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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Informação é Conhecimento? Sabedoria é informação? ... Veja


Os termos “informação”, “conhecimento” e “sabedoria” são frequentemente utilizados com o mesmo sentido, o que traz muitas interpretações dúbias e até errôneas, principalmente no que diz respeito aos termos conhecimento e sabedoria.


A informação é o dado em seu estado bruto, captado pelos sentidos de todos os níveis: um odor, uma imagem, um pressentimento, etc. O conhecimento é a informação analisada, compreendida e incorporada. A sabedoria é o conhecimento submetido ao julgo da Ética e da Moral. Desta forma, não há sabedoria sem conhecimento, e nem conhecimento sem informação.

No entanto, a informação que não é transformada em conhecimento é inútil. A inteligência é o dom humano capaz de “digerir” as informações, através da análise, e transformá-la em conhecimento útil. Para guardar uma informação, precisamos retê-la em nossa memória; para guardar um conhecimento, devemos incorporá-la em nossa mente e, consequentemente, em nossa maneira de pensar.

De forma semelhante, o conhecimento diferencia-se da sabedoria. O conhecimento que não é transformado em sabedoria está sujeito a tornar-se alimento para o vício, um vício mental que, incorporado em nossa mente, passa a influenciar negativamente nossa maneira de desenvolver processos mentais. A Sabedoria é a mãe de todas as virtudes, pois é dela que se origina a prática consciente dos bons hábitos que, incorporados em nossa maneira de pensar, conduzem o homem à Verdade.
Sendo a ignorância a ausência de conhecimento, ainda que a mente possua informação em abundância, esta é menos perigosa do que o conhecimento que não é feito sabedoria, pois conhecer sem saber é como possuir uma espada sem os critérios que diferenciam sua utilidade consagradora de sua capacidade mortal.

A ignorância é o estado original de todo o ser pensante, inicialmente desprovido de conhecimento por não ter sido alimentado pela informação obtida pela experiência e pela instrução. Sabe-se que não é possível dar conhecimento ao homem, pois este só pode ser construído por ele mesmo. No entanto, é possível fornecer-lhe informação, submetendo-o às experiências e instigando-o à busca. Para tanto, a curiosidade cumpre seu papel de alavanca que impulsiona o homem a buscar a informação e, através desta, a construir o conhecimento.

Na iniciação Maçônica, mais precisamente na Câmara de Reflexões, existe a frase “Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te”, que tem como objetivo alertar o candidato que este deverá desistir de ingressar na Maçonaria caso sua motivação seja a mera curiosidade. Esta curiosidade, enquanto apenas desejo a ser saciado, age tão somente como elemento de busca da informação, não digerida e, possivelmente, mal interpretada.

No entanto, não devemos condenar a curiosidade, pois ela é parte integrante de qualquer ser pensante. Sendo um elemento útil ao aprendizado, a curiosidade é a força impulsionadora do espírito investigativo, necessário à busca do conhecimento e, consequentemente, da sabedoria.

É através da curiosidade que despertamos para o aprendizado, lançando mão da fé - não aquela cega ao mundo e limitada aos dogmas - para perseverar na busca, utilizando a inteligência para analisar o mundo à nossa volta, colocando o conhecimento obtido sob o julgo da retidão Moral, da inceridade de propósitos e da vigilância aos princípios universais presentes no íntimo do ser, que somos capazes de atingir a Sabedoria.

Ir José Ferreira

terça-feira, 24 de abril de 2012

Quem foi Amós???


AMÓS



Chamado por Deus para anunciar Seus juízos sobre o reino do norte, Amós abandonou a rebanho que pastoreava e foi denunciar aos israelitas, tão cheios de si, sua falsa prosperidade cuja suntuosidade e luxo os levaram a se esquecerem de Deus. Sua linguagem é clara e enérgica, não isenta de rudez que a vida pobre e vigorosa do deserto lhe proporcionou. Apesar da severidade de suas profecias, encerra o livro com uma esperançosa profecia sobre a restauração do reino de Davi.



O monoteísmo ético puro atinge o auge com Amós. O Deus de Israel não é somente o Deus verdadeiro, mas por sua santidade essencial é também o autor e guarda zeloso de uma lei moral, cuja observância ele exige ele exige de todos os povos, e pune o delito onde quer que sua onisciência o descubra. Amós condena a moleza, o luxo, à ambição e, também, com mais energia e maior frequência, a injustiça e a crueldade para com o próximo, seja ele quem for, a opressão dos pobres. Ele foi o primeiro profeta da justiça social, e sem ela, conforme ele dizia, todos os sacrifícios eram em vão.




Quem foi Amós?

Recentes pesquisas consideram Amós (750 a.C.) como o mais antigo dos Profetas


Menores.
A denominação de profetas

Menores refere-se exclusivamente à breve extensão de cada uma das obras escritas desses homens, que podem ser considerados no mesmo nível dos chamados Maiores.


Amós foi o primeiro a colocar todas as nações da Terra debaixo da jurisdição moral do mesmo Deus de Israel, sendo um precursor da conceição de um monoteísmo universal. A tese central do livro está contida no cap. 2, 6-16. Amós denuncia, com vocabulário e fraseados considerados dos mais violentos de toda a literatura universal, a hipocrisia religiosa, a vida religiosa que nada mais é senão uma espécie de sistema de segurança e ao mesmo tempo de alienação, não só do homem como de Deus. Amós dizia de si mesmo:


Eu não sou profeta nem filho de profeta. Sou pastor e colho frutos de sicômoros

(Am 7, 14). Amós surgiu quando pairava sobre os pequenos estados da palestina a sombra ameaçadora da Assíria, no reinado de Jeroboão II (781-743 a.C).


Sua missão consistia em anunciar que Israel seria conquistada por vontade de Javé.


Chegou o fim para meu povo de Israel. Não continuarei mais a perdoá-lo. Naquele dia, os cantos do palácio serão gritos de aflição - oráculo do Senhor Javé. Uma multidão de cadáveres lançados em qualquer parte! Silêncio!


(Am 8, 2 e 3). Para esse Profeta, o grande escândalo, o crime imperdoável da sociedade israelita, é a exploração dos pequenos pelos grandes.


