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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

sábado, 5 de maio de 2012

Die Zauberflöte ou Flauta Mágica - Ato II


ATO II



O ato inicia num bosque com a presença de desenhos estranhos e uma pirâmide truncada ao fundo. Dezoito sacerdotes se posicionam em três pontos da cena, à esquerda, à direita e ao fundo.

Sarastro, de pé ao centro, abre a reunião anunciando: “ Iniciaremos neste Templo da Sabedoria, servos de Ísis e Osíris. Com alma pura eu declaro a todos vós que esta assembléia é uma das mais importantes do nosso Templo. Tamino, filho de um rei, vinte anos de idade, está à porta de nosso Templo.” Três dos sacerdotes se levantam, um a cada vez. O primeiro questiona: “Ele é virtuoso?”

pergunta o primeiro. “Ele é discreto?” pergunta o segundo. “É um homem caridoso?” pergunta o terceiro.

Sarastro responde afirmativamente a todas as questões e pergunta se todos concordam com a iniciação, devendo manifestar-se erguendo uma das mãos. O grupo de sacerdotes que se encontra à esquerda o faz e mantém-se assim enquanto a orquestra entoa uma nota constante. A seguir, o mesmo para o grupo que está à direita e, finalmente, o grupo que está ao fundo, pontuados por uma mesma nota cada, totalizando três toques. Sarastro encerra a reunião cantando uma ária em que invoca a proteção de Ísis e Osíris.

Os dois iniciandos estão prontos para o cerimonial. Este tem início com Tamino e Papageno conduzidos por um sacerdote cada um, no átrio do Templo. Desvendado, Tamino reafirma sua intenção de galgar a sabedoria e ter como recompensa o amor de Pamina. Quando questionado pelo Orador, emite respostas simples, firmes e diretas. Papageno contudo, questionado pelo sacerdote, manifesta-se apenas ansioso pelos prazeres da vida: “comer, dormir e beber. Isto é bastante para mim. Se possível, ter uma bela esposa.” O Orador dá a palavra final: aconteça o que acontecer daqui para frente ambos terão de manter silêncio absoluto. Se violarem esta ordem estarão perdidos. Orador e Sacerdote previnem a ambos quanto às malévolas tentações femininas. Logo que estes saem, deixando os dois sozinhos com suas meditações, entram as três Damas da Rainha da Noite que advertem os dois sobre o perigo que correm se permanecerem naquele lugar. “Tamino, certamente a morte o aguarda.

Papageno, você está perdido para sempre.” Apavorado, Papageno começa a tagarelar e é por várias vezes repreendido por Tamino que lhe faz recordar o que ambos prometeram aos sacerdotes. Diante das três Damas, Tamino mantém silêncio e elas se vão. A prova termina com os sacerdotes entrando em cena e informando que Tamino vencera aquela etapa.



Na cena seguinte, vemos Pamina a ser preparada para a sua Iniciação. Pamina está adormecida no jardim do palácio de Sarastro. Monostatos surge para mais uma vez tentar seduzir a jovem. Canta a sua paixão pela beleza da princesa. A Rainha da Noite surge em meio a trovões fazendo Monostatos esconder-se amedrontado. Ao perguntar a Pamina sobre o destino do jovem que ela lhe havia enviado a filha retruca que este será iniciado na fraternidade de Ísis e Osíris. Percebendo a gravidade da situação a Rainha, sabedora de que Pamina também está enredada pela fraternidade dos iniciados, entao a

magnífica “Ária da Vingança”, um desafio para a soprano que o interpreta. Extravasa toda a sua cólera contra Sarastro e seus seguidores. Entrega um punhal à filha com a recomendação de que assassine seu inimigo mortal. A Rainha da Noite desaparece tão misteriosamente como havia surgido.

Monostatos, que se ocultara diante da aparição da Rainha, reaparece e toma o punhal das mãos da princesa ameaçando-a caso não se entregasse a seu apetite sensual. Exatamente no momento em que ele tenta possuir a jovem, Sarastro entra em cena, compreende o que se passa e repreende Monostatos. Este sai, ficando Sarastro e Pamina a sós. Este revela a Pamina que já conhecia os planos de vingança da Rainha da Noite contra ele e a fraternidade de Ísis e Osíris. De sua parte, numa bela ária, Sarastro mostra quais são as armas de que dispõe para derrotar a Rainha:



Em nosso sagrado templo,

A vingança é desconhecida,

E aqueles que se desviam do

dever

O caminho lhes é mostrado

com amor

Com ternura são levados pela

mão fraterna

Até encontrarem, com alegria,

um lugar melhor

Dentro de nossa sagrada

maçonaria,

Por laços de amor estamos

unidos

Cada um perdoa o seu

próximo

Aqui não há traição

E aqueles que desprezam

este nobre plano

Não merecem ser chamados

de homem.”



Com esta ária, de forma serena e firme, Sarastro ressalta a diferença entre o que a Rainha da Noite diz e o que a fraternidade de Ísis e Osíris realmente representa. Pamina conhece agora a face da verdade:



A crueldade e os propósitos de vingança da Rainha da Noite estão em vivo contraste com a serenidade e o equilíbrio, temperados com o mais sincero amor fraternal revelados por Sarastro.



Aqui se encontrao clímax da ópera, a universal confrontação da Luz contra as Trevas.

