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domingo, 8 de agosto de 2010

200 Anos Benso Di Cavour!!!

"CAVOUR, UOMO-SIMBOLO DELL’UNITA’ NAZIONALE

E PROFETA DI UN PIEMONTE E DI UN’ITALIA CHE SI APRIVANO ALL’EUROPA"


"Cavour, o homem-símbolo da unidade" nacional,

E profeta do Piemonte e de uma Itália que se abriu para Europa "



"O homem que confia em homens cometerá menos erros do que aquele que desconfia."

--Camillo Benso di Cavour.



Para entendermos quem foi Camillo Benso Di Cavour, teremos que entender o que se passava naquela época. Que contexto cresceu o menino Camillo Benso, quais seus medos como cidadão Pimontês, quando já adulto; e suas esperanças quando se tornou principal Símbolo do ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade do Século XIX.

Após o colapso do Império Napoleônico em 1814, foi realizado o Congresso de Viena em 1815, com a finalidade de restituir as Famílias Reais que reinavam na Europa antes de Napoleão, bem como reconstituir seus respectivos Reinos. Em conseqüência do Congresso, ficou decidido que grande Parte da Península Itálica ficou sob o domínio Austríaco. Assim, ficou decidido que a Itália ficaria a partir daquela data constituída da seguinte forma:

• ao norte o Reino da Sardenha e Piemonte, o Reino Lombardo-Veneziano e os Ducados de Parma, Toscana (Florença)

• Módena e Luca;

• no centro, os Estados da Igreja (Roma)

• ao sul o Reino das Duas Sicílias

• no Adriático a Ístria e a Dalmácea

Desejosos da unificação da pátria, muitos nacionais nos reinos formaram sociedades secretas. A mais conhecida era a "Carbonara", inspirada pelo iluminismo e ideais da Revolução Francesa. O nacional mais destacado nesses ideais foi Giuseppe Mazzini, criador do Risorgimento em 1815.

O Risorgimento trata-se do processo de constituição da Itália moderna e, esquematicamente, pode ser dividido em quatro fases distintas:

1) 1815-1847, sob a influência da Revolução Francesa, é colocada em circulação uma ideologia liberal-nacionalista, o que prepara um ambiente moral e intelectual;

2) 1848-1849, eclodem diversos movimentos republicanos de duração pequena, abandona-se a unificação “neoguelfa”, que seria dirigida por um Papado liberal;

3) 1850-1861, a política “moderada” afirma-se progressivamente, sob o comando de Camillo Benso di Cavour e da nobreza da Casa de Savóia, do reino Piemonte-Sardenha, com Garibaldi que liberta o sua em sua “Expedição dos Mil”;

4) 1861-1870, esta é o momento da unificação e da consolidação estatal, são anexadas Veneza(1866) e Roma é ocupada (1870)

Interessante afirmar, que no Primeiro período citado, destaca-se ações de organização de fomentação da idéias, para que pudesse ser postas em prática na fase seguinte. Tudo de forma clandestina como foi feito durante a Revolução Francesa.

Na Segunda Fase, em janeiro de 1848, o povo de Palermo expulsou o exército de Fernando II, rei das Duas Sicílias, que, em resposta à explosão de revoluções no continente, prometeu a seus súditos uma constituição. Por sua vez, Leopoldo II, grão-duque de Toscana, aprovou uma constituição para seu ducado. Em Turim, o rei Carlos Alberto, por sugestão do conde Camillo Benso di Cavour, prometeu também a aprovação de uma constituição. Para que assim, estabelece-se a ordem natural dentro dos reinos e que de forma “iluminada”, e não revolucionária de cunho social, como ocorreu na França em 1789, virasse um “banho de sangue”

Na Terceira Fase, que é a Unificação propriamente dita, irei descrever com maiores detalhes quando falarmos do Conde Di Cavour, importante salientar que nesse período, ocorreu a Guerra da Criméia(1853-1856), envolvendo as principais Potências Européias da época. Esta guerra é um fator preponderante, para o processo que o nosso Di Cavour, utiliza para fortalecer suas ações diplomáticas.



Camillo Benso, Conde Di Cavour. (1810-1861)


Em poucas palavras resumimos que Camilo Benso, o Conde de Cavour (Turim, 10 de Agosto de 1810 — Santena, 6 de Junho de 1861) foi Patriarca da Unificação Italiana. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da Itália entre 23 de Março de 1861 até 12 de Junho de 1861. Foi estadista piemontês, líder agricultor, financista e industrial.

