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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO

Platão chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.

O pensamento do filósofo Iniciado nos oferece excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente para os que integram a Ordem Maçônica. Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos.

Por serem a expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas.

A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. No mundo profano a palavra – falada ou escrita – é usada indiscriminadamente.

A sociedade humana está cheia de palavras que ofendem, que humilham, que magoam e que denigrem a honra do próximo. Se trabalhasse mais e falasse menos, com certeza que a humanidade seria mais evoluída e mais civilizada. Infelizmente, existem palavras em excesso, não só no mundo profano como também nos Templos Maçônicos.

Tal situação é inconcebível em um Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano.

Não por acaso a doutrina Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com a Tradição Pitagórica. A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição.

Os neófitos do grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, eram proibidos de falar; eram só ouvintes e cumpriam um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e pensar no que ouviam. No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio se estendia por mais dois anos, adquirindo estes Irmãos o direito de ouvir as palestras do Mestre Pitágoras.

Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos.
Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando perguntado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”.

No Zend Avesta, que contém toda a sabedoria da antiga Pérsia, encontramos normas e regras sobre o uso e o controle da palavra, cuja universalidade desafia os séculos.

No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre dosada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador.

Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada no mesmo sentido em que Dante Alighieri exortava o seu personagem Metelo, na Divina Comédia: “usa a tua palavra como um ornamento”.

À primeira vista, o silêncio poderia parecer um condicionamento e um castigo. Na realidade, o silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos.

Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê.

Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter.

Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real. Deste modo, o silêncio em Maçonaria não é meramente simbólico e não é também um meio de castrar a iniciativa dos Irmãos.

O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento interno dos Irmãos.

Ao cruzar as portas de uma Loja Maçônica, trazendo consigo a liberdade total de expressão, um direito natural que lhe é garantido pela Declaração dos Direitos Humanos, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática espartana do silêncio.

Assim, ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.

Se tiver de falar, que o maçom siga o conselho de Dante e use a sua palavra como um ornamento. Tudo se resume na prática da Lei do Amor e da Tolerância.

Certamente que o Grande Arquiteto do Universo ilumina e abençoa a todos os que pensam mais do que falam, pois estes espiritualizam a sua matéria, e são os Seus filhos mais diletos.

Adaptação: Ir.: José Carlos

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA UNIFORMIDADE DA INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

A IMPORTÂNCIA DA UNIFORMIDADE DA INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

Porque todos iguais? Não é muito mais bonita a variedade? Qualquer observador que olhe a natureza e sua diversidade concluirá que nela reina o caos. E é de fato uma confusão de sistemas que se interconectam em redes, e de tal maneira que tudo na biosfera da Terra está intimamente interligada pulsando vida. A entropia pode ser tomada como uma espécie avaliação desta desordem. Mas ao atentar para o detalhe de cada um destes sistemas que se interligam, chega-se a conclusão que existe uma forte tendência à padronização.

Existe na natureza uma substancial orientação de tudo evoluir de um estado de desordem para a ordem e em graus de complexidade sempre crescentes. Senão, como seria possível reproduzir um ser humano a partir do código genético de seus genitores? Isto exige uma forte e inflexível tendência à padronização. Sem a replicação baseada em padrões a concepção de vida é impossível.

Se a natureza é baseada em padrões, porque não aplicar tão sábio discernimento à maneira como cada conjunto de obreiros se apresenta? A natureza levou bilhões de anos para determinar os padrões existentes em todo o Universo, então porque não copiar simplesmente aquilo que funciona? Porque não definir um padrão de vestimenta para ser usado em loja? Cada potência maçônica define um padrão mínimo de uniformidade da indumentária, mas cada loja é independente em determinar qual sua opção de vestimenta, ao menos em decidir se adota balandrau, terno, ou ambos.

Em se tratando de uma instituição disciplinada e ordeira é importante o uniforme, entretanto, o mais importante é o comportamento de cada um dentro da roupa que veste. Se existem aqueles que desejam mudar a vestimenta por baixo do avental para padrões mais modernos e adaptados ao clima de região equatorial ou tropical, que os impede? Mas ao mudar, deve ser roupa que valorize o que significa o avental. O propósito do avental como insígnia do trabalho induz seu portador a agir e ouvir mais que falar, além de distintivo de honra e tem outras razões de existir.

Um uniforme faz referência a um traje especial usado por alguém que pertence a uma organização ou que faz parte de algum movimento. O maçom pode ser reconhecido pela sociedade através da vestimenta, e esta distinção se faz por uma nova personalidade baseada em: humildade mental, longanimidade, benignidade, a mais profunda compaixão, e acima de tudo pela prática do amor, do magnífico amor fraternal que desenvolve junto com seus companheiros de trabalho, e que eles sabem ser a única solução para todos os problemas da humanidade.

O uniforme é a representação simbólica da sociedade igualitária de que fazem parte, bem como das características que o novo homem maçom irradia. Partindo do princípio que nem balandrau nem o traje a rigor são trajes maçônicos, conclui-se que estes servem apenas para identificar que aquele cidadão vestido de preto faz parte de uma sociedade igualitária e distinta da humanidade.

O uniforme do maçom é o avental, mas por uma questão de dignificação de sua atuação na sociedade e em si mesmo, deve usar sempre da melhor vestimenta como complemento. Sempre é noite de gala, sessão magna, depende apenas do que cada um acha de sua atividade no burilar da pedra bruta. Como o trabalhar em si mesmo é uma tarefa sublime e sagrada porque não representar e dignificar tal tarefa com indumentária a altura desta ação.

Nascemos nus e nada mais necessitamos para cobrir nosso corpo que seja diferente de nossa pele, entretanto, os códigos de convivência exigem o cumprimento de aspectos de etiqueta que dignificam cada ação de nossa vida.

Não comparecemos mal trajados numa cerimônia de casamento ou em outra ocasião magna. Se o fato de trabalhar em si mesmo tem a importância de uma ocasião magna, então há necessidade de trajar-se para ocasião de festa. Maçom que se preza usa sempre o traje a rigor porque sempre está burilando o que existe de mais sagrado para ele mesmo - o seu templo interior. E do brilho resultante do homem integral glorifica-se a obra do Grande Arquiteto do Universo.

Texto: Ir.´. Charles Evaldo Boller

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Maçonaria Francesa e Inglesa

AS MAÇONARIAS FRANCESA E INGLESA

No texto abaixo o Irmão Armando Ettore do Valle mostra, de forma brilhante, as diferenças filosóficas e doutrinárias existentes entre as Maçonarias Francesa e Inglesa.

Interessante notar que, mesmo sendo 200 anos mais antiga do que a Constituição de Anderson (inglesa), a Constituição Francesa de 1523 possui um caráter humanista, progressista e evolucionista em concordância com os anseios atuais da sociedade e com os princípios da igualdade humana, idéias que até mesmo hoje, em pleno século XXI, ainda não são totalmente aceitas pelos setores conservadores da sociedade.

