado no Ovo Filosófico.



O Pelicano é sempre representado no momento em que se abre as suas entranhas para alimentar seus filhotes, sempre em números considerados sagrados: 3-5-7. A Maçonaria vê no Pelicano o DEUS alimentando o seu Cosmos com a própria substância.



Por isso na Jóia dos Cavaleiros "Rosa-Cruzes" o Pelicano é visto embaixo da rosa-cruz e do compasso, que apóia as suas pontas sobre o quarto círculo que sustenta o seu ninho.



No simbolismo maçônico, o Pelicano é o emblema mais característico da caridade.



É como tirar de suas entranhas o alimento de seus filhotes. Muitos vêem no Pelicano o mais lindo símbolo do amor materno.



Entre os antigos Egípcios, o Pelicano era tido como ave sagrada, era um emissário do Espírito Santo, porque apresentava certas qualidades que faziam com que os nativos de então se surpreendessem pelos esplendores da ave.



O Espírito Santo bafejava sobre o povo, assim como a pomba nos evangelhos representa o Espírito Santo, tal como naquela passagem quando Cristo foi batizado nas águas do Rio Jordão. Saindo das águas, o céu se abriu e desceu o Espírito Santo na forma de uma pomba.



Seria Lenda?



Superstição?



Seria Verdade?



Não podemos questionar.






E isso porque o pássaro era o símbolo da maternidade mais augusta, da maternidade elevada ao seu grau máximo.



Então, o Pelicano possui uma espécie de bolsa, logo depois do bico, descendo para o papo. E, na forma de regurgitação, deposita ali os alimentos para os filhos. Quando necessitando desse trabalho, enfiava o bico pela bolsa e retirava o alimento que ali estava, servindo assim seus próprios filhos.



A ave procedia dessa forma para a manutenção dos filhotes, mas acreditavam piamente, os daquela época, que o Pelicano arrancava parte do próprio corpo para alimentar a prole, ou extraísse o próprio sangue que alimentava os rebentos.



O Pelicano não serve de sua carne, não serve de seu sangue para alimentar os filhotes, pelo processo que era vedado aos primitivos notarem, devido à distância em que ficavam. E a semelhança ficou, o símbolo permaneceu. E o Pelicano é para nós, realmente o emblema mais extraordinário de nossa própria Ordem, quando a mãe comum realiza todos os sacrifícios para amparar os filhos, para alimentar seus rebentos para propagar a própria espécie.



Não estranha, pois, que a Maçonaria dos Altos Graus, tenha adotado este símbolo do Pelicano para o Grau de Cavaleiro Rosa Cruz, 18, grau alquímico por excelência e eminentemente Cristão, fazendo-o, outrossim, o símbolo do amor paterno e materno.





CARLOS ARMANDO MOLINARI

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CAVALEIRO ROSACRUZ, CONHEÇA!!!!

I\ N\ R\ I\








"Os homens de todas as épocas são parecidos. A história não é tão útil por se encerrar nela o passado, como por se ler nela o futuro".J. B. Say



"Se não fosse as poeiras que ele ilumina, o raio de luz não seria visível". André Vide



Na câmara, onde os Cavaleiros Rosacruzes fazem seus trabalhos, há vários objetos e ornamentos para que se possam processar os rituais capitulares do Grau 18. Um deles é uma cruz ansata, com as letras I.N.R.I., alternadamente, em branco e preto, ao lado de um compasso e um esquadro, sobre uma mesinha triangular colocada entre o altar e a entrada do Oriente.



A sigla I. N. R. I. é usada como identificação entre os Cavaleiros Rosacruzes, e vem da própria iniciação do Grau com uma antiga máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra! (O fogo renova a natureza inteira!). Ela aparece, também, quando o Cavaleiro é interpelado sobre a Verdade e ele responde que "a viu em Judéia, Nazaré, Rafael e Judá".



O I. N. R. I. de pronto nos leva a pensar em Jesus crucificado, em cuja cruz, sobre a sua cabeça, havia essa inscrição, querendo dizer: "Eis aqui o Rei dos Judeus!".



