A
Loja Emulação de Aperfeiçoamento para Mestre Maçons, sendo este
seu nome completo, tem sua origem por ocasião da União das duas
Grandes Lojas então existentes na Inglaterra.
Contudo,
muito antes de se promover a união destas duas grandes Lojas muitos
esforços foram empreendidos no sentido de se buscar uma padronização
da ritualística, ou seja, aquilo que entendemos por rituais,
mas
para tanto era necessário que ocorresse um trabalho de unificação.
Neste
sentido fora fundada a Loja de Promulgação com o objetivo de
estudar os Landmarks e as práticas esotéricas para recomendar as
mudanças que deveriam ser feitas no sentido de trazer os rituais a
uma forma aceitável, visando de antemão a preparação para a união
das Grandes Lojas.
Em
7 de dezembro de 1813 é criada uma loja mista denominada Loja da
Reconciliação que harmonizava os rituais, sendo que todo o
trabalho fora efetuado oralmente, respeitando-se a proibição de
nada escrever a respeito do “segredo maçônico” como uma forma
de manter-se o segredo da Ordem, sendo assim, nenhuma ata fora
redigida, bem como fora proibido inclusive tomar notas.
Desta
forma, a Loja da “Reconciliação” apresentou oralmente o novo
ritual harmonizado para as Lojas de Londres e seus arredores, sendo
que estas apresentações seguiram-se durante três anos
ininterruptos o que, com esta providencia propiciou a padronização
da ritualística por meio do novo ritual adotado.
Em
junho de 1816, as formas dos rituais para uso na nova Grande Loja
foram demonstradas pela Loja da Reconciliação constituída
especialmente para produzi-las, as quais viriam documentar,
oficialmente através de resolução as Cerimônias praticadas até
então.
Assim,
em 1816, surge oficialmente um novo ritual, “aprovado e confirmado”
pela Grande Loja Unida da Inglaterra, resultado de um longo trabalho
iniciado em 1794, coroado pelo Act of Union de 27 de dezembro de 1813
e finalmente concluído em junho de 1816.
Em
2 de outubro de 1823 os membros de duas Grandes Lojas, a “Burlington
Lodge”, e “Perseverance Lodge”, se reúnem pela primeira vez na
Loja Emulação de Aperfeiçoamento para Mestres Maçons, com a
finalidade de prover instruções para aqueles que desejassem se
preparar para cargos de lojas e à sucessão na Cadeira.
O trabalho Emulação
recebeu este nome da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento cujo
Comitê é o curador do ritual por delegação da Grande Loja Unida
da Inglaterra, e que autoriza a publicação do livro denominado
Ritual Emulação.
É importante dizer
que a Grande Loja Unida da Inglaterra não dispõe de nenhum ritual
oficial escrito e jamais autorizou a publicação de qualquer forma
específica de rituais existentes e consagrados na Inglaterra.
Pela
regra artigo nº 1551
das Constituições da Grande Loja Unida da Inglaterra, compete às
Lojas Simbólicas a regulamentação dos procedimentos das formas de
ritual, reservando-se no direito de intervir em qualquer Loja inglesa
que adote formas ou modificações entranhas a prática do ritual
conforme ensinado desde 1813, daí a existência, na Inglaterra, das
diversas formas de rituais – Emulation, Stability, Bristol, Oxford,
Taylor’s, Humber, Logic, West End, etc, pois a Grande Loja Unida da
Inglaterra não legisla sobre a forma de ritual adotado pelas suas
lojas.
Os
responsáveis pela condução da Loja de Emulação, desde os
primeiros tempos, têm adotado a postura de assegurar a prática do
ritual aprovado sem permitir sua alteração, muito embora não se
possa pretender que o atual Ritual Emulação esteja na forma exata
do ritual praticado verbalmente há quase dois séculos atrás quando
as Cerimônias foram aprovadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra,
a quem cabe, única e exclusivamente, atualizá-las ou aprovar suas
atualizações.
Por
esta razão, o Comitê da Loja de Emulação e Aperfeiçoamento,
sempre considerou que, por razões de confiança, deveria manter-se
sem alteração as formas rituais completas passadas por seus
predecessores, e que está fora de sua autoridade fazer qualquer
alteração a menos que oficialmente sancionadas por resolução ou
aceitação da própria Grande Loja da Inglaterra, por ter sido
aprovado originalmente por ela.
Durante
todo este tempo ocorreu ajustes ocasionais, nos rituais aprovados
pela Grande Loja sendo que os mais significativos foram as variações
nos Juramentos, permitidas por uma resolução da Grande Loja em
dezembro de 1964 e, mais recentemente a mudança mais extensa no
procedimento, introduzida pela resolução da Grande Loja em 11 de
junho de 1986.
Mas,
apesar desses ajustes nos rituais, a política do Comitê é
preservar o ritual tão próximo quanto possível da forma na qual
foi originalmente aprovado pela Grande Loja Unida da Inglaterra, e
não permitir emendas cuja autorização não derive da mesma fonte.
Devido
ao fato de que a Grande Loja assumira a opinião de que o ritual não
devia ser confiado à impressão, a repetição oral se constituiu no
meio de sua transmissão. Foi apenas em 1969 que a Loja Emulação de
Aperfeiçoamento patrocinou a publicação da primeira edição do
“Ritual Emulação”.
Então,
por quase meio século, instruções orais e repetições foram, para
muitos o único meio de aprendizado e as reuniões semanais de
Emulação promoveram oportunidades para isso.
Evidentemente
que alguns manuais escritos apareceram, entretanto pelas diferenças
entre eles é provável que não fossem plenamente corretos e, não
foi antes de 1870 que os livros impressos de rituais começaram a ser
usualmente aceitos e, desde então, um grande número tem sido
publicado.
Alguns
deles têm proposto estabelecer o Sistema de Trabalho de Emulação,
mas nenhum desses teve nenhuma autorização da Loja de Emulação e
Aperfeiçoamento, o que, repita-se, só fora ocorrer em 1969 quando a
referida Loja patrocinou a primeira publicação.
1 )
155. Os
membros presentes em qualquer Loja, devidamente reunida, têm o
direito inalienável para regular os seus próprios procedimentos,
desde que eles estejam de acordo com as leis gerais e regulamentos
da Ordem; mas um protesto contra qualquer resolução ou
procedimento que seja contrário às leis e costumes da Ordem e com
a finalidade de reclamar ou atrair uma autoridade maçônica maior,
pode ser feito, e tal protesto será anotado no Livro de
Apontamentos, se o Irmão que faz o protesto assim solicitar.