OS MARMORES DA AMAN( A ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS)…
Na década de 30, em plena Era Vargas e no limiar da II
Guerra Mundial, a construção da AMAN havia parado por falta de verbas;
funcionava no Rio a velha Escola Militar do Realengo, instituição que formou
muitos militares conhecidos no século passado, como Castello Branco e os outros
grandes generais presidentes.
Naquela época uma das diversões do cadete era montar nos dias de folga. Oito cadetes nos fins de semana costumavam cavalgar. Esses oito companheiros inseparáveis saíam sempre juntos, um ajudava ao outro nos estudos e nas dificuldades. Em algumas noites eles costumavam sorrateiramente cavalgar até uma boate de mulheres que havia em Botafogo. Naquela época prostitutas namoravam.
Naquela época uma das diversões do cadete era montar nos dias de folga. Oito cadetes nos fins de semana costumavam cavalgar. Esses oito companheiros inseparáveis saíam sempre juntos, um ajudava ao outro nos estudos e nas dificuldades. Em algumas noites eles costumavam sorrateiramente cavalgar até uma boate de mulheres que havia em Botafogo. Naquela época prostitutas namoravam.
Os oitos cadetes trajavam o pelerine (capa militar azul
marinho sem mangas), túnica azul, botas, o quepe a Príncipe Danilo e portavam o
espadim (réplica em miniatura da Espada de Duque de Caxias, que é de uso
exclusivo do Cadete do Exército), esse uniforme ainda é usado nos dias atuais
pelos cadetes da AMAN.
O mulherio se assanhava quando eles apareciam.
Era alto risco, se fossem apanhados pela Patrulha Militar
pegariam cadeia ou até expulsão, porque não era condizente Cadetes do Exército
freqüentar regiões de meretrício.
Em virtude disso, esconderam os cavalos num matagal ao
lado e entraram no bordel para curtir a noite carioca do início do século XX.
Depois de dançar com as mulheres e de se deitarem com as
"namoradas", os oito amigos montaram nos cavalos escondidos no mato e
com um grito de comando dispararam pela estrada de barro retornando a Realengo.
Quando passavam por uma rua, por volta das 23 horas, viram numa esquina escura
quatro homens assaltando, batendo num senhor que pedia clemência, que não lhe
matassem. Os cadetes, os oitos cavaleiros, não precisaram combinar, puxaram as
rédeas e os cavalos dirigiram-se para o local do assalto, com destemor e
valentia desmontaram dos cavalos ainda a galope, desembainharam seus espadins e
renderam os bandidos. Dois socorreram o cidadão que já devia ter mais de 60
anos, os outros prenderam os marginais. Entregaram os facínoras numa delegacia
próxima, e o velho ferido foi deixado num hospital.
Na segunda-feira durante a formatura matinal, o
comandante da Escola Militar do Realengo pediu à tropa para que os cadetes que
tinham salvado a vida de um cidadão se apresentarem, o filho desse senhor
estava ali para agradecer. Os oito amigos se revelaram, mesmo com o receio de
serem punidos, já que imaginavam que o assunto diria respeito a ida na boate em
Botafogo.
Só que ao invés disso, foram levados à presença do senhor
ao qual tinham salvo no hospital. Era nada mais nada menos que Henrique Lage, maçom
ativo e regular e um dos homens mais ricos do Brasil, dono de empresas,
inclusive o Loyde Nacional, companhia de navios que fazia a costa brasileira. O
rico senhor agradeceu aos cadetes e perguntou qual a precisão de cada um, eles
dissessem o que queriam, casa ou carro, ou o que fosse.
Os oito amigos pediram para pensar. Reuniram-se,
discutiram muito. No outro dia foram à presença do nobre senhor, nada queriam
para eles, pediram que ele ajudasse a terminar a construção da Academia Militar
das Agulhas Negras que estava paralisada.
O Ir.’. Henrique Lage deu a ordem, mandou buscar o mais
fino mármore de Carrara na Itália para o revestimento e comprou TODO o piso da
Academia em granito. Até hoje perdura o luxo e a suntuosidade daquele belíssimo
conjunto arquitetônico. A AMAN é considerada a mais bonita Academia Militar do
mundo, graças à digna história dos oito cadetes de coragem, destemor e amor à
Escola, hoje anônimos militares reformados de nomes esquecidos, e ao belo gesto
de desprendimento de um homem livre e de bons costumes que tornou-se, com essa
doação, uma lenda viva na AMAN, sempre lembrado nas reuniões militares e no
ciclo acadêmico.
Ainda, Henrique Lage
patrocinava eventos e viagens dos Cadetes de Caxias. Premiava os melhores e incentivava
o congrasamento entre eles. Assim terminou a construção da velha escola no sopé das Agulhas Negras
Por isso os Pilares em frente a ACADEMIA não são o que se especula, e sim os pilares maçônicos que Henrique Lage pediu para construir...
Representando um verdadeiro templo Maçônico...
autor desconhecido
Adaptado pelo Ir.: Fernando Mendes - Oficial formado pela AMAN.
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