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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Considerações Gerais dos Templários - II

A missão do priorado do Sion continuou intocável. Os seguidores da linhagem mantiveram-se atentos e, apesar do sofrimento do segmento da Ordem dos Templários, e o surgimento de outras denominações envolvendo os templários, os guardiães do Graal e dos tesouros hebraicos continuavam sob a égide do Priorado de Sion.
Mas quem foram realmente os templários e qual foi a verdadeira finalidade da criação dessa Ordem de Cavalaria? Se havia uma Ordem que autorizou esta facção, o que ela realmente desejava? Quem seriam? Quando foi fundada? E por que?
De acordo com os lendários conhecimentos ocultos e bem guardados pelos templários antigos e modernos, os princípios que serviram de ideal para a fundação oficial da Ordem do Templo perante o mundo profano, são tão antigos quanto a própria história da humanidade.
Existiram os cruzados e os templários, onde estes últimos seguiram um objetivo bem diferente do que o da conquista de Jerusalém...Ao se instalarem nas ruínas do templo de Salomão, diz-se que eles encontraram os túneis secretos que levavam ao tesouro da biblioteca oculta onde estava guardados os segredos da antiga Ordem Hermética a qual pertenceu o rei Salomão, contendo também os diversos segredos de construção e arquitetura (gótica), segredos de navegação , as tábuas da lei e a arca da aliança, ressurgindo assim, os sagrados ideais de outrora, ocultado no interior de uma Ordem monástica com o nome de "Ordem dos Pobres Companheiros de Cristo", ficando conhecida mais tarde por "Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Salomão, ou do Templo de Jerusalém", e , finalmente "Ordem do Templo".
Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e no fim dessa passagem, uma porta dourada onde estava escrito: "Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos".
Dessa forma, após muita hesitação, um dos cavaleiros bateu na porta dizendo: "Abri em nome de Cristo" e a porta abriu-se. Ao entrarem, encontraram entre figuras estranhas um forma de estátuas e estatuetas, um trono coberto de seda e sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada.
A Ordem do Templo sempre possuiu duas hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Hierarquia Externa, os militares que defendiam a Terra Santa e os peregrinos que a ela se dirigiam. Já a Interna, era composta por homens e algumas mulheres que se dedicavam principalmente aos estudos herméticos e ocultos.
No início da Ordem, os Mestres do Templo eram sempre oriundos da Hierarquia Interna, sendo portanto, grandes Iniciados nos mistérios. Mas, a partir do mestrado de Bertrand de Blanchefort (1156-1169), introduziu-se o costume de escolher como Mestre do Templo, um profano da Hierarquia Externa que já tivesse, inclusive, desempenhado altas funções no Reino de Jerusalém, sendo Cavaleiros já amadurecidos na observância da regra. Esse costume demonstra o possível desejo de garantir a influência da Ordem perante aqueles que exerciam o poder na época, influência aliás, que já era muito grande. Foi nessa época também que houveram muitos desmandos, vícios, prepotência e arrogância dos Mestres do Templo.
Isto talvez explique os erros lastimáveis que cometeram os Mestres da Ordem, como por exemplo, a perda da batalha de Hattin e a conseqüente perda de Jerusalém durante o mestrado de Gerard de Ridefort (1184-1189). Por erros e traições perpetradas por alguns Mestres, muitos se revoltaram dentro e fora da Ordem, até que novamente conseguiram trazer para Mestre, Jacques de Molay, que apesar de ser praticamente iletrado, possuía o verdadeiro coração de um templário, sendo um dos responsáveis pela perpetuação da Hierarquia Interna através dos difíceis dias daquela época da Inquisição, bem como pela passividade diante da destruição da Hierarquia Externa, aceita pelos Mestres Ocultos do Templo como condição para que a Sabedoria secreta
Pudesse ser salva. Seria difícil crer que um exército disciplinado e treinado, com milhares de homens, com influências em todas as áreas e possuidores de imensas riquezas, não tivesse amigos e informantes.
Dessa forma, puderam os altos dignitários do Templo, dar a seus membros, palavras de passe e sinais de reconhecimento, para que se albergassem em outras confrarias onde seriam acolhidos e protegidos, principalmente pelos franco-maçons. Seus verdadeiros tesouros, isto é, seus conhecimentos, foram resguardados de mãos profanas, os arquivos e pergaminhos valiosos, foram colocados a salvo.
Portanto, a Hierarquia Externa do templo, seu lado profano e militar, perdeu seu poderio.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Considerações Gerais Templarias...



A vida humana e suas dificuldades incontestáveis têm por finalidade, na ordem da sabedoria eterna, a educação da vontade do homem.
A dignidade do homem consiste em fazer o que quer e querer o bem, em conformidade com a ciência do verdadeiro. O bem conforme ao verdadeiro é o justo. A justiça é a prática da razão. A razão é o verbo da realidade. A realidade é a ciência da verdade. A verdade é a história idêntica do ser. O homem chega à idéia absoluta do ser por duas vias; a experiência e a hipótese. A hipótese é provável quando é solicitada pelos ensinamentos da experiência; é improvável ou absurda quando é rejeitada por esse ensinamento.
A experiência é a ciência e a hipótese é a fé. A verdadeira ciência admite necessariamente a fé; a verdadeira fé conta necessariamente com a ciência.
Este relato é, no mínimo, intrigante. Como nove membros da nobreza conseguiriam proteger peregrinos, guardar o Santo Sepulcro e, pior, defender Jerusalém? Além do mais, não se admitia outros membros nessa época. Na verdade, esta Ordem foi criada por uma outra Ordem e esses nobres permaneceram dentro do Templo de Jerusalém para uma cumprir uma missão. Missão definida e claramente apoiada pelo rei de Jerusalém, Baldwuin II que era na verdade, um descendente da nobreza francesa, da casa d’Anjou.
Os Templários juraram pobreza, castidade e obediência; não aceitavam adeptos, porém a Ordem dos Templários foi uma das mais ricas instituições posteriormente e contavam com milhares de adeptos.
Por trás da Ordem do Templo, se ergueram figuras míticas de personagem bem curiosos, que inspiraram o ideal Sinárquico Templário do Oriente em conjunção com os Ismaelitas do Velho da Montanha, os cabalistas, judeus da Espanha muçulmana, as ordas do Khanat de Gengiskan , os cavaleiros árabes de Saladino, as histórias do cálice, romances e lendas da Távola Redonda, Parcival entre outros. Um ímpeto espiritual sem precedentes na história medieval.
E Jerusalém foi tomada de assalto no século XII, o que também descaracterizou a principal missão externa da Ordem do Templo.
São Bernardo de Clairvaux, fundador da Ordem Cistercense, foi o patrono dos templários e recebeu de presente várias propriedades pertencentes aos templários.
Bernardo de Clairvaux defendia os judeus e convidava escriturólogos cabalistas para trabalhar na abadia de Clairvaux.
Ele pediu a cooperação da Ordem, através de Hugues de Payen, para reabilitar os ladrões, sacrílegos, assassinos, perjuros e adúlteros, porém que estivessem dispostos as se alistar nas fileiras das cruzadas pela libertação da Terra Santa.
Em 1128 de nossa era, o Papa Honório II aprova a Ordem Templária, dando a eles uma vestimenta especial, um hábito e um manto brancos. Em 1145 o Papa Eugênio III, lhes concede como distintivo, a cruz vermelha, que foi inicialmente usada do lado esquerdo do manto e mais tarde, também no peito. Em 1163, o Papa Alexandre III outorgou a carta constitutiva da Ordem, que na verdade parecia com as regras da Ordem Cistercense.
Devido as doações altíssimas de jóias e terras, auferiram poderes e, até chegaram a só render obediência ao grão-mestre e ao Papa.
Uma informação deve ser acrescentada: O Vaticano, em Roma, está por cima do cemitério onde supostamente Pedro, o Apóstolo foi enterrado após ser crucificado de cabeça para baixo. A autoridade Papal é baseada no fato de Jesus Ter chamado Pedro de "rocha", que ele daria continuidade a mensagem externa de Jesus.
Os templários, por sua vez, possuíam a missão de guardiães da mensagem interna, ou seja, do continuísmo profético da arca da aliança, tesouros espirituais e, dos segredos da genealogia de Jesus que, descendendo da linhagem de Davi, via Salomão era, além do Messias Prometido, um rei de fato. Eram mais afeitos à João (NT) que , segundo relato bíblico, recebeu de Jesus a incumbência da linhagem ou seguidores da linhagem, já que Jesus solicitou a João que cuidasse de Maria, sua mãe e vice-versa..
A Ordem do Templo era constituída de vários graus e a mais importante foi a dos cavaleiros, descendentes de alta estirpe em sua maioria. Tinham também clérigos ( bispos, padres e diáconos) e outras duas classes de irmãos servidores, os criados e artífices.
Chegaram a ser grandes financistas e banqueiros internacionais, cuja riquezas chegaram a o seu apogeu no século XIII. Seu papel na Igreja pode ser avaliado pelo fato de haver representantes nos Concílios da Igreja católica (Troyes, Latão, Lyon).
Devido ao extremo sigilo de sua missão e sua iniciação, os leigos atribuíam as mais horríveis práticas e histórias infundadas.
Após a tomada de Jerusalém pelos sarracenos (muçulmanos que negociavam, no período de trégua, com os templários, pois acreditavam ser prudente Ter algum dinheiro investido com os cristãos para o caso de que os avatares da guerra pudessem terminar em alguma espécie de pacto com os europeus) em 1291, adveio a queda do reino latino; o quartel general da Ordem foi transferida da Cidade Santa para Chipre, e Paris passou à categoria de seu principal centro na Europa.
Embora a Ordem tenha sido abalada em sua razão de ser quando o túmulo de Cristo passou para os muçulmanos, ainda era poderosamente rica e, a corte da França além do Papa deviam dinheiro a eles e passaram a ser cobiçados pelo rei francês, Felipe, o Belo. Esse rei confiscou os haveres dos lombardos e judeus e os expulsou do país. Os templários corriam perigo pois o imenso patrimônio (150.000 florins de ouro, 10.000 casa ou solares, inúmeras fortalezas, pratarias, vasos de ouro, entre outras preciosidades. Trinta mil simpatizantes em 9.000 comendadorias entre Palestina, Antióquia,
Tripoli, França, Sicília, Inglaterra, Escócia, Irlanda etc. Isto era apenas o que o rei sabia , em seu território.
Felipe e o Papa fizeram uma perigosa cilada, ajudada por opositores que, interessados na desmoralização da Ordem, contra ela, levantou graves acusações.
Em 13 de outubro de 1307, numa Sexta feira, mandou prender todos os templários e seu grão-mestre, Jacques de Molay, os quais, submetidos à inquisição, foram por estes, acusados de hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo, foram arrancados desses infelizes as mais contraditórias confissões.
O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, mantendo a hegemonia da Igreja de S. Pedro, e livrar-se da dívida, convocou o Concílio de Viena em 1311, com esse fim mas não conseguiu. Convocou um outro, porém privado em 22 de novembro de 1312 e aboliu a Ordem, conquanto admitindo a falta de provas das acusações. As riquezas da Ordem foram confiscadas em benefício da Ordem de São João, mas é certo que uma grossa parcela foi parar nos cofres franceses de Felipe, o Belo.
A tragédia atingiu seu ponto culminante em 14 de março de 1314, quando o grão-mestre do templo, Jacques De Molay e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram publicamente queimados no pelourinho diante da Catedral de Notre Dame, ante o povo, como hereges impenitentes. Diz-se que o grão-mestre, ao ser queimado lentamente, voltou a cabeça em direção ao local onde se encontrava o rei e imprecou:
"Papa Clemente, Cavaleiro guilherme de Nogaret, rei Felipe...Convoco-os ao tribunal dos céus antes que termine o ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos, malditos, malditos!...Sereis malditos até treze gerações..." E de fato, antes de decorridos o prazo, todos estavam mortos.
Em Portugal, o rei D.Dinis não aceita as acusações, funda a Ordem de Cristo para qual passou alguns templários. Na Inglaterra, o rei Eduardo II, que não concordara com as ações do sogro. Felipe, ordena uma investigação cujo resultado proclama a inocência da Ordem.
Na inglaterra, Escócia e Irlanda, os templários distribuíram-se entre a Ordem dos Hospitalários, monastérios e abadias. Na Espanha, o Concílio de Salamanca, declara unanimemente que os acusados são inocentes e funda a Ordem de Montesa. Na Alemanha e Itália a maioria dos Cavaleiros permaneceram livres. Tambem os rozacruzes, Grande Fraternidade Universal, OSTG (Ordem sagrada do Templo e do Graal.
A destruição da Ordem não suprimiu os ensinamentos mais profundos. A maçonaria e a Ordem DeMolay mantém a mística até os dias de hoje.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Oriente



