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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

domingo, 12 de agosto de 2012

Maçonaria Jacobita


Para entender bem as origens da Estrita Observância Templária, é

essencial que digamos algumas palavras sobre a Maçonaria

chamada Jacobita. Esta Maçonaria está intimamente ligada à

dinastia Stuart.


Os Jacobitas (vindos principalmente da Irlanda, Escócia e noroeste

da Inglaterra), seguidores legitimistas de James II Stuart e seu filho

emigraram para o continente de 1689 a 1750. Este êxodo provocou

a saída de dezenas de milhares de irlandeses, escoceses e

Ingleses, não só para a França mas também para a Polônia,

Noruega, Dinamarca e Suécia. Grande número de Jacobitas

ingressa em conventos femininos de Ypres, Ostend e Bruxelas.

Os vínculos unindo a Escócia e a França não são novos: alguns

lembretes sobre a Guerra dos Cem Anos. Enquanto a França e a

Inglaterra estavam em guerra, a Escócia era ainda independente, e

ela era aliada da França contra a Inglaterra.

O Delfin, futuro Carlos VII, que será salvo pela intervenção

providencial de Joana d’Arc, também tinha planejado fugir para a

Escócia, se a fortuna da guerra lhe tivesse sido desfavorável. Os

soldados escoceses desempenharam um papel fundamental nas

campanhas de Joana d’Arc. Poucos sabem que o Bispo de Orleans,

na época era escocês. O estandarte de Joana d’Arc foi pintado por

um escocês, etc.

Uma consequência da guerra foi a criação de um exército

permanente em que a “Companhia de Guardas Escoceses” gozava

de um estatuto privilegiado. Ela desfilava primeiro nas paradas e

seu comandante tinha o posto de “Primeiro Mestre de Campo da

Cavalaria Francesa.”.

E era uma unidade da Guarda escocesa que formava o corpo de

guarda-costas do rei de França. (Lembremo-nos do romance de

Walter Scott: Quentin Durward, que narra as aventuras de um

jovem nobre escocês na época de Luís XI). Dali surgiu foi uma

espécie de fraternidade que tinha seus ritos especiais.

Isto persistiu até o dia trágico em que Henrique II (1519-1559), por

ocasião do casamento de duas de suas irmãs, participou de um

torneio contra o capitão da Guarda Escocesa: Montgomery.

Nenhum dos adversários tendo sido eliminado, o rei exigiu uma

segunda carga. Sabemos que a lança de Montgomery escorregou

na viseira do capacete do rei levantou a viseira e entrou em sua

cabeça acima do olho direito.

Após esta tragédia, a Guarda escocesa continuaria a fazer parte do

exército francês, mas ela perdeu alguns de seus privilégios. No

entanto, permaneceu a tradição escocesa de envio de jovens para

fazer suas aulas militares no exército francês.

James I (1566-1625), filho de Maria Stuart, rei da Inglaterra, nasceu

em Edimburgo em 1566 e Rei da Escócia sob o nome de James VI

(1567-1625) tornou-se rei da Inglaterra (1603-1625) depois de

Elisabeth I.

Em 1593, ele formou a Rosa Cruz Real com 32 cavaleiros da

Ordem de Santo André do Cardo fundada já em 1314 por Robert

Bruce e reaberta por seu pai James V, Rei da Escócia em 1540

(1513-1542). Tornando-se rei da Inglaterra, ele se tornou Grão-

Mestre dos Maçons ingleses, mas os maçons escoceses

conservaram o privilégio de escolher seu Grão-Mestre: William

Sinclair de Rosslyn.

Os maçons da época estavam intimamente ligados à monarquia e

durante a guerra civil e o protetorado de Cromwell, em sua maioria,

os maçons se mantiveram fieis à monarquia dos Stuarts. Seu filho

Charles I tornou-se rei de 1625-1649 e viria a ser decapitado em

1649. Após o Protetorado e a abdicação do filho de Cromwell, seu

filho Charles II será reconduzido ao poder em 1660.

Em 1685, James II (1633-1701) ascendeu ao trono da Inglaterra

(1685-1688), rei da Escócia sob o nome de James VII (1685-1688).

Católico, intolerante e pouco diplomático (a tolerância religiosa não

era uma honra nesta época, e Luís XIV viria a revogar o Édito de

Nantes) ele se fará odiado de tal forma que o Parlamento oferecerá

a coroa ao príncipe William de Orange.