Na próxima cena, Tamino e Papageno prosseguem em suas provas. Ambos devem continuar guardando o mais absoluto silêncio, conforme recomendação do Orador e do Sacerdote. Para Papageno um teste estranho: surge a seu lado uma mulher muito velha coberta por um capuz e uma longa capa que, ocultando sua face e suas formas. Puxando conversa com ele e revela que tem dezoito anos e que seu namorado se chama Papageno. Vai revelar o seu nome quando desaparece num alçapão. Espantado, puxa conversa com Tamino, que sucessivas vezes o repreende. Tamino será submetido à prova ainda mais difícil: Pamina entra em cena e lhe dirige palavras de amor, mas ele está impedido, por seu juramento de silêncio, de dirigir-lhe a palavra. Ambos sofrem muito com esta situação.

Tamino desejaria falar-lhe, mas está impedido. Pamina julga, desconcertada, que Tamino lhe renega seu amor. Chorando convulsivamente, deixa a cena com Tamino sofrendo muito pela dor que, involuntariamente, impôs à princesa.

Seguem as provas. Agora, no interior do Templo, Sarastro e outros sacerdotes entoam um coral em louvor a Ísis e Osíris. Tamino e Pamina são trazidos à sua presença. Faz-se silêncio em toda a assembléia. Sarastro previne a ambos que ainda deverão se submeter a outras provas. O casal deve despedir-se com um adeus pois agora o príncipe deve submeter-se à prova final – e seu futuro é incerto.

Papageno também entra em cena e o sacerdote que o acompanha lhe diz que, embora não tenha sido bem sucedido na prova anterior, os deuses estavam dispostos a satisfazer-lhe um desejo. Ele pede um copo de vinho. A seguir recorda-se, numa alegre ária, Papageno canta seu maior anseio maior: que lhe seja concedida uma bem-amada, tão ansiosamente aguardada. A mesma velha de antes surge e informa que ele tem duas alternativas: casar-se com ela ou morrer. Ele se decide a aceitá-la e, como por encanto, ela se transforma numa jovem linda, a Papagena. Papageno corre a abraçá-la e é contido pelo sacerdote que lhe adverte: “Afaste-se, jovem! Você ainda não tem este direito!” E sai com a bela jovem deixando Papageno só e desolado.


Pamina, por sua vez, encontra-se num aprazível jardim envolvida por pensamentos melancólicos.

Não tem certeza do amor de Tamino e, sentindo-se abandonada, pensa em suicidar-se utilizando o punhal que a mãe lhe dera. Surgem os três Gênios da Floresta, que buscam dissuadi-la daqueles maus pensamentos com a revelação de que Tamino está se submetendo a provas a fim de se unir a ela. Eles recomendam que Pamina os siga e verá Tamino em sua prova final.

Tamino está próximo ao Templo, onde se vêem duas cavernas – uma de cada lado do palco – com um portão gradeado. No centro, uma escada conduz a uma porta onde estão postados dois guardas armados. Os guardas cantam em dueto:



Aquele que andar

Por estes caminhos

Cheios de dificuldades,

Terá de passar pelas provas

Do fogo, da água, do ar e da

terra

E, se vencer

O temor da morte

Como que deixará a terra

Em direção ao brilho do céu.

Iluminados, coração e mente,

Empenhar-se-ão pelo direito

E no sagrado rito de Ísis

Encontrarão a verdadeira

luz.”



Os dois guardas, avisando-lhe dos perigos, exortam à coragem de Tamino e Pamina no início destas provas. Tamino segue firme em seu propósito e informa que nenhuma ameaça pode amedrontálo.

Tamino prepara-se para enfrentar a primeira prova, a prova do fogo. Pamina se aproxima dele para participar também desta prova. Ambos entram na caverna por onde saem labaredas de fogo.

Tamino, tocando a Flauta Mágica, passeia com desenvoltura em companhia de Pamina, pelas chamas que vão desaparecendo. A seguir atravessam por uma torrente de águas como de uma grande cachoeira sem que nada lhes aconteça, graças ao mágico som da Flauta. Ao retornarem vitoriosos são saudados por um coral de sacerdotes, Sarastro à frente, que se rejubilam com os iniciandos.

Próximo dali, Papageno ainda está atormentado, desconsolado sem a sua sonhada bem-amada. Canta com saudade e diz, diante de uma forca, que contará só até três para que Papagena reapareça.

Papageno está prestes a suicidar-se quando surgem os três Gênios da Floresta que exortam-no a tocar seu “glockenspiel” e assim fazer com que Papagena volte. Ele se recorda de seu instrumento mágico, toca-o e Papagena surge magicamente, tendo início o delicioso dueto “ Papagena-Papageno.”

Na cena final vemos a chegada da Rainha da Noite, das três Damas e de Monostatos, que havia passado para o lado da Rainha a fim de, usufruindo de seus poderes mágicos, chegar a seu intento:

seduzir Pamina. A Rainha, ensandecida ao ver Pamina e Tamino agora iniciados e membros da fraternidade que odiava, tenta invadir os domínios dos iniciados para derrotá-los definitivamente.

Chegam em meio a densa treva, os invasores portam tochas. Nesse instante, tem lugar uma grande tempestade, com raios e trovões, que obriga os invasores a se dispersarem. A noite vai aos poucos dando lugar à aurora. O sol surge e o ambiente ganha cada vez mais luz. Sarastro, o Grande Sacerdote, surge cercado pelos irmãos e sacerdotes e canta:


“A glória do Sol dourado

Conquistou a noite.

O falso mundo das trevas

Conhece agora o poder da

luz .”

Um majestoso coral encerra a ópera com louvores a Ísis e Osíris e aos iniciados:


“ Salve, novos iluminados!

Passastes pela noite

Louvamos a ti, Osíris.

Louvamos a ti, Ísis.

Pela força são vitoriosos

São dignos da coroa

A beleza e a sabedoria

Haverão de iluminá-los"

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