Por Quirino

A primeira idéia que vem à cabeça dos Irmãos é que Oriente é o lugar do Templo (não da Loja) onde se assenta o Venerável Mestre, Ex-Veneráveis Mestres (não existe a palavra Past-Venerável), Orador, Secretário, Primeiro Diácono, Porta Estandarte, Porta Bandeira, Porta Espada, Arquiteto e autoridades. Aproveitando a oportunidade, precisamos quebrar o paradigma que no Oriente se assentam Mestres Instalados, para que isto seja verdade, as Dignidades e Oficiais que foram nomeadas para os cargos acima mencionados, anteriormente teriam que ter ocupar o Trono de Salomão. Mas continuemos no tema, em outra oportunidade trataremos das idiossincrasias que criamos e vão contra o principio da igualdade. A mensagem passada pelo “oriente” é que o sol a maior glória criada pelo GADU nasce no oriente, as principais religiões e códigos de conduta chegaram até nós por Mestres que viveram no oriente. Há literaturas que mencionam o Oriente como o imaterial e o Ocidente como o material. Porém é preciso que os Irmãos exerçam o salutar exercício da especulação, ir além do trivial e às vezes no simples conhecimento do significado da palavra, tomar ciência da instrução. A palavra ORIENTE vem do latim oriens que significa NASCER, ELEVAR-SE. Portanto não importa “o que vem de lá”, mas como reagiremos “com o que vem de lá”. Não importa se a luz que recebemos vem do oriente, mas sim orientarmos nossos olhos para que eles possam ver o que as trevas escondiam e foram dissipadas pela ação desta luz. Não adianta ler grandes ensinamentos orientais, se apenas trabalhamos com o dialeto ocidental. Se aspiramos conhecer o oriente, devemos traçar um roteiro de ida e volta, é preciso aprender e ensinar. O que delimita ocidente do oriente? Acredito que seja a consciência de saber onde estávamos e onde estamos. Melhor ainda, é quando temos a plenitude do conhecimento se absorvemos ou refletimos/difundir a luz. A lua e as estrelas são pontos de orientação, uma apenas reflete e as outras emitem. Os outros astros que apenas absorvem, ficam escondidos no véu da noite. O Maçom deve estão SE ORIENTAR, a Verdadeira Luz que recebeu na iniciação o fez nascer purificado, a Luz foi lhe dado e cabe a ele decidir se vai tomar uma atitude egoísta (absorver) ou fraterna (refletir/difundir) e é dessa decisão que teremos ou não sua elevação. Nossas decisões, caminhos a serem tomados, devem ser frutos do conhecimento vivido (aprendiz), do sentimento que nos envolve (companheiro) e da experiência transmitida (mestre). O oriente é um propósito maior, não como fonte de conhecimento, mas como ideário de nos incorporar a esta fonte. Nossa vida nos remete á apenas dois destinos: A sete côvados no mutável ocidente ou sete jardas no eterno oriente. A certeza é que chegaremos todos a “Plataforma de Embarque” a questão é como nos orientação em vida a caminho da estação derradeira. Há uma frase de alerta para todos os Filhos da Viúvas, muito bem feita por William Shakespeare:

Aprende que não importa aonde já chegou, mas para onde está indo…
mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve
”.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Maçonaria e os Landmarks

