Por Quirino
Na
Maçonaria precisamos usar de todos os sentidos para poder captar a verdadeira
essência dos nossos labores. Um dia aprendemos que nossos sentidos são os mais
fiéis e importantes conselheiros. Pela audição, aprendemos as instruções lidas e
nos equalizamos através das notas distribuídas pelo Mestre de Harmonia. O olfato
nos remete a lembranças, aromas acionam estados de relaxamento e enlevo. Também
produz no ambiente, vibrações que ultrapassa os aspectos materiais. O que
devemos prestar muita atenção é na sutil diferença entre perfumar, incensar e
fumigar. Uma pergunta; - Pelo REAA, aquele objeto que fica a frente do Trono de
Salomão, tem o nome de Altar da Fumigação, Altar dos Incensos ou Altar dos
Perfumes? Fumigação significa expor um ambiente a fumaça, ou a vapores com a
intenção de desinfetar. Incensar é perfumar com incenso. Perfumar é encher,
impregnar de aroma agradável uma pessoa, um objeto ou um local. A origem desse
objeto em nossas Lojas se dá por herança judaica contida no Livro de Êxodos,
capítulo 30, versículo 1 - Farás também um Altar para queimar nele incenso; de
madeira de acácia o farás. E os Irmãos então fizeram a seguinte e simplista
analogia: Se o Templo Maçônico é cópia do Templo de Salomão e no Templo de
Salomão tinha um altar para queimar incenso, nos Templos Maçônicos temos que
queimar incenso! Primeiro; os Templos Maçônicos estão mais para o Parlamento
Inglês do que qualquer outra estrutura. Segundo: no Templo de Salomão havia
altares do Primeiro e Segundo Vigilantes? Terceiro, por que tem o nome de
Altar dos Perfumes e não Altar dos Incensos? Com certeza algum Irmão há de
questionar que sobre o Altar dos Perfumes fica a Naveta ou o Turíbulo. A questão
é: - O Turíbulo tem que estar acesso? Não! No REAA, só o usamos em dois momentos
(Inic.. e Sag..T..). Para quem não conhece, naveta é um pequeno vaso onde
fica o incenso a ser queimado. Um recipiente com pedrinhas aromáticas que exalam
naturalmente seu aroma. Na ausência ou para embelezar a reunião, algumas Lojas
usam incensos de vareta. Pode? Pode! PORÉM é preciso entender bem a função dos
mesmos. É para perfumar ou fumigar? O importante é o aroma ou a fumaça? As vezes
não precisam nem acender as varetas! ATENÇÃO ao nome, ALTAR DOS PERFUMES! Uma
estrutura para suportar uma fonte emanadora de bons aromas. Só isso! Com certeza
algum Irmão poderá me indagar: Mas Irmão Quirino, não fica tão impressionante,
aquela fumaça pelo ambiente e subindo aos céus? O que me impressiona são os olhos vermelhos
dos Irmãos por conta da fumaça e a desconsideração para com aqueles que têm
bronquite crônica, asma, enfisema e doenças cardíacas crônicas que podem se
descompensar. Na queima dos incensos à liberação de benzeno que é cancerígeno. É
preciso encontrar um meio termo que atenda com respeito os Irmãos e nossa
ritualística. A fumaça produzida (se necessária) não pode ser uma efeito
especial, como se a Oficina estivesse mergulhada em uma bruma de mistério.
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