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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Zoroastro e Maçonaria, tem haver???

          Zoroastro, também conhecido como Zaratustra, foi um sábio árabe nascido no século VII a.C., cujo pensamento influenciou religiões monoteístas tais como; o Islamismo, o Judaísmo e até mesmo, o Cristianismo. Os livros do Zoroastrismo (ou Masdeísmo) relatam suas proezas, desde mais tenra idade. Dizem que quando nasceu, ao contrário de chorar, ele alegremente e calorosamente riu para os presentes. Para alguns dos presentes, era sinal que havia chegado um ser de Luz; para outros um demônio, e por causa disto, no seu primeiro dia de vida, foi colocado em uma fogueira, porém, ele não se queimou. Depois foi colocado à frente de uma manada de mil bois, protegido por um destes que sobre ele se colocou, nada sofreu.


        Finalmente, colocaram-no dentro de uma toca de lobos para que fosse devorado, mas, uma loba cuidou dele até que sua mãe viesse buscá-lo. O bebê cresceu e sempre foi um ser introspectivo, caminhava pelas redondezas de sua vila a indagar: Quem faz a Lua crescer ou diminuir? Quem criou o Sol e as Estrelas? Quem colocou nos homens o sentimento de Bondade e Justiça? Aos 15 anos de idade, já era um exemplo, pelo seu conhecimento dos preceitos religiosos de sua época, e, notadamente um ser bondoso para com os homens e a natureza. Alguns relatos, dizem que aos 20 anos de idade, ele se afastou de sua comunidade e, por dez anos viveu em contemplação e meditação. Aos 30 anos de idade, lhe apareceu uma divindade de nome Vohu Mano (“Boa Mente”), que o levou ao encontro de Sete seres míticos. Então, lhe foi dito: “Zoroastro, se quiser, você pode encontrar dentro de si, as respostas para todas as perguntas que lhe angustiam”,dando-lhe ainda, o fardo de ser o profeta que deveria anunciar a boa nova ao povo. “- Porque eu? Não sou poderoso e nem tenho recursos!” Questionou Zoroastro. Em uníssono, os seres responderam: “-Você tem tudo de que precisa, o que todos igualmente têm: Bons pensamentos, boas palavras e boas ações”. Depois desta revelação, ele se propôs a difundir o que seria, não apenas, mais uma religião, mas, um sistema religioso-filosófico monoteísta. Este sistema, não valorizava somente o homem como redentor de si mesmo; era contra o sacrifício de animais e valorizava o trabalho como um ato sagrado. “O que mais vale em um trabalho, é a dedicação do trabalhador”. “O que lavra a terra com dedicação, tem mais mérito religioso, do que poderia obter com mil orações, sem nada fazer”.

          No começo de sua jornada, foi mais uma voz a clamar no deserto. Com o passar do tempo, seus conhecimentos se espalharam por toda a Pérsia, chegando a se torna religião oficial. Muitos foram iniciados em seus augustos mistérios. O Livro Sagrado do Zoroastrismo (ou Masdeísmo) chama-se Avesta (Zend-Avesta), e a moral está na frase: “Aja,como gostaria que, agissem contigo”. Zoroastro morreu assassinado no Templo, diante do Altar do Fogo Sagrado. Agora, está na hora da pergunta: - Mas o que isso tem a ver com Maçonaria? Zoroastro reunia seus seguidores, em reuniões secretas dentro do Templo... DO MEIO DIA À MEIA NOITE.

Todavia o que tem haver com a Sublime Ordem???
Responda, tire suas conclusões.:

O objetivo deste Post, é despertar a vontade de conhecer um pouco mais sobre o assunto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O que é chakra???