Por Ir.´. Daniel Doron 33 °
PM da Loja Reuven No. 1 de Maçons Antigos e Aceitos - Grande Loja do Estado de Israel
Tradução: José Antonio de Souza Filardo, M.´. I.´.
O termo “Landmark” é conhecido por todos os irmãos, mas sua definição nem sempre é tão clara. Além disso, esses Landmarks estão muitas vezes ligados às Antigas Obrigações. Meu objetivo aqui é esclarecer esses termos e traçar linhas distintas entre três termos.
  1. “Antigas Obrigações” é o nome dado a certos manuscritos que têm mais ou menos o mesmo conteúdo. É um termo que é usado para caracterizar 131 manuscritos, o mais velho dos quais é o “Regius” datado de 1390. Estes manuscritos contêm “Obrigações” no sentido de regras que todos os maçons são obrigados a seguir. A maioria destas Obrigações está relacionada com a arte operativa da construção e com sua regulamentação. A lenda de York é parte destes manuscritos.
  2. O Antigos Regulamentos & Encargos nda têm nada a ver com as Antigas Obrigações. Elas são um conjunto de 15 normas que aparecem nas primeiras páginas do Livro das Constituições da GLUI. Embora sejam considerados o “Resumo da …” eles são os únicos. Eles não são um resumo de qualquer outro conjunto.  Todo Mestre eleito precisa prometer mantê-los antes que de ser empossado como VM.
  3. Os Landmarks são princípios básicos da Maçonaria Especulativa semelhantes a axiomas em matemática. Basicamente, eles são linhas limítrofes ou marcas entre o que está dentro dos limites da Maçonaria Especulativa e o que está fora deles.
Deve ser salientado que as linhas limítrofes, ou marcas de fronteira, têm sido sempre consideradas pelos homens como as mais importantes e zelosamente guardadas. Na Bíblia elas são consideradas sagrados. Em Deuteronômio 27:17 encontramos: “Maldito aquele que remover os marcos do seu próximo”.  Referências semelhante pode ser encontrada em Provérbios 22:28 e em Jó 24:2.
Devemos lembrar que tais limites sempre implica em que todos os reconheçam como tal.
Na literatura maçônica, existem muitos esforços para lidar com os Landmarks de nosso Ofício, e é geralmente aceito que a definição do que seja um Landmark não é fácil. A fim de melhor compreender as dificuldades, vamos usar alguns exemplos: É obrigatório que cada Irmão acredite no Grande Arquiteto do Universo e que deva haver um Livro da Lei aberto sobre o Altar, quando uma loja está trabalhando. Estes são dois dos nossos Landmarks. Eles não estão incluídos nas Antigas Obrigações nem nos Antigos Regulamentos & Obrigações. Por outro lado, reconhecer “apenas três graus de AM, CM e MM e a cerimônia de instalação de um VM” não é um Landmark, mas faz parte dos Antigos Regulamentos & Obrigações.
De acordo com William Preston, os Landmarks são os limites estabelecidos para evitar todas as inovações. Isto é expresso muito bem no Regulamento 11, a saber:
“Você admite que não está no poder de qualquer homem ou grupo de homens fazer a inovação no corpo da Maçonaria.”
John S. Simons definiu Landmarks [1] de uma forma abrangente, como segue: “Presumimos que aqueles princípios de ação sejam Landmarks  que vêm existindo desde tempos imemoriais, seja na lei escrita ou não escrita: que são identificados com a forma e a essência da sociedade: com os quais a grande maioria concorda, não pode ser alterada, que todo maçom é obrigado a manter intacta sob as sanções mais solenes e invioláveis ​​”.
É bastante claro que esta definição inclui três elementos necessários que definem um Landmark como tal:
  1. Ele existe desde tempos imemoriais.
  2. Ele expressa a forma e essência da Maçonaria Especulativa.
  3. Fica acordado que ele nunca pode ser modificado.
Frequentemente, quando Landmarks são discutidos, apenas dois desses elementos são mencionados, ou seja, que eles são “desde tempos imemoriais” (antigos) e que não podem ser alterados. Muitas vezes, qualquer tentativa de mudar até mesmo um detalhe enfrenta críticas de que é contra nossos Landmarks. Na minha opinião, o elemento mais importante é que um Landmark deve expressar a forma e a essência do corpo maçônico. Além disso, o elemento mais fraco nesta definição é a terceira parte: o que significa “concordaram que ele nunca pode ser modificado”? Quem concordou? Quando? E, se ele for acordado mudar um Landmark, ele deixará de expressar a essência da Maçonaria? É quase como dizer: a Landmark é um Landmark porque nós dissemos que é. Isso é uma definição? Parece ser geralmente aceito que não só os Landmarks estabelecem limites, mas que eles foram reconhecidos como tal; eles eram considerados legítimos. Deve-se perceber que em tal caso, se houver um consenso geral de todos os interessados, esses limites podem ser alterados. Na verdade, a frase original dessa cláusula incluía: “… sem obter primeiro o consentimento da … Grande Loja”. Esta parte final foi omitida após a GLUI ter sido constituída [2]. Esta foi uma mudança significativa de um conjunto ajustável de Landmarks para uma canonização completa e final.
Em seu livro “A Maçonaria especulativa” [3], A.S. MacBride definiu nossos Landmarks como “certos usos e costumes estabelecidos, ocupando a posição que o uso e costume ocupam em uma comunidade”, ou seja, semelhante à “lei comum” em um sistema político. Estes Landmarks assemelham-se às leis civis, mas eles diferem em um aspecto: eles foram adotados por uma Grande Loja. Ao mesmo tempo, deve-se salientar que nem todo uso ou costume é um Landmark; deve existir uma condição adicional: ele tem de servir de fronteira entre o que está dentro dos limites da Maçonaria e o que está fora desses limites.
Somente tais usos podem se tornar Landmarks. Em outras palavras: o Landmarks da Maçonaria são usos e costumes estabelecidos que servem como limites tanto para dentro quanto para fora de uma organização maçônica. Se examinarmos de perto esta definição, ficará evidente que ela contém um objetivo, não apenas as fronteiras, mas de tal forma que esteja em conformidade com os objetivos da Maçonaria especulativa.
Parece-me que a necessidade de estabelecer Landmarks suporta a “teoria da transição”, pelo menos parcialmente. Quando as lojas operativas começaram a aceitar maçons não-operativos, e a construção de um templo espiritual e moral tornou-se o objetivo central, surgiu a necessidade de estabelecer limites acordados. Em outras palavras: somente Landmarks que servem os objetivos dos maçons especulativos foram escolhidos entre os usos e costumes já existentes nas lojas (operativas). Assim como a necessidade de uma loja para os construtores, antes que o próprio edificio fosse iniciado, por isso precisamos de um conjunto de regras antes de um templo humano seja erguido para a construção de um templo espiritual; para moldar as pedras brutas humandas de acordo com princípios morais .
De acordo com MacBride, os Landmarks listados no ‘Aimã Rezon’ de Dermot (1756) cerca de cem anos antes que a Encyclopaedia de Mackey fosse publicada, incluem vários que não estão de acordo com os objetivos típicos de Landmarks, conforme definido por Simons acima.
Assim o fizeram outros em suas listas de Landmarks, alguns dos quais eram novas invenções e não usos e costumes existentes.
Quando examinamos os vinte e cinco Landmarks de Mackey, torna-se claro, que os Landmarks expressam a quintessência da Maçonaria e que expressam somente aspectos estruturais. Se aceitarmos a definição de Simons para Landmarks, é bastante óbvio que aqueles Landmarks que se referem apenas ao Grão  Mestre e a Grande Loja não podem ser “desde tempos imemoriais”. Afinal, estes não poderiam existir antes de 1717.
Além disso, eles não têm nada a ver com “um sistema de moralidade”. O mesmo se aplica a qualquer Landmark relacionado com o terceiro grau. Embora a lenda de Hiram seja muito antiga, o sistema de três graus foi criado apenas por volta de 1730.
Conforme B.E. Jones justamente salientou em seu “Guia & Compêndio do Maçom” [4], embora todo maçom tenha que observar os Landmarks, não há definição oficial do que seja um Landmark, nem são eles nomeados em muitas Constituições de Grandes Lojas. Escritores maçônicos citam muitas vezes a lista de 25 Landmarks de Mackey, que são listados completos por Jones.
Quando examinamos os Landmarks de Mackey, podemos discernir quatro grupos:
  1. Aqueles relativos à fraternidade e à essência da Maçonaria: § §. 1-3, 9, 11, 18-24
  2. Aqueles que se referem o Grão-Mestre e dos seus direitos: § §. 4-8
  3. Aqueles que dizem respeito os direitos de um irmão: § §. 12-15, 17
  4.  Aqueles que se referem os deveres de uma loja, incluindo interrelações entre lojas: § §. 10, 16.
Na minha opinião, o último Landmark dificilmente pode ser considerado como um Landmark, uma vez que estes Landmarks nunca podem ser modificados. Certamente não quando sabemos que este mesmo Landmark foi modificado em 1823.
Todos os Landmarks relacionados com o Grão-Mestre e a Grande Loja e não são, obviamente “desde tempos imemoriais” e nada têm a ver com a Maçonaria ser “um sistema peculiar de moralidade”. O mesmo vale para o último grupo acima, uma vez que ‘Lojas privadas’ existiram bem depois de 1717, então eles também não são antigos.
Roscoe Pound relacionou apenas sete Landmarks, que na minha opinião estão em plena conformidade com a definição de Landmark de Simons. São eles:
  1. A Crença no GADU.
  2. A Crença na ressurreição e na vida após a morte.
  3. A obrigação de ter um livro da lei aberto na loja durante os trabalhos.
  4. A lenda do terceiro grau.
  5. Obrigação de segredo. (Modos de reconhecimento)
  6. A fundação da nossa arte especulativa e seu uso “simbólico para fins de ensino religioso e moral.
  7. Um candidato deve ser do sexo masculino, livre por nascimento e maior de idade.
Sem dúvida, essa lista concisa de Landmarks melhor se relaciona com os limites absolutos necessária de nosso Oficio. Sendo um jurista por profissão, Pound incluiu como Landmarks apenas aqueles que realmente expressam a quintessência da Maçonaria e excluiu aqueles que são de natureza administrativa.
The Landmark 24 na lista de Mackey é quase idêntico ao Landmark 6 de Pound, que é a conexão entre  a Maçonaria operativa e nossa Maçonaria Especulativa. Deve-se notar, que ele não torna a Maçonaria especulativa um descendente direto da Maçonaria operativa; ele apenas estipula uma conexão entre as duas,  adicionando uma finalidade definida a nossas especulações morais.
Há várias listas de Landmarks, a mais curta, contendo apenas 7 (Pound) e a maior cerca de uma centena.
A mais conhecida é o de Mackey, contendo 25 Landmarks.
É minha esperança que eu tenha ajudado a compreender melhor o significado da nossos Landmarks.
LANDMARKS DE MACKEY
1) Os modos de reconhecimento.
2) A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus.
3) A Lenda do Terceiro Grau.
4) O governo da Fraternidade por um presidente chamado Grão Mestre.
5) A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir todas as assembléias da Maçonaria.
6) A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder Autorizações para conferir graus em tempos anormais.
7) A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder autorizações para a abertura e manutenção de Lojas.
8.) A prerrogativa do Grão-Mestre para iniciar maçons à vista.
9) A necessidade de os maçons se reunirem em lojas.
10) A condução dos trabalhos, quando congregados em uma loja por um Venerável e dois Vigilantes.
11) A necessidade de que cada loja, quando reunida, deva ser devidamente telhada.
12) O direito de cada maçom de se fazer representar em todas as assembleias gerais da Maçonaria e instruir seus representantes.
13) O direito de cada maçom de apelar da decisão de seus irmãos em Lodge reunida à Grande Loja ou Assembléia Geral dos maçons.
14) O direito de cada maçom de visitar e sentar-se em toda Loja regular.
15) Nenhum visitante, desconhecido como maçom, pode entrar em uma Loja sem primeiro passar um exame de acordo com os usos antigos.
16) Nenhuma Loja pode interferir nos negócios de outra Loja, nem atribuir graus a irmãos que são membros de outras Lojas.
17) Todo maçom está sujeito às Leis e Regulamentos da jurisdição maçônica em que reside.
18) Qualificações de um candidato: que ele seja homem, não tenha defeito físico, nascido livre, e de maior idade.
19) A crença na existência de Deus.
20) Subsidiária a esta crença em Deus, está a crença em uma ressurreição para uma vida futura.
21) Um “Livro da Lei” constituirá parte indispensável do mobiliário de cada Lodge.
22) A igualdade de todos os maçons.
23) O segredo da instituição.
24) A fundação de uma Ciência Especulativa, para fins de ensino religioso ou moral.
25) Estes Landmarks nunca podem ser modificados.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Arquitetura Gótica e os Templários