Ouvi isto: vós que engolis o pobre e fazeis perecer os humildes da terra, dizendo compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias. Não estremecerá a terra por causa disto?


(Am 8, 4-8). Essa afirmação da destruição de Israel por seu próprio Deus obrigava a uma revisão dos conceitos que, até então, se tinham feito de Javé. Ele é um Deus que detesta o culto exterior e suas exigências são de ordem exclusivamente moral e espiritual. Os Profetas romperam assim com a conceição de que o ritual, ou manifestação exterior do culto, seria a base da religião, dando maior importância à vida moral interior.


As exigências morais são feitas não só a Israel, mas a todas as nações, das quais Javé é Senhor soberano e Juiz
(Am 1, 3 a 2, 16). Essa afirmação rompe os quadros estreitos da religião nacional e lança as bases para a concepção de Javé como uma divindade única para todos os homens.


Para Amós, o pecado de Israel era a injustiça social.

Tiradentes, a lenda ...



Tiradentes morreu ??? Enforcado?? Quem disse?



Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira.

Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.

A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes.

Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite quanto ao povo.

A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes.

Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes.

Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.





Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira:

Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semialfabetizado é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria". E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal.

Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.

Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do LIBERTAS QUAE SERA TAMEN, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.

E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1989, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos.

No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".

O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.





A descoberta da farsa:

Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembleia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas.

Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva.

Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.

Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual

diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo.

Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818.

Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

“Dez vidas daria se as tivesse, para salvar as deles!” (Tiradentes)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Golden Dawn e um pouco da sua história...

A Golden Dawn foi, em muitos aspectos, principal (e talvez o único) ramo do Rosacrucianismo nos últimos 15 anos do séc. XIX. Foi fundada por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosicruciana in Anglia) - S. L. Mac Gregor Mathers, W. W. Westcott, Woodman e Woodford, segundo manuscritos vindos da Alemanha, fornecidos por uma tal Ana Sprengel. Desenvolveu-se em seu seio estudos aprofundados de Tarot e de Qabalah, assim como de magia.


A espinha dorsal da Golden Dawn era formada pelos ensinamentos mágicos herdados da Idade Média, Eliphas Levi, Francis Barret e John Dee, entre outros, além da mente brilhante de Mac Gregor Mathers que montou e organizou todos os rituais e graus da Ordem, chefiando-a inicialmente com os outros três, e mais tarde sozinho, até a dissolução da Ordem em 1900.

Mesmo após sua saída da Golden Dawn, Crowley continuou divulgar os conhecimentos que lá aprendera, seja na Astrum Argentum, ou na O.T.O. (Ordo Templi Orientis), ou mesmo nos volumes do Equinox.

Ao entrar na Golden Dawn, Crowley foi apadrinhado e instruído por Alan Bennet (Frater Iehi Aour). Assumiu o nome de Frater Perdurabo (Perdurável) e tornou-se amigo íntimo de Mac Gregor Mathers, a tal ponto que trocou seu nome pelo de Aleister Mac Gregor, querendo com isso indicar um possível laço familiar. Junto com Mathers combateu a W. Yeats, que pretendia (e mais tarde conseguiu) dividir o comando da Golden Dawn e assumir o Templo de Ísis Urânia, o principal de Londres.

A habilidade de Crowley para a magia e o ocultismo eram tais que em 1 ano, ele já dominara todos os chamados Graus Externos da Golden Dawn, causando inveja de outros membros, que recusavam-se a lhe aceitar nos Graus Internos da Ordem. O artifício de mudar o nome para Aleister Mac Gregor foi também um meio de franquear-lhe as portas para esses graus.

Aqui podemos adicionar o progresso feito por ele na Golden Dawn:

- Adeptus Minor 5º=6º Janeiro de 1900;
- Adeptus Major 6º=5º Abril de 1904;
- Adeptus Exemptus 7º=4º 1909;
- Magister Templi 8º=3º Dezembro de 1910;
- Magus 9º=2º Outubro de 1915.

Golden Dawn era uma sociedade secreta dedicada ao ensino da magia entre um grupo de pessoas selecionadas. Supunha-se que esta sociedade era depositária de segredos que se atribuíam a Hermes Trismegisto. Segundo parece, nas suas remotas origens era uma irmandade de rosacrucianos, que mais tarde derivou completamente para as práticas mais diversas. Cerca de 1850, com a morte de alguns dos seus membros mais notáveis, a sociedade pareceu eclipsar-se, mas cobrou novo alento na década dos 80.

Na sua primeira etapa, a Golden Dawn contou entre os seus sócios ocultistas tão famosos como Éliphas lévi, Ragon, Kenneth R. H. Mackenzie e Fred Hockley. E dos membros dessa segunda época há conhecidas e importantes como o poeta W. B. Yeats, o escritor de temas sobrenaturais, Algernon Blackwood, o literato do mundo do horror e do inexplicável, Arthur Machen, Bram Stocker (o criador literário de Drácula), a atriz Florence Farr, o ocultista Dion Fortune, Austin Osman Spare, Allan Bennett, Samuel Liddell MacGregor Mathers, William Wynn Westcoot e Sax Rohmer.

Em 1884, a sociedade entrou na posse de um misterioso manuscrito que foi decifrado por S.L.MacGregor Mathers que sucedeu a W.W.Westcott, uma autoridade da Cabal, como cabeça visível da Golden Dawn. Mathers traduziu e publicou em inglês As Chaves de Salomão e O Livro da Magia Sacra de Abra-Melin o Mago.

Foi nesta ordem que Aleister Crowley se iniciou na Alta Magia, começando a subir o fantástico, mas também penoso, caminho que o havia de conduzir ao ponto máximo do sobrenatural. Foi aceite como membro em 18 de Novembro de 1898, começando pelo grau zero, como Neophyte.

Tal como sucedia entre os maçons e rosacrucianos, na Golden Dawn havia várias graus de membros e os chefes eram secretos, embora existisse uma cabeça visível da Ordem. A graduação dos membros era a seguinte:

* Primeira ordem:

- Neophyte - grau zero;
- Zelator - 1.º grau;
- Theorius - 2.º grau;
- Practius - 3.º grau;
- Philosophus - 4.ºgrau.