A Constituição Francesa de 1523
A Constituição Inglesa, de Anderson, de 1723
A Constituição Prussiana, de Frederico II, de 1786

É muito interessante o confronto entre as duas Constituições Maçônicas, a Francesa, de 1523, e a Inglesa, de Anderson, de dois séculos mais tarde. Na primeira, é o espírito latino, menos místico e mais rebelde, a mostrar-se inquieto pelos destinos da pessoa humana, lutando pela liberdade do pensamento e rebelando-se contra o privilégio das castas religiosas e da nobreza.

Na segunda, é o misticismo religioso, o "mosaísmo" na sua mais alta expressão, a obediência cega aos reis, à confusão, enfim, entre a teologia e a coisas temporais.

Na Francesa, a Maçonaria é um movimento filosófico ativo, universalista e humanitário, no qual cabem todas a orientações e critérios que tenham por objetivo o aperfeiçoamento moral e intelectual da Humanidade, sobre a base do respeito à personalidade humana.

Na Inglesa, a instituição é apenas um sistema de ordem moral, um culto para conservar e difundir a crença na existência de Deus; e é dentro desse princípio que se deve compreender a ajuda de seus membros para regular vidas e condutas, de acordo com os princípios da sua própria religião, seja ela qual for, desde que seja monoteísta.

A primeira, tornando livre a investigação da verdade, defendeipso facto a liberdade do pensamento e opta pela aplicação do método científico experimental na filosofia. A segunda afirma que a Maçonaria é um culto fundado sobre bases religiosas, não admitindo livres-pensadores nem ateus, por melhores que sejam suas virtudes morais.

A Constituição Francesa é pela proibição absoluta de os clérigos das várias religiões se imiscuírem em assuntos políticos do povos. Advoga a abolição das castas e dos privilégios da nobreza e do clero, e reconhece a livre determinação dos povos com o direito de se governarem livremente de acordo com suas leis e costumes.
Propõe a supressão dos tribunais especiais da justiça e do Santo Ofício, os quais devem ser substituídos pelos tribunais comuns, de acordo com as leis e costumes.

A Inglesa é omissa nesses pontos. A Francesa não proíbe que os seus membros adorem os deuses sem combate às religiões. Omite-as, deixando as concepções metafísicas ao domínio individual dos adeptos. A Inglesa impõe a crença em Deus, e obriga ao juramento sobre a Bíblia.

"É costume antigo - dizia a Constituição Francesa - não admitir como Franco-Maçons os inimigos naturais da Instituição, como sejam os clérigos das várias religiões, os portadores de títulos e privilégios da nobreza e do clero e os que possuem convicções contrárias aos princípios básicos da Franco-Maçonaria, salvo quando se rebelarem clara e francamente contra essas ideologias antagônicas dos princípios da igualdade humana".

A Inglesa, pelo contrário, confere à nobreza os títulos mais altos da hierarquia maçônica. Aplacadas as lutas religiosas na França, e ressuscitado o movimento filosófico interrompido pelos desatinos da Contra-Reforma, a Maçonaria volta ao continente e retoma sua antiga forma expressa na Constituição de 1523.

Era a época da Enciclopédia e da propaganda do que devia ser mais tarde a grande Revolução Francesa. Os emblemas da realeza são banidos dos rituais, e as formas religiosas introduzidas pelos ingleses cedem lugar a concepções racionalistas em que o caráter cívico da instituição se manifesta em toda sua pujança e magnitude.

Não há dúvida, a Maçonaria Francesa assume o seu lugar na vanguarda, penetrando profundamente na burguesia, sem descurar, contudo, o proselitismo entre a própria nobreza, que sentia desabar seu mundo de ilusões.

A reforma ritualística não agradou aos ingleses. Não agradou também aos alemães a quem não convinha uma França subversiva pelo receio do contágio de idéias tão perigosas.

A Instituição Maçônica, porém, progride e ultrapassa as fronteiras nacionais. Ao grito da França responde o eco em outros latinos.
Na Rússia, a grande Catarina constitui-se em animadora do movimento filosófico e, com o auxílio da princesa Dachokov, funda uma academia de literatura russa, convidando para inaugurá-la Grimm, Voltaire e Diderot.

O espectro da República torna-se então o pesadelo de Frederico da Prússia. Não seria boa tática combater idéias novas com princípios rançosos. Catarina era perigosa e o brio dos franceses, indomável.

E Frederico pensou: "Se os ingleses mantiveram a casca e apenas fizeram restrições à polpa, por que não hei de eu aproveitar o arcabouço e torná-lo elegante aos olhos da própria França?".
E foi assim que a 1º de maio de 1786, o Grande Frederico operava a sua reforma escocista: "Nós, Frederico, por graça de Deus, Rei da Prússia, Margrave de Brandeboure, etc.

Soberano Grande Protetor, Grande Comendador, Grão-Mestre Universal e Conservador da Mui Antiga e Venerável Sociedade dos Antigos Maçons Livres e Associados, ou Ordem Real e Militar da Franco-Maçonaria, etc., etc. a todos os nossos ilustres e muito amados Irmãos espalhados pelo mundo: Tolerância, União e Prosperidade".

Foi essa a primeira vez que alguém chamou de "ordem militar" a uma instituição que no pórtico das suas constituições inscrevia a Paz como princípio da Fraternidade entre todos os povos da Terra! Em todo o caso, Frederico mostrava-se muito mais hábil que os ditadores do Século XX.

Não destruía a Maçonaria, mobilizava-a, amenizando a sua intervenção com uma linguagem doce e até certo ponto compreensiva:

"A nossa intenção tutelar era mediar os meios e combinar com os Irmãos mais influentes e chefes da Fraternidade em todos os países aquelas medidas que fossem mais próprias das verdadeiras liberdades maçônicas, e particularmente a de opinião, que é a primeira, a mais suscetível, e de todas a mais sagrada".

Isto posto, verificamos que essa reforma não encontrou eco entre os maçons ingleses. Eles tinham a sua;
Era tão boa ou tão má que ainda hoje perdura.

Fonte: Ir.´.Weber Varrasquim

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A maçonaria

A MAÇONARIA - Uma pequena reflexão...