Um núcleo, provavelmente ultra secreto, dos Templários, formado à liderança da Ordem (seria esse o pequeno grupo dos cavaleiros do Graal), dispunha, por meio das tábuas completas da lei, de um conhecimento ainda hoje fora do alcance da humanidade. Por exemplo, podemos provar que os Templários não só racionalizou como também revolucionou a agricultura.
No tempo do florescimento da Ordem do Templo, surgiu a arquitetura gótica. Curiosamente , esse "aparecer" foi repentino, e não resultado de um crescimento orgânico e lento. O goticismo não cresceu da arquitetura romana que a precedeu. Era algo completamente novo. Subitamente estava lá.
arquitetura romana baseia-se numa força que age de cima para baixo; a cúpula redonda pressiona com seu peso os muros e estabiliza dessa maneira a construção. Os arcos pontudos da catedral gótica baseiam-se exatamente no princípio contrário: a pressão age de baixo para cima. Enquanto uma cúpula romana pode eventualmente cair, se mal construída, um arco gótico pode explodir. Trata-se de um caso de tensão dinâmica.
Resumindo. Podemos dizer que os arquitetos romanos, com toda sua inteligência, aplicaram nas suas construções uma técnica pouco diferente daquela usada pelos construtores megalíticos, quando amontoavam pedras pesadas umas sobre as outras. Já a catedral gótica exige um conhecimento muito maior, assim como dados científicos, tradicionalmente recebidos ou geometricamente calculados e recalculados constantemente. Isso superava amplamente os conhecimentos daquela época.
Além da arquitetura e agricultura, um outro fato é válido também para o campo financeiro.
Os monarcas estavam constantemente sem dinheiro. As cidades eram pequenas e o núcleo de habitantes também; a igreja protegia cuidadosamente seu tesouro. Os funcionários públicos eram, salvo raras exceções, bastante pobres. Logicamente podemos perguntar o que estaria atrás dessa mania de construir que consumia somas astronômicas.
É muito provável que essas construções, surgindo de uma hora para outra, dentro de um curto espaço de tempo, dezenas ao mesmo tempo, faziam parte de um gigantesco projeto ainda não esclarecido para a humanidade.
De onde vieram esses operários especializados, do arquiteto ao escultor ou o chaveiro, num mundo de relativamente poucos habitantes? Seja como for, nasceu uma classe de operários de construção, treinados numa técnica exemplar e fisicamente livres para, em caso de necessidade, se locomover de uma oficina para outra, sem problemas.
Não é sem razão que se considera essas oficinas de construtores livres (chamadas loges, em francês) como precursores das lojas franco-maçônicas.
Entre as invenções dos Templários, podemos acrescentar a idéia original da criação dos bancos, com seus cheques e outros métodos de créditos, projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa.

Fr. J. Ferreira 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão

" ... e no início, eram nove"


Fundada em 12 de junho de 1118, em Jerusalém por Hugues de Payens e Gogofredo de Saint Omer. Chamada de "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", a Ordem do Templo foi criada , supostamente, para defender Jerusalém dos infiéis, guardar o Santo Sepulcro e proteger os peregrinos à caminho a Terra Santa.
Após o término da construção do Templo de Jerusalém, Salomão levou a Arca para lá. O Templo era a casa do Senhor, edificado por Salomão, para a eterna habitação do Senhor, com a presença da Arca e das Tábuas da Lei como testemunhas. Esses dois fatos são mencionados na Bíblia pela última vez e com precisão em ( I Reis 8,9).
O grande interesse pela Arca não se prendia apenas ao valor religioso que elas apresentavam, mas também, segundo Charpentier, pelos capítulos mais importantes e essenciais nelas escondidos cuidadosamente e fora do alcance do público. Essa parte continha a sabedoria antiquíssima, a verdadeira Lei Divina participada a Moisés, no Monte Sinai, ou escrita por ele mesmo com os conhecimentos que adquirira através de sua iniciação no Egito.
Seja qual for o sentido esotérico dos documentos trazidos, o fato é que nas Tábuas não havia mensagens míticas os considerações vagas que pudessem dar margem a interpretações arbitrárias. Pois a parte da lei não destinada ao público formava uma enciclopédia compacta e de natureza científica e parecida com o texto de Hermes Trimegisto contendo dados de milhares de anos antes de Moisés.
Essa ciência podia ser comparada perfeitamente a um impresso político ou, ao que tudo indica, seria um manual prático para o esclarecimento do reino de Deus.
Em conseqüência às informações dos teólogos e cabalistas judeus é que, o grupos dos Templários foram à Jerusalém para conquistar a Arca e seu conteúdo inestimável.
A intenção era por em prática, com muito cuidado e de maneira experimental, a verdadeira Lei Divina, chave dos segredos do universo, para o bem da humanidade.
Tal missão lembra-nos a procura do Santo Graal, assunto que, nas décadas seguintes, passou a Ter um vivo interesse na literatura Ocidental.
Balduin II, rei de Jerusalém, recebeu a ambos e mais sete templários nos alojamentos das estrebarias do Templo de Salomão onde permaneceram por nove anos e seus trabalhos e pesquisas permaneceram secretos. Eles retornaram à Europa plenos de glória e mistérios e seu retorno coincidiu com a construção das primeiras catedrais góticas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

SETENTRIÃO

SETENTRIÃO.
Por Quirino


Gosto muito de alertar os Irmãos sobre “sementes do conhecimento” que estão espalhadas em nossas instruções e que passam despercebidas pela maioria. Uma expressão, palavra e até mesmo a entonação que damos as frases podem realmente expressar o sentido do conjunto das letras. A idéia que para quem saber ler pingo é letra, é falsa. Na Maçonaria PARA QUEM SABE LER, PINGO É PINGO E LETRA É LETRA. Para os que não sabem ler, soletrem e se restrinjam apenas ao conhecimento das 26 letras do alfabeto brasileiro. Exemplificando, escutamos que a palavra setentrião significa simplesmente (soletrando) N-O-R-T-E. Se fosse apenas isto, nos rituais este lugar deveria ser chamado apenas de N-O-R-T-E, para que gastar mais tinta de impressão e grafar o dobro de letras? Há nuances muito interessantes. Primeiro observe o teto de sua Loja e me diga onde fica a parte mais escura. Sendo a lua “opositora” do sol e este brilha no oriente, não seria natural que a lua estivesse em linha reta (linha equatorial da Loja) com o mesmo, no ocidente? Por que será que ela fica mais a esquerda? A constelação que mais se destaca no setentrião é a Ursa Maior, composta por cerca de 20 estrelas, mas que se destacam 7, a própria palavra setentrião deve nos remeter a estudos numerológicos, A palavra setentrião deriva de septem e triones (sete trios), na Índia esta constelação é conhecida como “Os Sete Sábios”. O setentrião é mais que o norte, afinal toda a lateral à esquerda quando entramos no Templo é o norte. Simbologicamente setentrião é o local onde fica o Primeiro Vigilante. O setentrião é uma “direção fundamentada no sentido de rotação do planeta e o ponto zero dos quatro pontos cardeais. É um dos pontos, do hemisfério norte, para onde aponta a sombra do sol ao meio dia.” Se estão matutando e tentando entender o Irmão Quirino, vou complicar ou simplificar.  Há doze horas atrás o sol fazia sombra NO PONTO QUE SE ENCONTRA O PRIMEIRO VIGILANTE. Mais perguntas: Onde foi nosso “ponto zero”? Onde começamos nossa caminhada? Onde está a primeira Coluna Zodiacal da Loja? Mais um ponto para refletirmos. O setentrião diferente do norte não é localizado pela Bússola Magnética. Para termos certeza onde fica este ponto devemos usar uma Bússola Giroscópica, também conhecida como GIROCOMPASSO que não é afetado por campos magnéticos externos, que normalmente desvia uma bússola normal. Espero que compreendam o que quero dizer. A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, aproveitar o tempo e fazer uma Prancha de Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos. Lembrem-se que todos nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas. “NASCEMOS” NO PONTO MAIS ESCURO, JUSTAMENTE PARA PROCURARMOS A LUZ. SEM PORTAS, SEM JANELAS, MAS COM PASSOS RETOS.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mistérios templários...

Durante uma jornada que se estendeu por quase dois séculos e se consagrou com um alto nível de poder e popularidade, foi gerada uma série de lendas que se confundem com fatos em torno dos Templários. Realmente, é provável que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental. Mas não chegava a ser uma heresia. Soma-se a isso às acusações apresentadas no período da queda da Ordem e encontra-se uma imensidão de hipóteses interessantes: desde adoração ao demônio até a influência arquitetônica.



