Hoje
falo sobre o que é o amor fraternal. E explico. Busquei inspiração quando num
momento de lazer ouvindo um samba, trouxe-me a velha máxima maçônica:
Ama
o teu próximo!
Mas,
como ocorreu?
Primeiramente,
descrevo que este eterno aprendiz nascido em Madureira, berço do samba do Rio
de Janeiro, sofri grande influencia do estilo e filosofia de vida daquela
estância que foi agregada e aperfeiçoada pela cultura dos diversos rincões por
onde passei. Regressando a temática, ouvi uma melodia com uma letra que dizia
como funcionaria o amor e suas atitudes. E como tema é o amor! Observei-a com a
propriedade fraternal. Segue o verso do Poeta:
“Só
quem ama não pisa, cuida, valoriza...
Só
quem ama não usa ama, não abusa,
Só
quem ama é capaz de escutar, discutir, dividir, preservar todo prazer em sonhar....”
(André
Renato)
Interessante
a colocação dessas palavras. Pois desde que adentrei nesta Casa, neste templo,
tive como lição aprender a confiar. Ela é dada naquele primeiro encontro do profano
(candidato) com os IIr.: da loja, naquela tradicional prévia . Quando confiei,
pude ser levado à próxima fase, a iniciação propriamente dita. Chegando a loja
para preparação que conduziria a ser neófito, aprendi a refleti sobre tudo. Já como aprendiz, visualizei o simbolismo no
Templo, cuidei do meu aperfeiçoamento na Arte Real, para que eu pudesse ser
elevado ou valorizado, porém, nós aprendizes não entendemos é que somos nós que
temos que trabalhar e da melhor forma possível para que possa valorizar aquela
indicação, portanto o ingresso ao próximo grau.
Voltando
aos pequenos versos supracitados, vemos a formula interessante e de erros
comuns nossos. Mas falemos dos acertos.
Quem
ama o próximo e a maçonaria, não pisa (não judia), ao contrário cuida e valoriza
para que possa ser maior.
Não
a usa para fins diversos escusos a boa moral e do caminho da Virtude. Não abusa
da boa vontade dos Ir.:
Só
quem ama esse templo e o seu próximo é capaz de escutar, como os aprendizes o
fazem agora. O discutir, como os mais sábios afirmam, deixem para o magistério,
que após concluírem o seu catecismo maçônico, porque terão embasamento e uma
estrutura fortificada para fazê-lo.
Já
no Dividir e preservar o sonho, Esse acredito que é dever de todo maçom.
Ajudar os infortunados. Aos necessitados.
Preservar
o sonho de uma sociedade mais Justa e Perfeita.
Onde
o lema liberdade, fraternidade e igualdade, tenham uma ressonância mais que forte.
Nesse
sentido é que estamos aqui. Senão o fosse, estaríamos traindo os nossos juramentos.
Pois o cuidado que temos com o aperfeiçoamento moral, para que o maçom (nós)
torne-se o centro da onda propagadora da virtude e do bem. Para que possa enfim
buscar a mudanças dos mais próximos, e esses contagiar as transformações dos
outros. Assim sucessivamente.
Nessa
síntese, o mesmo poeta dá uma trilha para o sucesso. Com o seguinte verso:
“
... (sou capaz de) esquecer meu orgulho, assumir meus defeitos...”.
É
o homem livre, sem vaidade em paz consigo, equilibrado. Parafraseando um
saudoso Mestre:
“... Ser Livre é ter coração nobre, honesto e leal,
(...) desprovido de orgulho e não deixar se curvar a fortuna material.”
(Boanerges Barbosa de
Castro)
Esse
Ser Livre para trabalhar num
Canteiro da Arte Real, tem que ter uma capacidade inata de amar. Logo, aprende
no cotidiano de nossas oficinas, com as ferramentas que lhe são
disponibilizadas, lapidar-se no desenvolvimento desse amor fraterno
incondicional.
"Quem
olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta."
(Carl Young)
É
assim o Pedreiro-livre. Aquele que constrói do interior para o meio externo,
centro para extremidade; buscando o burilar das pedras externas, para que um
dia essas pedras tornando-se cúbicas, possam servir ao Supremo Projeto do
Grande Arquiteto do Universo.
Dando-se
início a uma Nova Era de fraternidade e felicidade.
Luis F. M. Garcia - KT