O Grau do Cavaleiro Rosacruz reflete, pois, a descida sobre nós de profunda tristeza e trevas. Quando em desespero, nós podemos nos dirigir a duas grandes forças motivadoras para nos salvar: a Razão e a Fé. A Razão trata daquilo que pode ser demonstrado, o que é tangível: a Fé vem de dentro de nós, o intangível. Isso é expressado pela Cruz e a Rosa. A Cruz tem sido um símbolo sagrado desde os primórdios da Humanidade: a Rosa significa a ressurreição. Daí um dos símbolos do Grau 18 ser uma Cruz encimada por uma Rosa. A flor da Rosa possui, também, a tripla conotação de Amor, Segredo e Fragrância, ao passo que a Cruz comporta, também, o triplo significado de Auto-sacrifício, Imortalidade e Santidade. Quando se tomam em conjunto esses dois emblemas, como sempre o estão no nome Rosacruz, indicam o Amor do Auto-sacrificio, o Segredo da imortalidade e a doce Fragrância de uma vida santa.



Como se vê, o Grau 18 tem muito a ver com Jesus, apesar de não haver restrição alguma sobre sua aplicação àqueles que não pertencem á fé Cristã. Ao centrado: Trata-se de um Grau de tolerância, convidando os homens de todas as crenças para encontrarem o enriquecimento espiritual.



A Regeneração Universal e o Segredo da (mortalidade constituíam a preocupação máxima dos alquimistas ligados á fraternidade dos Rosacruzes. Com a justaposição da Rosa na intersecção dos ramos da Cruz simbolizavam eles, como se entendeu das inscrições hieroglíficas encontradas no grande triângulo descoberto no templo de Benares, a junção dos dois sexos, que levada, afinal, ao Segredo da Imortalidade. A Rosa era o gracioso emblema da Mulher, a imagem da discrição e portanto o símbolo do "silêncio"; enquanto a Cruz, que para os filósofos herméticos era o símbolo da junção que forma a eclíptica com o equador, com os pontos de cruzamento em "Picies" e "Áries" e outro no centro da "Virgem", significava a virilidade do Sol em toda a sua força criadora. Dessa reunião resultaria a Regeneração Universal, ponto mais alto da doutrina secreta e de partida para a imortalidade.



O I. N. R. I. na Cruz de Jesus foi ditada através da sentença de Pôncio Pilatos:



"Eu, Pôncio Pilatos, aqui presidente do Império Romano, dentro do palácio da arqui-residência, julgo, condeno, e sentencio á morte a JESUS, chamado pela plebe de Cristo Nazareno, de pátria galileu, homem sedicioso da lei mosaica, contrário ao grande Imperador Tibério César.



Determino e pronuncio par esta, que sua morte seja em cruz, ficado com cravos, segundo a usança dos réus, parque aqui, congregando e juntando muitos homens ricos e pobres, não cessou de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se Filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando-os com a ruína de Jerusalém e do sacra templo, negando o templo de César, e havendo tido o atrevimento de entrar com ramos e triunfo, e com parte da plebe, na cidade de Jerusalém e no sacra templo.



Mando que se leve pela cidade de Jerusalém o Jesus Cristo, ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz nos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malvados, e com ele sejam levados dois ladrões homicidas, e sairão pela porta Yagarda e que se leve Jesus ao pública Monte da Justiça, chamado Calvário, onde sacrificado e morto fique o corpo na cruz como espetáculo a todos os malvados, e sobre a cruz seja posto este titulo nas línguas hebraica, grega e latina: Jesus Nazarenus Rex Jurdeorum (I.N.R.I. ).



Ordeno ainda que ninguém de qualquer estado ou qualidade que seja, se atreva temerariamente a impedir esta justiça par mim determinada, a qual deve ser administrada e executada com toda o rigor e segundo os decretos e as leis romanas e hebraicas, sob pena de rebelião ao império Romano."



(Este documento apareceu publicada no "Jornal de Francfort", número 115,de 26 de abril de 1839 e achado em um vaso antigo, de mármore branca, quando se faziam escavações na cidade de Áquila, no reino de Nápoles, na ano de 1280.)