James II parte para o exílio na França em 1688. Todos aqueles que

tentaram fazê-lo recuperar o trono e que lutaram, após sua morte,

em favor de seu sucessor James III Stuart dito o Pretendente ou O

Cavaleiro de São Jorge, nascido em Londres (1688-1766) ou de

seu filho, Charles Edward, nascido em Roma, também conhecido

como o Pretendente (1720-1788) são designados como Jacobitas.

Os escoceses Jacobitas se refugiaram na França, em grande

número, especialmente depois da derrota de Culloden em 16 de

abril de 1746. Em Saint-Germain, a corte dos Stuarts tinha 2.500

pessoas. A relação manteve-se forte o suficiente entre a nobreza e

o clero de ambos os países para lhes abrir acesso amplo ao clero,

militares, comércio, assim como aos mais altos cargos do reino da

França. Um regimento escocês composto por exilados stuartistas

terá seu quartel ao lado da abadia de Munster.

Para dar uma ideia da influência dos jacobitas, é suficiente saber

que embora a maçonaria azul francesa tenha sido importada para aFrança pelas Lojas originárias dos “Modernos” e, portanto, hostil aos Stuarts, em seus primórdios terá Jacobitas como Grão-mestres.

A Grande Loja dos chamados Modernos alega que ela também foi

formada após a rebelião escocesa de 1715. Sua fundação é obra

de algumas lojas hostis aos Stuarts, pois as Constituições de

Anderson começam com estas palavras reveladoras: “Após a

rebelião.” Sabemos que ela não virá a reunir mais que quatro lojas,

as outras lojas preferindo permanecer temporariamente

independentes ou permanecer fieis aos “Antigos”.

Após chegada ao poder do Rei George, em 1714 algumas lojas

sentiram que precisavam afastar delas a suspeita de serem

Jacobitas. Assim é que em 1723 quatro lojas se tornaram 52.

A Maçonaria é muito mais antiga que 1717 ou 1723. Na lista de

Lojas de 1723 pelo menos 36 lojas eram anteriores a 1717. É a data

do surgimento da Maçonaria chamada especulativa e das

obediências. Estas datas são as da fundação da Grande Loja dos

“Modernos” e das chamadas Constituições de Anderson. Uma

Constituição não passa de um texto legislativo e nunca um texto

ritual ou iniciático.

Naquela época, já existia um grande número de lojas

independentes se uniram gradualmente seja à Grande Loja dos

“Modernos” seja à Grande Loja chamada dos “Antigos” porque

estes permaneceram fiéis aos costumes antigos que não eram

praticados pelos “Modernos”. Além disso, não se pode excluir

totalmente a hipótese de que existiam ainda no século 19, na

própria Inglaterra, na Irlanda ou na Escócia lojas independentes por

recusarem a Grande Loja Unida da Inglaterra.

Esta rivalidade entre as duas organizações persistiria até as guerras

napoleônicas. Foi graças a Napoleão e à sua intenção de invadir a

Inglaterra que a Grande Loja “Unida” da Inglaterra viu a luz! A

Grande Loja “Unida”, porque ela pôs fim à rivalidade entre as duas

organizações. As pessoas não entendiam a rivalidade entre as duas

Grandes Lojas, a dos “Modernos” fundada em 1717 e a dos

“Antigos”, fundada em 1753. O rei exigiu a “união sagrada” de todas

as forças vivas da Inglaterra para derrubar Napoleão. E foi ainda

mais fácil, uma vez que os Grão-mestres das duas organizações

eram dois irmãos do rei.

Uma loja em particular, chamada “Loja Especial de Promulgação”

foi realizada em Londres de 21 de novembro de 1809 a 05 de

março de 1811, a fim de harmonizar as práticas das duas Grandes Lojas.Na verdade, é principalmente o uso de “Antigos”, que prevalece e

os “Modernos” foram gradualmente absorvidos pela novaorganização. Vamos nos limitar a apenas duas de suas decisões: acerimônia de instalação chamada “secreta” dosVeneráveis foi considerada um uso secular e a localização das colunas.

Como a Maçonaria continental “latina” teve cortado seu contato com

a Inglaterra por causa do bloqueio continental, de uma parte ela virá

a ignorar os acordos e de outra, não tendo participado, ela também

não ratificará. Como o século 19 estava longe de ser “a entente

cordiale” entre a França e a Inglaterra e que em 1877 as relações

foram rompidas entre a Grande Loja Unida da Inglaterra e o Grande

Oriente de França fica explicado porque os diferentes usos

persistiram. Por exemplo, é especialmente no continente que se

manteve a fidelidade às práticas dos “Modernos”, e também àsConstituições de Anderson abandonadas na Inglaterra.


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