Até mesmo os objetivos originais da Ordem dos Templários são alvos das possibilidades. Segundo especulações, sua fundação teria sido articulada por Bernardo de Claraval (São Bernardo) para buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas no Templo de Salomão. A partir do momento que foram encontradas, os Templários se desenvolveram em todos os aspectos. O Santo Graal seria apenas uma metáfora para se referir a esses tesouros.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Sob tortura, os cavaleiros declaravam que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas (nesta época, beijo na boca entre homens era aceitável), negavam a divindade de Cristo e ainda idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Porém, após as sessões de tortura e a irrevogável condenação, os Cavaleiros negavam as confissões assinadas. Havia poucas evidências de que os Templários se desviaram dos conceitos básicos da Igreja Católica daquela época.
Na Grã-bretanha, Robert Bruce buscava a independência da Escócia e articulava uma batalha contra o exército do Rei Eduardo II. As tropas de Eduardo possuíam armas e um contingente muito superior ao inimigo. Mesmo assim os rebeldes escoceses combateram o exército real. Acredita-se que um grupo de cavaleiros Templários, altamente treinado, teria se refugiado na Escócia e lutado ao lado de Bruce.
Provavelmente, em 1250 os Templários já haviam estado na América. Devido ao seu grande crescimento econômico através de matéria-prima e minérios como ouro e prata, escassos na Europa, supõe-se que parte de sua riqueza já havia sido extraída do continente americano. O fato de ser uma Ordem Secreta, onde os segredos só eram transmitidos entre seus membros à medida que eram promovidos, explica a ausência de registros históricos dessas navegações. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.
Após a extinção da Ordem, os Templários portugueses passaram a se chamar Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para "descobrir" o Brasil.
A arquitetura gótica surgiu repentinamente durante o desenvolvimento da Ordem dos Templários. Não pode ser considerada uma continuidade da arquitetura romana, pois os conceitos entre ambas são totalmente opostos. A arquitetura romana baseia-se numa força de cima para baixo que estabiliza toda a construção. Enquanto a gótica está baseada no princípio contrário, numa força que pressiona de baixo para cima. Esses conceitos arquitetônicos e geométricos são muito avançados para o pensamento medieval. Portanto, acredita-se que a arquitetura gótica tenha surgido através de um conhecimento secreto adquirido pelos Templários, e as várias Catedrais tenham sido edificadas para guardar suas riquezas.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PELICANO II - a missão ...

Por Ir. Quirino


O pelicano é um símbolo maçônico? Sim e Não! É muito comum pegarmos um símbolo de determinado grau de determinado Rito e generalizarmos como Símbolo da Maçônico. Não há nada de errado nisso, vejam o exemplo da acácia como Símbolo da Maçonaria. Somente em uma determinada parte de um grau que podemos dizer que a acácia nos é conhecida, mas todos nós, de Aprendizes a Inspetores Gerais dizemos que conhecemos a planta. A mesma coisa acontece com o pelicano, que já no Antigo Egito era cultuado como o “Espírito que se move sobre o Nilo” é possível entender esta visão quando vemos a ave no chão com seu andar desengonçado, mas quando abre suas asas (que podem chegar a 3 metros de envergadura) plaina suave e domina o etéreo. Como este espaço não me permite adentrar em detalhes de graus, trabalharemos juntos para entender a mensagem maçônica do Pelicano. Observem as três imagens que estão no início do artigo. Vemos uma ave cuidando se sua prole, mas está machucada, sangra. Na verdade ela mesma se feriu, conta a lenda que se um pelicano saí a procura de alimento e nada encontrar para dar aos filhotes, pousa no ninho e bica seu peito, fazendo o sangrar para que os filhotes tenham o que comer. Este é sem dúvida um símbolo máximo de doação, de auto-sacrifício. Mas este simbolismo não é exclusivo da Maçonaria, no Hino Católico do Santíssimo Sacramento, encontramos “Pie Pellicane, Jesus Domine! Me immundum mua Tuo sanguine”. A questão é, o quanto de nós estamos dispostos a doar aos Irmãos? Teremos a abnegação do sacrifício? Ou pertencemos ao quadro dos “que vem a nós o vosso reino”? Somos uma família e a cada um cabe doação e comprometimento com nossos valores e responsabilidades. Quando for justo e necessário, é preciso sangrar. Tenham certeza que a envergadura de nossas asas é diretamente proporcional ao quanto trabalhamos pela família maçônica. Há tanta literatura sobre os Cavaleiros Templários e tanto desejo dos Irmãos em se tornarem Knight Templar que não percebem que pela caridade e a imolação de nossos vícios e paixões em prol da Maçonaria conquistaremos um título realmente muito honrado: Cavaleiro do Pelicano e compreenderam o sentido de Amor Fraternal. Responda para você mesmo: - O quanto estou comprometido com meus Irmãos e com os projetos de minha Potência? Continuando nossa observação das imagens, o que temos mais em comum? Contou o número de filhotes? Acha que o número é apenas uma representação artística? Claro que não! Na Maçonaria nada se faz que não tenha um propósito maior. São 7 filhotes, e o número 7 (para alegria do Irmão Ilmair) nos remete a várias referências. As mais comuns não vamos tratar, mas gostaria que o Irmão refletisse sobre Sephira Tiferet da Árvore da Vida. Boa pesquisa, ótimas reflexões e excelentes tomadas de atitude.

sábado, 2 de novembro de 2013

ERROS E QUEDAS MAÇÔNICAS

ERROS E QUEDAS MAÇÔNICAS.


por Quirino,

Sejamos sinceros, quantos de nós podem afirmar que incorporaram e praticam integralmente todo o conhecimento maçônico. O que dizer dos Irmãos que notoriamente não são fraternos, não cumprem as regras, são egoístas e vaidosos? Será que deveríamos nos afastar do espaço sagrado que é uma Loja? Deveríamos fazer uma “caça as bruxas” e expulsar todos os Irmãos que se esqueceram que as glórias do mundo são transitórias? Precisamos da iniciação do medo e da obscuridão após nossos erros e quedas? Nada disso! Somente descobrindo quando atua o “Ego” e quando atua o “Eu” e principalmente COM ciência identificando em que momento nos apresentamos: conscientes, subconscientes ou hiperconscientes é que transformaremos os erros em acertos e as quedas em elevação. Uma pergunta: - Qual é seu Grande Mestre na Maçonaria? Se pensou em um escritor/instrutor, lamento informar (sem a intenção de ofender ninguém) que ele apenas escreve um enredo, são letras, palavras, sons ou gestos. Se você respondeu que é seu padrinho ou algum Irmão, lamento informar (sem a intenção de ofender ninguém) que você é apenas um figurante. O SEU GRANDE MESTRE É VOCÊ MESMO! Não há nisto nenhuma prepotência, o que é lido ou ouvido só tem realmente valor se compreendido pelo leitor ou ouvinte, você pode ou não seguir o enredo. TODOS NÓS TEMOS NOSSAS PÁGINAS EM BRANCO. Aprendemos com o comportamento do Padrinho/Irmãos, mas não é presenciando caminhadas que nos tornaremos maratonistas. CADA IRMÃO TEM SUA PRÓPRIA TRILHA. É preciso então compreender o valor do erro, que não é apagado por uma borracha ou aliviado pela escolha de um terreno menos íngreme. A Loja e nossa Irmandade são o ambiente adequado para compreendermos que ERROS/QUEDAS NÃO SÃO PROBLEMAS, nossa atitude perante os mesmos, resultará na verdadeira exaltação. Gostaria de compartilhar um texto de Anna Barkblom e pedir muita atenção a fórmula por ela apresentada, boa leitura!


Se estivermos na terra para nos corrigir, por lógica vamos errar e cair até aprender. Pelo que entendo, errar é a única forma para perceber onde tenho que me corrigir. Se não erramos, não existe correção, sem correção, não existe mudança e sem mudança não existimos. Então os erros e as quedas nos favorecem? Sim, e muito, dependendo do que fazemos com elas. Se considerarmos os erros como oportunidades para transformação positiva, quanto mais erramos, melhor para nós. Obviamente estou falando de diferentes erros. Porque errar na mesma questão significa que a lição não foi aprendida, estamos só repetindo o erro, ficando estagnados na evolução. Não devemos esquecer que, quando erramos, fazemos muito estrago, tanto para nós como para os outros. A idéia de se corrigir ajuda a humanidade toda, nos favorece a todos. Fazer estrago prejudica a todos, seja em pensamento, palavra ou ação. O estrago que fazemos em nós mesmos prejudica o outro e o que fazemos ao outro prejudica não só a ele, mas a todos. Um exemplo excelente que mostra claramente como todos saímos prejudicados pelo estrago de um trata de uma turma indo de barca, na barca cada um tinha seu lugar. Um adolescente decide fazer um buraco embaixo do lugar dele. Um adulto se aproxima pedindo para não fazer o buraco, a resposta do adolescente foi “por que não? Estou só fazendo buraco no meu lugar!” Todos vão afundar, o nosso lugar na terra não é individual, somos todos um. Então, o que fazer quando erramos para amenizar o máximo possível o estrago já feito?

Existe uma fórmula de quatro passos que nos ajuda, se bem feita, a conscientizar nossas ações e amenizar o estrago:


1. Identifique e reconheça o erro.

2. Sinta e identifique o estrago feito, todas as “vítimas” do seu estrago, você se incluindo. Relembre a cena, todos os envolvidos, imaginar o sofrimento causado em nós e nos outros.

