Roda de despedaçamento
Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da
roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida que
a roda se movimentava em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo
calor produzido pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por
agulhas metálicas.
Este método foi utilizado entre 1100 e 1700 em países como
Inglaterra, Holanda e Alemanha.
Dama de Ferro
A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos
metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos
vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo um método de tortura, era
comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de
Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.
Berço de Judas
Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A
vítima, sustentada por correntes, é colocada "sentada" sobre a ponta
da pirâmide. O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo
executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina,
cóccix ou o saco escrotal.
O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda
(italiano), Judaswiege
(alemão), Judas Cradle
ou simplesmente Cradle
(inglês) e La Veille
(A Vigília, em francês).
Garfo
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a
um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e
perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos.
Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Garras de gato
Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos
prisioneiros.
Pêra
Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O
instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se
gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por
adultério, homossexualismo, incesto ou "relação sexual com Satã".
Máscaras
A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As
vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste
caso, o incômodo físico era menor do que a humilhação pública.
Uma cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a
sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam
a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a
cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas.
Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras
provocadas pelo calor das brasas.
Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no
acento e as pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para
imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.
Cavalete
A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem
apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da
parte superior e os pés presos às correntes da outra extremidade. O peso do
corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio cortante.
Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco
introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o
nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há
registros de que o executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos
internos da vítima.
Esmaga cabeça
Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona,
através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a
uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura,
há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados
por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído
primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
Quebrador de joelhos
Aparelho simples composto por placas paralelas de madeira unidas
por duas roscas. À medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as
placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os
joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e ossos.
Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após
algumas horas, a vítima, já com os joelhos bastante debilitados, era submetida
a novas sessões.
Mesa de evisceração
O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés
ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o
abdômen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso
a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos
internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.
Pêndulo
Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A
vítima, com os braços para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por
uma corda que se estendia até uma roldana e um eixo. A corda puxada
violentamente pelo torturador, através deste eixo, deslocava os ombros e
provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado.
Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura
e soltasse repentina- mente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo,
o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos.
Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se
pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros
inferiores. O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do
julgamento.
Potro
Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada
sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como
panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios. As cordas
eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito como um torniquete,
pressionando progressivamente os membros do condenado.
Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que
regulamentava um número máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a
vítima fosse considerada inocente, não sofresse seqüelas irreversíveis. Mesmo
assim, era comum que os carrascos, incitados pelos interro- gadores, excedessem
muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os ossos esmagados.
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