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domingo, 3 de junho de 2012

Grau 3,5, isso não existe!!!!

de
Rodrigo Nunes Rabelo



Pediu-me o Irmão Editor que dissertasse sobre um uso que indevidamente vem se tornando um costume e assolando a Ordem de modo geral, qual seja o de lançar no livro de presenças o “grau” de Mestre Instalado, ou de ser cumprimentado ou cumprimentar aos ex-Veneráveis Mestres como Mestres Instalados. Para melhor compreensão do tema nos reportarmos à Sessão de Instalação, ou seja de posse do Presidente de Loja Maçônica.

Ouve-se em muitas discussões e pronunciamentos a adoção dos termos “Trono de Salomão”. Não se sabe se por acharem o termo bonito, pomposo ou por pura ignorância por terem ouvido outros Irmãos utilizarem tais termos e decidiram repeti-lo sem o devido conhecimento.
Com todo o respeito, ousamos discordar da utilização da expressão Trono de Salomão, e o faço antes que se espalhe de vez pela Ordem, influenciando mais algum Irmão desavisado. Muito menos posso concordar que exista o “grau” de Mestre Instalado, ou seria o mesmo que concordar que tenha sido instituído o que eu denomino como o grau 3 e meio (3,5).


Trono de Salomão só existe na cerimônia de Instalação (ou Posse) de Veneráveis Mestres, posto que se tenta reproduzir o Templo ou o Palácio de Salomão, onde existia um Trono. A cadeira que se encontra no Oriente, no REAA, é simplesmente o Trono, mais nada. Não é de Salomão nem do Venerável. Trono é só uma cadeira.

O correto é dizer que, sentados ao Altar, ficam, o Venerável, no Trono, e a mais alta autoridade do Simbolismo, á direita do Venerável, o qual deveria ser exclusivo. Essa, inclusive, já é uma concessão que reputo à vaidade de alguns maçons porque, na realidade, esse lugar é privativo do Grão-Mestre em qualquer lugar que a Maçonaria seja praticada seriamente. Isso é o que me traz a tradição maçônica, antes de tantos entendidos mexerem no ritual.

Para instalação de um Mestre na Cadeira de Salomão, é exigida a passagem por uma cerimônia de instalação, que é uma distinção especial. Um Mestre é dito instalado quando ocupa a função para qual passou pela respectiva cerimônia. Neste ato o Mestre Maçom muda de avental e passa como Venerável Mestre a dirigir os trabalhos da Loja.

Portanto, quando o Venerável Mestre passa o malhete para seu sucessor, ele deixa de estar instalado, pois senão significaria que ele ainda estaria ocupando a cadeira agora destinada a um outro Irmão, não é mesmo?
O Mestre Instalado, depois de cumprida a honrosa missão de presidir os trabalhos e de liderar seus Irmãos e sua Loja , torna-se ex-Venerável Mestre, no gozo das regalias previstas no regularmento. A tradição, a bem da verdade, orienta que deveria ocupar o lugar de Guarda do Templo, inclusive por motivos esotéricos.

O uso e costume, é que tem levado os ex-Veneráveis a continuarem usando o MI, em vez de serem ex-Veneráveis de Loja, ou como queiram Past-Venerável Mestre. Pior é que entendo como sendo tudo uma questão de vaidade, o que na prática deveríamos combater, afinal devemos buscar submeter nossas vontades e vencer nossas paixões.

Hoje, infelizmente, vemos que alguns Mestres Maçons, ex-Veneráveis de Loja, brigam para manter o status de MI, tentando serem tratados quase que com veneração, com inúmeros direitos. É claro, que há também mestres maçons, que defendem com unhas e dentes, a manutenção dessa situação, a de MI, pois sonham em ser também MI e outros porque acreditam na legitimidade da denominação.

Vale lembrar que a situação de Mestre Instalado não é pré-condição para aceitação de um Mestre nos Graus Filosóficos, justificando não ser considerado como grau maçônico, e sim qualidade especial.

Já pensou se um mestre maçom, ou como gostam de ser chamados os MI, que ocupam graus nos corpos filosóficos, resolverem assinar a lista de presença utilizando o grau filosófico também, teríamos por exemplo: MM9, MM14, ou então MI15, MI33, etc ...

A condição especial é que confunde os Irmãos, pois a instalação ocorre uma única vez e o ex-Venerável que tenha sido instalado, se for ocupar novamente a cadeira de Salomão, não necessita passar pela cerimônia de instalação. É isto que faz o irmão querer manter o termo MI.

A rigor, se no livro de presenças se pede para lançar o Grau do Irmão, dever-se-ia lançar os numerais 03, informando que se trata de um Irmão Mestre Maçom, ou 02 de Companheiro Maçom, e finalmente 01 se for lançada a presença de um Aprendiz Maçom. Estes sim, são Graus da Maçonaria Simbólica. Entende-se o lançamento das letras M.’.M.’., Comp.’.M.’. ou Ap.’.M.’. representando Mestre Maçom, Companheiro Maçom e Aprendiz Maçom, mas daí a lançar-se M.’.I.’. no lugar destinado ao grau, denota-se tratar de uma enorme vaidade.

Dessa forma, com todo respeito aos trabalhos de um Venerável Mestre, que são de modo geral louváveis e dignos de todos elogios, procuramos aqui não negar as qualidades que esses Irmãos têm ou demonstraram ter, mas simplesmente mostrar que esse negócio de Mestre Instalado pode ser fruto apenas de vaidade, e nada mais.


Me parece também, que estamos nos esquecendo de que todo trabalho em Loja, assim como em quase todas as atividades de modo geral, são sempre fruto de trabalho em equipe, e alguns, felizmente poucos, se esquecem disso e tentam lançar culto à personalidade e à individualidade. Tudo isso reputo a longos períodos que passamos em regimes de exceção, afastando-nos da benção que é o trabalho em grupo. Basta nos lembrarmos da lição do feixe de Esopo: quanto mais unidos formos, mais fortes seremos, respeitando as características individuais de cada membro. Dessa maneira, entendo que na lista de presença temos que assinar MM e quando de saudações aos Irmãos usarmos Mestres Maçons, Ex-Veneraveis de Loja.

Finalizando, deixo-lhes um pensamento que sintetiza o que tentei expressar:

“Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe PODER” - Abraham Lincoln

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