3. Refaça o cenário mentalmente de forma proativa e com a correção.

4. Se comprometa consigo mesmo a não fazer mais o mesmo erro. Arrependimento real.


Resumindo, erros e quedas não são o problema. A questão é: o que fazemos a respeito, qual nossa conduta ao errar? Conseguimos mesmo o arrependimento para não voltar a fazer mais?


Arrependimento real é milagroso, mas isso é outro tema a tratar....

Muita Paz,

Anna Barkblom”

domingo, 27 de outubro de 2013

Temos muito a aprender

Por Quirino,


A partir do momento que tomamos ciência que os conhecimentos maçônicos nos são passados através de instruções graduadas, fazemos o falso juízo que o grau posterior é mais importante que o anterior. Em uma Loja Simbólica o Aprendiz pensa então que há dois outros graus “acima” dele. Que provavelmente as instruções do Grau de Companheiro são mais importantes do que as que ele já recebeu. Estando como Companheiro, terá então a “certeza” que nas reuniões de Grau 3, grandes segredos são revelados. Completando o ciclo simbólico, ele, ou melhor, muito de nós, insistimos no falso juízo que as grandes instruções, os mistérios, enfim a “Lapis Philosophorum”, se encontra nas Lojas de Perfeição, nos Capítulos Rosa-Cruzes, nos Conselhos de Cavaleiros Kadosh e assim por diante. A grande verdade, é que as instruções são independentes e não há hierarquia entre elas. Não são as instruções ou onde as adquirimos que nos formatam, mas sim como nos comportamos após termos contato com elas. Lembrem-se da figura do homem de pedra se auto-esculpindo, o maço e cinzel estão em suas mãos. Não tenhamos tanta pressa em galgar graus, há muito mais o que aprender além daquilo que consta nos rituais maçônicos. Precisamos compreender que o conhecimento não é só transmitido de “cima para baixo”, não é a complexidade que torna o saber mais marcante. Pais ensinam os filhos, avós ensinam filhos e netos, mas que nunca vivenciou um momento de aprendizado com um pequeno? Há disponíveis aos ilustres Maçons uma gama infinita de instruções maçônicas fora das Lojas Maçônicas. Quantos de nós já refletimos sobre a Cerimônia das Nove Horas? Provavelmente 99% dos Maçons do Grau 1 ao Grau 33 nem sabem que existe tal cerimônia. E quando eu escrever que se trata então de uma Cerimônia da Ordem DeMolay, já se sentiram aliviados, afinal isto “é coisa dos meninos”. Não é onde se trata, mas sim do que e como se trata. William Shakespeare bem disse: “Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.” A Cerimônia das Nove Horas poderá ser realizada em eventos públicos da Ordem DeMolay se eles atingirem às nove horas da noite, ou em outros momentos propícios, de acordo com a natureza da cerimônia. Quando às nove horas chegam, as luzes do ambiente vão sendo diminuídas ao som de um gongo que soa nove vezes. O Mestre Conselheiro dirá:

- Irmãos, nesta hora, em todas as partes do mundo, as mães se inclinam sobre os leitos onde se encontram os filhos que amam. É também a hora tradicional em que os hóspedes nas casas e os internos nos hospitais se preparam para descansar. Façamos um breve intervalo em nossas deliberações enquanto o Capelão oferece uma oração.

Há uma movimentação dos membros do Capítulo e após o Capelão fala:

- Pai nosso, como filhos de pais carinhosos e compreensivos, invocamos Tua divina proteção para todos os pais e mães de nossa pátria e de todo mundo. Dignate a derramar suas bençãos sobre nossas mães, que nos têm oferecido seus incessantes cuidados em todos os anos de nossas vidas. Que sempre estejamos conscientes do dever de sermos irmãos de todos os indefesos, de todos os que sofrem e que encontremos alegria em servir ao nosso próximo, em ajudar e consolar os doentes e os que estão tristes. Pedimos Tua benção para todos os que trabalham, acalmando os que sofrem e ajudando os que estão necessitados. Ajude-nos a conduzir nossas vidas com retidão e patriotismo, para que sejamos dignos daqueles que lutaram por nossa querida pátria, servindo-a ou sacrificando-se por ela.

A intenção deste pequeno artigo é despertar a reflexão se você aprendeu a importância do dever ser Irmão dos indefesos, compartilhar a alegria de alma e espírito em servir ao próximo e que a maestria está no trabalho que é a grande benção a conduzir nossas vidas sob o esquadro. Lapis Philosophorum é a “Pedra Filosofal” um dos principais objetivos dos alquimistas da Idade Média. Com ela, poderia transmutar qualquer metal em ouro, como também transmutar seres do reino animal. Com a pedra filosofal, também seria possível obter o “Elixir da Longa Vida”, que permitiria prolongar a vida pela eternidade. E ela existe na Maçonaria! Mas não é um objeto físico, é tudo que envolve o transformar da Pedra Bruta em Pedra Cúbica.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

e a Ordem do Templo tem inicio...




No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen e Gogofredo de Saint Omer, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade.
Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários. Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão a pobreza.
A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados. A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários se sustentavam através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados.
Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política européia. Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais. Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação de saqueadores. O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.
As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França. Diferente da maioria dos monarcas que eram subalternos à Igreja, Felipe se engajava em campanhas aliadas ao Clérigo, em troca de benefícios políticos.
Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. O monarca usaria sua influência para que o religioso se tornasse Papa. Por sua vez, Beltrão de Got se comprometeria a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. Apenas um Papa possuía poder político para fazê-lo. No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.
Neste momento tinha início as acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. O processo inquisitório contra os Templários se estendeu por vários anos sob torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis. Os condenados eram levados à fogueira da Inquisição. Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay, e outros 5 mil cavaleiros foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. Na Grã-bretanha, a Ordem foi dissolvida pelo Rei Eduardo II. Na Alemanha e Suíça, os Cavaleiros foram declarados inocentes mas a Ordem também foi suprimida.
Finalmente, em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. Há uma lenda, que agonizante em meio às chamas, o líder dos Templários amaldiçoou o Papa Clemente V e o Rei Felipe, dizendo que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, o Papa morreria em no máximo 40 dias e o Rei dentro de um ano. O Papa morreu 33 dias após a execução de Molay e o Rei em pouco mais de 6 meses.
Em toda a Europa, a Ordem dos Templários foi oficialmente extinta. Seus bens, o imenso contingente do exército e sua estrutura foram diluídos em outras Ordens menos expressivas. Atualmente, a Ordem Rosa Cruz e a Maçonaria se consideram ascendentes diretas dos Cavaleiros Templários.

domingo, 13 de outubro de 2013

Rosh Hashaná ... sabe???

O Ano Novo Judaico de 5774 começa este ano na noite do dia 4 de Setembro e continua até o pôr do sol no dia 6 de Setembro.

Diferente da maioria das festas, o Rosh Hashaná é comemorado por dois dias em Israel e na diáspora. É o alegre começo de um período conhecido como os Dias de Perdão. Os dois dias do Ano Novo foram descritos pelos sábios do Talmud em aramaico como “Yoma Arichtah”, que significa “um longo dia”.


 

Como comemoramos o Rosh Hashaná?

Judeus por todo o mundo se reunirão em família e amigos para uma refeição festiva que inclui uma variedade de comidas deliciosas. Os Ashkenazim, ou judeus da Europa Ocidental comem maçã com mel para ter um ano doce, vinho para santificação e uma chalá (o pão trançado comido no Shabat) redonda especial com uvas passas, outro símbolo de doçura e da natureza redonda do ano. Os judeus Sefaradim, de origem Oriental e Espanhola, fazem o tradicional “Seder de Rosh Hashaná” que inclui frutas como tâmaras e romãs, além de vegetais como alho-poró, feijão, feijão-frade, espinafre e beterraba. Em ambas as tradições, um peixe inteiro também é servido, incluindo a cabeça que simboliza a cabeça do ano.

Nesta refeição festiva, a bênção do "Shechecheyanu" é recitada, uma bênção em que agradecemos pelas experiências novas e diferentes. Muitos irão para a sinagoga de noite para receber a festa, assim como na manhã seguinte. Durante o mês de Elul, o mês que culmina em Rosh Hashaná e os Dias de Perdão, o shofar (o chifre do carneiro) é tocado todas as manhãs. Ele dá aos crentes um momento de reflexão. Rezas de penitência conhecidas como “slichot” também são recitadas durante aquele mês.

No primeiro dia de Rosh Hashaná, muitas pessoas executam o ritual de "Tashlich" – recitando rezas perto de um corpo de água fluente, jogando fora as migalhas e pó nos seus bolsos dentro da água, uma maneira simbólica de se livrar dos seus pecados.


Rosh Hashaná é uma bela festa, cheia de alegria e comemoração.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Feliz Ano Novo! ( Yom Kipur)

Chag Sameach! Feliz Ano Novo!

O Ano Novo Judaico de 5774 começou este ano na noite do dia 4 de setembro. Dez dias depois, na noite do dia 13 de setembro, os judeus ao redor do mundo se reunirão em suas casas para comer uma última refeição antes de embarcar em um período de jejum e orações de 25 horas durante o dia mais sagrado e solene do Ano Judaico – o Yom Kipur, o dia do perdão.







O que se faz em um dia de perdão?


Judeus por todo o mundo, independente do seu nível de prática religiosa, reconhecem a importância e solenidade deste dia. É o dia em que pedimos perdão, em que definimos nossos objetivos para o ano que está por vir.

