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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Anjo da Igreja de Efeso

1 “Ao anjo da igreja de Éfeso escreva o seguinte:” (Apoc. 2:1)
A cidade de Éfeso foi uma das mais notáveis jóias do mundo antigo, na verdade, possivelmente a terceira em população na Ásia Menor (em torno de 150 mil pessoas), situando-se na Turquia dos dias atuais. Quando o Imperador Augustus em 27 A.C. foi procônsul da Ásia, de Pérgamo a Éfeso, começou oficialmente o grande período de prosperidade política e financeira para a cidade de Éfeso. Anos mais tarde, Estrabão, um importante historiador Romano, em seus escritos declarou que Éfeso era a segunda cidade em grandeza ficando depois somente de Roma (Estrabão, Geografia, Vol. 1-7, 14.1.24.). Como todas cidades do mundo antigo esta cidade abrigava em si uma instituição religiosa. Os Efésios eram os guardiões do culto de Ártemis a Grande (Atos 19:35), uma deusa Grega mãe da prosperidade bem conhecida e adorada em toda a região do Mediterrâneo. Ela, por sua vez, se supunha ser extremamente preocupada com o bem-estar da cidade de Éfeso e por extensão com o de qualquer pessoa que a homenageasse em qualquer outro lugar do mundo Greco-Romano. O Templo de Ártemis era tão magnífico que foi incluído entre as sete maravilhas do mundo antigo.
Em Atos 19:8 lemos que “Paulo entrou na sinagoga e falou ousadamente lá por três meses, argumentando convincentemente sobre o Reino de Deus.” Nos degraus da magnífica Biblioteca de Celsus ainda hoje pode ser vista gravada na pedra uma figura da menorá do Templo de Jerusalém. Isso mostra que o testemunho do livro de Atos sobre a presença Judaica em Éfeso foi preciso, mesmo que atualmente nenhuma sinagoga Judaica tenha sido  identificada entre suas ruínas arqueológicas.
A cidade de Éfeso também tinha uma história muito interessante e rica de seguidores de Cristo ligados a ela. O apóstolo Saulo (Paulo) viveu e trabalhou lá proclamando o Evangelho sem impedimentos por vários anos (Atos 19:10). Entende-se que em algum momento em meados dos anos 60 ele escreveu sua primeira carta para os Corintios e várias outras cartas. Lá Saulo (Paulo) afirmou: “…Ficarei em Éfeso até Pentecostes, pois encontrei aqui ótimas oportunidades para um grande e proveitoso trabalho, embora muita gente esteja contra mim.” (1 Coríntios 16:7-9). Lucas declarou em Atos 19:17 que “os Judeus e os Gregos que viviam em Éfeso… ficaram com medo, e o nome do Senhor Jesus se tornou mais respeitado ainda.” Esta descrição foi escrita em resposta a repreensão do espírito maligno a alguns Judeus residentes em Éfeso que usavam o nome de Jesus e de Paulo para fins de cura e exorcismo (Atos 19:15-17).
Em nossas traduções em inglês esta carta está dirigida a ἄγγελος (angelos) “o anjo” da Iigreja em Éfeso. Há duas questões de terminologia que precisam ser mencionados. O uso da palavra “igreja” para traduzir a palavra ἐκκλησία (ekklesia) é um tanto problemático aqui. Estamos lidando aqui com o contexto do primeiro século. No primeiro século havia não igrejas, nem mesmo  igrejas Judaicas  como elas as vezes são referidas. Uma igreja como instituição é por definição separada em sua essência de uma sinagoga Israelita. Devido as  atitudes Judaicas anti-Romanas de João nesta carta, provavelmente estamos lidando com uma mistura de igrejas de seguidores de Jesus  Israelitas e não-Israelitas  na Ásia Menor.
Assim sendo é razoável sugerir que estes igrejas compartilhassem  ou pelo menos estivessem muito familiarizadas com as práticas da sinagoga Judaica. Até hoje as sinagogas tem uma pessoa  geralmente chamada שליח ציבור (shaliach tzibur) – lit. “um mensageiro público”. Seu trabalho era conduzir  as pessoas em oração, fazer anúncios congregacionais e apresentar qualquer correspondência recebida pela igreja, entre outras coisas. É possível que isto seja o que se entende aqui pelo termo ἄγγελος “um anjo” (angelos/malach/shaliach-tzibur/mensageiro). Isto, claro como já foi mencionado em outras seções, não é a única opção interpretativa, talvez mensageiros celestiais estejam de fato em questão.

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