       Nossa mente trabalha com as mais diversas faixas vibratórias (freqüências), até porque nosso corpo foi criado para captar e processar todas essas energias. Esses receptores são os chakras, que só são visíveis por sensitivos (pois ficam no corpo etérico). Eles captam as energias que nos circundam no etérico, astral e mental e, como um transformador, a "convertem" pra um padrão que o corpo possa assimilar. Informações mais "sérias" podem ser encontradas nos livros de Leadbeater e Blavatsky, então vou só falar por alto: chakra (que significa literalmente roda, em sânscrito) é um centro de força, que gira captando e irradiando energia como um vórtice, ou, de forma mais poética, como uma galáxia microscópica. Muita gente acha que os chakras são apenas sete, como nos diagramas, mas praticamente cada poro do corpo é correspondente a um chakra no corpo etérico (também chamado de "duplo etérico"). Esses chakras são interligados por uma vastíssima rede de canais, chamados nadis, que por sua vez estão ligados às glândulas endócrinas do corpo físico. Os nadis principais são chamados de Ida (Que vai da narina esquerda ao chakra básico. Qualidades: Frio, introspectivo, feminino, Yin) e Pingala (Que vai da narina direita ao chakra básico. É uma energia ativa, masculina, Yang), por onde descem o prana captado pela respiração (que é o meio mais normal de se abastecer de prana, mas não o único). Elas partem de um ponto entre as sobrancelhas e descem pelo corpo até o chakra básico, onde fica em estado latente a energia Kundalini. Muito se fala sobre os perigos da ativação da Kundalini, e não sem razão. É preciso haver uma "maturidade energética" para que o corpo etérico desenvolva o canal Sushumna, que se sobrepõe à coluna vertebral e é por onde vai ascender a Kundalini. Se esse canal não estiver pronto, a energia descontrolada irá subir pelos nadis Ida e Pingala, que não foram feitos para agüentar uma energia tão forte (equivalente a ter energia de alta tensão correndo por fios caseiros) e poderá trazer seqüelas, como desarmonia, doenças, e até mesmo a loucura.   

     Além do "corpo", é preciso equilibrar a mente, pois a ascensão da Kundalini simboliza o encontro do Céu com a Terra, a energia Creadora, sutil, Divina, que vêm do chakra Coronário (topo da cabeça), com a energia Criadora e poderosíssima da Mãe Terra: pensamento e ação em perfeita harmonia. Claro que qualquer desequilíbrio provocará um mal. O excesso de energia sutil poderá atrapalhar o funcionamento do corpo em certas funções, o que é ruim, mas resolvível, enquanto o excesso da Kundalini irá afetar logo a mente, o que é bem mais difícil de solucionar, podendo trazer consequências danosas. É por isso que os verdadeiros Mestres não incentivam o desenvolvimento da Kundalini de forma artificial, e sim pela vivência e aprendizado, pois este é um processo natural (evoluir é o nosso destino, mas cada um a seu tempo).


      Na física, o espectro visível da luz é decomposto em sete cores primárias, e o que define essas cores é a sua freqüência de ondas (vibratória). A freqüência mais alta (Violeta) "vibra" com mais intensidade, ou seja, tem movimentos de onda muito mais rápidos (pois o comprimento de onda é mais curto, fazendo com que mais ondas aconteçam num menor espaço de tempo). O inverso é verdadeiro para a freqüência mais baixa (Vermelho). Sabemos que, quanto mais rápida é a velocidade das moléculas, mais sutil e sem forma (amorfa) se torna a matéria. Tomemos o gelo, por exemplo, que tem uma velocidade de moléculas mais baixa do que a água líquida, e esta, por sua vez, possui uma velocidade/freqüência mais baixa do que a das moléculas do vapor. Na metafísica também é assim, muito embora não possamos definir em termos científicos a faixa de freqüência onde opera cada chakra simplesmente porque o mundo espiritual não é (ainda) algo que seja mensurável, seja com experimentos diretos ou indiretos.

      Os chakras "decodificam" cada um uma certa freqüência de energia (e cada uma delas é necessária ao bom funcionamento do corpo), e o que os clarividentes vêem são cores, numa escala análoga a das notas musicais. Então, por exemplo, o chakra que trabalha com as energias mais densas (Muladhara) fica na parte inferior do corpo, e vibra na cor que podemos perceber como vermelho. Vejamos todos os chakras principais, da freqüência mais alta até a mais baixa:

Cor - posição - Nome sânscrito - tradução - bija mantra


Violeta - coronário - Sahashara - Lótus de Mil pétalas - Sem mantra

Índigo - frontal - Ajña ou Agnya - Comando - OM

Azul celeste - laríngeo - Vishuda - Purificador - HAM

Verde - cardíaco - Anahata - Inviolável - YAM

Amarelo - plexo solar - Manipura ou Nabhi - Cidade da Jóia - RAM

Laranja - umbilical - Swadsthana - Morada do prazer - VAM

Vermelho - Base da coluna - Muladhara - Raiz/Suporte - LAM



Assim espero que esta pesquisa possa ter esclarecido um pouco mais...

Fraternais abraços

FM-oc

terça-feira, 21 de setembro de 2010

FILATELIA MAÇÔNICA - História contada através de selos postais.

Os Correios do Brasil lançaram em 20/agosto/2004 (no Dia do Maçom) este conjunto de selos sobre maçonaria, representando elementos e símbolos maçônicos:






SABEDORIA, FORÇA E BELEZA:

As colunas representam a Sabedoria, que orienta no caminho da vida, aForça, que anima e sustenta o homem em todas as dificuldades, e aBeleza que adorna as ações, o caráter e o espírito do maçom.