Segundo filho do marquês Michele Benso e da Suíça Adèle de Sellon, Cavour foi, enquanto jovem, oficial do exército. Deixou a vida militar em 1831, viajou pela Europa durante quatro anos estudando particularmente os efeitos da revolução industrial na Grã-Bretanha, França e Suíça, absorvendo os princípios econômicos, sociais e políticos do sistema liberal britânico.

Voltando ao Piemonte-Sardenha em 1835, ocupou-se sobretudo de agricultura, e se interessou também de economia e pela difusão de escolas e creches. Graças a sua atividade comercial e bancária, Cavour chegou a ser um dos homens mais ricos do Piemonte. A fundação do diário "Il Risorgimento" em dezembro 1847, marcou o inicio de seu compromisso político. Segundo ele, somente uma profunda reestruturação das instituições políticas piemontesas e a criação de um Estado territorialmente amplo e unido na Itália, poderia permitir a realização do processo de desenvolvimento e crescimento econômico-social que ele mesmo promoveu através da sua própria iniciativa nos anos anteriores.

No ano de 1850, sendo que se pôs em evidencia na defesa das leis Siccardi (leis promovidas para diminuir os privilégios do clero e que previam a abolição dos tribunais eclesiásticos e do direito de asilo nas igrejas e nos conventos, a redução do numero das festividades religiosas, a proibição das corporações eclesiásticas de comprarem bens e receberem heranças ou donativos sem a permissão do governo), Cavour foi chamado a participar do gabinete D'Azeglio como ministro da Agricultura, do Comércio e da Marinha. Em seguida foi nomeado ministro das Finanças, e neste cargo ele foi logo adquirindo uma posição de destaque. A sua reputação de homem liberal leva Vítor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha, a chamá-lo para o lugar de primeiro-ministro (4 de Novembro de 1852), com o intuito de uma harmonização entre centro-esquerda e o centro-direita, tão necessária à solidez do governo

Quando foi nomeado presidente do conselho (primeiro-ministro), ele já tinha em mente um programa político muito claro e definido e estava decidido a realizá-lo embora ciente também das dificuldade que teria de superar. O principal obstáculo derivava do fato de que ele não gozava da simpatia dos setores extremos do Parlamento, enquanto a Esquerda não acreditava nas suas intenções reformadoras, a Direita achava-o um perigoso jacobino revolucionário e demolidor das tradições seculares.

As Revoluções de 1848 na Itália tornaram claro que a unificação deveria vir através de ações do Estado italiano mais forte, o Piemonte-Sardenha. Ele visou sobretudo, em matéria de política interna, fazer do Piemonte um Estado constitucional, inspirado num liberalismo moderado e progressivo, onde a liberdade seria a premissa de todas as iniciativas. Convencido de que os progressos econômicos eram de importância fundamental para a vida política de um país, ele dedicou-se a uma radical renovação da economia piemontesa:

• a agricultura foi valorizada e modernizada graças ao uso contínuo de adubos químicos que eram cada vez mais difundidos, a uma vasta obra de canalização destinada a eliminara freqüente.falta de água para a irrigação, e a facilidade de transporte dos produtos agrícolas;

• a industria foi renovada e fortalecida através da criação de novas fábricas e ao aumento da.capacidade produtiva daquelas já existentes especialmente as do setor têxtil;

• o comércio fundado no livre intercâmbio interno e externo e facilitado por uma série de tratados com a França, Bélgica e Holanda ( 1851-1858), conseguiu um forte crescimento.

Além disto tomou medidas para:

• renovar o sistema fiscal, baseando-o não somente sobre impostos indiretos, mas também sobre os impostos diretos que afetam sobretudo as grandes rendas;

• fortalecer os bancos com a instituição de um "Banco Nacional" para a concessão de empréstimos com juros não muitos elevados.

A progressiva consolidação política, econômica e militar, direcionou Cavour a uma ousada política externa capaz de tirar o Piemonte-Sardenha do isolamento. Num primeiro momento ele pensou que não era oportuno destacar-se do velho programa de Carlos Alberto (que visava a saída do Império Austríaco do Reino Lombardo-Vêneto e a conseguinte unificação da Itália do Norte sob a monarquia dos Sabóia), todavia em seguida advertiu a possibilidade de alargar sua política em sentido nacional, aderindo ao programa unitário de Mazzini, em bases monárquicas e liberais. De qualquer modo o primeiro passo era o de impor o problema italiano à atenção européia, e para isso ele usou todo ou seu talento.

