O Avental de um
Maçom enquanto insígnia distintiva o acompanha desde os tempos da
maçonaria operativa, ou também como é conhecida, a Maçonaria dos
Construtores ou ainda, a Maçonaria de Ofício, que remonta ao
período em que a Ordem era voltada para a arte da construção,
tendo o seu apogeu no século XIII, quando na Europa foram
construídos igrejas, catedrais, abadias, mosteiros, palácios, as
torres, aquedutos, enfim, várias obras e monumentos que em sua
grande maioria foram executadas ou arquitetadas pelos Maçons
Operativos.
Assim, como
efetivamente os Maçons trabalhavam, eram operativos, valiam-se do
avental como um “uniforme”, era uma peça longa e feito em pele
de carneiro.
Com o passar do
tempo, a Maçonaria Operativa foi perdendo espaço para a Maçonaria
Moderna, e rapidamente a peça que outrora era longa, fora encurtada,
passando a ficar acima dos joelhos.
O fato é que todos
os Maçons usam o avental e este, é sempre um indicativo da posição
que o Maçom, individualmente ocupa na ordem. Deste modo, o avental
do 1º grau, que é conferido ao Aprendiz e, que serve de base aos
demais, é o símbolo da inocência e, não por acaso é todo branco
e a antiga composição em pele de carneiro cedeu lugar ao material
sintético.
Na sequência,
tomando-se por base o avental do Aprendiz temos o avental do
Companheiro, referente ao 2º Grau, que mantem a cor branca, todavia
possui duas rosetas azuis nos ângulos agudos inferiores
Temos o avental
referente ao 3º Grau, ou seja, o Mestre Maçom. Neste grau o avental
embora seja branco, possui um orlado em azul celeste e três rosetas
azuis dispostas de forma a se formar um triângulo equilátero.
Compõe ainda a ornamentação duas borlas de prata colocadas
equidistantes entre si, formando com a abeta uma letra M.
Ainda dentro da
temática do avental maçom é oportuno traçar algumas linhas sobre
o Tosão de Ouro, ou Velo de Ouro, ordem de cavalaria instituída no
século XV por Filipe, O Bom, voltada para a defesa do reino e da fé
cristã, e também distintiva daqueles que a ela pertencia. O nome
Tosão de Ouro, advém do mito do herói grego Jasão, que passa por
aventuras para conquistar a pele de um carneiro que possuía lã de
ouro, e desta forma poderia reconquistar para si o reinado que havia
sido tomado de seu pai.
Talvez seja por esta
razão que o PV durante a iniciação diz que o Avental, a insígnia
distintiva do Maçom, e mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia
Romana, mais honrosa que a Ordem da Jarreteira, ou qualquer outra
ordem existente, sendo o símbolo da inocência e o laço da amizade.
Desta forma, essa
passagem da iniciação explicita a grandiosidade e importância do
Avental para a Maçonaria e consequentemente para o Maçom,
sublimando essa tão importante peça ao ponto de colocá-la acima
das grandes honrarias existentes.