Por Helvecio Urbano
A partir do século XIV as Associações de Construtores passaram a ser chamados FRANCO MAÇONARIA OPERATIVA. A palavra FRANCO é derivada do termo FRANQUI  e de FRANQUIA. MAÇOM  pedreiro. No início das Corporações a dos construtores era somente constituída por  pedreiros e construtores. Depois, uma grande quantidade de pessoas dotadas de conhecimentos proibidos se incorporaram às associações de construtores, tornando-a uma sociedade secreta.
 Posteriormente a quase totalidade dos membros das associações era constituída por uma elite intelectual, por estudiosos das ciências interditadas, por filósofos, metafísicos, e políticos que procuravam a proteção do véu da liberdade concedida aos construtores. Então a Associação  dos Construtores começou a ser denominada FRANCO MAÇONARIA ESPECULATIVA. Na verdade somente a partir do Século XVII foi que a Maçonaria recebeu oficialmente o nome ESPECULATIVA, então ela já não mais congregava os construtores, mas conservando deles uma simbologia própria.
 Por outro lado há indícios de que o nome FRANCO MAÇON tenha uma origem  diferente e bem mais antiga. Segundo esta interpretação, o nome FRANCO MAÇOM deriva de PHREE MESSEN:” termos egípcios significando “ FILHOS DA LUZ ”.
 Destruída a Ordem do Templo como atividade pública ela ocultamente continuou a existir e posteriormente os Cavaleiros do Templo em grande número participaram da organização da Maçonaria. Assim sendo, a Maçonaria deve muito de sua estrutura aos Templários que transmitiram muitos conhecimentos àquela organização. Mas, muito mais do que conhecimentos ocultos, os Templários procuraram induzir a Ordem Maçônica a exercer uma atividade essencialmente política visando eliminar o despotismo dos poderosos.
 Mesmo participando diretamente da atuação maçônica a Ordem Templária secretamente continuou a existir por muito tempo, mas é bom que se tenha em mente que hoje existem muitos grupos que  usurpam esse nome quando na realidade não passam de aventureiros, irresponsáveis, sem qualquer vínculo autêntico com a TRADIÇÃO.
 Duas organizações muito influenciaram a Maçonaria primitiva: aquelas da Tradição Kabbalística e da Rosacruz.
 Toda ritualística maçônica é essencialmente kabbalística. Podemos afirmar que a simbologia maçônica 70%  é kabbalística.  A própria  distribuição dos dignitários em Loja obedece ao organograma da  ÁRVORE DA VIDA da Kabbala e os 30% restantes são  símbolos ligados à arquitetura.
 Em essência a Maçonaria pode ser considerada expressão de três ordens: Kabbalística, Rosacruz e Templária, pois através da maçonaria que estas ordens iniciáticas puderam atuar materialmente na estruturação política do mundo ocidental. Em um nível mais profundo estava a TRADIÇÃO.
 A Maçonaria  indubitavelmente teve uma grande atuação na organização e condução política dos países ocidentais. Não dos deteremos analisando esse lado, pois é assunto de facial acesso através de inúmeros livros e o que visamos nesta reflexão é esclarecer o lado mais oculto da problemática humana em nível político e social.
 Na realidade a Maçonaria nunca foi basicamente uma organização mística, pois o papel à ela reservado era mais social.  Assim basicamente procurou agregar pessoas corretas e de certa importância política no mundo administrativo procurando estabelecer meios políticos para através dos seus membros modificar a organização das nações tentando afastar os governos do  julgo das força negativa da natureza e da conjura do silêncio.
 Um dos princípios básicos da Maçonaria consistiu na libertação da raça humana, especialmente, no ocidente, do despotismo dos reis, do absolutismo do clero, em suma, do poder negativo atuante através da conjura dentro das cortes e da religião dominante.
 Em essência, a Maçonaria foi estruturada como uma organização tradicional, um dos instrumentos não obscurantista de atuação político-social segundo aquela orientação da TRADIÇÃO basicamente consistindo num conhecimento  por graus através da Iniciação.

 Claro, a Maçonaria tratando-se de uma organização funcionando publicamente, tendo oculto somente seus fins e sua ritualística, é evidentes que a mão do obscurantismo de imediato se levantasse contra ela e de imediato lançasse contra ela um dos seus mais fortes tentáculos, o catolicismo. Assim a igreja cató¬lica condenou de forma irredutível a Maçonaria, até mesmo excomungando os seus membros, etc. Nessa altura já não existia mais a inquisição e se assim não fosse os maçons haveriam sido queimados vivos juntamente com os hereges e as “bruxas”.
 Veja-se que  nos movimentos políticos do Novo mundo sempre estiveram presentes a Maçonaria e o catolicismo, portanto a conjura de  Tradição.
 Diante das grandes vitórias alcançadas pelos não obscurantistas a conjura como sempre conseguiu sucessos usando a técnica milenar: Infiltração e destruição de dentro para fora, já que de fora para dentro, antes usado com relativo sucesso, contudo, menos para a consecução de seus fins quanto a de minar as bases a partir de elementos presentes nas diversas organizações.
 Desta forma a Maçonaria foi congregando muitos adeptos e se estruturando de forma menos rígida. O primeiro degrau do esfacelamento ocorreu quando a escolha dos membros começou a deixar de ser feito sem o devido cuidado e assim qualitativamente a ordem tornou-se  cada vez mais vulnerável às investidas do poder das trevas. Simultaneamente o pouco de conhecimentos ocultos, o pouco de misticismo, e o pouco de ligação com a Tradição,  foram ocorrendo os conhecimento sendo esquecidos ou mal interpretados consumou o trabalho destrutivo da conjura.
 Totalmente minada pelo obscurantismo ela foi progressivamente se tornando ineficiente chegando politicamente na atualidade a ser apenas uma tênue sombra do daquilo que foi no passado.
 O quadro que temos hoje é o de uma ordem complemente vazia, sem mais aquele papel social e político definido, sem mais o conhecimento dos grandes segredos perdidos. Internamente não passa de uma  organização ritualística não mais compreendida pêlos seus próprios membros sendo exercida apenas como simples teatralização. Hoje nela tudo é um tremendo vazio, tudo sem sentido, exceto em poucos lugares do mundo. No máximo pode ser considerada um Clube de Serviço tipo Rotary Clube, Lions, etc., com a única diferença, atuar de portas fechados para proteção de segredos que não mais existem  e mesmo assim muito mais ineficientemente do que os outros clubes de serviço citados.
 Estrutural e filosoficamente a Maçonaria é magnifica, mas hoje é uma  organização quase extinta, superada em tudo por outras organizações e distanciada da própria Tradição. Mas realmente ela cumpriu galhardamente o seu papel e hoje, sentimos dizer que em sua quase totalidade está minada pela conjura.  Na realidade manifesta-se nela uma lei universal: As coisas nascem, crescem, atuam,  morrem  e ressurgem. A Maçonaria atual é uma instituição misticamente morta e politicamente inexpressiva.
 Ela se tornou tão precária que nem mais causa preocupações à conjura para o que ela hoje é apenas um registro entre as estruturas que por esta foram  destruídas. Isto pode ser sentido quando o catolicismo, uma organização totalmente controlada pela conjura, não mais a condena, todas as restrições do passado foram praticamente levantadas desde que ambas estão de um mesmo lado.
 Totalmente desvirtuada em muitos países, a Maçonaria continua existindo como uma sombra daquilo que  foi outrora. Ainda, por muito tempo, muitos serão atraídos para as suas fileiras mas aqueles que buscam algo mais elevado logo se decepcionam pois esperam algo que não  mais encontram no seio dessa organização, restando um vazio e quando não um foco de interesses particulares e   personalísticos. Grande parte dos que permanecem, na essência visam somente promoções pessoais.

