Por Ir. Quirino
O pelicano é um símbolo maçônico? Sim e Não! É muito
comum pegarmos um símbolo de determinado grau de determinado Rito e
generalizarmos como Símbolo da Maçônico. Não há nada de errado nisso, vejam o
exemplo da acácia como Símbolo da Maçonaria. Somente em uma determinada parte de
um grau que podemos dizer que a acácia nos é conhecida, mas todos nós, de
Aprendizes a Inspetores Gerais dizemos que conhecemos a planta. A mesma coisa
acontece com o pelicano, que já no Antigo Egito era cultuado como o “Espírito
que se move sobre o Nilo” é possível entender esta visão quando vemos a ave
no chão com seu andar desengonçado, mas quando abre suas asas (que podem chegar
a 3 metros de envergadura) plaina suave e domina o etéreo. Como este espaço não
me permite adentrar em detalhes de graus, trabalharemos juntos para entender a
mensagem maçônica do Pelicano. Observem as três imagens que estão no início do
artigo. Vemos uma ave cuidando se sua prole, mas está machucada, sangra. Na
verdade ela mesma se feriu, conta a lenda que se um pelicano saí a
procura de alimento e nada encontrar para dar aos filhotes, pousa no ninho e
bica seu peito, fazendo o sangrar para que os filhotes tenham o que comer. Este
é sem dúvida um símbolo máximo de doação, de auto-sacrifício. Mas este
simbolismo não é exclusivo da Maçonaria, no Hino Católico do Santíssimo
Sacramento, encontramos “Pie Pellicane, Jesus Domine! Me immundum mua Tuo
sanguine”. A questão é, o quanto de nós estamos dispostos a doar aos Irmãos?
Teremos a abnegação do sacrifício? Ou pertencemos ao quadro dos “que vem a
nós o vosso reino”? Somos uma família e a cada um cabe doação e
comprometimento com nossos valores e responsabilidades. Quando for justo e
necessário, é preciso sangrar. Tenham certeza que a envergadura de nossas asas é
diretamente proporcional ao quanto trabalhamos pela família maçônica. Há tanta
literatura sobre os Cavaleiros Templários e tanto desejo dos Irmãos em se
tornarem Knight Templar que não percebem que pela caridade e a imolação de
nossos vícios e paixões em prol da Maçonaria conquistaremos um título realmente
muito honrado: Cavaleiro do Pelicano e compreenderam o sentido de Amor
Fraternal. Responda para você mesmo: - O quanto estou comprometido com meus
Irmãos e com os projetos de minha Potência? Continuando nossa observação das
imagens, o que temos mais em comum? Contou o número de filhotes? Acha que o
número é apenas uma representação artística? Claro que não! Na Maçonaria nada se
faz que não tenha um propósito maior. São 7 filhotes, e o número 7 (para alegria
do Irmão Ilmair) nos remete a várias referências. As mais comuns não vamos
tratar, mas gostaria que o Irmão refletisse sobre Sephira Tiferet da Árvore da
Vida. Boa pesquisa, ótimas reflexões e excelentes tomadas de atitude.
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