ESCADA DE JACÓ:

Simboliza a escala da hierarquia maçônica, na qual ascendem aqueles que pela fé e pelo esforço, tiverem conseguido transformar a pedra bruta em pedra polida, apta à construção da vida.

FERRAMENTAS DE TRABALHO:

O "Esquadro, o Nível e o Prumo" simbolizam as ferramentas utilizadas pelos maçons na construção da Ordem.

DESBASTANDO A PEDRA BRUTA:

Representa o Emblema do Aprendiz, ao qual cabe a obrigação de desvencilhar-se dos defeitos e das paixões, para poder trabalhar na construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra da maçonaria

"Os selos divulgam os mais relevantes princípios e fundamentos da Maçonaria, como o de orientar no caminho da vida, animar e sustentar o homem em todas as dificuldades e adornar as ações, o caráter e o espírito do Maçom. Também instrui sobre a obrigação do aprendiz em desbastar a Pedra Bruta, desvencilhando-se dos defeitos e das paixões, que habita, preparando-se para a construção moral da humanidade, a verdadeira obra da Maçonaria. A ascensão dos Maçons que, pela fé e pelo esforço, tiverem conseguido transformar a Pedra Bruta em Pedra Cúbica, é outro aspecto valorizado pela Maçonaria e perpetuado por esta emissão."

(Laelso Rodrigues, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil à época do lançamento)

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Brasil, 2007 e Uruguai, 2007

(emissão conjunta)

Selo comemorativo:

1807-2007 - Bicentenário de Nascimento do Maçom Giuseppe Garibaldi




O primeiro selo mostra Giuseppe Garibaldi a cavalo, levando a bandeira dos revolucionários gaúchos, simbolizando a importância de seu papel na Revolução Farroupilha. O símbolo da maçonaria com o Esquadro e Compasso aparece no canto superior direito.

O segundo selo apresenta à direita, o rosto de Giuseppe Garibaldi nas cores verde e branco e uma linha vermelha, simbolizando as cores da bandeira da República Italiana, em homenagem à Itália pela qual Garibaldi combateu. À esquerda, uma fragata do século XIX, em que tremula a bandeira do Uruguai, lembrando a atuação de Garibaldi como Comandante da Frota na defesa do governo daquele país.

1º - Desenho feito por Márcia Mattos (Brasil).

2º - Desenho feito por Carlos Menck Freire (Uruguai).



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Brasil, 1992

Selo comemorativo emitido em 20/agosto/1992 (Dia do Maçom):

Homenagem ao Grande Oriente do Brasil

Símbolo do "Esquadro e Compasso" e maquete do Palácio Maçônico do Grande Oriente do Brasil (Brasília/DF), inaugurado em 04/dezembro/1992. O Grão-Mestre Geral na época era o Irmão Jair Assis Ribeiro.





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Brasil, 1988

Selo comemorativo: Sesquicentenário (150 anos) da morte de José Bonifácio de Andrada e Silva

Pintura de José Bonifácio com símbolos do Brasil Império e da Maçonaria.

Descrição do Edital: "O selo mostra a figura de José Bonifácio de Andrada e Silva, O Patriarca da Independência, com elementos que o identificam: o brasão de armas do Brasil independente, envolvido pela cruz da Ordem de Cristo, o martelete e o minério do mestre da mineralogia e, ainda, a faixa, o avental e o emblema maçônico para lembrar o Grão-Mestre de maçonaria. O artista fez o retrato a bico-de-pena e aquarela inspirando-se em uma gravura e uma litografia da época."

Desenho feito pelo quadrinhista, pintor e historiador Ivan Wasth Rodrigues.



Envelope de Primeiro Dia de Circulação (06 de abril de 1988),

com o carimbo comemorativo:




Ilumina teus povos: dá socorro

Pronto e seguro ao índio tosco, ao negro,

Ao pobre desvalido; então riqueza

Teus cofres encherá...

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Brasil, 1977

Selo comemorativo emitido em 18/julho/1977: Cinquentenário de Fundação das Grandes Lojas Brasileiras:

- Grande Loja da Bahia nº 1, fundada em 22.05.1927;

- Grande Loja do Rio de Janeiro nº 2, fundada em 24.06.1927;

- Grande Loja do Estado de São Paulo (GLESP) nº 3, fundada em 15.07.1927

O selo mostra símbolos do Esquadro, Compasso e a letra 'G', sobre o mapa do Brasil.