 Em decorrência disso é fácil se entender porque Salomão além de deixar as bases para a estruturação futura da maçonaria Ele, sabedor que iria acontecer, deixou outros sistemas menos vulneráveis à ação do lado negativo da natureza, algo capaz de em qualquer lugar e em qualquer época  ser capaz de atender aos anseios de conhecimentos  e de desenvolvimento espiritual sobre os elevados fins da natureza

Reflexoes cotidianas

(...) A realidade inexiste, é a alma que com sua felicidade ou sua dor manipula a realidade, a qual não deve ser examinada em detalhe. De um lado, o romântico necessita de uma grande amplitude, um grande tema; de outro, teme o pormenor, teme o detalhe; crê que um exame minucioso faz desaparecer a beleza do mundo e, sobretudo, a bondade. A análise não serve para afirmar-se em uma porção da realidade por menor que seja, senão para fazê-la duvidar, e a angustia de seu estado é por não ter mais remédio senão olhar o mundo com um espírito inquisitivo:  

Vamos andando, pois, e fazendo ruído,
Levando pelo mundo o esqueleto
De carne e nervos e de pele vestido.
E a alma que não sou eu se esconde!
Vamos andando sem saber para aonde.

Espronceda – (vc. 2180-84).

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Reflexões Illuminati

Reflexões...

Deus disse a Abraão: Sai da tua terra!
A terra de Abraão era a cidade suméria de Ur. Abraão não era judeu, era Sumério, pertencente a ordem de MeuquIsedeque identificado pelo autor de Hebreus como a mesma ordem de Jesus Cristo. Uma ordem de magos que tinha posição monárquica na região de Ur. que traduzindo seu nome quer dizer: A Luz dos Magos.
Então Abraão foi para Canaã onde passou a ensinar a doutrina religiosa de El Shadai. para os cananeus, onde uma parte deste povo passou a seguir Abraão, enquanto a outra parte rejeitou seus ensinamentos. A parte que seguiu abraão, passou a ser chamada de Hebreus, porque abraão foi chamado de Hebreu pelos cananeus. Hebreu é uma palavra cananeia que significa: o que veio do outro lado do rio, já que Abraão havia atravessado o rio Eufrates para chegar a Canaã. E assim os que o seguiram, passaram a serem chamados de Hebreus, e mais tarde quando o neto de Abraão, lutou com Deus em Betel ( Bet El ), e mudou seu nome para Israel ( Isra El = Soldado de El ) passaram a se chamarem Israelitas ( os soldados de El ), e somente depois quando as 12 tribos foram dizimadas pela Babilônia restando somente a tribo de Judá e meia tribo de Manassés, é que passaram a se chamarem apenas judeus.
Ou seja: Os judeus como povo ( Etnia = raça ) nunca existiram. Os Judeus são na verdade uma sucessão de tribos, raças e povos que se amalgamaram entre si, unidos por uma mesma crença, mas não por identidade genética.
Talvez tenham reparado quantas vezes a palavra El apareceu neste texto. O nome de Deus. El Shaddai que significa O Senhor Iluminado da Montanha, também era chamado pelos sumérios de El Elyon, o Senhor Iluminado, o deus maior sumério, e também era chamado pelos Babilônicos de Ilu Kurgal: O Senhor Iluminado. Que deu nome a cidade da Babilônia. Babilônia nunca quis dizer confusão, babilônia é uma adaptação do verdadeiro nome: Bab Ilu. A cidade do Senhor. Assim como a cidade de Jerusalém também teve seu nome adaptado: Yerussalém: O Portal Iluminado. Assim não é difícil entendermos que o Deus bíblico a que tanto nos referimos nas igrejas, nada mais é, do que é e sempre foi, o Deus maior sumério El Elyon.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Ingresso a Maçonaria - Como ingressar/ como é o processo?



Caros amigos,

Após diversos email solicitando um post sobre com ingressar a MAÇONARIA....

Segue um gif, onde explica basicamente como fazer.

Se não sabe onde ir, mande nos um email e iremos indicar uma loja regular em sua cidade.

Hoje no Brasil, em todos os estados federativos, temos 03 ramos de potencias reconhecidas regulares:
Grande oriente do Brasil, Grandes Lojas Estaduais, COMAB.

Após o contato com um membro, será pedido uma série de documentos importantes para comprovar sua conduta ilibada. A seguir será realizada por uma comissão, um inquérito(investigação) sobre a vida do candidato, verificando algum impeditivo para seu ingresso a Ordem.
Logo, concluído o inquérito, sem máculas, ele será avaliado pelos membros das lojas, onde poderá ser aprovado ou não.

Assim, que aprovado terá franqueada sua iniciação a Maçonaria.
Todo processo leva de 03 a 06 meses até a iniciação.

Espero ter iluminado um pouco mais o caminho para vcs!!!




domingo, 25 de junho de 2017

Princípios Jedi paralelos a Ordens Ocultistas

Por muito tempo fiquei a pensar como viveria um homem que baseava sua vida nos princípios da ordem Jedi que são:

Não há emoção, há paz.
Não há ignorância, há conhecimento.
Não há paixão, há serenidade.
Não há caos, há harmonia.
Não há morte, há a Força.

Uma simples analise deste pequeno e sintético código pode indicar um norte para este caminho.

"Não há emoção, há paz”.- Basear seu julgamento em emoções só distância o de uma resolução justa, cultive a paz em sua mente e seu discernimento da verdade e justiça será seu guia para suas decisões.

"Não há ignorância, há conhecimento". - Para alguns a ignorância é pregada como uma benção, não creia nisto. Ignorar algo significa abrir mão de sua escolha, é dever estar ciente dos fatos para lhes aplicar um julgamento correto, a busca pelo conhecimento liberta o de quaisquer manipulações.
O conhecimento é não só seu aliado como sua ferramenta para a liberdade.

"Não há paixão, há serenidade". - Evitar agir motivado pela paixão, pois a mesma nos conduz a um caminho sem preparação, movidos pela mesma somos compelidos a tomar atitudes sem pensar. Mantenha sua mente serena e livre de preconceitos ou desejos, não é errado agir com paixão e sim imprudente.