Diz-nos São João, confirmando:



"E eles tomaram a Jesus, e o tiraram para fora. 17 E levando a sua cruz às costas, saiu para aquele lugar que se chama Calvário, e em hebreu Gólgota. 18 Onde crucificaram e com ele outros dois, um de uma parte, outro de outra, e Jesus no mel. 19 E Pilatos escreveu também um titulo, e o pós sobre a cruz. E dizia a inscrição: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. 20 E muitos dos judeus leram este título, porque estava perto da cidade o lugar onde Jesus fora crucificado. E estava escrito em hebraico, em grego e em latim. 21 Diziam pois a Pilatos os pontífices dos judeus: Não escreva rei dos judeus, mas o que ele diz: Eu sou o rei dos judeus. 22 Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi. " (JO 19,20)



Evidentemente, Rei Dos Judeus era um título de zombada, pois os seus adversários não queriam entender que sua realeza era doação e serviço. Jesus exercia sua realeza oferecendo o perdão a todos, realizando a reconciliação do homem com Deus e dos homens entre si. E nós estaríamos participando da realeza de Jesus na medida em que fôssemos capazes de perdoar e construir a paz e a reconciliação.



A turba que exigia a condenação a Jesus se sentia ameaçada. Para essa multidão, Jesus era um blasfemador e um perigo diante do poder religioso e civil. Mesmo dizendo que "seu Reino não era deste mundo", era preciso eliminá-lo. Mas Jesus é Rei! A sua Cruz tornou-se sinal de transformação, u'a mensagem de libertação. Ele é o nosso libertador. Liberta os homens, interiormente, de seus pecados e liberta a sociedade de todos os contravalores: poder, riqueza, mentira e opressão; e anuncia os valores do Reino: a solidariedade, a justiça, a verdade, a paz e a fraternidade. Assim, ele não é só Rei Dos Judeus, ele é Rei Do Mundo Todo!



Na verdade, I. N. R. I. é um tetragrama misterioso que encerra o significado secreto da palavra sagrada do Cavaleiro Rosacruz. Não se pronuncia tal palavra sagrada: é solicitada por meio de um interrogatório especial, em que o verdadeiro Rosacruz sabe encontrar duas vezes a palavra sagrada requerida. Alguns rituais atribuem a essas quatro letras o significado Iesus Nazarenus, Rex Iudeorum, mas o fato é que seu uso precede a era cristã e que entre os hebreus foram as iniciais dos nomes atribuídos aos quatro elementos primitivos da antiga física, também conhecidos dos antigos filósofos e por cuja prova ainda passam os iniciados de alguns ritos Maçônicos: I, de lammim = água; N, de Nur = fogo; R, de Ruahar = ar; e I, de labaschah = terra.



Quando os jesuítas adentraram nas assembléias dos Rosacruzes baccnianos, em Londres, com o fim de neutralizarem o fluxo dos modernos princípios filosóficos que começavam a inquieta-los, os ingleses não tiveram contemplação: expulsaram-nos. E eles foram estabelecer-se por conta própria.



Evidentemente, a confusão era a melhor arma, e, assim, apossando-se da quatro letras que constituíam a palavra sagrada dos Rosacruzes em todo mundo, I. N. R. I. , trataram de desvirtuar o sentido hermético, atribuindo-lhe uma significação que tinha o seu apoio na "Mônita", mas que não correspondia de maneira alguma ao sentido dos ingleses: "Jusum Necare Reges Impios" (É justo matar os reis ímpios), o que além do mais visava o Rei da Inglaterra!



A Mônita Secreta foi redigida pelo próprio Ignácio de Loyola (1491 - 1556), em colaboração com Jacopo Laynez, um psicólogo muito sagaz. Tratava-se de uma organização com método próprio de ação sem o que os Jesuítas pouco conseguiriam, pois era preciso velar e ter coesão nos embates. Daí a elaboração pelos primeiros Jesuítas da cana de ação privada, que é a Mônita Secreta. Era o credo esotérico de combate, traçado para uso apenas dos iniciados. Disso resultou o fato de terem os seus ditames permanecido no mais sepulcral dos sigilos por várias décadas. É prodigioso o papel que o Jesuitismo desempenhou em defesa da Igreja Romana e, inclusive, contra a Maçonaria.