Na véspera de Yom Kipur (Erev Yom Kipur), judeus se reúnem na sinagoga antes do pôr do sol para recitar o Kol Nidre (que significa "Todos os votos"), oração em Aramaico que anula todos as votos feitos entre o indivíduo e Deus, desde este Yom Kipur até o próximo, iniciando um novo começo para que haja arrependimento verdadeiro. Além de jejuar, muitas pessoas também não tomam banho, não usam sapatos ou roupas de couro, não colocam perfumes e não têm relações sexuais. Muitos também se vestem de branco para simbolizar pureza.

Interessantemente, durante o processo de teshuva (arrependimento) deve primeiro ser pedido perdão para o seu próximo - beyn adam le'chavero – antes de pedir perdão para o Eterno - beyn adam l'Makom.

O dia seguinte é passado na sinagoga com orações de arrependimento e confissão. É um momento de reflexão, para pausar, um momento em que se pode realmente pensar no ano que passou, no seu estado atual e nas suas esperanças para o futuro. O Yom Kipur é concluído com o toque do shofár e com desejos de ano novo para que sejam inscritos no Livro da Vida.

Gmar Chatima Tova – que sejamos inscritos no Livro da Vida.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

União na maçonaria...

Conceitualmente entendemos UNIÃO como a associação ou combinação de coisas diferentes ou não, para formar um todo. União é o ato ou efeito de se unir. União pode ser a ligação ou combinação de esforços e pensamentos para um bem comum. Também conceitualmente podemos dizer que Maçonaria é uma sociedade apolítica, iniciática, altruísta, humanista e formada por pessoas que desenvolvem trabalhos sociais e filosóficos. Peço a atenção para as palavras negritadas na frase acima, observem que são palavras que nos remetem a pluralidade, ao grupo, à necessidade de UNIÃO. Por outro lado sempre ouvimos que há na Maçonaria algumas “divisões” (atenção as aspas). Eu pergunto se podemos nos “dividir” por GRAUS, RITOS e POTÊNCIAS ?! Talvez sim, talvez não! Se escrever tentando passar aos Irmãos que os Graus são “raças/castas” (sou um Aprendiz, ou Príncipe do Real Segredo ou Cavaleiro Noaquita), que os Ritos são “idiomas/linguagem” (pratico o escocês ou pratico o york) e que as Potências são “territórios/fronteiras (pertenço a Grande Loja ou pertenço ao Grande Oriente), estarei apresentando fatores de divisão ou união? É NESTA PLURALIDADE É QUE ESTÁ A UNIÃO NA MAÇONARIA. A Maçonaria é regional? Qual é a resposta encontrada em nossos rituais? Algo bem próximo de um forte NÃO, pois ela é UNIVERSAL e as suas Oficinas se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de FRONTEIRAS e de RAÇAS! Mas não temos só nesta instrução que a UNIÃO é que realmente constrói a Arte Real. Outra pergunta: - Onde está a base, o solo, o piso de nossos trabalhos, onde colocamos nossos pés, onde cravamos nosso alicerce ético? A resposta é o Pavimento de Mosaico O Pavimento de Mosaico representa a variedade de tudo que encontramos na terra, sua formação em duas cores diferentes ligadas pela ARGAMASSA DA FRATERNIDADE, simboliza a UNIÃO de todos os Maçons, apesar de diferenças de cor, ritos, clima, graus, opiniões e potências. É preciso que os Irmãos compreendam que somente pela associação de coisas diferentes ou não, é que a Maçonaria trabalhará esforços e pensamentos para tornar feliz a Humanidade, pelo amor e pelo aperfeiçoamento dos costumes. Mas se nada disso adiantar, invocarei o Rei Davi! Sim! Falamos tanto do Rei Salomão que esquecemos seu pai, e é dele a frase que deve nortear os Irmãos: Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em UNIÃO.... É imprescindível que insistamos na instrução que as Lojas são apenas divisões administrativas e que ritos são apenas caminhos. A Maçonaria deve ser vivenciada no conceito de Oficinas espalhadas por todos os recantos da Terra. O substantivo OFICINA em si já nos remete a TRABALHO, ou seja, labor maçônico. A união dos Irmãos é uma obrigação, primeiro que você se predispõe a aprender alguma coisa, segundo que a sua participação pode trazer a instrução que outro Irmão precisa. Freqüentar sempre a mesma Loja é igual ler somente os livros que temos em casa, uma hora o conteúdo se esgota. Todas as Lojas têm suas limitações. Limitações que vão desde um Quadro de Obreiros reduzidos, a falta de Irmãos com qualificação especifica em alguma área. Isto não é um problema, é uma realidade. PROBLEMAS LAMENTAMOS, REALIDADE TRANSFORMAMOS. Nossa Fraternidade (sentimento e Instituição) somente cumprirá sua missão quando a UNIÃO NA MAÇONARIA PREVALECER.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma Sintese das Cruzadas






No ano 1071 os turcos mulçumanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados de sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras.
Com a decadência do sistema feudal europeu, tornar-se um cruzado e partir para o Oriente em busca de terras e riquezas era uma alternativa considerável. Assim, a maior parte dos soldados cruzados era composta por camponeses e mendigos. Isso sugere que havia motivos comerciais e políticos camuflados sob o objetivo religioso. Além disso, os mulçumanos não se opunham a peregrinação cristã até Jerusalém. Havia apenas pequenos conflitos entre estes grupos distintos. Os cristãos solicitaram ao Papa Urbano II que os ajudasse nessas batalhas. O Papa percebeu neste pedido um pretexto para ampliar os domínios e a riqueza da Igreja. Assim, organizou e enviou o primeiro contingente cruzado.
A primeira Cruzada partiu em novembro de 1097 e contou com um apoio intenso da população. Em 1212 promoveu-se até mesmo a Cruzada das Crianças. Num momento de declínio do exército cristão em terras orientais, milhares de meninos foram levados na convicção de que a providência Divina daria a eles o que grandes e poderosos esquadrões não foram capazes de obter. A maioria dos garotos morreu doente ou em naufrágios durante a viagem. Os poucos que chegaram ao destino foram mortos ou escravizados pelos mulçumanos. Ao todo, foram organizadas oito Cruzadas até 1270, quando os cristãos viram-se obrigados a deixarem a Palestina e outros territórios conquistados.
Os combates entre cristãos e mulçumanos são considerados por alguns pesquisadores como a primeira Guerra Mundial, pois atingiu a Europa, Ásia e África. Nesse período, várias Ordens foram fundadas para garantir a peregrinação cristã e a posse das terras: Joaninos, Pobres Cavaleiros de Cristo, Teutônica, Porta-Espada entre outras.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fraternidade Maçônica

Por Quirino

Conceitualmente entendemos fraternidade como sendo o parentesco entre irmãos, baseando em sentimentos de afeto próprios daqueles de origem de mesma família ou grupo social. Este é um dos grandes equívocos dos Maçons. Acabamos confundindo a ação fraterna com solidariedade, caridade e até corporativismo. O conceito maçônico de fraternidade está intrinsecamente ligado ás idéias iluministas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada em 1948 tem em seu artigo primeiro o seguinte conteúdo: “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.” Agora devemos adentrar no aspecto filosófico; desde que o homem resolveu viver em comunidade, tornando assim o que Aristóteles tratou como “ser político” foram criadas as regras de organização da vida e objetivos da comunidade que regem os relacionamentos, respeitando a liberdade do indivíduo e a igualdades dos cidadãos. Mas qual será a força motriz que manterá estes valores respeitados? A resposta está no “respeito mútuo” que é a expressão máxima de Fraternidade, no livro Fonte Viva ditado pelo espírito de Emmanuel encontramos uma frase que vai de encontro aos propósitos maçônicos: "A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos chamados a servir. Somente alcançaremos semelhante realização procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz." Ultrapassando o limite do dever individual para a consciência do direito coletivo, nós Maçons devemos trabalhar para adaptar nosso espírito às grandes afeições (fraternidade) e a só concebermos idéias sólidas de virtudes (liberdade e igualdade), porque somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da Moral, é que poderemos dar à alma esse equilíbrio de força e de sensibilidade que constitui a Ciência da Vida. (Acredito que você já tenha lido isto em algum lugar). Provavelmente todos conhecem a expressão ”ele já nasceu maçom”, que usamos quando encontramos um homem (não iniciado) que pelo seu trabalho ou conduta coaduna com nossos princípios. Pois bem, para arrepiar o bigode dos mais tradicionalistas, digo que a Professora Maria Inês Chaves de Andrade “já nasceu maçom”, apesar de não ser iniciada, em sua tese de doutorado, intitulada “A Fraternidade como Direito Fundamental entre o Ser e o Dever Ser na Dialética dos Opostos de Hegel” ela discorre com grande propriedade aspectos que somente encontraremos no estudo mais apurados dos graus da Maçonaria. Na página 194 de sua tese, sobre Liberdade e Fraternidade ela escreveu: “É fato que o trabalho gera direitos na relação com o outro, dentre os quais a liberdade, mas é a fraternidade que aplaina as ranhuras da liberdade subjetiva no éthos, porque a vontade de Ser humano é próprio homem, portanto, diz respeito à liberdade do sujeito”. Sobre Igualdade e Fraternidade ela instrui que a razão que confecciona o nó da liberdade efetiva, concebe a fraternidade e suporta no direito a vontade livre de ser o que se é, Ser humano diante do outro. Ser humano também em sua universalidade, ser-para-si na sociedade, livre para ser “aquilo que ele é, enquanto ele mesmo, pode ser”, portanto, na efetividade da fraternidade como direito de todo ser humano, que assim sendo, resultará em uma sociedade mais ordenada e racional.

