Sua criação iniciou na França aproximadamente no ano de 1773 em um
período de nossa história onde realmente havia um grande desvirtuamento
dos princípios maçônicos.
Houve um grande fluxo de aristocratas para a Ordem e muitos
deles pediam a admissão apenas pelo “status quo” e como eram homens
vaidosos, necessitavam do brilho das medalhas, do poder dos títulos e do
luxo das alfaias e para o tanto foram criados inúmeras comendas, Graus
Superiores e nos Museus Maçônicos da Europa encontramos aventais
personalizados, alguns com bordados de paisagens que não têm relação com
a Maçonaria.
Até hoje existem Graus Superiores que foram nomeados apenas para atender a vertentes políticas de uma época remota.
Seus idealizadores queríam retornar aos princípios de uma Maçonaria TEÍSTA e Templária.
Basicamente são seis os princípios que regem os Maçons que praticam este rito:
1) Sede fiel à Religião Cristã e pratique a Fé na Santíssima Trindade.
2) Pratique e estude os princípios e tradições maçônicas e cavalerescas tendo sempre à frente a Fé Cristã.
3) Aperfeiçoe-se pela prática das virtudes, pois elas o
farão vencer as paixões, corrigir os erros e progredir espiritualmente.
4) Cumpra suas obrigações com a Pátria e com os demais cidadãos.
5) Pratique constantemente a solidariedade de forma ativa e
inteligente para com toda a sociedade sem quaisquer distinções de credo,
etnia, nacionalidade, etc.
6) O objetivo maior não é construir Templo a Virtude, mas
sim voltarmos a ser homens verdadeiros, “Templos de Deus”.
Com certeza alguém chegou à conclusão que este rito é bem
religioso. Eu diria que é mais ou menos. Vejamos: como a Maçonaria não é
uma religião ela não pode ter “Ritos Religiosos”, mas pode (e tem)
condutas religiosas, basta lembrarmos que em toda as reuniões temos um
“Livro da Lei” que é o livro que deve balizar a conduta dos maçons;
alguém já presenciou uma reunião onde o referido Livro era a
Constituição do País? Ou o Código Civil? Ou que fossem abertas as
Constituições de Anderson e os Landmarks!
Como vêem na maioria dos Templos temos uma Bíblia! Na
verdade dizemos que o R.’.E.’.R.’. tem um “Regime Cristão” de conduta
indicada aos seus membros, há um verbete no livro do Irmão João Ivo
Girardi que traduz o caráter cristão inerente a esse rito:
“Dá graças ao teu Redentor. Prosterna-te diante do Verbo
encarnado e bendiz a Providência que te fez nascer entre os cristãos.
Professa em todos os lugares a divina religião de Cristo, e não te
envergonhes nunca de pertencer a ela. O Evangelho é a base de nossas
obrigações. Se não acreditasses nele, deixarias de ser maçom. Revela em
todas as tuas ações uma devoção esclarecida e ativa, sem hipocrisia, sem
fanatismo.
O Cristianismo não se limita à verdades de especulação”. Uma
das retificações feitas no Rito Escocês foi a diminuição do número de
graus. O R.’.E.’.R.’. possui apenas cinco graus: Aprendiz, Companheiro,
Mestre, Mestre Escocês, Cavaleiro da Cidade Santa (Cavaleiro da
Beneficência).
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