Qual era então o verdadeiro significado do tetragrama na filosofia Rosacruciana? Haviam diversos, mas todos num sentido diferente daquele que lhe atribuíam os filhos de Santo Ignácio. Por exemplo, entre os sírios e pensas, era Igne Natura Renovatur Integra e também Ignem Natura Regenerando Integrat, (É pelo fogo que a natureza se renova), alusão ao símbolo astronômico do Sol, ou ao símbolo físico da vida. Entre os alemães, o sentido filosófico era mais profundo: Igne Nitrum Roris Invenitur, tirado de um aforismo dos filosóficos herméticos. Realmente, substituindo-se as iniciais do tetragrama pelas suas correspondentes em língua hebraica verifica-se que os Rosacruzes alemães aludiam, diretamente, aos quatro elementos dos antigos: lammim, o elemento água; Nur, o elemento fogo; Ruahar, o elemento ar; e labaschah, o elemento terra. Na França, os Rosacruzes davam-lhe uma interpretação menos filosófica e mais política: Indefeso Nisu Repellamus Ignorantiam (Por uma ação infatigável destruiremos a ignorância), enquanto que os ingleses, mais sóbrios, davam-lhe um significado que era a aspiração de todos os povos do Universo: Justitia Nunc Regent Imperia (A justiça regerá as nações).



O Rosacrucianismo dos Jesuítas só foi tentado na Inglaterra e, assim mesmo, com insignificante sucesso. O terreno era agreste e faltava aos semeadores o bafo fecundante sem o qual não podiam germinar as suas idéias suspeitíssimas. O temperamento dos ingleses, o seu amor à liberdade e o sentimento de orgulho, que cultivavam em larga escala quanto ao direito da livre expressão do pensamento, eram outros entraves ao progresso da causa jesuítico. Assim mesmo, não fosse o diabo tecê-las, os discípulos de Roger Bacon (1222-1292), criaram u'a nova interpretação para o tetragrama, que, sem fugir á boa hermenêutica rosacruciana, respondia admiravelmente ao capcionismo dos filhos de Santo Ignácio: Jesuitae Nacionum Regunque (Os jesuítas são os inimigos dos povos e dos reis).



Os significados para a sigla I. N. R. I não param ai: outros devem ter e outros poderão advir, pois apercebe-se que ela já se tomou mística e a imaginação do homem não limites. E quando algo dessa natureza está envolta também de mistérios, mulas surpresas nos reservam. Daqui a algum tempo, possivelmente, documentos guardados por outras sociedades darão outras interpretações para o tetragrama I. N. R. I... Esses documentos, provavelmente, existem com acesso somente aos iluminados de tais organizações. Ao contrário do que alguns querem fazer crer, nem tudo foi destruído...



Apesar de não glorificado nas datas festivas e memoráveis da Maçonaria Simbólica, em suas sessões rituais e em suas instruções aos neófitos, não podemos deixar de reconhecer Jesus Cristo como um dos esteios da Ordem, um iniciado e um mestre.



Considerando os exemplos de virtudes maçônicas, como Amor ao próximo, a Caridade,. a Tolerância, que a Ordem adotou, é incompreensível que o nome daquele que nos serve como modelo seja mantido no esquecimento, numa típica atitude de ingratidão e injustiça.







Ir.: Espedicto Figueiredo

Clube Epistolar Real Arco do Templo, São Paulo, SP.

O.T.O - Ordo Templi Orientis

O.T.O.


As letras O.T.O. significam Ordo Templi Orientis, a Ordem dos Templários Orientais ou a Ordem do Templo do Oriente. O Objetivo da O.T.O. é auxiliar o indivíduo na conquista de sua liberdade pessoal e colaborar na formação de uma sociedade onde esta liberdade esteja assegurada. A liberdade defendida pela O.T.O. tem como pilares a Sabedoria, o Entendimento, a Beleza e a Coragem, que são os princípios da Fraternidade Universal.