* Segunda ordem:

- Minor - 5.º grau;
- Adeptus Major - 6.º grau;
- Adeptus Exemptus - 7.º grau.

Em dezembro do mesmo ano do seu ingresso, Crowley alcançou o grau de Zelator; depois obteve o de Theoricus e dois meses mais tarde o de Practius.

Em Maio de 1899 era já Philosophus, o que dá uma leve ideia da sua capacidade para assimilar conhecimentos mágicos, pelos quais sentia uma verdadeira obsessão, sobretudo sob o ponto de vista prático. Não havia ritual nem invocação que se não atrevesse a realizar, por muito perigoso e obsceno que o mesmo fosse, especialmente quando escalou os graus da Segunda ordem.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As partes do Poema Regius



No original, o documento não tem um nome específico, por essa razão , acabou tendo mais de um: Manuscrito de Halliwell, como referência a seu descobridor e ou intérprete, James Orchard Halliwell-Phillips; e Poema Régio ou Manuscrito Régio, pelo fato de ter pertencido à coleção de livros e manuscritos da Biblioteca Real Inglesa.

As partes:
O Poema Regius se compõem das seguintes partes:
1.
A Fundação da Maçonaria segundo Euclides;
2.
Introdução da Maçonaria na Inglaterra sob o reinado de Athelstan;
3.
Os Deveres: quinze artigos;
4.
Os Deveres: quinze pontos adicionais
5.
Relato de “os Quatuor Coronati”
6.
Relato de Torre de Babel
7.
As Sete Artes Liberais
8.
Exortação sobre a missa e como se conduzir na igreja;
9.
Introdução sobre as boas maneiras.



Aqui começam os Estatutos da Arte da Geometria segundo Euclides.
Aquele que quiser ler e pesquisar;
Pode encontrar, contada em um livro antigo.
A história de grandes senhores e belas damas
Que tinham um grande número de filhos muito sensatos,
Mas nenhum dinheiro para criá-los,
Na cidade, nos campos e na floresta,
Fizeram uma assembléia.
Por amor a seus filhos para decidir
Como ganhariam a vida
Sem preocupação nem angústia com o futuro
De seus numerosos descendentes
Que iriam nascer quando eles mesmos fossem apenas cinzas.
Eles iriam buscar os grandes sábios
Para que lhes fossem ensinados bons ofícios
Nós rezamos, por amor a nosso Senhor,
Para que nossos filhos façam belos e bons trabalhos
Para ganharem a vida,
Sem dificuldade, mas sim com honestidade e sem medo do dia de amanhã.
Naquele tempo, por meio da geometria,
Esse honesto ofício que é a maçonaria
Foi concebido
E organizado por uma nobre assembléia de sábios.
Esses sábios, conforme o desejo dos senhores, inventaram a geometria
E a denominaram maçonaria
Para que ela se tornasse o mais belo dos ofícios.
Os filhos dos senhores foram para junto do sábio
Para que ele lhes ensinasse o ofício da geometria.
Tarefa que desempenhou muito bem
Respondendo às súplicas dos pais e mães,
Ele os iniciou no oficio.
Quem aprendia melhor o ofício que os outros
E se mostrava honesto
Tinha mais direito à consideração.
Euclides era o nome do grande sábio.
Célebre ele se tornou.
Ele fez com que aquele que soubesse muito
Instruísse aquele que sabia menos
Para que todos fossem perfeitos no ofício.
Sim, eles deviam instruir uns aos outros
E amar-se como se amam Irmãos e irmãs
Ele disse que aquele que fosse mais bem formado
Seria chamado Mestre.
Para que fosse reverenciado
É assim que devia ser chamado.
Um maçom nunca deveria chamar
Alguém do ofício
A não ser de Irmão,
Mesmo que ele não seja muito hábil.
Entre os maçons deve reinar o amor,
Pois todos são de nobre linhagem.
O ofício da maçonaria teve seu início
Quando o sábio Euclides em sua grande sabedoria
Fundou o ofício nas terras do Egito
Foi em terras do Egito que ele transmitiu
Seu ensinamento.
Isso durou um longo tempo
Até que o ofício viesse para nosso país.
O ofício chegou na Inglaterra
Quando reinava o rei Athelstan.
Ele mandou construir castelos e edificações,
Altos templos extraordinários
Para deleitar-se, de dia ou à noite,
E para reverenciar Deus com toda a sua alma.
O bom senhor amava o ofício
E empenhava-se em fortalecê-lo,
Pois ele havia observado uma certa fraqueza.
Ele ordenou, portanto, que se buscasse no país
Os maçons de ofício
Que foram até ele
Para corrigir essas imperfeições de seus conselhos.
Reuniram-se homens de diferentes classes,
Duques, condes, barões,
Cavaleiros, escudeiros e muitos outros,
Do mesmo modo, os burgueses da cidade.
Todos estavam lá, conforme sua classe,
Para definir os estatutos dos maçons.
Eles uniram seus espíritos
E desempenharam bem sua tarefa.
A Fundação da Maçonaria segundo Euclides;

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Templo de Salomão pelo Profeta Ezequiel



Concepção pela Visão do Profeta Ezequiel.

Templo de Salomão por Stevens



Concebida por Stevens em 1972. A mais popular e reproduzida pelo Mundo.

Templo de Salomão por Redding



Concebida por Redding em 1877.

Templo de Salomão por W. W. Morden



Ilustraçao concebida Morden em 1948

Templo de Salomão por Leon


Gravura concebida por Leon em 1675.

Templo de Salomão por Kelchner



Concebido Kelchner em 1923.

Templo de Salomão por Halberthals


Projeto concebida por Halberthals, localizada em Nova York, NY - EUA.

Templo de Salomão por Garber


Concepção por Garber

Schott’s model of Solomon’s Temple

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Solomon’s Temple.
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by Gerhard Schott, (Rylands, W.H.).