Envelope de Primeiro Dia de Circulação:



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Brasil, 1973

Selo comemorativo:

Homenagem ao Grande Oriente do Brasil - 1822/1973

Em 17/junho/1822 foi instalado no Rio de Janeiro o Grande Oriente do Brasil sendo José Bonifácio de Andrada e Silva nomeado o primeiro Grão-Mestre.





Envelope de Primeiro Dia de Circulação (24 de agosto de 1973):



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Vaticano, 1966



A figura da esquerda faz lembrar o símbolo do Mestre na maçonaria que é representado por um ancião de longas barbas, pensativo, portando nas mãos um compasso, diante de uma prancha. É sobre ela que o mestre estabelece seus planos.

A figura da direita faz lembrar o Mestre Construtor com a trolha do pedreiro assentando a pedra polida para a construção simbólica do templo.

Os selos foram desenhados pelo gravurista italiano Mario Rudelli e lançados pelo Vaticano em 1966, época do Papa Paulo VI.

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Bélgica, 1982/1983

Selo comemorativo dos 150 anos do Grande Oriente da Bélgica (1833-1983).

GROOTOOSTEN van BELGIË (em holandês)

GRAND ORIENT de BELGIQUE (em francês)

A imagem mostra o aprendiz maçom entre a pedra bruta e pedra lapidada. O aprendiz deve trilhar seu caminho trabalhando na pedra bruta, retirando sua aspereza e imperfeições até chegar na pedra polida, harmoniosa e aprimorada.

Os instrumentos de trabalho mostrados são o Esquadro, Compasso e o Malho.

A figura geométrica do círculo representa a vida e o triângulo contém a cabeça do homem em seu ápice, realçando




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França, 1973



Selo comemorativo dos 200 Anos do Grande Oriente da França (1773-1973).

(Bicentenaire - Grand Orient de France)

A imagem mostra um esquadro projetando sua sombra sobre a superfície do planeta Terra e o texto "Liberté - Egalité - Fraternité" (Liberdade - Igualdade - Fraternidade). Em volta, uma parte da Corda de 81 Nós, um símbolo significativo da maçonaria.



Pesquisa de um ir.: do GOSP enviada a este.
FM-oc

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Síntese Histórica da Maçonaria no Brasil


• Embora tenha, a Maçonaria brasileira, se iniciado em 1787, com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na povoação da Barra, em Salvador, Bahia, só em 1822, quando a campanha pela independência do Brasil se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com jurisdição nacional, exatamente com a incumbência do levar a cabo o processo de emancipação do país.( Vide abaixo: Em "O Sumário de sua História...da criação da primeira Obediência Nacional).

• 1800/1801 - Maçons portugueses fundam no Rio de Janeiro a Loja "União", que mais tarde passou a denominar-se "Reunião" por terem a ela filiado outros maçons. Com as Lojas "Constância" e "Filantropia", filiou-se em 1800 ao Grande Oriente Lusitano. Separou-se, porém, por terem surgido discórdias e filiando-se ao Grande Oriente da França, adotando o rito Moderno.

• Em 1802 é instalada na Bahia a Loja "Virtude e Razão", da qual saíram, em 1807, a Loja "Humanidade" e, em 1813, a Loja "União".

• Em 1807, a 3 de março, ressurge a Maçonaria no Brasil com a instalação da Loja "Virtude e Razão Restaurada", na Bahia.

• Em 1809, D.João, Príncipe Regente, ao receber uma longa lista de nomes de maçons, para serem presos, respondeu nesses termos: "Foram estes que me salvaram".

• Em 1809 funda-se em Pernambuco uma Loja da qual fizeram parte os padres Miguel Joaquim de Almeida e Castro, João Ribeiro Peixoto e Luiz José Cavalcante Lins. Esta Loja teve intuitos puramente políticos e os padres que faziam parte do seu Quadro tinham sido iniciados em Lisboa em 1807.

• Em 1812 funda-se, na freguesia de São Gonçalo, Niterói, a Loja "Distintiva". Essa Loja tinha sinais, toques e palavras diferentes das outras Lojas, tendo por emblema um índio vendado e manietado de grilhões e um gênio em ação de o desvendar e desagrilhoar. Era ela republicana e revolucionária. Denunciada, foi dissolvida, sendo lançados no mar, nas alturas da ilha dos Ratos, seus arquivos e alfaias.

• Em 1813, na Bahia, é fundado o primeiro Grande Oriente com as Lojas "Virtude e Razão", "Humanidade" e "União", que adormeceu devido a desastrosa revolução de 1817.