Adotamos como livro sagrado “O Livro da Lei” que anuncia o Aeon de Horus e promulga a filosofia de Thelema.



Somos uma Ordem ocultista de cunho mágico-sexual e alcançamos nossos objetivos através de ritos iniciáticos e eclesiásticos, bem como, instruções que abrangem temas alquímicos, filosóficos, mágicos e místicos, estimulando a mente e ampliando a consciência. Temos também eventos culturais e sociais para o estimulo intelectual dos membros e estreitamento de laços fraternos entre todos.



Breve História

A Ordo Templi Orientis foi fundada por Carl Kellner e Theodore Reuss e tem início com a publicação de seu manifesto no jornal “The Oriflame” em 1903.



Inicialmente foi estabelecida como uma Academia Maçônica baseada nos ritos Antigo e Primitivo de Memphis, Antigo Oriental de Mizraim, Escocês Antigo e Aceito, de Swedenborg e Escocês de Cernau, destinada ao ensino da chave de Kellner para o simbolismo maçônico bem como as doutrinas rosacrucianas. Esta deveria ser uma Academia tanto para homens quanto para mulheres que buscassem este conhecimento.



Em 1908, tendo recebido das mãos de Gérard Encausse (Papus) a consagração episcopal e a autoridade primal dentro da Églaise Catholique Gnostique, Reuss incorpora à O.T.O. o que viria a ser a base da futura Ecclesia Gnostica Catholica.



Em 1921, com a morte de Reuss, Aleister Crowley assumiu o comando da Ordo Templi Orientis e reestruturou a Ordem totalmente de acordo com a filosofia de Thelema. Da mesma forma, a Igreja Gnóstica foi reformulada tendo em vista o mesmo objetivo, passando a ter como seu principal rito a Missa Gnóstica - Liber XV, de Crowley.



Em 1947 morreu Aleister Crowley e seu discípulo na A.·.A.·., Karl Germer, assumiu a liderança da O.T.O. Germer concentrou sua liderança na divulgação do trabalho escrito de Crowley, inclusive com pesquisa de muitos textos espalhados pelo mundo, concretizando a importante função de compilar e publicar importantes ensinamentos do Profeta do Novo Eon.



Germer morreu em 1962, sendo sucedido na liderança por McMurtry, discípulo direto de Crowley.



A liderança de McMurtry estendeu-se até sua morte em 1985, período no qual enfrentou duras lutas, inclusive judiciais, contra várias pessoas que não reconheciem seu direito à liderança, inclusive contra o brasileiro Marcelo R. Motta. Estas lutas serviram apenas para comprovar legalmente a validade da continuidade de nossa linha sucessória.



Com a morte de McMurtry, sucedeu-o nosso atual Frater Superior, Hymenaeus Beta.



domingo, 1 de janeiro de 2012

Rosae Crucis e Maçonaria, o que tem haver?

Confira:



Ordem Rosacruz é a denominação da fraternidade filosófica que, de acordo com a tradição, teria sido fundada por Christian Rosenkreutz e representa uma síntese do ocultismo imperante na Idade Média. Mas para Harvey Spencer Lewis, organizador da Ordem Rosacruz na América a partir do início do século XX, a filosofia remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Akenaton. Estudiosos do mundo todo tem aceitado essa hipótese com algumas reservas, pois os mais antigos documentos conhecidos sobre a existência dessa fraternidade remontam ao período medieval, embora a mesma apresente, em sua ritualística, muito do misticismo das antigas civilizações, como acontece com a maçonaria. Muitos maçons também querem fazer crer que a ordem maçônica já atuava no antigo Egito e na Pérsia, o que também carece de comprovação histórica. O fato é que o rosacrucianismo, assim como a maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosófico-religiosas, como hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia medieval, doutrinas orientais, entre outras. A primeira menção histórica da fraternidade dos rosacruzes data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama Fraternitatis”, onde são contadas as viagens de Rosenkreutz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados. Uma outra corrente de estudiosos afirma que o nome Christian Rosenkreutz (cristão rosacruz) e sua saga são, na verdade, representações simbólicas com significado iniciático, e não uma história real de um personagem de carne e osso.




