A Preleção após a
Iniciação, dentro da própria acepção do termo vem a ser um
discurso, uma palestra acerca do tema. Mas não se trata de qualquer
palestra ou discurso, mas sim de um marco temporal que como tal
regista o início da vida como Maçom.
Assim, por meio da
Preleção o neófito recebe os primeiros cumprimentos por ter sido
admitido como membro em uma antiga e respeitável Instituição, que
tem existência secular, subsistindo desde tempos imemoriais. Esse
ponto é de curial importância por mostrar que nenhuma instituição
se funda sobre alicerces tão sólidos quanto os da maçonaria – a
prática de todas a virtudes morais, e por isso grandes homens tal
como os monarcas, fizeram parte desta Instituição, patrocinando os
seus mistérios e participando das reuniões.
Não obstante isso,
na Preleção é recomendado ao Aprendiz o mais sério e atento
estudo do L. da L.S, por ser o livro mais importante que pode
existir, por ser um modelo de verdade e justiça, uma baliza para as
ações calcado nos preceitos divinos. Através do estudo poderá
aprender os mais importantes deveres que um homem tem para com Ds.,
teu próximo e para contigo.
Por Paulo Brigolini
Ao Aprendiz é
recomendado a prática de todas as virtudes, a guiar as suas ações
com a prudência, a ser temperado e por fim, que a fortaleza lhe
sustente e a justiça guie todas as suas ações, nunca perdendo de
foco que os maiores ornamentos da maçonaria são a Benevolência e a
Caridade.
No
tocante ainda ao caráter, o Aprendiz ainda é chamado a atenção
sobre a Discrição, a Fidelidade e a Obediência. O Maçom deve ter
discrição quanto ao juramento que faz, de nunca, indevidamente,
revelar quaisquer dos segredos da Instituição, sua fidelidade deve
ser exemplificada por uma estrita observância das constituições da
fraternidade, aderindo aos antigos Landmarks e a obediência deve ser
provada por uma estrita observância de nossas leis e regulamentos,
por atenção pronta a todos os sinais e convocações.
Por fim, ao neófito
é passada uma grande recomendação, que talvez seja a mais
importante, que é a de que o Aprendiz deve se dedicar a trabalhos
tais que te tornem respeitável em vida, útil à humanidade e
ornamento da sociedade da qual, desde aquele momento passa a fazer
parte.
Ou seja, não basta
ser Maçom, não basta estar frequentando uma loja maçônica, é
sobretudo imperioso ser um homem de respeito, que se dedique sempre
às atividades que possam torná-lo cada dia melhor dentro e fora da
instituição.