"Não há caos, há harmonia". - Diariamente somos envoltos em um caos intermitente e perene, fruto de nosso mundo muitas vezes manipulado apenas para atender realidades de consumo e pseudo-aceitação. Deixar se envolver por esse caos é o princípio da perdição, para evitar isso mantenha sua mente e seu corpo em harmonia, lembre se que muitos procuram em seus olhos a harmonia que eles mesmos não possuem. É extremamente difícil manter se harmonizado em meio ao caos, por isso mantenha se atento ao seu próprio caos, ninguém está livre disso.

"Não há morte, há a Força”.- Como ocidentais somos ensinados a temer a morte, ela representa o fim, porém isso é uma meia verdade, não há o que temer na morte ela é parte da vida, é o fim de um ciclo, destino de todos nós. Esteja ciente que a morte significa retornar ao criador, a Deus, a Força. Tudo faz parte deste ciclo, morrer não deve ser um temor e tão pouco um anseio, apenas uma certeza.


Esteja certo que voltará a Força e esteja disposto a viver em plenitude para justificar a honra de viver.

Fonte: desconhecida

Assim vemos muitos desses princípios nas Ordens Ocultistas sérias. Onde essas buscam o aprimoramento da Grande Obra do GADU ou da Força.
Escolha suas analogias...
Que GADU esteja com vc!
:-)

domingo, 28 de maio de 2017

Recebendo o Maná Escondido e a Pedra Branca

17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. ‘Aos que conseguirem a vitória darei do maná escondido. E a cada um deles darei uma  pedra branca, na qual  está escrito um nome novo que ninguem conhece, a não ser quem o recebe.’Uma vez mais, como das duas vezes anteriores, aquele que ouve é chamado a obedecer. O Hebraico não tem nenhuma palavra para obediência. Ouvir alguém significa obedecer-lhe. Quem obedece é descrito como conquistador e vencedor. Para este vencedor particular, Cristo está prometendo algo muito especial – o maná escondido e uma pedra branca com um novo nome secreto. A primeira promessa é mais fácil de interpretar do que a segunda.

O maná é um símbolo de sustento e provisão de Deus para o povo de Israel no deserto quando eles vieram do Egito em obediência ao chamado de Deus, arriscando as próprias vidas para ir para uma terra que só mais tarde seria mostrada. Quando Jesus falou com a mulher Samaritana Israelita (João 4), seus discípulos Israelitas Judeus estavam retornando de uma cidade vizinha com alimentos apropriados  para o consumo pelos Judeus (Ioudaioi). Os discípulos perguntaram entre si se talvez alguém já tinha trazido comida para Jesus. Ele então respondeu a eles que  tinha algo que foi agora, nesta passagem em Apocalipse, também prometido a quem vence – o maná escondido. Ele disse: “Eu tenho para comer uma comida  que vocês não conhecem.” (Jo 4:32) Esta comida secreta que “os demais” não conheciam é nada menos do que a energia divina que é capaz de fornecer sustento nas circunstâncias mais inimagináveis e perigosas. Isto  caracterizava o que em breve seria realidade para os crentes em Pérgamo. Jesus prometeu essa energia para aqueles que obedecem à palavra de Deus. É por isso que aquele que obedece também é aquele que supera.

As coisas ficam mais complicadas com relação a identidade das  pedras brancas. Entre as interpretações mais prováveis  que podem se encaixar no contexto está  a sugestão de que as pedras brancas, com os nomes dos destinatários inscritos, eram dadas para os candidatos  a vencedores dos esportes de corridas Romanos. A pedra branca com um nome pessoal inscrito presumivelmente servia como uma entrada para um banquete de prestígio onde só participavam os vencedores. Esta pedra seria recebida após a conclusão da corrida. Embora isso não seja particularmente uma referência cultural Judaica,  sabemos de muitos exemplos bíblicos do uso de referências culturais Greco-Romanas como ilustrações para e pelos Judeus. Por exemplo, o apóstolo Paulo usou muitas metáforas de esportes Romanos para destacar seus pontos (Fp 3:12-14; 1 Co 9:24-27; 2 Tm 4:6-8). O escritor da carta aos Hebreus também empregou a ilustração do esporte de corrida Romano e do recebimento da coroa de vencedor (ver também Hebreus 12:1). Este tipo de ilustração era bem conhecido na Judéia que abrigava elaboradas arenas esportivas. Este tipo de analogia é  muito mais parecido com a cultura da cidade Romana de Pérgamo. Sem dúvida, os crentes perseguidos, tanto Judeus como antigos pagãos, estavam cientes desta prática e dos banquetes elaborados em honra aos vencedores/ganhadores das corridas. A maioria dos crentes não tomava parte nestes jogos em virtude do fato de os jogos serem dedicados  aos deuses Romanos. Cristo lhes diz que na realidade eles não perderam nada. A verdadeira corrida é a corrida de perseverança dedicada ao Deus de Israel. Quem persevera nesta corrida e a vence receberá uma entrada para o banquete celestial de honra eterna.


 Outra possibilidade intrigante continua com o tema do vestuário sacerdotal, como já foi usado na carta do Apocalipse. A túnica do sumo sacerdote tinha 12 pedras com os nomes das 12 tribos de Israel. Uma das pedras era realmente branca – Yahalom (era a pedra número 6), significando o sexto filho de Lia – Zebulom. O que é importante sobre Zebulom? Lemos em Is 9:1-7, citado em Mt 4:15 que:

“No passado ele humilhou a terra de Zebulom e a terra de Naftali, mas no futuro ele honrará a Galiléia das nações, que vai desde o Mar, além do Jordão. O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz … Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o governo estará sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Para que aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono  de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer  e o firmar mediante o juizo e a justiça, desde agora e  para sempre”.

De acordo com esta interpretação, a pedra branca sagrada simboliza os Greco-Romanos  residentes na Galiléia que receberiam a luz através do nascimento de Jesus. Poderia o segredo aqui ser o próprio Messias? Poderia a pedra branca  apontar para Jesus através da pedra de yahalom outrora adornando o peito do Sumo Sacerdote de Israel? Talvez.

domingo, 2 de abril de 2017

Arte Real


A ARTE REAL





A Irmandade Maçônica é por excelência, uma formadora de homens dignos em todos os sentidos, porque em sua base encontra-se o amor.

Embora tenha inimigos declarados e ocultos, continua impávida o seu trabalho no sentido de preparar e iniciar os homens nos mistérios sagrados, que levarão a humanidade a tornar-se apta para a construção de uma sociedade justa e perfeita. A história da Maçonaria perde-se no tempo, embora sua manifestação seja relativamente recente. O simbolismo Maçônico é um tesouro praticamente inesgotável e leva o homem a refletir profundamente. Diremos alguma coisa a este respeito, esperando estimular os buscadores sinceros. As filosofias falam à razão, as religiões ao coração; a iniciação excita a porção espiritual e permite o acesso a mais elevada compreensão metafísica do sentido da vida. Podemos dizer que o homem é formado de quatro partes distintas: Spiritus, Animus, Mens e Corpus, que correspondem respectivamente ao Fogo, a Água, ao Ar e a Terra. Montaremos assim um quadro, que podemos chamar de analógico.