Rosacruzes na América



Harvey Spencer Lewis foi quem reativou e organizou o rosacrucianismo na América do Norte no início do século XX, já que ela havia existido anteriormente, sob outras organizações. Personalidades famosas como Benjamim Franklin teriam pertencido à ordens mais antigas. Na ocasião, a Ordem Rosacruz era ativa em alguns países da Europa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Spencer Lewis, ao fundar a Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC) na América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiu mais tarde unificar todas as outras ordens, cuja essência era a mesma. Em 1915 ele tornou-se o primeiro Imperator (dirigente supremo da organização), e inovações como a possibilidade de membros estudarem por correspondência permitiram a rápida expansão da AMORC em inúmeros países. A unificação com a as demais ordens ocorreu no início dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro Imperator mundial. No Brasil, os estudos foram introduzidos na década de 50, e o cargo hierárquico mais alto é o de Grande Mestre, que representa o Imperator junto ao resto da organização no país.



O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz



O teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi um dos homens que mais divulgou o rosacurcianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581, depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e, posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com uma nova insuflação espiritual.



A popularidade alcançada por Andréa foi imensa ao publicar o seu romance satírico “O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz”, que criticava jocosamente os alquimistas, numa época onde reinava a desinformação e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi então que a palavra “rosacruz” adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, num escrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de “Fama Fraternitatis R.C.” sem a necessidade de se explicar a sigla usada. Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e intitulada “Confessio”, publicava a constituição e a exposição dos fins a que a Ordem era destinada.



O herói viveu 150 anos, extinguindo-se voluntariamente



De acordo com o “Confessio”, a Ordem Rosacruz representaria uma alquimia de alto quilate, na qual em vez das pesquisas sobre a pedra filosofal e transmutação de metais inferiores em ouro, era buscada uma finalidade superior, ou seja, a transmutação interna e espiritual do homem, que ficaria apto a ver o mundo e os seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, diante da necessidade espiritual da época incrementada pela disposição de renovação e organização secreta, tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa.



O herói do romance é o mesmo Christian Rosenkreutz já descoberto pelo manifesto “Fama Fraternitatis” e que já tinha viajado pelo Oriente no século XIV e aprendido a “Sublime Ciência”; teria ele, ainda segundo a lenda que lhe cercou o nome, voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de idade, quando, cansado da vida, extinguiu-se voluntariamente. No romance de Andréa, Rosenkreutz era velho e impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser alquímico.



O conceito da rosa mística provocou grande sedução



Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de positivo sobre a nova Ordem que restou a impressão de que ela já existia; o encontro dos convidados no tal casamento de Rosenkreutz vindos de todas as partes do mundo e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aos esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo da rosacruz.



Esse símbolo corresponde à ansiedade da época. Alguns procuraram relacioná-lo com as armas de Lutero ou Paracelso; vale ressaltar que Andréa representou o seu Rosenkreutz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que adornavam as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiro rosacruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo na cruz. A mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para sua grande força de sedução. Os rosacruzes atuais tem uma interpretação mais mística a respeito da cruz e da rosa: a cruz representaria a parte material do ser humano, enquanto a rosa representaria a força espiritual aflorando em seu ser.



A junção dos sexos leva ao segredo da imortalidade



Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosacruz era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa preocupação. A rosa era uma flor iniciática para diversas ordens religiosas, sendo que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência ou do martírio; Em outra análise, a rosa representaria a mulher, enquanto que a cruz simbolizaria o sexo masculino, pois para os hermetistas, a cruz é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono. Assim, a rosa simboliza a Terra, como ser feminino, e a cruz simboliza a virilidade do Sol, com sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando a regeneração universal, que é o ponto mais alto da filosofia rosacruz.