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T HE following is a translation very kindly made by Bro. Speth, of a letter I received in reply to a request for information about Schott and his Model; and I only regret that it was not possible for it to appear with the other communications on the same subject, recently printed in the volume of Transactions. <><> <><> <><>
The very complete and interesting history so courteously and kindly furnished by Dr. Hagedorn, adds to our knowledge, and decides the question as to the present home of the model. <><> <><> <><>
W. H. RYLANDS.


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RECORD OFFICE
of the Free Hanse City
HAMBURG.
Hamburg, 20th October, 1899.
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To W. H. RYLANDS: Sec. of the Soc. of Bib. Arch., London.

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In reply to your favour of the 7th of this month, I beg to inform you that the Connsellor (Rathsherr) Gerhard Schott was born in Hamburg on the 16th April, 1641, and died in this city on the 25th October, 1702. Short biographies may be found in the "Lexicon der Hamburgischen Schriftsteller," vol. vii., and in the "Allgemeine Deutsche Biographie," vol. xxxii. <><> <> <><> <> <><> <>
A careful examination into the question of the Model of Solomon's Temple executed by Schott, was published by Dr. F. Chrysander in the Middal Edition of the "Hamburgischer Correspondent" of the 4th February, 1890. According to this, the reason why this work of art was constructed is to be found in the Opera "The Destruction of Jerusalem," which appeared in two parts in 1692. Part 1. deals in three acts and a prologue with the taking of the Temple; Part II., in three acts, with the conquest of Mount Zion. The conclusion of the first part includes scenes in and before the burning, Temple. The composer of the libretto of the opera was Christian Heinrich Postel, the foremost poet of the Hamburg, or even of the older German, Musical Drama: the music was by the Kapell-meister F. G. Conradi. A copy of the text is preserved here in the City Library. <><> <> <><> <> <><> <>
Chrysander goes on to state that at first the public were by no means satisfied with the scenery at the conclusion of the first portion. This consideration, combined with a religious bent of mind, with the general admiration, at that period, of the Temple as an architectural masterpiece, with a genial devotion to the scenic decorations of his musical plays, caused in Schott, who was the founder, manager, and proprietor of the opera-house, the determination to reproduce the whole Temple, with all its personnel, sacrifices and eeremonial, in actual model form. <><> <> <><> <> <><> <>
Chrysander follows two separate accounts. First, the English description of the Model, published in London in 1725, which was sold to the visitors to the exhibition of the Model at half-a-crown: and secondly, the account of Zacharias Conrad von Uffenbach, in his "Merkwürdige Reisen durch Niedersachsen, Holland und Engelland," II, UIm 1753, p. 115 et seqq., who, on the occasion of a visit to Hamburg in 1710, examined carefully the model which then stood behind the theatre. Chrysander considered that the copy of the English description which is in our Library was the only one in existence. I presume, however, from, the tenour of your letter that you also have a copy before you. <><> <> <><> <> <><> <>
The period of fifteen years mentioned therein as having been devoted to the construction of the model was declared by Chrysander to be an error, because Sebott died in 1702, scarcely eleven years after the first representation of the opera. Uffenbach, who gives extended accounts of the model itself, its production and cost, speaks only of six years for its preparation. But he expressly mentions that it was prepared for use at the presentation of an opera dealing with the destruction of the Temple, <><> <> <><> <> <><> <>
Reasoning from this account by Chrysander one would come to the conclusion that the model had probably been executed in the years 1693-1698. But as against this is the fact that it is spoken of as a finished work, standing in a special building, as early as March 1694. Our Record Office is in possession of a contract of the 14th March, 1694, hy which Schott leases for five years to Jacob Kremberg his opera-house with all thereto pertaining, And in the inventory atfacbed thereto the Temple and the building in which it stands are explicitly excluded, because these are a thing apart and not pertaining to the theatre. On the other hand it may be taken as certain that the model was executed for the representation of Postel's opera, and that this took place at the earliest in 1692, simultaneousiv with the issue of the printed libretto, which was intended for the use of the audience. The execution of the model for use at the representation of tbe musical drama is also vouched for by Stelzner's "Attempt at a trustworthy account of the ecclesiastical and politic state of the City of Hambarg," III., p. 1122, (1733). <><> <> <><> <> <><> <>
We are therefore constrained to assume either that much less time was consumed in the preparation of the model than is stated by the various accounts, or that the opera of Postel was finished, or at least planned, many years before its first production in 1692, and that the model intended to be used thereat was began a long time beforehand. <><> <> <><> <> <><> <>
At subseqaent, reproductions it does not appear to have been used, and stood probably in 1710, when Uffenbach saw it, in the same, special building behind the theatre which it occupied in 1694. The heirs of Schott wished to sell it, but were long before finding a buyer willing to pay a price corresponding to the heavy cost of its production. Finally the model was bought by an Englishman who carried it to London. The biography of Schott, already alluded to in the "Allgemeine Deutsche Biographie," vol. xxxii., edited by my predecessor in office, Dr. Otto Beneke, says that the sale took place in 1717, but I am at this moment unable to prove upon what authority this statement is based. <><> <> <><> <> <><> <>
The further adventures of the model are not known to me. This much only is certain: that it is now in the collection of the Royal Saxon Antiquaries Association at Dresden, (see " Mittheilungen des Vereins für Hamburgische Geschichte," XIII., p. 125.) These collections were re-opened to the public by decree of 22nd October, 1890. An account of them in the "Dresdener Journal" of the 25th October of that year makes special mention of the model of the Temple of Solomon, and remarks that after many wanderings it had come into possession of the Society of Antiquaries, who now for the first time were in a position to put it together. Respecting these "many wanderings" of the model the Royal Society of Antiquaries (Königlich säcbsischen Alterthums-Verein) would therefore probably be able to give you some information. <><> <> <><> <> <><> <>
Secretary to the Senate, Keeper of the Records,
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HAGEDORN, DR

Quatuor Coronati


Esta Loja, registrada sob o nº 2076 na Grande Loja Unida da Inglaterra, tem o orgulho de manter o lugar de primeira Loja de Pesquisa Maçônica do mundo. Está localizada em Londres e seus membros são todos reconhecidos como sendo os mais notáveis conhecedores de assuntos sobre Maçonaria.