• Em 1815, a 12 de dezembro, na residência do Dr. João José Vahia, é instalada a Loja "Comércio e Artes", que logo depois adormeceu.

• Existia no Recife, em 1816, uma Grande Loja Provincial reunindo as Lojas "Pernambuco do Oriente", "Pernambuco do Ocidente", "Restauração e Patriotismo" e "Guatimozim".

• O ano de 1821 começara para D.João VI como principiara o de 1807. O Grande Oriente Lusitano levara-o, quinze anos antes, a transferir a sede do governo monárquico da Nação Portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro. Decorrido três lustros, esse mesmo grande Oriente obrigá-lo-ia a retransferir a sede do seu governo do Rio de Janeiro para Lisboa.

• Em 1822, a 10 de março, por proposta de Domingos Alves Branco, a Loja "Comércio e Artes" confere ao Príncipe D.Pedro o título de "Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil". A 26 de maio, José Bonifácio é iniciado na Maçonaria. A 21 de maio, em plena sessão das Cortes, em Lisboa, o Maçom Monsenhor Muniz Tavares diz que - talvez os brasileiros se vissem obrigados a declarar sua independência de uma vez. A 2 de junho, José Bonifácio, com outros maçons, funda a sociedade secreta "Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz", melhor conhecida com o nome de "Apostolado", da qual fez parte D.Pedro, com o título de Arconte-Rei. A 5 de agosto, com a dispensa do interstício, D.Pedro é exaltado ao grau de Mestre. A 14 de setembro D.Pedro é investido no cargo de Grão Mestre no Grande Oriente do Brasil. A 4 de outubro, D.Pedro oferece a Gonçalves Ledo o título de marquês da Praia Grande que é por este recusado, com a declaração de ser muito mais honroso o de brasileiro patriota e de homem de bem. A 21 de outubro, D.Pedro, Grão-Mestre, manda a Gonçalves Ledo que suspenda os trabalhos no Grande Oriente. A 25, em decreto, D.Pedro determina o encerramento das atividades maçônicas. Diversos maçons são presos. Ledo consegue fugir para a Argentina.

• Em 1823, a 25 de março o Apostolado aprova o projeto da Constituição Brasileira. A 23 de julho, o Apostolado é violentamente fechado. A 20 de outubro, D.Pedro, Imperador proíbe as sociedades secretas do Brasil, sob pena de morte ou de exílio.

• A 13 de janeiro de 1825, o Maçom, frei Joaquim do Amor Divino Caneca é fuzilado no Recife.

• A 23 de novembro de 1831, o Grande Oriente do Brasil restabelece suas atividades, adormecidas desde 1822, sendo reeleito José Bonifácio de Andrada e Silva para o cargo de Grão-Mestre. Nesta oportunidade é lançado um manifesto a todos os Corpos Maçônicos Regulares do mundo contendo subsídios de extraordinária importância para a História do Brasil. Instala-se, a 12 de novembro, o Supremo Conselho do Rito Escocês para o Brasil, sendo seu primeiro Grande Comendador, Francisco Gê Acayaba de Montezuma, visconde de Jequitinhonha. No surgimento da Maçonaria em 1832, no Rio de Janeiro, existiam dois Grandes Orientes - o Grande Oriente do Brasil, presidido por José Bonifácio que teve sede na atual Rua Frei Caneca, e o Grande Oriente Nacional Brasileiro, presidido por Britto Sanchez, com centro à Rua dos Passos. Em uma cisão havida neste último, surge outra Potência, tendo como Grão-Mestre o marechal Duque de Caxias. O antagonismo e a animosidade que dividiam os grupos maçônicos levam este Grande Oriente a abater Colunas, depois de ser despejado por dificuldade financeira. Sem dúvida, não encontrara o Duque de Caxias, entre os maçons da época, espírito de cooperação e fraternidade.

Duque de Caxias

DUQUE DE CAXIAS








Patrono do exercito brasileiro e Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil, Luiz Alves de Lima e Silva nasceu na Fazenda Taquaruçu, Porto de Estrela, hoje município de Caxias – na Província do Rio de janeiro, no dia de São Luis, 25 de agosto de 1803, numa família de militares.

Neto, filho e irmão de militares, logo aos cinco anos.a 22 de novembro de 1808, era reconhecido cadete, segundo o costume da época, nas famílias militares. Aos 14 anos, entrou para o serviço efetivo do Exercito e, um ano depois, já era alferes, tendo sido transferido para a Academia Real Militar, que fora criada em 1814, pelo príncipe regente D João, o futuro D João VI, de Portugal.