A alquimia evidencia a ligação entre as duas ordens



Maçons e rosacruzes estreitaram seus laços na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações de construtores (englobadas sob rótulo de maçonaria de ofício ou operativa), estas começaram paulatinamente a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo inicialmente filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos franco-maçons. Como a Ordem Rosacruz estava impregnada pelos alquimistas, a ligação do rosacrucianismo com a maçonaria ocorreu naturalmente. Deve-se levar em consideração também que, durante o governo de José II, imperador da Alemanha entre 1765 e 1790 e co-regente dos domínios hereditários da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da popularidade da Ordem Rosacruz e sua comunidade, atingindo até a Corte. Isso fez com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo exceção apenas aos maçons, o que provocou a migração de muitos rosacruzes rumo às lojas maçônicas.



Da regeneração e imortalidade à reformadora social



A partir da metade do século XVIII, com a maciça entrada dos rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar maçonaria e roscrucianismo, tendo a instituição maçônica incorporado aos seus vários ritos a simbologia dos rosacruzes, como no 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, no 7º grau do Rito Moderno, no 12º grau do Rito Adoniramita etc. A sua origem hermetista e a sua integração na maçonaria, durante a segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma rosa sobreposta à cruz, representando o sacrifício e o segredo da imortalidade, que é também o significado oculto do esoterismo cristão, manifestado na ressurreição de Jesus Cristo.



A maçonaria, em alguns casos, modificou a simbologia rosacruz, reescrevendo-a em termos menos místicos e mais práticos. Assim, o segredo da imortalidade está, na maçonaria, associado ao aperfeiçoamento contínuo do homem, que é visto como uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Todavia, uma parte do misticismo original dos rosacruzes foi mantida, pois embora a maçonaria não seja uma ordem mística, utiliza-se da simbologia de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas para perpetuar seus ensinamentos.



As iniciações



Uma singularidade entre a Ordem Rosacruz e a maçonaria são as iniciações nos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. As iniciações têm o mesmo objetivo: impressionar o neófito levando-o à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante. Se assim o decidir, assume o compromisso de manter em segredo todos os símbolos, usos e costumes da instituição, trabalhando em busca de seu auto-aperfeiçoamento, bem como em prol da ordem.



Semelhanças e diferenças



A maçonaria é uma ordem exclusivamente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Ordem Rosacruz dá ao estudante o livre arbítrio para estudar em casa ou participar das atividades em um Templo Rosacruz. O estudo em casa é acompanhado à distância e, assim como a maçonaria, é composto de vários graus. Apesar de não obrigatória, a reunião templária rosacruz é incentivada, pois proporciona ao estudante o contato com os demais integrantes e a participação em rituais e experimentos místicos em grupo são fatores de desenvolvimento pessoal e fortalecimento da egrégora da organização.



Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos oficiais nos templos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente. Cada ponto cardeal é ocupado por um membro-oficial. A figura do Venerável na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosacruz, na figura do Mestre, que ocupa seu lugar no Leste. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente. O altar dos juramentos maçônico encontra semelhança no shekinah da Ordem Rosacruz, sendo que neste último não se usa a Bíblia ou outro Livro de Lei, mas sim três velas dispostas de forma triangular, que conservam um simbolismo específico. Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais usam paramentos especiais, cada qual de acordo com o cargo que ocupa no ritual. Porém, o avental rosacruz não diferencia o grau dos membros, o que ocorre na maçonaria. Os iniciantes na Ordem Rosacruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem sua instruções juntamente com os demais irmãos, no mesmo espaço.



Algumas das maiores diferenças ficam mesmo por conta da condução do ritual, onde na Ordem Rosacruz há um forte caráter místico-filosófico, inclusive com a condução de experimentos místicos e meditações. Finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosacruz inspira sua arquitetura nas construções do antigo Egito.

Quem foi Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona...

Agostinho de Hipona (354 - 430)






Agostinho cria e tenta resolver problemas filosóficos pensando em si e nos seus dilemas e inquietudes morais e intelectuais. O que ele expôs como filosofia e teologia foram geralmente respostas para questionamentos seus. As suas investigações têm como centro a próprias características morais e intelectuais.