FOGO SPIRITUS INICIAÇÃO

ÁGUA ANIMUS RELIGIÃO

AR MENS FILOSOFIA

TERRA CORPUS VIDA MATERIAL

Na Astrologia tradicional temos: Ao Fogo, corresponde o ardor e o entusiasmo; ao elemento Água, a sensibilidade e a emotividade; Ao elemento Ar, a intelectualidade; Ao elemento Terra, a maternidade. Sabe-se que as religiões conferem aos seus adeptos, sua primeira iniciação por um “batismo de água” purificador. A Maçonaria não impõe nenhum dogma religioso ou filosófico. Pouco lhe importa as religiões e filosofias, já que ela se situa além e fora delas. Na Maçonaria, o recipiendário sai primeiro da terra. Em seguida, ele é purificado pelo Ar, pela Água e pelo Fogo. Ele se liberta por etapas, da vida material, da filosofia e da religião, e chega enfim à Iniciação Pura. O Rito Francês, submete o recipiendário a uma tríplice purificação pela Água, a uma dupla purificação pelo Ar e a uma única purificação pelo Fogo, formando assim a Tetractys Pitagórica:

* FOGO

** AR

*** ÁGUA

**** TERRA

A Tetractys tinha um caráter sagrado atestado pela formula: “Eu juro por Aquele que revelou à nossa alma tetractys que tem em sua fonte a raiz da eterna natureza”. Considerada em si mesma, a Tetractys, pelos números que a compõem, resume todos os ensinamentos relativos ao mundo criado. (1) Espírito, (2) Matéria, (3) União do Espírito e da Matéria, (4) Forma Criada. O recipiendário não realiza três, mas quatro viagens. Primeiro a que leva à reflexão à porta do Templo, e nessa porta ele virtualmente nasceu duas vezes. Somente ele será capaz de saber desse nascimento simbólico, porque somente ele é capaz de querer sinceramente que isso ocorra. Que ele se lembre então da divisa inscrita no pedestal de granito que sustenta a Esfinge tetramorfa, com garras de leão, asas de águia, corpo de touro e rosto de homem, divisa que deve ser como foi outrora, para os perfeitos iniciados: os verdadeiros alquimistas e grandes Rosa-Cruzes do século XVII, a divisa perfeita do Maçom: SABER, QUERER, OUSAR E CALAR.





Perguntas E Respostas

A Maçonaria proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da constante investigação da verdade. Seus fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

O que é Maçonaria? A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.

Por que é filosófica? É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da Natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.

Por que é filantrópica? É filantrópica porque não está constituída para obter lucro de nenhuma classe, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça.Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.

Por que é progressista? É progressista porque, partindo do princípio da imortalidade do espírito e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se apega a dogmas, prevenções ou superstições e não opõe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão a da razão com base na ciência.

Quais são seus princípios? A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos sejam eles instituições, raças ou nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo Criador e, portanto, irmãos.

Qual é o seu lema? Ciência, Justiça e Trabalho. Ciência para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas; e Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes.

Qual é seu objetivo? Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.

O que entende a Maçonaria por Moral? A moral é, para a Maçonaria, uma ciência baseada no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Toda vez que a moral penetra fundo em nossa alma podemos sentir a Verdade e a Justiça triunfarem.

O que entende a Maçonaria por Virtude? A Maçonaria entende que a Virtude é a força que nos impele a fazer o bem em seu mais amplo sentido; é a força que nos impele ao cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal.

O que entende a Maçonaria por Dever? A Maçonaria resume o Dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal.

A Maçonaria é religiosa? Não é religiosa, apenas reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual dá o nome de Grande Arquiteto do Universo; é uma entidade espiritualista em contraposição ao predomínio do materialismo. Estes fatores, indispensáveis para a interpretação lógica do Universo, formam a base de sustentação e são as grandes diretrizes de toda a ideologia e atividade maçônica.

A Maçonaria é uma religião? Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens, no sentido mais amplo e elevado do termo e, nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.

Para ser Maçom é necessário renunciar sua religião? Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador. A afirmação de que é necessário renunciar a religião para ser recebido Maçom foi feita durante a Inquisição e difundida pela ignorância que grassava à época. Acreditada como verdade possui resquícios até os dias atuais, principalmente entre fanáticos religiosos. Ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica como, por exemplo, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; o Padre Diogo Antonio Feijó; Cônegos Luiz vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros.

Quais outros homens ilustres foram Maçons? Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; músicos como Beethoven, Haydn, Sibelius e Mozart; militares como Frederico, o Grande, Napoleão e Garibaldi; poetas como Byron, Lmartine e Hugo; escritores como Castellar, Mazzini e Espling.

Somente na Europa houve Maçons ilustres? Não. Também na América houve. Os libertadores da América foram todos Maçons. Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O'Higgins, na Argentina; Bolivar, no norte da América do Sul, Marti, em Cuba; Benito Juarez, no México e o Imperador D. Pedro I, no Brasil.

Quais foram foram os Maçons de destaque no Brasil? D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Álves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Joaquim Nabuco, Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Barão de Ramalho, Líbero Badaró, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.

A Maçonaria é tolerante? A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus membros a mais ampla tolerância. Respeita as opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis, rechaçando toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular.

O que a Maçonaria combate? A ignorância, a superstição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.

A Maçonaria é uma sociedade secreta? Não. Pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios usado pelos Maçons para se reconhecerem entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.

Quais são as principais obras da Maçonaria no Brasil? A Independência, a Abolição da Escravatura e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história nos quais os Maçons tomara parte ativa.

Quais são as condições indispensáveis para ser Maçom? Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou ofício lícito e honrado que permita prover as suas necessidades pessoais, de sua família e a sustentação das obras da instituição; ser convidado por um Maçom e aprovado pelos demais.

O que se exige dos Maçons? Em princípio, tudo aquilo que se exige para o ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos e regulamentos, além de acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os seus princípios que as regem os quais, no caso da Maçonaria, são: "amor à Pátria, respeito aos governos legalmente constituídos e às leis do país". Em particular, se exige: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda sua plenitude. Além disso, proíbe terminantemente dentro da instituição, ou em seu nome, as discussões político partidárias ou religiosas sectárias, porque prefere uma ampla base de entendimento evitando que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.

O que é um Templo Maçônico? É um lugar onde se reúnem os Maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhe são permitidas, em um ambiente fraternal e propício pra concentrar suas atenções e esforços para melhorar seus caráter e espírito, desenvolvendo seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranqüilamente sobre a missão dos homens na vida e recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acerar-se da Verdade.