A 2 de janeiro de 1821 era promovido a tenente e em dezembro do mesmo ano, concluía o curso de oficial, incorporando-se ao Primeiro Batalhão de Fuzileiros.

Em 1822 ocorria a Independência do Brasil e a reação portuguesa, na Bahia. Era então, chamado a enfrenta esta reação, incorporando-se ao recém criado Batalhão do Imperador, sob o comando de seu tio Jose Joaquim de Lima e silva, recebendo seu batismo de fogo, quando, num ataque frontal, conquistava uma posição fortificada a 28 de março de 1823. Em julho do mesmo ano, com o termino da refrega ele voltava ao RJ, coberto de glória, sendo promovido a capitão.

Em 1824, com apenas 21 anos de idade recebia do Imperador D Pedro I, a Imperial Ordem do Cruzeiro. Em 1825 partia, para servir na Guerra da Cisplatina, que se estendeu até 1828, tendo sido citado por bravura, três vezes, promovido a major e recebido comendas da Ordem de São Bento de Avis e Hábito de Rosa.

Após a abdicação de D Pedro I, a 7 de abril de 1831 ele era encarregado pelo Ministro da Justiça (que foi maçom) de organizar uma unidade de 400 oficiais, o Batalhão Sagrado, para manter a ordem e evitar a anarquia, competindo também a ele, organizar a Guarda Municipal Permanente, hoje Policia Militar, que a 3 de abril de 1832, derrotaria as forças do Major Miguel Frias de Vasconcelos, que sublevara seus companheiros de prisão, na Fortaleza de Villegaignon, pretendendo derrubar a regência.

A 2 de fevereiro de 1833, o Major Lima e Silva se casava com Ana Luisa, na Igreja da Candelária, no RJ. Em 1837 era promovido a Tenente Coronel e em 1839, seguia-se para o RS, sacudido pela Revolução Farroupilha, em viagem de inspeção, como conselheiro militar, na comitiva do Ministro da Guerra, Sebastião de Rego Barros. Ao voltar ao RJ, ele recebia do Regente Araujo Lima, que sucedera Feijó, a oferta para comandar as forças do Sul, ele se recusaria a isso, porém, porque era tenente coronel e havia muitos generais na região.O rígido respeito à hierarquia seria uma tônica em sua vida.

Ainda em 1839 era nomeado presidente e comandante geral das forças militares do Maranhão, para por fim à rebelião conhecida por “a balaiada”, que tinha esse nome, por ser liderada pelo fabricante de balaios Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, que se opunha o governo provincial. A 4 de fevereiro de 1840 ele chegava a São Luis e em março libertava a cidade de Caxias, dando por encerrada a sua missão, em janeiro de 1841, com o esmagamento da revolta e a anistia a cerca de 12 mil rebeldes.

A 13 de maio do mesmo ano, retornava ao RJ, sendo a 18 de julho, promovido a general-brigadeiro. Na mesma época, recebia o título de Barão de Caxias, referência à cidade em que derrotara os balaios.

A 21 de março de 1842 era nomeado comandante da Armas da Corte, ao tempo em que irrompia a Revolução Liberal, em SP e MG, tendo Feijó como um de seus líderes.

A 17 de maio, Caxias era nomeado comandante-chefe das forças em São Paulo e vice-presidente da Província. A tomada de Sorocaba, a 20 de junho, e o cerco a Santa Luzia, a 20 de agosto, decidiram a sorte dos revoltosos. A essa altura dos acontecimentos, já era maçom, época em que permaneceu mais tempo sediado no RJ.

Em setembro de 1842 reassumia o Comando das Armas da Corte, sendo cognominado o Pacificador, pois já pacificara três províncias, restando apenas a do RS. Mas já a 9 de novembro de 1842, ele era nomeado Comandante de Armas e Presidente dessa Província, para acabar com a Revolução Farroupilha – ou Guerra dos Farrapos – o que conseguia somente dois anos após, em janeiro de 1845, completando a obra pacificada e garantindo a unidade nacional. Era, então, promovido a marechal-de-campo, agraciado com o título de Conde e indicado para o Senado.

Em 1852, partiria novamente para o sul, para participar da Campanha contra Oribe e Rosas, encerrando sua missão a 4 de junho de 1852. A26 de julho ele recebia o título de Marquês. Em 1855 era convidado a ocupar a pasta da Guerra, no Gabinete presidido pelo Marques do Paraná (maçom). Após o falecimento deste, ele era indicado para a presidência do conselho de Ministros, anos depois, em 1861 a 1862, voltaria a ocupar a chefia do Gabinete conservador.