Os tratados, os artigos da Loja, ou seja, os “Arts Quatuor Coronatorum” são totalmente aceitos como os mais competentes no assunto. Há um Circulo de Correspondentes no mundo todo.

A Loja tem também prestado enorme serviço à Ordem através de publicações de cópias exatas de importantes manuscritos, os Old Charges, etc.

Os “quatuor coronati” (os quatro mártires coroados, apesar de que na verdade eram nove (09) na estória relatada) tem sido por longo tempo considerados como os Santos Patronos da Ordem Maçônica.


 
A breve estória sobre eles é a seguinte:

O Imperador Dioclesiano visitou as pedreiras de Pannonia onde haviam quatro profissionais altamente qualificados na “Arte de Esquadrejar Pedras”. Eles eram Cristãos e mantinham isso em segredo, fazendo todos seus trabalhos em Nome do Senhor. A eles foi unido um outro profissional, de igual comportamento, inspirado no exemplo dos outros quatro.

Esses trabalhadores recusaram os pedidos do Imperador de fazerem uma estátua do deus pagão Aesculapius. Foram martirizados sendo colocados em caixões de chumbo e jogados no rio.

Dioclesiano tinha um Templo erigido a esse deus pagão e ordenou a seus soldados de fazerem oferendas a esse deus. Quatro soldados também cristãos se recusaram e, consequentemente, foram martirizados por açoitamento até a morte.

Alguns anos mais tarde, uma Igreja foi erigida e dedicada aos “Quatro Mártires Coroados” (Four Crowned Martyrs), apesar de comemorarem o total de nove mártires.

A referencia de estarem sendo “coroados” se presume estar ligado com o dito popular “a coroação do mártir” dando a entender as ricas gratificações para todos aqueles que morrem pela fé.
Ir.: Alvaro Ferreira

Poema Regius

Como o próprio nome diz, é um poema, muitas vezes chamado de “Manuscrito Regius” ou “Manuscrito Halliwell”. É considerado o mais antigo documento manuscrito dos “Antigos Deveres” (Old Charges) da Francomaçonaria.


É datado de aproximadamente 1390 e está escrito em ingles arcaico, sendo, portanto, difícil de ser lido sem ajuda de especialistas. Está preservado no Museu Britânico para qual foi presenteado pelo Rei George II.

Sua importância não foi reconhecida até 1840 quando a primeira versão foi imprimida por J.O Halliwell. A razão de ter sido, por longo tempo, não reconhecido como um documento Maçônico, foi porque ele estava indexado com o título de “Um Poema de Deveres Morais”.

O Manuscrito Regius foi recentemente reimprimido por Knoop, Jones e Hamer no artigo “Os Dois Mais Antigos Manuscritos”. A tradicional história nessa versão, começa com a estória de Euclides e em adição, instruções Maçônicas que contêm muita orientação, em geral, comportamental e algumas de cunho religioso.

O Manuscrito Regius contém, também, a lenda do “Quatuor Coronati” versando sobre os quatro mártires coroados.
(artigo extraido de livros Neo Zelandeses).
Ir.: Alferio 

domingo, 8 de abril de 2012

O uso do Incenso



Os ocultistas usam incenso, devido aos efeitos que ele propicia no seu desenvolvimento místico, para fins de Meditação e Harmonização Cósmica:

Efeito Psicológico - Decorre do simbolismo do uso do incenso, isto é, a fumaça do incenso, evolando-se e desvanecendo-se no ar, é o símbolo da ASCENSÃO DA CONSCIÊNCIA E SUA HARMONIZAÇÃO CÓSMICA. O simbolismo provém da interação, por analogia e segundo a Lei do Triângulo, entre o fato físico da fumaça se elevar, desaparecer no ar, o ideal e desejo do místico de elevação de sua consciência e harmonização do Plano Cósmico. Podemos também considerar o efeito psicológico do simbolismo do fogo, representado pela brasa do incenso. O fogo representa e sugere luz e transmutação.

O efeito é o despertar desse ideal na mente do místico, propiciando o seu desenvolvimento. O fato de que isto seja feito habitualmente, sob forma de ritual, desencadeia instantâneamente aquele despertar.

Efeito Sensorial - É o mais evidente e consiste na sensação de consciência agradável provocada pela fragrância do incenso. Trata-se então de um recurso dirigido ao sentido do olfato.

Efeito Psíquico - A vibração do incenso pode estimular as funções dos centros psíquicos ou glândulas que regem o fluxo das energias cósmicas no sistema nervoso humano. O resultado é a ativação desses centros psíquicos, o que estimula o despertar místico. E há o efeito do incenso no ambiente, modificando seu estado vibratório e tornando-o mais apropriado

ORAÇÃO DE INCIAÇÃO

ORAÇÃO DE INCIAÇÃO




DEUS DE INFINITA BONDADE:




• Que eu seja banhado pela luz primordial


• Que eu esteja unido com a sabedoria Terra


• Que eu identifique meu espaço dentro do conceito cósmico


• Que eu tenha percepção das energias sutis


• Que eu seja um espelho da força do amor


• Que eu limpe as nuvens de minha visão


• Que eu saiba o que é preciso saber


• Que eu revele a verdade e o caminho mais sábio


• Que eu enxergue através da perspectiva superior


• Que eu aceite o ser humano sem julgamentos


• Que eu possa sempre manter a tolerância


• Que eu exerça o significado real do amor


• Que eu possa aceitar e usar minha própria força


• Que eu e meu Eu Superior atuem em conjunto


• Que eu mantenha sempre a calma interior


• Que eu respeite o livre arbítrio do outro


• Que eu tenha o equilíbrio entre as polaridades


• Que eu irradie luz através da própria força criadora


• Que assim seja e assim será! Sempre!




A Rosa de Paracelso...

 


Em sua oficina, que abarcava os dois cômodos do porão, Paracelso pediu a seu Deus, a seu indeterminado Deus, a qualquer Deus, que lhe enviasse um discípulo.

Entardecia.

O escasso fogo da lareira arrojava sombras irregulares.

Levantar-se para acender a lâmpada de ferro era demasiado trabalho.

