Você
já ouviu falar ou leu algo sobre as Pedreiras do Rei Salomão? Era apenas uma
pedreira e a Caverna de Zedekias foi o local desta pedreira. A entrada da
Caverna de Zedekias está sob a muralha norte da Cidade Velha de Jerusalém. Esta
estreita entrada se alarga a cerca de 235 metros de distância da entrada, bem no
centro da grande caverna. Esta gruta também é chamada de Palácio Maçônico. Esta
gruta tem cerca de 900 metros quadrados e possui diversas espécies de rocha, mas
a rocha predominante é a rocha calcárea branca, chamada localmente de
“Melekeh”, significando Real. Esta pedra é linda e bastante usada na construção
civil. Embora não seja muito dura, ela também não é escamada. Desta pedreira
foram extraídos grandes blocos brancos, chamados localmente de “Mizzi-helou,”
significando “doce”, isto é, pedra macia. Esta pedra é burilada e cortada
facilmente, mas não pode ser utilizada em grandes blocos. A caverna também tem
pedra com traços de minério de ferro, chamada “Mizzi-ahmar” que significa
vermelho. Também lá existem outros tipos de pedras, duras demais para serem
cortadas, chamadas “Mizzi-Yehudi”, significando “Judeu”.
Flavius
Joseph, em seu livro A Guerra dos Judeus, (contra os conquistadores romanos)
refere-se a esta caverna como Caverna Real que nada mais era do que a pedreira
da qual Salomão extraiu a pedra para a construção do primeiro Templo. O Kotel,
ou Muro das Lamentações, foi construído com a mesma pedra encontrada nesta
caverna, situada na vizinhança do Monte do Templo.
A Bíblia,
no livro II Reis e em Jeremias, nos diz que o Rei Zedekias fugiu dos Caldeus
durante a noite, pelo portão que existia entre as duas grandes muralhas da
cidade de Jerusalém, mas os Caldeus o prenderam na planície de Jericó. Com base
neste episódio, os rabis Radak e Rashi mencionam a seguinte lenda: Havia uma
caverna que ligava o palácio de Zedekias à planície de Jericó e ele fugiu por
esta caverna . Mas exceto a entrada, não se conhece outra saída desta gruta. Os
turcos fecharam a entrada da caverna em 1542 ao reconstruírem as muralhas de
Jerusalém. Mas esta entrada foi redescoberta em 1854 pelo Dr. Barclay, um maçom
e médico americano, quando passeava com seus filhos e um cachorro. O cachorro,
perseguindo uma raposa, começou a escavar e acabou entrando na caverna.
Posteriormente, o Dr. Barclay explorou a caverna, e ela foi
reaberta.
Durante
o mandato britânico foram cortados grandes blocos de pedra desta pedreira,
blocos estes que, depois de recortados, as pedras foram enviadas a diversos
países para serem usadas como pedras fundamentais dos Templos Maçônicos que se
construíram nestes países. Diz
a lenda que quando as legiões romanas, sob o comando de Tito, cercaram
Jerusalém, os sacerdotes do Templo esconderam Utensílios Sagrados no fundo desta
caverna. Mas tesouros – quem sabe até a Aron Hachodesh – estão ainda por serem
descobertos. Desde a época do Mandato Britânico a Maçonaria realiza na caverna
importantes cerimônias. A impressionante cerimônia da consagração do Supremo
Grande Capítulo do Real Arco do Estado de Israel também foi realizada nesta
caverna na primavera de 1969. Desde então, até hoje, a investidura no Grau de
Mark Mason é realizado sempre na Caverna de Zedekias.
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