Em 1865 ao se iniciar a Guerra do Paraguai, Caxias era mantido fora da luta, já que o gabinete Liberal, presidido por Zacarias de Goes, não simpatizava com a sua posição política conservadora. Todavia a 10 de outubro de 1866, com o general Osório (maçom,) ferido e fora de combate e diante do rumo que tomava a guerra, Zacarias rendia-se a evidencia e nomeava Caxias para a chefia das tropas brasileiras.

Assim, em 22 de julho de 1867, com 64 anos de idade ele reiniciava sua luta, reorganizando o Exercito combalido Começavam então, a partir daí a surgir vitórias Tuiu-Guê, Membuci, Potrero Obella, Taq e Humaitá. Todavia, sentindo que lhe faltava apoio moral do governo, ele apresentava seu pedido de exoneração, após a passagem de Humaitá. O Conselho de Estado, porém, acabaria optando pela retirada do ministério liberal, prestigiando a Caxias, que fortalecido, prosseguia numa série de vitórias – Itororó, Avaí e Lomas Valentias – até a entrada triunfal em Assumpção, a 5 de janeiro de 1869.

Retornando ao RJ era coberto de honrarias e medalhas, sendo agraciado com o título de Duque, o mais alto de toda hierarquia da nobreza, abaixo apenas da Realeza (foi o único Duque da história do Brasil Imperial).

A 25 de junho de 1875 o imperador D Pedro II o nomeava Presidente do Conselho de ministros, para, mais uma vez, pacificar a nação ao fim da tormentosa questão religiosa. Dois anos depois, ele deixava o ministério, retirando-se para a fazenda de seu genro, barão de Santa Mônica, aonde viria a falecer, 20:30 hs do dia 7 de maio de 1880.

Foi iniciado Maçom, provavelmente em 1841, numa das Lojas do Grande Oriente Brasileiro, no RJ. Depois do período de inatividade da Maçonaria brasileira, forçado pelo fechamento do Grande Oriente Brasílico (25 outubro de 1822), a Maçonaria ressurgia, em 1830 com a criação do Grande Oriente Nacional Brasileiro, que só foi instalado a 14 de junho de 1831, apenas como Grande Oriente Brasileiro, que se tornou mais conhecido, historicamente, como Grande Oriente de Passeio, em alusão ao local em que se instalou, no RJ, depois de ficar algum tempo na rua Santo Antonio, desaparecendo no início dos anos 60. No mesmo ano de 1831, em outubro, os remanescentes do primeiro Grande Oriente reuniram-se e reinstalaram as três Lojas que o haviam fundado: Comércio e Artes, União e Tranqüilidade e Esperança de Niterói, para a, 23 de novembro reinstalar, sob o título de Grande Oriente do Brasil, o Grande Oriente Brasílico de 1822.

Em 1832 era fundado o Supremo Conselho para o Império do Brasil do REAA, por Francisco GÊ Acayaba de Montezuma, (originalmente Francisco Gomes Brandão); era uma obediência autônoma a qual, inclusive, criava suas próprias Lojas.Em 1835, Montezuma era demitidos do cargo de Soberano Grande Comendador e excluído do Supremo Conselho, por sua truculência e malversação dos metais da Obediência, sendo substituído por José Bonifácio de Andrada e Silva. Com a morte deste, em 1838, assumiria o cargo de seu irmão Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.Em 1840, a 1 de dezembro – e esse é um fato importante para o Supremo Conselho e para Caxias – tornava-se o Soberano Grande Comendador o conde – depois marques – de Lages , João Vieira de Carvalho.

Nessa época o Grande Oriente de Passeio começava a conhecer um período de declínio, o que faria perder diversas lojas para o Grande Oriente de Brasil. Esse fato o teria levado a uma maior aproximação, com o supremo conselho, que também estava em fase de declínio, o que precipitaria a fusão entre as duas obediências, acontecia a 5 de dezembro de 1842, quando o supremo.

Conselho ratificava o texto do tratado apresentado pelo Passeio, a 4 de novembro. Depois de uma época de marasmo e sem grandes perturbações, as duas Obediências então fundidas, iriam conhecer uma fase de grande agitação, a qual seria iniciada em 1846, com uma série de defecção em suas fileiras: o Grão Mestre Candido José de Araújo Viana, futuro visconde e marques de Sapucaí, deixava o cargo e, com diversos outro membro, proeminentes do supremo conselho, filiava-se ao Grande Oriente do Brasil, em vista do movimento subterrâneo, liderado pelo Grande Secretário do Passeio Brito Sanches, para empalmar o poder, com o apoio ou conivência de membros do Supremo conselho. Araújo Lima foi substituído pelo Senador Manoel Alves Branco, que entraria em choque com o supremo Conselho, chegando a fundar outra Oficina chefe do rito, irregular, em janeiro de 1847.

