Durante a atuação da Santa Inquisição em toda a Idade Média, a
tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de
pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram
desenvolvidos ao longo dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram
reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.
Além de aparelhos mais sofisticados e de alto custo,
utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates, garras
metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes,
instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas.
Há ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso
específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até
que admitissem ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse
outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.
No Liber
Sententiarum Inquisitionis (Livro
das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo Guy
(Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter confissões
dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro.
Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se tortura física
através de aparelhos, como a Virgem
de Ferro e a Roda
do Despedaçamento; através de humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio,
além de torturas psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e
excrementos.
De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças
públicas e tornava-se um evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a
súplica das torturas e, conseqüentemente, a execução das vítimas. Atualmente,
há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados
para a tortura.
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