Paracelso, distraído pela fadiga, esqueceu-se de sua prece.

A noite havia apagado os empoeirados alambiques e o atanor quando bateram à porta.

O homem, sonolento, levantou-se, subiu a breve escada de caracol e abriu uma das portadas. Entrou um desconhecido.

Também estava muito cansado.

Paracelso lhe indicou um banco; o outro sentou-se e esperou.

Durante um tempo não trocaram uma palavra.

O mestre foi o primeiro que falou: - Lembro-me de caras do Ocidente e de caras do Oriente - falou, não sem certa pompa - Não me lembro da tua.

Quem és e que desejas de mim?- O meu nome não importa - replicou o outro - Três dias e três noites tenho caminhado para entrar em tua casa.

Quero ser teu discípulo.

Trago-te todos os meus bens - e tirou um taleigo que colocou sobre a mesa.

As moedas eram muitas e de ouro.

E o fez com a mão direita.

Paracelso lhe havia dado as costas para acender a lâmpada.

Quando se voltou, viu que na mão esquerda ele segurava uma rosa, que o inquietou.

Recostou-se, juntou as pontas dos dedos e falou:- Acreditas que sou capaz de elaborar a pedra que transforma todos os elementos em ouro e ofereces-me ouro.

Não é ouro o que procuro, e se o ouro te importa, não serás meu discípulo.

- O ouro não me importa - respondeu o outro.

- Essas moedas não são mais do que uma parte da minha vontade de trabalho.

Quero que me ensines a Arte; quero percorrer a teu lado o caminho que conduz à Pedra.


Paracelso falou devagar: - O caminho é a Pedra.

O ponto de partida é a Pedra.

Se não entendes estas palavras, nada entendes ainda.

Cada passo que deres é a meta.

O outro o olhou com receio.

Falou com voz diferente: - Mas, há uma meta? Paracelso riu-se. - Os meus difamadores, que não são menos numerosos que estúpidos, dizem que não, e me chamam de impostor.

Não lhes dou razão, mas não é impossível que seja uma ilusão.

Sei que há um Caminho.- Estou pronto a percorrê-lo contigo, ainda que devamos caminhar muitos anos.

Deixa-me cruzar o deserto.

Deixa-me divisar, ao menos de longe, a terra prometida, ainda que os astros não me deixem pisá-la.

Mas quero uma prova antes de empreender o caminho.

- Quando?

- falou com inquietude Paracelso.

- Agora mesmo - respondeu com brusca decisão o discípulo.

Haviam começado a conversa em latim; agora falavam em alemão.


O garoto elevou no ar a rosa. - É verdade - falou - que podes queimar uma rosa e fazê-la ressurgir das cinzas, por obra da tua Arte.

Deixa-me ser testemunha desse prodígio.

Isso te peço, e te dedicarei, depois, a minha vida inteira.

- És muito crédulo - disse o mestre - Não és o menestrel da credulidade. Exijo a Fé!

O outro insistiu.- Precisamente por não ser crédulo, quero ver com os meus olhos a aniquilação e a ressurreição da rosa.

Paracelso a havia tomado e ao falar, brincava com ela.

- És um crédulo - disse. - Perguntas-me se sou capaz de destruí-la?- Ninguém é incapaz de destruí-la - falou o discípulo.- Estás equivocado. Acreditas, porventura, que algo pode ser devolvido ao nada? Acreditas que o primeiro Adão no Paraíso pode haver destruído uma só flor ou uma só palha de erva?- Não estamos no Paraíso - respondeu teimosamente o moço - Aqui, abaixo da lua, tudo é mortal.

Paracelso se colocou de pé. - Em que outro lugar estamos? Acreditas que a divindade pode criar um lugar que não seja o Paraíso? Acreditas que a Queda seja outra coisa que ignorar que estamos no Paraíso?

- Uma rosa pode queimar-se - falou, com insolência, o discípulo.- Ainda fica o fogo na lareira - disse Paracelso - Se atiras esta rosa às brasas, acreditarías que tenha sido consumida e que a cinza é verdadeira.

Digo-te que a rosa é eterna e que só a sua aparência pode mudar.

Bastar-me-ia uma palavra para que a visse de novo.

- Uma palavra? - perguntou com estranheza o discípulo - está tudo apagado e estão cheios de pó os alambiques.

O que farías para que ressurgissem? Paracelso olhou-o com tristeza. - Está apagado - reiterou - e estão cheios de pó os alambiques.

Nesta etapa de minha longa jornada uso outros instrumentos.- Não me atrevo a perguntar quais são - falou o moço, deixando Paracelso na dúvida se foi com astúcia ou com humildade. E continuou - Falastes do que usou a divindade para criar os céus e a terra. Falastes do invisível Paraíso em que estamos e que o pecado original nos oculta.

Falastes da Palavra que nos ensina a ciência da Cabala.

Peço-te, agora, a mercê de mostrar-me o desaparecimento e o aparecimento da rosa.

Não me importa que operes com alambiques ou com o Verbo.

Paracelso refletiu. Depois disse: - Se eu o fizesse, dirias que se trata de uma aparência imposta pela magia dos teus olhos.

O prodígio não te daria a Fé que buscas: Deixa, pois, a Rosa.

O jovem o olhou, sempre receoso.

O mestre elevou a voz e lhe disse:- Além disso, quem és tu para entrar na casa de um mestre e exigir um prodígio? Que fizeste para merecer semelhante dom?

O outro replicou, temeroso: - Já que nada tenho feito, peço-te, em nome dos muitos anos que estudarei à tua sombra, que me deixes ver a cinza, e depois a Rosa.

Não te pedirei mais nada.

Acreditarei no testemunho dos meus olhos.

Pegou bruscamente a rosa encarnada que Paracelso havia deixado sobre a cadeira e a atirou às chamas.

A cor se perdeu e só ficou um pouco de cinza.

Durante um instante infinito, esperou as palavras e o milagre.

Paracelso não havia se alterado.

Falou com curiosa clareza: - Todos os médicos e todos os boticários de Basiléia afirmam que sou um farsante.

Talvez eles estejam certos.

Aí está a cinza que foi a rosa e que não o será.