Diante de tais fatos, o conde de Lages, já doente e sem condições de enfrentar essa dura batalha, entregava a direção do supremo conselho a Luis Alves de Lima e silva, então conde de Caxias, o qual, pelo prestígio que já desfrutava era, certamente, o único capaz de salvar a obediência, tirando-a Ada crítica situação. Assumindo, Caxias, imediatamente, declarava independente o supremo conselho, saindo da sede do
Passeio e mantendo o título que a obediência tinha, desde a fusão: Muito poderoso Conselho do REAA do GOB. Tornava-se ele, assim, Grão Mestre desse Grande Oriente, que passaria à história como “Grande Oriente de Caxias”, o qual iria criar diversas lojas importantes, entre as quais a tradicional Loja Piratininga, da província de São Paulo. Caxias, todavia, devido a sua intensa vida política militar, pouco podia se dedicar à obediência maçônica, que era bastante frágil, o que fez com que ele começasse a planejar sua fusão com o Grande Oriente do Brasil, que era o círculo maçônico de maior proeminência. Em julho de 1849, ele encarregava João Francisco Tavares Carvalho, membro proeminente da obediência, de proceder aos estudos necessários para a planejada fusão. Mesmo arquitetando a fusão, não deixava Caxias de criar novas lojas simbólicas, pois além da já citada Piratininga, foram criadas, também na província de SP, as Lojas Firmeza, em Itapetininga e a Fraternidade, de Santos, em 1852 e 1853, respectivamente.

Com o prosseguimento dos entendimentos com o GM do GOB, o visconde e futuro marques de Abrantes, foi incluída, na Constituição do GOB, a 15 de setembro de 1852, a clausula que previa a incorporação do Supremo conselho a um mandado de cinco anos par a Alta Administração da Obediência.

Essa constituição, porém, iria provocar uma grande crise no GO. Ela substituía a constituição de 1842, que era muito liberal e atrativa para os que desejassem solicitar filiação do GOB e que trouxera, para este, muitos refugos do GOP, os quais criariam, depois, muitos problemas. Um dos problemas que aconteceu quando a Carta Magna de 1852 colocou fim a liberalidade, que permitia que o GO fosse tomado de assalto por elementos perniciosos: os interessados rebelaram-se criando o GO Revolucionário, o que provocou o imediato pedido de demissão do visconde de Abrantes e do dois GM Adjunto, João Pereira Faro, barão do Rio Bonito, passando, o GOB a ser dirigido, interinamente por Manoel Joaquim Menezes. Como, todavia, a maioria das lojas não aceitou a situação, os lideres da revolta acabaram ficando numa situação insustentável, a ponto de terem de solicitar a volta de Abrantes, o qual, esquecendo-se de todas as ofensas que recebera dos revoltosos e no intuito de salvar o GO de uma situação caótica, concordou em voltar, sendo reempossado em 5 de novembro de 1853. E a instalação oficial, do Supremo conselho, trazido com a incorporação do GO de Caxias, acontecia em 1854, sendo ratificada pela constituição de fevereiro de 1855, que substituía da de 1852. Essa carta magna, entre outras coisas, separou os ritos, destacando o REAA com a afetiva incorporação do legítimo Supremo conselho de Caxias. Os outros dois ritos praticados no Brasil na época – moderno e adoniramita – que ainda continuava a fazer parte do Grande Colégio de Ritos, reorganizado por Manoel Joaquim Menezes, em 1842, foram acomodados, com a extinção do Grande Colégio, no Sublime Grande Capítulo dos Ritos Azuis, cujo regulamento geral seria aprovado a sete de maiom1 858.

Não desejando Caxias continuar no cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho, este passou a ser exercido pelo GM, assim se mantendo numa situação que, posteriormente, seria considerada irregular e condenada pela Conferência de Supremos conselhos, em Lausanne, em 1922. Mas continuou com um dos baluartes do Supremo conselho: vinte anos de pois, em 1874, ainda era o quarto, na hierarquia da obediência, tendo à sua frente, apenas os dignitários do GOB: O Grão Mestre e Conselheiro de Estado, visconde do Rio Branco, o Conselheiro de Guerra, barão de Angra e o Conselheiro Joaquim Marcelino de Brito.

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