O que se obtém sendo Maçom? A possibilidade de aperfeiçoar-se, instruir-se, disciplinar-se, de conviver com pessoas que por suas palavras e obras podem constituir-se em exemplos, de encontrar afetos fraternais em qualquer lugar do mundo, de ter a enorme satisfação de haver contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa do desenvolvimento humano.A Maçonaria não considera possível o progresso senão com base do respeito à personalidade, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas.O segredo maçônico, que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre os espíritos cândidos ou em decadência não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, uma defesa necessária e legítima, como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempo e segundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes e nem admite em seu seio pessoa que não tenha um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às despesas da sociedade e socorros aos necessitados.

Por que os judeus cobrem suas cabeças???





Os homens religiosos Judeus cobrem suas cabeças com um gorro em forma de prato (yarmalkah), geralmente feito de pano, para distingui-los de seu Criador.O costume de usar o “yarmalka” (também conhecido como “kipá”) não está baseado na Bíblia Hebraica como é o caso do tzitzit – borlas, pendurados nos cantos das roupas masculinas (Num. 15:38).

Cobrir a cabeça nos tempos Bíblicos era algo obrigatório somente para o sumo sacerdote. A idéia de todos os homens cobrirem suas cabeças foi uma invenção do Judaísmo rabínico emergente (em torno de 3 º século DC), que procurou reconstituir Israel sob sua liderança após a destruição do Templo em 70 DC, simbolicamente projetando deveres sacerdotais em cada homem Judeu.

Mas o que significa “yarmalkah” em Hebraico? A resposta é nada. A palavra está no idioma Judaico-Alemão chamado Iídiche. É uma palavra composta por duas palavras em Aramaico – Yar (medo) – Malkah (o Rei).

Aviso: Ao contrário do Hebraico, o Aramaico tem um sistema de gramática diferente e então todos vocês especialistas em Hebraico mantenham isso em mente antes que pensem que eu cometi um erro confundindo “Rainha” em Hebraico com o “Rei” em Aramaico.

quinta-feira, 30 de março de 2017

A tolerância de Jezabel em Tiatira (Ap. 2:19-24)





Eu sei o que vocês estão fazendo. Sei que tem amor, são fiéis, trabalham e aguentam o sofrimento com paciência. Eu sei que vocês estão fazendo mais agora que no princípio. 20 Porém tenho contra vocês uma coisa: é que toleram Jezabel, aquela mulher que diz que é profetisa. Ela leva os meus servos para o mau caminho, ensinando-os a cometer  imoralidade sexual e a comerem alimentos que foram oferecidos aos ídolos. (Ap. 2:19-20).
Os seguidores do Cristo Judeu na congregação na cidade de Tiatira situavam-se em uma posição muito interessante. O próprio Cristo falou a esta congregação em particular que ele conhecia as suas obras. O conhecimento de Deus do povo de Tiatira poderia ter sido um início terrível de uma acusação implacável; em vez disso, este conhecimento justificou o elogio de Jesus. A lista de suas obras é bastante longa e explícita. Jesus tomou conhecimento do amor, fé, serviço e paciência  em sua vida congregacional em circunstâncias muito difíceis. Ele também os elogiou por aumentar o nível de seu compromisso com a justiça. Não obstante, o versículo 20 mistura um pouco inesperadamente esta celebração com palavras severas de aviso.

A figura de Jezabel é evocada e não é fácil desembaraçar a cadeia da lógica. Para os Israelitas, “Jezabel” era um código para os eventos associados a ela e seu marido Acabe. Após a divisão do Reino Israelita em Reino do Sul (Judá) e Reino do Norte (Israel)  foi dito “Acabe filho de Onri fez mal aos olhos do Senhor mais do que todos os que vierem antes dele.” (I Reis 16:30). Ele teve a distinção de ser o rei mais perverso que já reinou sobre Israel. Por conveniência política e por causa de sua profunda desconfiança do Senhor Deus de Israel, ele se casou com uma filha do rei dos Sidonios – seu nome era Jezabel, que, em Hebraico, ironicamente significa algo como “ele será  lixo.” (I Reis 16:31). A excessiva ambição pelo poder de Acabe estava associada com sua extrema fraqueza perante as estratégias manipuladoras de sua esposa pagã. Apesar de Jezabel aparecer em varias histórias, uma das maiores conquistas da sua maldade foi a introdução dos cultos de adoração a Baal e Astarote no Israel do Norte através de sua dedicação ao programa de educação religiosa e construção do templo sob a vigilância de Acabe seu  poderoso e, ao mesmo tempo, relutante marido. Durante o reinado de Acabe, todos os fiéis profetas em Israel se esconderam. Elias foi o único profeta que teve a coragem de se opor publicamente a Acabe e Jezabel, apesar da ameaça à sua vida. O Senhor cuidou de Elias e do povo de Deus, mas julgou tanto Acabe como  Jezabel com mortes violentas e desonrosas. (I Reis 22:34; II Reis 9:33).

Não é possível saber exatamente a que ou a quem se referia esse aviso nesta passagem no Apocalipse. Qual era a identidade de “Jezabel” que praticava a maldade sem oposição ou intervenção dos participantes da congregação de Tiatira? No entanto, o que ela é acusada de fazer (pelo seu ensino enganando as pessoas conduzindo-as a imoralidade sexual e consumo de alimentos proibidos) combina perfeitamente com todas as citações negativas  anteriores dirigidas  as outras congregações na carta do Apocalipse que já vimos. Aliás, (isto se tornará importante mais tarde) imoralidade sexual e adoração de ídolos estavam entre as principais coisas que foram proibidas aos não-Israelitas em Cristo, de acordo com a decisão do Conselho de Jerusalém. (Atos 15:28-29).
Os seguidores do Cristo Judeu na congregação na cidade de Tiatira situavam-se em uma posição muito interessante. O próprio Cristo falou a esta congregação em particular que ele conhecia as suas obras. O conhecimento de Deus do povo de Tiatira poderia ter sido um início terrível de uma acusação implacável; em vez disso, este conhecimento justificou o elogio de Jesus. A lista de suas obras é bastante longa e explícita. Jesus tomou conhecimento do amor, fé, serviço e paciência  em sua vida congregacional em circunstâncias muito difíceis. Ele também os elogiou por aumentar o nível de seu compromisso com a justiça. Não obstante, o versículo 20 mistura um pouco inesperadamente esta celebração com palavras severas de aviso.