O jovem sentiu vergonha.

Paracelso (para ele) era um charlatão ou um mero visionário e ele, um intruso que havia franqueado a sua porta e o obrigava agora a confessar que as suas famosas artes mágicas eram vãs.

Ajoelhou-se, e falou: - Tenho agido de maneira imperdoável.

Tem-me faltado a Fé que exiges dos crentes.

Deixa-me continuar a ver as cinzas.

Voltarei quando for mais forte e serei teu discípulo e no final do Caminho, verei a Rosa.

Falava com genuína paixão, mas essa paixão era a piedade que lhe inspirava o velho mestre, tão venerado, tão agredido, tão insigne e portanto tão oco.

Quem era ele, Johannes Grisebach, para descobrir com mão sacrílega que detrás da máscara não havia ninguém? Deixar-lhe as moedas de ouro seria esmola.

Retomou-as ao sair.

Paracelso acompanhou-o até o pé da escada e disse-lhe que em sua casa seria sempre bem-vindo.

Ambos sabiam que não voltariam a ver-se.

Paracelso ficou só.

Antes de apagar a lâmpada e de se recostar na velha cadeira de braços, derramou o tênue punhado de cinza na mão côncava e pronunciou uma palavra em voz baixa.


A Rosa ressurgiu.


Fraternalmente!!


Frater S.:O:

Vedanta e suas interpretações...




Advaita Vedanta.
Essa interpretação foi proposta pelo sábio Adi Shankara e seu Guru Gaudapada.
De acordo com essa escola de Vedanta, Brahman é a única realidade e o mundo, como ele nos aparece, é ilusório. Essa linha de pensamento deu origem ao conceito de Ajativada ou não-criação.

É pela ação de um poder ilusório de Brahman, chamado Maya, que o mundo surge.
Ela afirma que a causa de todo o sofrimento existente no mundo é o esquecimento, através da ignorância, da Realidade Última, Brahman. Sendo assim, apenas o conhecimento de Brahman pode nos trazer a liberação.

Essa filosofia nos explica que, quando tentamos compreender Brahman através da mente, ele (Brahman) aparece a nós como Ishvara (o Senhor, Deus no sentido de Criador, o Pai), separado da criação e dos indivíduos. No entanto, os proponentes da filosofia nos dizem que, em verdade, não há diferença entre a alma individual (muitas vezes chamada de Atman) e Brahman.

A emancipação ou liberação estaria no conhecimento dessa não-dualidade (advaita). Assim, o caminho final rumo à liberação só poderia ser conquistador através de Jñana ou sabedoria.

Vishishtadvaita
Essa subescola foi proposta pelo sábio Ramanuja e tem como principal ensinamento a idéia de que a alma individual, o Atman é uma parte de Brahman, ou a Alma Cósmica. Assim, mesmo sendo similares, ambas não são idênticas.

Enquanto a Advaita Vedanta nega qualquer tipo de atributo à Brahman, essa escola prega a existência de atributos em relação à Brahman, como por exemplo o conceito de almas individuais e o do mundo fenomênico.

Portanto, para a Vishishtadvaita, Brahman, as almas individuais e a material são coisas distintas.

Enquanto a Advaita Vedanta prega a Jñana Yoga como caminho para a liberação, essa escola propõe o caminho de Bhakti ou devoção a Deus como forma de liberação. Na maioria das vezes (mas não em todas, importante frisar) a devoção é direcionada ao segundo aspecto da trindade hindu, chamada Vishnu, e a seus avatares ou encarnações.

Dvaita
O pensamento Dvaita foi proposto por Madhva e relaciona Deus à Brahman e este a Vishnu, mais precisamente na figura de Krishna, que segundo a tradição, é a oitava encarnação de Vishnu.

Para o pensamento Dvaita, Brahman, todas as almas individuais (jivatman) e a matéria são ambos eternos e ao mesmo tempo entidades separadas.

Um aspecto muito interessante dessa filosofia é a negação da existência de Maya (no sentido de não-existência, ilusão), apesar de o próprio Krishna, no Baghavad Gita, pregar a existência dela.

Essa sub-escola também prega o caminho de Bhakti como sendo a senda para a liberação.
Ao contrário do que vemos na escola Advaita, aqui se sutenta que a diferença está na natureza da substância (composta pelos gunas). Por causa disso, muitos chamam essa escola de Tattvavâda.

Segundo essa sub-escola, existem cinco diferenças, a saber:
Entre Brahman e a alma individual
Enrte cada alma individual
Entre Brahman e a matéria (prakriti)
Entre a alma individual e a matéria
Entre os fenômenos materiais (matéria x matéria)

Outro aspecto importante dessa filosofia é a sua visão sobre o sistema de castas exposto nos Vedas.

Segundo o Dvaita, as castas não são determinadas pelo nascimento e sim pela tendência da alma.

Um brâmane pode nascer na casta dos párias e vice-versa.Em verdade, o sistema de Varna ou castas é determinado pela natureza da alma, e não pelo nascimento.
Hoje o sistema se encontra deturpado e mantido apenas por questões discriminatórias.

Dvaitādvaita
Escola propostas pelo sábio Nimbarka, que viveu por volta do século 13 D.C.. Ele usou como base os ensinamentos de uma escola anterior chamada Bhedābheda, que era ensinada pelo sábio Bhāskara.

Essa filosofia prega que a alma individual (jivatman) é, ao mesmo tempo, igual e diferente de Brahman.

Essa escola também vê em Krishna a personificação de Deus.

A Dvaitādvaita vê a alma individual como sendo naturalmente Consciência (jñana-svarupa), sendo apta a conhecer sem a ajuda dos sentidos corporais.

Como métodos para se atingir a liberação, a escola propõe quatro sadhanas ou disciplinas:
Karma- ação. - Quando feito conscientemente e com o espírito adequado, de acordo com seu contexto de vida, traz o conhecimento que conduz à salvação.
Vidya- conhecimento.
Upasana ou dhyana – meditação

Ela é de três tipos: A primeira é a meditação na igualdade entre Brahman e a alma individual (dos seres animados). O Segundo tipo é a meditação em Brahman como sendo o controlador interior de todos os objetos não sencientes. A terceira é a meditação em Brahman como sendo diferente dos seres animados e dos objetos inanimados.