A entrada do Piemonte-Sardenha na guerra da Criméia deu-lhe voz internacional e a chance de alianças essenciais para o fim do controle austríaco sobre a Itália. No dia 21 de julho de 1858 encontrou Napoleão III em Plombières onde foram criadas as bases de uma aliança contra o Império Austríaco. O tratado oficial estabelecia que:

• a França interviria ao lado do Piemonte somente no caso em que a Áustria fosse a agressora;

• em caso de vitória, se formariam na Itália quatro Estados reunidos em uma única confederação colocada sob a presidência honorária do Papa, mas dominada substancialmente pelo Piemonte-Sardenha: um na Itália do Norte com a anexação ao Reino de Sardenha, do Reino Lombardo-Vêneto, dos ducados de Parma e Módena e da restante parte da Emília; um na Itália Central, compreendendo a Toscana, Marche e a Úmbria; um terceiro na Itália do Sul correspondente ao Reino das Duas Sicílias; um quarto formado pelo Estados Pontifícios, com Roma e arredores.

• Em compensação pela ajuda fornecida pela França, o Piemonte deveria ceder para Napoleão III o Ducado de Savóia e o condado de Nice.

É bastante evidente como um tratado deste tipo não tinha absolutamente em conta as aspirações unitárias da maior parte da população italiana, e que visava somente eliminar o predomínio austríaco na península.

A segunda guerra de independência permitiu a aquisição da Lombardia, mas a extensão do movimento democrático-nacional suscitou nos franceses o medo de que a Itália pudesse criar um Estado unitário forte demais: o armistício de Villafranca provocou o congelamento temporário das agitações e também a decisão de Cavour de abandonar a chefia do governo.

Ele voltou ao cargo no começo de 1860, quando conseguiu novamente o apoio francês e foi o arquiteto da unificação de todo o norte da Itália sob a liderança de Vítor Emanuel II, em 1859. Cavour utilizou a expedição dos Mil de Garibaldi à Sicília e Nápoles no ano seguinte para trazer estes Estados para a Itália unificada. Na mesma época, ordenou a invasão do Estado Pontifício. A habilidade diplomática de Cavour em manter o consentimento das potências européias e a fidelidade de Garibaldi no dito "Itália e Vítor Emanuel" levaram, assim, à proclamação do Reino de Itália no dia 17 de março de 1861. Primeira pessoa a ocupar o cargo de primeiro-ministro italiano, em fevereiro de 1861.

Napoleão III tinha desejo de retomar territórios que seu tio tinha antes (que englobava Liguria, toscana, estados papais). Ao Ver que Cavour a frente do estado que se formara já tinha apoio da Inglaterra e que já detinha apoio da Russia. Esses aliados também forçaram a França devolver Genova a então Itália. O problema que assim Napoleão perdia a hegemonia do mediterrâneo e via seus planos de supremacia escorrer pelo ralo. Alias Napoleão foi sórdido o tempo todo, não cumprindo diversos tratados feitos com Cavour.

Cavour morre envenenado por Napoleão III. Num encontro com uma concubina em seus aposentos, apresentou sintomas agravados de uma típica febre tifóide, que a medicina forense da época não descobriu, que na verdade era sintomas de envenenamento por extrato de raiz de cicuta; Cavour morreu quatro meses depois, ainda negociando para assegurar a completa unificação italiana com a inclusão de Veneza e dos Estados Papais (leia-se Roma).

Assim Cavour, representava o centro entre opostos, o “justo meio”. O juste milieu é uma idéia muito cara aos moderados, e Cavour o utilizava no sentido de dizer que representava a “justeza política”, a “justeza racional”; no entanto o “justo meio” fora apenas sua propaganda. Gramsci, filósofo marxista, diz que o juste milieu contribuiu para a construção de um Estado estreito, sectário, que lutou e foi vitorioso contra as forças populares.

Logo, Camilo Benso, foi mais que o Conde Di Cavour. Foi o “Messias Italiano”, o Profeta que fez o que era impossível. Unir uma Itália dividida, repleta de vaidades e interesses, sob uma mesma bandeira, transformando-a numa Potência da Europa. Uma Pátria, para os herdeiros legítimos das tradições Romanas.



Viva, Aos 200 anos de Glória, do Grande Estadista Moderador!!

Viva a Cavour, arquétipo da Unificação Italiana!!!



F.:M:.-oc

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