A figura de Jezabel é evocada e não é fácil desembaraçar a cadeia da lógica. Para os Israelitas, “Jezabel” era um código para os eventos associados a ela e seu marido Acabe. Após a divisão do Reino Israelita em Reino do Sul (Judá) e Reino do Norte (Israel)  foi dito “Acabe filho de Onri fez mal aos olhos do Senhor mais do que todos os que vierem antes dele.” (I Reis 16:30). Ele teve a distinção de ser o rei mais perverso que já reinou sobre Israel. Por conveniência política e por causa de sua profunda desconfiança do Senhor Deus de Israel, ele se casou com uma filha do rei dos Sidonios – seu nome era Jezabel, que, em Hebraico, ironicamente significa algo como “ele será  lixo.” (I Reis 16:31). A excessiva ambição pelo poder de Acabe estava associada com sua extrema fraqueza perante as estratégias manipuladoras de sua esposa pagã. Apesar de Jezabel aparecer em varias histórias, uma das maiores conquistas da sua maldade foi a introdução dos cultos de adoração a Baal e Astarote no Israel do Norte através de sua dedicação ao programa de educação religiosa e construção do templo sob a vigilância de Acabe seu  poderoso e, ao mesmo tempo, relutante marido. Durante o reinado de Acabe, todos os fiéis profetas em Israel se esconderam. Elias foi o único profeta que teve a coragem de se opor publicamente a Acabe e Jezabel, apesar da ameaça à sua vida. O Senhor cuidou de Elias e do povo de Deus, mas julgou tanto Acabe como  Jezabel com mortes violentas e desonrosas. (I Reis 22:34; II Reis 9:33).

Não é possível saber exatamente a que ou a quem se referia esse aviso nesta passagem no Apocalipse. Qual era a identidade de “Jezabel” que praticava a maldade sem oposição ou intervenção dos participantes da congregação de Tiatira? No entanto, o que ela é acusada de fazer (pelo seu ensino enganando as pessoas conduzindo-as a imoralidade sexual e consumo de alimentos proibidos) combina perfeitamente com todas as citações negativas  anteriores dirigidas  as outras congregações na carta do Apocalipse que já vimos. Aliás, (isto se tornará importante mais tarde) imoralidade sexual e adoração de ídolos estavam entre as principais coisas que foram proibidas aos não-Israelitas em Cristo, de acordo com a decisão do Conselho de Jerusalém. (Atos 15:28-29).
21 Eu lhe dei tempo para abandonar os seus pecados, porém ela não quer deixar a imoralidade sexual. 22 Portanto, eu a jogarei numa cama, onde ela e os que com ela cometeram adultério sofrerão horrivelmente. Farei isso agora, a não ser que eles se arrependam das coisas más que fizeram junto com ela.
É duvidoso que tenhamos aqui simplesmente um caso de uma mulher sexualmente  promíscua. É provável que a idéia de promiscuidade sexual simbolize a adoração de ídolos. Vemos isso claramente em Oséias 1 quando imediatamente após a chamada de Oséias, o Deus de Israel o direciona a fazer uma ação profética simbólica: 2 quando o Senhor falou pela primeira vez  através de Oséias, disse o Senhor a Oséias, “Vá e case com uma prostituta de um templo pagão; os filhos que nascerem serão filhos da uma prostituta. Pois o povo de Israel agiu como uma prostituta: eles foram infiéis e me abandonaram.” (Os 1:2) A partir disso, vemos que a prostituição da esposa de Oséias simbolizava as práticas de adoração de ídolos pelos Israelitas na época do ministério de Oséias. Como Jezabel, nesta passagem do livro do Apocalipse, é dado tempo para que o aliciador de Israel para o pecado se arrependesse. (vs. 21) Como Jezabel, a mulher em questão (vs.22) encontrará uma morte violenta.
23 Matarei os seguidores dela, e então todas as igrejas saberão que eu sou aquele que conhece os pensamentos e os desejos de todos. Eu pagarei a cada um de vocês de acordo com o que tiver feito. 
Jesus também ameaça não somente julgar a figura de Jezabel, mas também julgar todos aqueles que a seguiram. Como em todos os casos anteriores a este, é provável que a honra dos deuses Greco-Romanos estivesse em vista aqui juntamente com a adoração do Deus de Israel em Cristo. Todos aqueles que promoveram este tipo de adoração – o Deus de Israel em Cristo mais a abordagem de outras divindades Romanas chave – iriam ser julgados publicamente e rapidamente. Todos iriam receber o que mereciam; tanto aqueles que fizeram o bem como os que fizeram o mal.

24 Porem aí em Tiatira o resto de vocês não seguiu esse mau ensinamento. Vocês não aprenderam o que alguns chamam de ‘os segredos profundos de Satanás’. Afirmo que não porei mais nenhuma carga sobre vocês. 25 Mas, até que eu venha, guardem bem aquilo que vocês tem.
É provável que os “segredos profundos de Satanás” ensinados pela figura representativa de Jezabel em Tiatira e as coisas que foram discutidas sob a categoria dos “nicolaítas” em Pérgamo e Éfeso (Ap 2:6, 15) sejam essencialmente as mesmas. Estas são muito provavelmente  maneiras literárias para se referir aos seguidores professos do Cristo Judeu que não estavam totalmente comprometidos com o Senhor Deus de Israel no contexto do universo congestionado de deuses do Império Romano.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Cores do Templo


Temos sido questionados o “por que” das paredes dos Templos da Associação Beneficente Barão de Mauá serem na cor vermelha.

Isso deve-se ao fato de que a maioria das Lojas que usam nossos Templos praticam o REAA e é considerado correto, por nós, o uso dessa cor para esse Rito.

O Mestre Castellani durante trinta anos tentou fazer com que as Lojas que praticam esse Rito mudassem de azul para vermelho, pois essa é a cor do Rito.
Para esclarecer, veremos um pequeno resumo do que ele escreveu em alguns de seus livros:

“Assim se verá, por exemplo, que, COMO OCORRE EM TODO O MUNDO, o Templo Escocês tem suas paredes púrpuras, porque a cor do REAA é a vermelha... Em termos de cor do Rito – e, portanto, das paredes do Templo e da orla do Avental do Mestre Maçom – a mesma é especifica vermelha. Quando fui exaltado a Mestre em 1966, recebi meu avental de orla vermelha.

Lamentável é que o Grande Oriente do Brasil, que seguia a orientação mundial, tenha, posteriormente, seguido o erro das Grandes Lojas estaduais brasileiras (surgidas da cisão de 1927, no GOB) e “azulado” seus Templos Escoceses e seus Aventais.

Ocorre que as primeiras Grandes Lojas, surgidas naquele ano, tomaram, através de Mario Behring, como modelo, a Grande Loja de New York, onde, realmente , tudo é azul, esquecendo que lá funciona no Rito de York, QUE É REALMENTE AZUL.

Quem quiser comprovar o que digo, basta circular pelas Lojas da America do Sul, e irá ver as Lojas do Chile, Uruguai, Argentina, etc, na cor vermelha.”

Devo lembrar , também, que a origem do REAA foi na França, com influencia direta do Colégio Clermont, comandado pelo Alto Clero, Nobreza e pelos Jesuítas, cuja cor predileta é a cor vermelha.

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
ACC

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