sábado, 14 de setembro de 2013

Maçonaria e a Política



Por Quirino

Para que os Irmãos possam compreender integralmente este artigo, devem ler primeiro, o excelente texto do Irmão José Maurício Guimarães que segue em anexo e tem o mesmo título. Não concordo com sua opinião, respeito e dentro da linha de raciocínio apresentada, está até correta. A intenção é apresentar outra visão e motivar os Irmãos a intercambiarem sobre o tema EM LOJA. Aquela frase: “Como Aprendiz não sei ler nem escrever... só pode ser usada no Telhamento. Caso contrario, se tratando da realidade brasileira, estaremos contribuindo para a formação do pior dos analfabetos, que segundo Bertolt Brecht é o analfabeto político, aquele “imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.” É verdade que alguns deles (político vigarista) já freqüentaram nossas Lojas e pregaram idéias que eles mesmos não cumprem, ou que por conta de sua conduta foram se assentar no banco dos réus. Excelente, afinal cumpriram a missão exemplar do que o Maçom não pode fazer. A história que os Maçons não podem discutir política em Loja, esta calçada na Constituição de Anderson, publicada há quase 290 anos. Sem dúvida é um grande e importante trabalho para a Maçonaria, mas devemos ter o discernimento que nela não há o principio da imutabilidade. Por conta disso, vou reclamar com o Pastor Presbiteriano James Anderson. A mais famosa de todas as Constituições, (Constituição Americana) com mais de 225 anos, já recebeu 27 emendas que adequaram o documento histórico à realidade. O Brasil já teve 8 Constituições (?) cada qual com adequações do texto à atualidade e necessidade do povo (voto feminino, por exemplo). A Constituição de 1824 outorgada pelo nosso Irmão Dom Pedro I, é um documento histórico muito rico, que deve ser estudado, mas não factível de ser seguido atualmente. Nosso chamado “Livro da Lei” é tratado também como uma “Constituição” por vários segmentos da sociedade, porém é preciso entender o contexto da época em relação a algumas passagens, por exemplo, em Deuteronômio, capítulo 14, versículo 8, temos: “Não comereis o porco, porque tem unha fendida, mas não remói; imundo vos será. Não comereis da carne destes, e não tocareis no seu cadáver”. Há mais de dois mil anos, naquela região, os porcos eram criados soltos e comiam o que encontravam pelo chão, inclusive fezes de outros animais. Os níveis de parasitas em sua carne era altíssimo, e para quem não sabe os ovos de solitária quando migram para cabeça do homem, geram estado de demência e nesta época havia pouca diferença entre “estar doido” e “estar com o capeta”. E então? Os dirigentes católicos para serem cristãos justos e perfeitos (fundamentados na legalidade, explicitada na Bíblia) devem se submeter as leis ali descritas em sua totalidade, cegamente? Será que os padres, bispos, cardeais e o Papa não comem carne de porco?

Política maçônica é a manifestação da aspiração de se fazer o bem, junto à sociedade, seja no nível de organização, direção ou administração das Lojas e Potências. Vivemos em um regime democrático e na atividade política, os Obreiros devem se ocupar dos assuntos públicos com seu voto e com sua militância. Perdoe-me Irmão James Anderson, mas discordo de você. O mundo é outro e os Irmãos não só esperam, mas exigem a ação dos nossos dirigentes no mundo político. É da natureza do homem se interagir com o ambiente, Maçons como cidadãos conscientes interagem com a sociedade.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Santo Anjo Guardião Hermético

 
 
Como nos aproximamos do fim desta composição, quero apresentar uma análise Qabalística breve do Santo Anjo Guardião. Se você previamente leu sobre o SANTO ANJO GUARDIÃO, provavelmente leu algo influenciado pela Aurora Dourada ou pelas filosofias Thelêmicas - ambas fazem uso pesado do idioma da Qabalah Hermética para explicar a natureza e a função do Anjo. Farei o mesmo aqui, entretanto estará à luz das filosofias sobre as quais discutimos.
A Qabalah é uma forma Judaica de misticismo que adotou muito das várias escolas de Gnosticismo. Por exemplo, a Abundância foi adotada e chamada Olam haAtziluth (o Mundo dos Arquétipos); as Eternidades se tornaram o Sephiroth (do livro Sepher Yetzirah); e o Deus Altíssimo eles chamaram Ain (Nada) ou Ain Soph (Luz Ilimitada). Porém, os Arcontes permanecem ausentes da Qabalah. Ao invés disso, o Deus Criador do Gênese é o Deus Altíssimo que age como Criador. Os anfitriões Angelicais, enquanto são acusados certamente de manter a realidade física, geralmente não são considerados diretores da prisão que alimentam-se do sofrimento humano.
Na época da Qabalah da Hermética da Aurora Dourada e de Thelema, tudo isto foi traçado no padrão ("Kircher") da Árvore de Vida. As Esferas Supernas da Árvore representaram a Abundância de Atziluth, seguida pelas Esferas Planetárias regidas pelos coros Angelicais, e terminando finalmente no Reino físico de Malkuth.
A alma humana também foi aplicada ao padrão Árvore da Vida (onde aquilo que está abaixo reflete o que está acima). As Esferas Supernas representam o Eu Superior (ou Neschamah) de um indivíduo, enquanto as Esferas Planetárias representam a alma racional coletiva – O Inconsciente Coletivo - (ou Ruach).
O Hermetismo moderno normalmente interpreta o Santo Anjo Guardião como o Eu Superior. Muitas cerimônias tentam estabelecer a conversação com o Anjo Guardião sendo preparadas como invocações Qabalísticas às Supernas. Pela abertura das Esferas Supernas dentro da própria aura, lança abre-se uma linha de comunicação entre a Neschamah e Ruach - permitindo ao Eu Superior comunicar-se com o Ego. Porque realmente é a função do Santo Anjo Guardião transmitir a Verdadeira Vontade do Altíssimo à alma racional, este fórmula do "Santo Anjo Guardião como Supernas" opera num sentido prático.
Porém, baseado no que nós aprendemos previamente, sabemos que o Eu Superior - ou Duplo Angelical - sempre reside na Abundância e em Repouso perfeito. Até mesmo a Qabalah preserva isto - porque as Supernas (Neschemah) não cruza a Grande Barreira para entrar nas Esferas mais baixas da Árvore. Enquanto isso, o aspirante espiritual possui uma Fagulha Divina que pertence ao Eu Superior, e os dois anseiam a reunificação de um com o outro.
Enquanto isso é da mesma maneira que comum ver o Santo Anjo Guardião associado com a Esfera Solar da Árvore - chamada Tiphareth (a Majestade). Aqui uma vez mais vemos a relação comum assumida entre o Anjo Guardião e o Sol. Até mesmo o Ritual de Abramelin, especialmente com seu drama ritual de morte e renascimento, poderia ser classificado como uma cerimônia de iniciação de Tiphareth. Rituais herméticos para o Santo Anjo Guardião focalizam-se freqüentemente em Tiphareth, porque este é o coração da Ruach e a observação específica onde contato é feito entre o Eu Superior e a alma racional. Desta perspectiva, o Santo Anjo Guardião pode parecer “viver” em Tiphareth. Sendo mais específico, porém, a Esfera Solar é somente onde há um primeiro encontro com o Santo Anjo Guardião. Tiphareth representa dentro da Qabalah o meio do caminho entre o vulgar e o espiritual, onde o Homem e a Divindade se encontram como um. É somente uma estação numa viagem mais longa.
Como podemos ver, o conceito do Santo Anjo Guardião tende a ser um pouco escorregadio na filosofia Hermética. Nossos antecessores como Crowley e Mathers tenderam a saltar de um extremo para o outro ao discutir o assunto. Num lugar, o Guardião é descrito como uma metáfora para o Eu Superior[9], e em outro o autor insiste que o Santo Anjo Guardião seja uma Inteligência objetiva. Às vezes não há nenhuma distinção feita entre o Gênio e o Santo Anjo Guardião. Outras vezes o conceito de Anjo Guardião inteiro é deixado na esfera de Tiphareth e esquecido quase completamente.
Nada disto é auxiliado pelo fato que nenhuma literatura já tenha definitivamente estabelecido a associação do Guardião em qualquer Ordem Angelical. A referência mais próxima que nós temos aos "Anjos Guardiões" (como no Abramelin) ou outras conclusões que o Santo Anjo Guardião formam uma Ordem própria. Também parece que Platão e Agrippa indicam a mesma coisa - como se os Anjos Guardiões são mantidos em espera aguardando serem atribuídos às almas humanas. Adicione a isto a relação especial do Guardião com a força do Cristo, e nós somos deixados com uma entidade que verdadeiramente está fora das hierarquias da natureza. Ele não está sob a autoridade de nenhum Arcanjo - respondendo única e presumivelmente a Deus. Na realidade, ele é uma manifestação direta da Divina Fagulha dentro de cada um de nós - a Shekinah (Presença de Deus).
O Santo Anjo Guardião é uma criatura dinâmica. Ele é o Redentor que viaja livremente entre Céu e a Terra para guiar a alma para o lugar "que esteve preparado". Ele é o Mensageiro que agüenta as notícias da Verdadeira Vontade da Neschamah para a Ruach, e nossas orações do coração para a Abundância das Supernas.

 

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