O objetivo de Agostinho é conhecer a alma, ou seja, a sua própria interioridade e para isso ele tem que passar pelo conhecimento de Deus. Ele busca desvendar os mistérios da fé e esta é o fim das suas inquisições, mas a fé é também uma exigência e guia para que as investigações sejam feitas.



A fé é um antecedente necessário da filosofia de Agostinho e para ele a fé é a percepção de ter sido tocado de alguma forma por Deus. Essa percepção além de mudar a forma de pensar muda também a forma de viver. A filosofia é um meio para melhor pensar, para melhor compreender a fé. Mas a fé não se coloca no lugar da inteligência, a fé incentiva a inteligência, o pensamento é também condição para que exista a fé. O conhecimento também não elimina a fé, esta se torna mais forte através da inteligência. A fé procura e a inteligência localiza e descobre.



Agostinho busca conhecer Deus e a alma, mas para ele essa busca é uma só, pois Deus se faz conhecer no interior da alma. Para conhecer Deus devemos conhecer a nossa alma. É em nossa interioridade que devemos tentar encontrar Deus. Se não buscarmos a nós mesmos, ao mais profundo de nós mesmos, não encontraremos Deus e não vamos conhecê-lo.



Além de Deus ser amor, Deus é a condição para que exista o amor. Para que possamos conhecer o amor de Deus temos que estar amando as outras pessoas. A esse amor aos homens Agostinho chama de amor fraterno ou caridade cristã. Amar a Deus é algo natural e intrínseco à natureza humana, pois somos imagens de Deus nosso criador que é a verdade eterna e a verdadeira eternidade.



Deus é o criador de tudo que existe no tempo, mas ele é criador também do tempo. O tempo começou com a criação, antes dela não existia tempo e Deus está fora do tempo, pois é eterno. Em Deus não existe passado ou futuro, ele é imutável e um ser imutável como Deus vive um eterno presente.



Para agostinho o tempo do homem é medido pela alma e para nós existe um passado e um futuro porque somos seres mutáveis e não podemos viver em um eterno presente. O passado é uma memória guardada na alma e o futuro é a alma que espera os acontecimentos. O presente é um constante deixar de ser tanto do futuro como do passado, é uma intuição. Existem, portanto três tempos presentes, o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro. Esses três tempos encontram-se em nossa alma.



O mal em Agostinho é o amor por si mesmo e o bem é o amor por Deus. Os homens que vivem para amar Deus formam a Cidade de Deus e os homens que vivem para amar a si mesmo formam a Cidade dos Homens. Na cidade de Deus vive-se segundo as regras do espírito e na cidade dos homens vive-se segundo as regras da carne. As duas cidades vivem mescladas uma com a outra desde que iniciou a história da humanidade e assim ficarão até o fim dos tempos. Cada ser humano tem que se questionar para saber a qual das duas ele faz parte.



Deus não criou o mal. Agostinho acreditava que um ser em que só pode residir o bem não pode ser o criador do mal. Tudo que existe é bom e o mal é a ausência desse bem, é a ausência de Deus. Deus nos concedeu o Livre-Arbítrio, que é a nossa capacidade de decidir conforme nosso entendimento, e é dele que vem o mal. Deus nos criou independentes para que pudéssemos decidir por nossa vontade e através de nossa liberdade escolher o bem e não o mal. Quando o homem escolhe o mal ele se afasta de Deus.





Sentenças:



- Ame e faça o que quiser.



- Se não existir caridade não existe justiça.



- A suspeita é o veneno da amizade.



- Quem se casa está bem, quem não se casa está melhor.



- O mundo é um livro e quem não viaja lê somente uma página.



- Quem canta reza duas vezes.



- Com caridade o pobre é rico, sem caridade o rico é pobre.



- Errar é humano, continuar no erro é diabólico.



- A ignorância é a mãe da admiração.



- A medida do amor é amar sem medida.



- Os ociosos caminham lentamente e por isso os vícios os alcançam.



- Dai-me a castidade, mas não agora.



- No interior de todo homem existe Deus.


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