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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Loja de Emulação de Aperfeiçoamento

Por Paulo Brigolini


A Loja Emulação de Aperfeiçoamento para Mestre Maçons, sendo este seu nome completo, tem sua origem por ocasião da União das duas Grandes Lojas então existentes na Inglaterra.

Contudo, muito antes de se promover a união destas duas grandes Lojas muitos esforços foram empreendidos no sentido de se buscar uma padronização da ritualística, ou seja, aquilo que entendemos por rituais, mas para tanto era necessário que ocorresse um trabalho de unificação.

Neste sentido fora fundada a Loja de Promulgação com o objetivo de estudar os Landmarks e as práticas esotéricas para recomendar as mudanças que deveriam ser feitas no sentido de trazer os rituais a uma forma aceitável, visando de antemão a preparação para a união das Grandes Lojas.

Em 7 de dezembro de 1813 é criada uma loja mista denominada Loja da Reconciliação que harmonizava os rituais, sendo que todo o trabalho fora efetuado oralmente, respeitando-se a proibição de nada escrever a respeito do “segredo maçônico” como uma forma de manter-se o segredo da Ordem, sendo assim, nenhuma ata fora redigida, bem como fora proibido inclusive tomar notas.

Desta forma, a Loja da “Reconciliação” apresentou oralmente o novo ritual harmonizado para as Lojas de Londres e seus arredores, sendo que estas apresentações seguiram-se durante três anos ininterruptos o que, com esta providencia propiciou a padronização da ritualística por meio do novo ritual adotado.

Em junho de 1816, as formas dos rituais para uso na nova Grande Loja foram demonstradas pela Loja da Reconciliação constituída especialmente para produzi-las, as quais viriam documentar, oficialmente através de resolução as Cerimônias praticadas até então.

Assim, em 1816, surge oficialmente um novo ritual, “aprovado e confirmado” pela Grande Loja Unida da Inglaterra, resultado de um longo trabalho iniciado em 1794, coroado pelo Act of Union de 27 de dezembro de 1813 e finalmente concluído em junho de 1816.

Em 2 de outubro de 1823 os membros de duas Grandes Lojas, a “Burlington Lodge”, e “Perseverance Lodge”, se reúnem pela primeira vez na Loja Emulação de Aperfeiçoamento para Mestres Maçons, com a finalidade de prover instruções para aqueles que desejassem se preparar para cargos de lojas e à sucessão na Cadeira.

O trabalho Emulação recebeu este nome da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento cujo Comitê é o curador do ritual por delegação da Grande Loja Unida da Inglaterra, e que autoriza a publicação do livro denominado Ritual Emulação.

É importante dizer que a Grande Loja Unida da Inglaterra não dispõe de nenhum ritual oficial escrito e jamais autorizou a publicação de qualquer forma específica de rituais existentes e consagrados na Inglaterra.

Pela regra artigo nº 1551 das Constituições da Grande Loja Unida da Inglaterra, compete às Lojas Simbólicas a regulamentação dos procedimentos das formas de ritual, reservando-se no direito de intervir em qualquer Loja inglesa que adote formas ou modificações entranhas a prática do ritual conforme ensinado desde 1813, daí a existência, na Inglaterra, das diversas formas de rituais – Emulation, Stability, Bristol, Oxford, Taylor’s, Humber, Logic, West End, etc, pois a Grande Loja Unida da Inglaterra não legisla sobre a forma de ritual adotado pelas suas lojas.

Os responsáveis pela condução da Loja de Emulação, desde os primeiros tempos, têm adotado a postura de assegurar a prática do ritual aprovado sem permitir sua alteração, muito embora não se possa pretender que o atual Ritual Emulação esteja na forma exata do ritual praticado verbalmente há quase dois séculos atrás quando as Cerimônias foram aprovadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra, a quem cabe, única e exclusivamente, atualizá-las ou aprovar suas atualizações.

Por esta razão, o Comitê da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento, sempre considerou que, por razões de confiança, deveria manter-se sem alteração as formas rituais completas passadas por seus predecessores, e que está fora de sua autoridade fazer qualquer alteração a menos que oficialmente sancionadas por resolução ou aceitação da própria Grande Loja da Inglaterra, por ter sido aprovado originalmente por ela.

Durante todo este tempo ocorreu ajustes ocasionais, nos rituais aprovados pela Grande Loja sendo que os mais significativos foram as variações nos Juramentos, permitidas por uma resolução da Grande Loja em dezembro de 1964 e, mais recentemente a mudança mais extensa no procedimento, introduzida pela resolução da Grande Loja em 11 de junho de 1986.

Mas, apesar desses ajustes nos rituais, a política do Comitê é preservar o ritual tão próximo quanto possível da forma na qual foi originalmente aprovado pela Grande Loja Unida da Inglaterra, e não permitir emendas cuja autorização não derive da mesma fonte.

Devido ao fato de que a Grande Loja assumira a opinião de que o ritual não devia ser confiado à impressão, a repetição oral se constituiu no meio de sua transmissão. Foi apenas em 1969 que a Loja Emulação de Aperfeiçoamento patrocinou a publicação da primeira edição do “Ritual Emulação”.

Então, por quase meio século, instruções orais e repetições foram, para muitos o único meio de aprendizado e as reuniões semanais de Emulação promoveram oportunidades para isso.

Evidentemente que alguns manuais escritos apareceram, entretanto pelas diferenças entre eles é provável que não fossem plenamente corretos e, não foi antes de 1870 que os livros impressos de rituais começaram a ser usualmente aceitos e, desde então, um grande número tem sido publicado.

Alguns deles têm proposto estabelecer o Sistema de Trabalho de Emulação, mas nenhum desses teve nenhuma autorização da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento, o que, repita-se, só fora ocorrer em 1969 quando a referida Loja patrocinou a primeira publicação.


1 ) 155. Os membros presentes em qualquer Loja, devidamente reunida, têm o direito inalienável para regular os seus próprios procedimentos, desde que eles estejam de acordo com as leis gerais e regulamentos da Ordem; mas um protesto contra qualquer resolução ou procedimento que seja contrário às leis e costumes da Ordem e com a finalidade de reclamar ou atrair uma autoridade maçônica maior, pode ser feito, e tal protesto será anotado no Livro de Apontamentos, se o Irmão que faz o protesto assim solicitar.

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