Gurupasatti - Devoção e auto-entrega ao guru (mestre spiritual).
Shuddhadvaita
Shuddhadvaita foi proposta por Vallabha (1479-1531).

É um sistema que enfatiza a prática de Bhakti como o único meio para a libertação.
Vallabha pregava que esse mundo era um “passatempo” (leela) de Krishna e que ele (Krishna) é Sat-Chit-Ananda.

Achintya Bhedābheda
Essa sub-escola foi proposta por Chaitanya Mahaprabhu (1486-1534).
Sua doutrina também prega devoção a Krishna e se baseia em uma tradição antiguíssima, que foi transmitida através de uma linhagem de gurus, cujo primeiro teria sido o próprio Krishna.

Purnadvaita ou Integral Advaita
Foi proposta por Sri Aurobindo, grande sábio do século XX.Ele sintetizou todos os ensinamentos das escolas de Vedanta e nos forneceu uma compreensiva integração desses conceitos da filosofia oriental com a ciência moderna.

Vedanta moderna ou Neovedanta
Esse nome é dado a interpretação dada a Advaita Vedanta pelo renomado yogue Swami Vivekananda, discípulo de Sri Ramakrishna Paramahansa.

Sua interpretação nos diz:
Por mais que Brahman seja a Realidade Absoluta, o mundo possui uma realidade relativa. Sendo assim, o mundo não deve ser completamente ignorado. Condições limitantes como a pobreza deve ser removida; somente assim as pessoas serão capazes de voltar à mente na busca e compreensão de Brahman.

Todas as religiões buscam o mesmo objetivo: A Realidade Absoluta. Logo, discussões sectárias devem ser abandonadas e a tolerância religiosa deve ser praticada – seja entre hindus de diferentes denominações, seja entre cristãos, muçulmanos, judeus ou budistas (dentre outras religiões).

Swami Vivekananda foi o primeiro yogue a vir para o ocidente. No ano de 1893 ele participou do Parlamento Mundial das Religiões, em Chicago, EUA.

Desde então se tornou figura de grande influência tanto no oriente como no ocidente.
Vivekananda nos mostrou que a Vedanta não era algo seco e meramente esotérico, mas sim algo vivo e presente em nosso dia-a-dia.

Em sua interpretação da Advaita Vedanta, aceitava o principio de Bhakti (devoção), recomendando primeiro a meditação em Brahman como sendo possuidor de atributos, seja na figura de um guru ou na personificação de sua deidade pessoal.

Só depois de longa prática e entendimento e que recomendava a meditação em Brahman sem atributos.

Swami Vivekananda ainda apresentou ao ocidente os diferentes caminhos, ou yogas (Jnana, Karma, Bhakti, Raja).

Vedanta...

Vedanta é a tradição espiritual explicada nos Upanishads e que lida com os aspectos da auto-realização, onde procuramos entender a natureza da Realidade Última, chamada Brahman.



A tradução da palavra Vedanta é “o final de todo conhecimento”. No entanto, uma tradução mais profunda pode ser feita, tornando a palavra “conhecimento interior” (ou do Ser).

A tradição da Vedanta é baseada em leis espirituais imutáveis, comuns a todas as religiões ou tradições espirituais e tem como objetivo a conquista da Consciência Cósmica. É portanto, uma filosofia de cunho Universal ou universalista.

De forma mais didática podemos dizer que a palavra Vedanta é composta por duas outras, a saber:

veda = “conhecimento” + anta = “fim, conclusão”: “o ponto culminante do conhecimento”
veda = “conhecimento” + anta = “essência”, “núcleo”, ou ainda “interior”: “a essência dos Vedas” ou “ o conhecimento interior (esotérico)”.

A Vedanta também é conhecida como Uttara Mimamsa, ou a “última” ou “investigação elevada”.

Há também a filosofia conhecida como Pūrva Mimamsa, geralmente chamada apenas de Mimamsa e que lida com explicações de sacrifícios e uso dos mantras na parte conhecida como Samhita dos Vedas e dos Brahmanas. Já a Vedanta lida com os ensinamentos esotéricos dos Aranyakas (“escritos da floresta”) e dos Upanishads, compostos aproximadamente entre 9 A.C. e 8 D.C.

A filosofia Vedanta foi formalizada por volta do 200 A.C. com o surgimento do tratado “Vedanta Sutra”, composto pelo grande Sábio Vyasa, também conhecido como Badarayana.

O texto é conhecido por vários outros nomes como “Brahma Sutra”, “Vyasa Sutra”, “Badarayana Sutra” e “Vedanta Darshana”.

Por causa de sua linguagem esotérica, várias interpretações diferentes surgiram com relação ao texto, dando origem a várias sub-escolas de pensamento, cada uma clamando por ser a interpretação correta do texto original. No entanto, todas as sub-escolas concordam em pontos comuns como, por exemplo, o abandono dos rituais secos em favor da prática da meditação, fundamentada no dharma e em um sentimento amoroso, que traz ao praticante a certeza da bem-aventurança vindoura no final do processo discriminativo.

Todas as sub-escolas derivam seus conhecimentos primariamente dos Upanishads.
O foco principal da filosofia contida nos Upanishads, de que a Realidade Última, chamada Brahman, é absoluta, imutável e sempre a mesma, é o núcleo da Vedanta.
Com o passar do tempo, muitos sábios interpretaram a sua maneira os Upanishads e o Vedanta Sutra, escrito pelo sábio Vyasa.

É importante salientar que essas interpretações eram pertinentes ao tempo e contexto em que os sábios viviam.

Dessas interpretações, podemos ressaltar seis como sendo as mais importantes e dessas seis, três como sendo as mais proeminetes: Advaita Vedanta, Vishishtadvaita and Dvaita.

Podemos dizer que a filosofia possui oito subescolas:
Advaita Vedanta
Vishishtadvaita
Dvaita
Dvaitādvaita
Shuddhadvaita
Achintya Bhedābheda
Purnadvaita ou Advaita Integral
Vedanta Moderna

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