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"Gloria in Excelsis in Deo Et in Terra Pax Hominibus Bonae Voluntatis"

domingo, 12 de agosto de 2018

A EQUAÇÃO SOCRÁTICA



A Maçonaria prega a “livre investigação da verdade” para que no tênue “fio da navalha” possamos, através do estudo e do discernimento, formar uma opinião própria, dentro dos objetivos preconizados pela Maçonaria, pois cada um de nós enxergará o caminho ideal de uma forma particular.

Cumprindo este mister, compreendamos o legado deixado por Sócrates à Sublime Ordem Maçônica Universal:

CIÊNCIA = VIRTUDE = FELICIDADE

Esta é a equação Socrática, que quer dizer que o bem é igual ao útil. Ou seja, as pessoas fazem o bem por interesse próprio, porque é o que vai levá-las a felicidade. Ele achava que as pessoas deveriam agir corretamente, pois estando no caminho certo, a tendência será essa pessoa ser feliz.

Mesmo assim, eventos externos podem modificar o resultado dos eventos.

Sócrates queria que as pessoas se desenvolvessem na Virtude. A virtude é um agir ótimo, é procurar fazer o bem, que é o correto, o ideal. Ser virtuoso é o máximo que se pode ser. O ato virtuoso depende do fim que se colocar para ele. As coisas são virtuosas a medida que elas fazem bem as coisas para as quais elas foram feitas.

O caminho para a virtude não é só o intelecto, razão, é o conhecimento místico também.

Para Platão, as principais virtudes são: força, coragem, justiça e piedade. A virtude abrange, também, criar riquezas. A virtude da alma é a sabedoria, que é o que a aproxima do Criador.

A sabedoria tem haver com humildade intelectual e não com a quantidade de saber. O ignorante é arrogante porque pensa que sabe.

Não descobrindo em si mesmo espécie alguma de sabedoria, onde quer que estivesse, interrogava seus interlocutores a respeito de coisas que, por hipótese, deveriam saber. Ao interrogá-los, verificou que não sabem o que julgam saber, e o que é mais grave, não sabem que não sabem. Assim, Sócrates se achava mais sábio porque pelo menos sabia que nada sabia, ao passo que as outras pessoas pensavam que sabiam.

O importante para a sabedoria é o que você faz, não é o que você sabe. A sabedoria modifica o ser e purifica a alma de forma que seus objetivos fiquem mais fácil de serem atingidos.

Ou seja, o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que, segundo Sócrates, é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo. Permitindo o domínio do corpo, a temperança permite que a alma realize as atividades que lhe são próprias, chegando a ciência do bem.

Para fazer o bem, basta, portando, conhecê-lo. Todos os homens procuram a felicidade, quer dizer, o bem, e o vício não passa de ignorância, pois ninguém pode fazer o mal voluntariamente.

Para Sócrates, a filosofia vem de dentro para fora e sua função é despertar o conhecimento, ou seja, o Auto-conhecimento, pois a verdade está dentro de cada um.

Para conhecer a si mesmo é preciso conhecer o outro. A alma do outro é como se fosse o espelho da própria alma. Por meio da comparação com o olho, Platão utiliza o método indireto da auto-observação (método da introspecção).

O “conhecer-te a ti mesmo”, que era, na inscrição de Delfos (onde Sócrates foi proclamado o mais sábio), uma advertência ao homem para que reconhecesse os limites da natureza humana, tem dois significados:

Ter a consciência da condição humana, não tentar ser mais do que é para os homens serem, não tentar ser Deus, não ser arrogante, devendo os limites do homem serem respeitados para que se viva bem, ou seja, a consciência da seriedade e gravidade dos problemas, que impede toda presunção de fácil saber e se afirma como consciência inicial da própria ignorância;

E, o conhecimento interior, para o grego, é conhecer o que permanece oculto, isto é, as coisas divinas eternas, o que as pessoas nem sabem que podem ser. Ou seja, é necessário conhecer o mundo para conhecer a si mesmo.

O conhecimento da própria ignorância não é a conclusão final do filosofar, mas o seu momento inicial e preparatório. É preciso um caminho indireto, como a ironia (método de ensino de Sócrates), porque o caminho para o conhecimento interior é individual a cada um.

A Ironia possui duplo aspecto: a refutação e a maiêutica. Através da refutação, Sócrates faz uma cadeia de raciocínio para provar que a base do que o outro está pensando está errado.

Levava ao ridículo homens considerados sábios. O emprego da refutação para libertação do espírito é de origem eleática. Sócrates tira-a de Zenão, que é o criador. Procurava na filosofia o melhor caminho da libertação das almas do erro, do pecado e da condenação ao ciclo de nascimento.

A refutação faz parte da maiêutica, que é a arte de Sócrates projetar idéias, fazer nascer a verdade. Através da maiêutica, Sócrates fingia ser capaz unicamente de interrogar, mas não de ensinar alguma coisa, mas levava o interlocutor, mediante uma série de perguntas habilmente formuladas, a tomar consciência da própria ignorância e a confessá-la.

Reconhecido isto em relação ao que se julgava e presumia saber, procura-se extrair da sua alma o conceito que nela permanecia oculto, desenvolvendo seu próprio pensamento, ou seja, reencontrando, por si mesmos, conhecimentos que já possuíam sem o saber.

O exemplo clássico da aplicação da maiêutica é encontrado no diálogo platônico intitulado Mênon, no qual Sócrates leva um escravo ignorante a descobrir e formular vários teoremas de geometria.

“A sabedoria plena é buscada através do auto-conhecimento, que tem como método indireto a ironia.”

Por Bruno Bezerra de Macedo – MM

11 comentários:

  1. Não faço parte da maçonaria, mas amo história. E em meio ao material herdado de minh avó, encontrei uma carta que minha mãe escreveu pra ela, em 1973.o envelope é o de primeiro dia de circulação do selo Grande Oriente do Brasil contendo dois selos. Se houver interesse em que envie fotos, para complementar o trabalho, fico muito feliz em ajudar.

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